segunda-feira, 12 de novembro de 2012

BONNIE & CLYDE DE BRASÍLIA



Giulio Sanmartini
A Unicel, empresa de telefonia dirigida por José Roberto Camargo, todavia esse ramo, por exigir investimentos bilionários não é indicado para aventuras. Sem capacidade financeira, sem capacidade técnica conhecida e sem experiência alguma no ramo, a Unicel conseguiu autorização para operar a telefonia celular em São Paulo – o maior e mais disputado mercado da América Latina. Em um ambiente dominado por gigantes multinacionais, seu plano tinha tudo para dar errado. E deu. A empresa não conseguiu honrar os compromissos, deu calote em clientes e fornecedores e acumulou uma dívida superior a 150 milhões de reais.
Numa país normal, um simples mortal (desculpem a rima) estaria falido e ferrado.Mas com José Roberto nada disso aconteceu. Primeiro o país em que  vive chama-se Brasília, e ele não é um simples mortal, haja vista que é marido da safardana Erenice Guerra.
Erenice para quem não lembra é a grande amiga que a presidente Dilma Rousseff. Está, ao licenciar-se para ser candidata ao Palácio do Planalto, valeu-se de toda sua força junto ao então presidente Lula, e Erenice acabou sendo nomeada ministra da Casa Civil. Todavia, sua passagem foi meteórica, (31/3 a 15/9/ 2010) haja vista que com sua anuência e apoio, o filho, Israel Guerra, transformou-se em lobista, intermediando contratos milionários mediante uma “taxa de sucesso”.
Agora a fada (bruxa?) Erenice, soltinha e sem punição, conseguiu a proeza de transformar a empresa falida em um grande negócio, cujo o principal beneficiado é seu marido.
A Nextel, que é uma empresa estadunidense e uma das gigantes mundiais das telecomunicações, está disposta a pagar pela falida Unicel  R$ 370 milhões. Mas o governo tem a justificativa na ponta da língua; diz que lhe interessa  que a empresa (falida) seja vendida para a Nextel, porque ele pretende, por meio da nova companhia, forçar Vivo, TIM, Claro e Oi – as quatro maiores – a baixar seus preços. Seria melhor contar outra lorota, porque essa está muito fraquinha.
Mas nisso tudo vale lembrar, que a poderosa “presidenta”deve uma explicação, à população, sacrificada por impostos extorsivos para mantê-la junto com sua numerosa  corja.
Em 20/9/2010, no ponto alto da campanha eleitoral, durante um debate  promovido pela Rede Record, o candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio esfregou na cara de Dilma o caso Erenice e a  fustigou. “De duas, uma: ou você é conivente ou é incompetente.”
Dilma sentiu o golpe, e acuada nas cordas assumiu um compromisso: “Eu queria te assegurar, Plínio, sem sombra de dúvidas: se eu for eleita,  assumir a Presidência da República, e o governo não concluir [o caso], eu irei investigá-lo até o fim”.
Está claro que Dilma, como de hábito mentiu, pois se assim não fosse, a queridinha Erenice Guerra estaria fora do burburinho governamental.
Dilma tem que se cuidar, pois um dia alguém há de lembrar  o dito que reflete uma  verdade: “Quem mente rouba”.
(1) Fotomontagem: José Roberto Bonnie e Erenice Clyde.

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