sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BANDA VOOU



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Em entrevista o mês passado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reconheceu que o reajuste dos combustíveis é indispensável, para que a empresa não continue dando enormes prejuízos. Afirmou ainda  que a paridade de preços dos combustíveis é um dos eixos da gestão petroleira até 2012: “Como presidente da Petrobras tenho que acreditar sempre que vai haver reajuste, discutir isso sempre, mostrar que há necessidade  periódica, e vou sempre trabalhar em favor disso”.
A estatal diz que quer manter a alavancagem líquida, relação entre o endividamento líquido e o patrimônio líquido, abaixo de 35%. No segundo trimestre, o índice alcançou 28%, alta de quatro pontos porcentuais em relação ao patamar de março. A elevação, segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, tem origem principalmente no impacto do câmbio nas dívidas em dólar. O endividamento líquido somou US$ 65,9 bilhões, contra US$ 58,3 bilhões no primeiro trimestre.
Todavia, se tem ouvido que o preço dos combustíveis ficará “imexível” até as eleições, para que o já combalido Partido dos Trabalhadores, não venha piorar sua atuação nas grandes cidades, que varia de mau para péssimo.
Passadas as urnas os preços dos derivados entrarão na área de “banda voou”.

OPORTUNIDADE INÉDITA


Ralph J. Hofmann
Os maiores produtores rurais do Brasil deverão fazer fila para encomendar o mais recente lançamento da Lamborghini, especialmente adaptado para as condições do cerrado.
Com seus pneus de 1,62 m de altura o novo Lamborghini R8 poderá ser usado sem perigo em épocas de chuva e inundações nas estradas não-pavimentadas do Brasil sendo uma excelente alternativa para os veículos esporte-utilitários (SUVs) hoje em demanda no Brasil, que infelizmente não conseguem vencer impunemente as piores estradas do país.
Seu preço é comparável com outros carros de prestígio, por volta de 250 mil euros, o que deverá torná-lo um imediato favorito entre produtores de soja e pecuaristas do Brasil Central.
Possui ar condicionado perfeito elemento hidráulico de absorção de vibrações, DVD e CD player, reservatório de água gelada, janelas panorâmicas.
Seu motor é de 7.2 litros com 6 cilindros em linha e 24 válvulas  com rodas anti- blocantes e tração positiva.
Entrevistado a respeito nosso correspondente em Belluno, o Conde de Sanmartini declarou que não pretende adquiri esta maravilha da engenharia de seu país natal por vários motivos a saber:
a) A Lamborghini hoje é uma divisão da Deutz-Fahr alemã;
b) Não há espaço para este veículo na frente de seu prédio em Belluno
c) Há um limitador de velocidade que impede que passe dos 50 km/h.

INFLUÊCIAS


Plínio Zabeu
Há dias o ex  presidente FHC resolveu entrar na “briga” das eleições que se aproximam.  Em artigo publicado em vários jornais, ele fez uma  avaliação do governo Dilma que recebeu uma herança realmente pesada de seu tutor político.  Foi relatado cuidadosamente certas circunstâncias em que o país foi colocado no mandato Lula.   A exposição foi clara  relatando o que realmente aconteceu.
Mas a Presidente reagiu fortemente. Fez um pronunciamento oficial o que contraria as determinações legais de sua posição.  Sua manifestação deveria ser apenas defendendo colega de agremiação. Nada a ver com o cargo que ocupa.
Sempre é útil lembrar como aconteceram os dois governos anteriores à Dilma.  No caso FHC foi uma luta tremenda para enfrentar a pior praga da nação desde o descobrimento:  A inflação como nunca havia existido antes.  Muitas reformas foram necessárias incluindo a nova e útil moeda, período difícil e rigoroso de transição, as privatizações e várias outras leis e atitudes.  O maior erro do então presidente foi a reeleição.  Jamais deveria ter sido feita.  Se ficara evidente  que quatro anos era pouco tempo, que se mudasse para cinco ou, melhor ainda,  para seis anos coincidindo com as eleições municipais.  Seria um extraordinário avanço na estrutura política do país, algo benéfico a toda a população.
Contudo, ao final do governo ficou claro o progresso alcançado.  Quando da transferência da faixa presidencial, FHC se mostrou emocionado com a subida ao poder de alguém que vinha de situação social diferente.
Entregou a ele um  país bem transformado, para muito melhor e com perspectivas saudáveis.  Lula, embora taxando tudo de “herança maldita” soube se aproveitar da situação e, contando ainda com um progresso econômico mundial, governou por dois mandatos e fez a sucessora.
Deve-se levar em conta que sempre  existiu  uma necessária oposição utilíssima em regimes democráticos.  E o que aconteceu no governo Lula? Os principais partidos oposicionistas – PSDB e PFL, depois DEM – simplesmente se calaram, entraram em fase letárgica, daí as ocorrências desastrosas que hoje ocupam as atividades o STF. A data exata do início do prolongado sono  da oposição foi sem dúvida quando o marqueteiro declarou com detalhes o que  realmente acontecia com o dinheiro público.  Aí FHC e companheiros dos  citados partidos deveriam sim mostrar suas forças e lutarem para esclarecimento e  conclusão do maior esquema de corrupção da história do Brasil e talvez do  mundo.
Esta foi a grande falha ocorrida na democracia brasileira. O tempo foi passando, as falcatruas denunciadas e comprovadas, movimentos políticos daqui e dali na tentativa de prorrogar ou destruir os processos  para um final feliz aos corruptos.
O país teve grande sorte com a Justiça que, finalmente, iniciou o julgamento com 7 anos de atraso  mas, pelo que se nota até agora,  com nitidez e seriedade. Os culpados começam a sentir que,  mesmo na política,  muitas vezes o crime não compensa.
Fato mais importante até agora foi sem dúvida a condenação do deputado que presidiu a  Câmara Federal e chegou a substituir o então presidente Lula por dois dias.  O referido deputado fora um sucesso quando eleito já que em muitas cidades se notavam imensos painéis  com sua foto e  a frase: “João Paulo Cunha, o orgulho do PT”.  Sempre vencendo as acusações chegou a ser nomeado presidente  de uma importantíssima comissão parlamentar cuja  exigência é   ter uma ficha totalmente limpa.
Essa condenação foi utilíssima,  pois outros,  tão ou mais importantes que ele no mensalão,  já colocam as “barbas de molho”.  O povo espera que o julgamento continue como agora e que as penas sejam realmente aplicadas.
Pronunciamentos da presidente e do ex devem ser restritos às campanhas políticas não misturando cargo com posição partidária.

Juristas organizam movimento para derrubar reforma do Código Penal


Ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior afirma que a proposta "não tem conserto"


SÃO PAULO - Setores da comunidade jurídica organizam um movimento para derrubar o projeto de reforma do Código Penal que tramita no Senado. Um dos articuladores do grupo, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior afirma que a proposta "não tem conserto" e, com um manifesto de mais de três mil assinaturas, pede seu "sobrestamento". Um dos organizadores do manifesto é o advogado René Dotti, que deixou a comissão de juristas que assessorava o Senado por discordar do andamento da reforma.

— São aberrações jurídicas. O conjunto está comprometido. Não se pode fazer emenda para resolver. O projeto foi feito no afogadilho e o professor Dotti se afastou diante desse açodamento — disse Reale na quinta-feira, em entrevista por telefone ao GLOBO.
Ao documento lançado pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), pelo Instituto Manoel Pedro Pimentel, da USP, e pelo Insituto Transdisciplinar de Estudos Criminais (ITEC), somam-se nomes como o do subprocurador-geral da República Juarez Tavares e do jurista Geraldo Prado. As críticas se referem ao conteúdo geral do projeto e à falta de interseção com a comunidade jurídica e com a própria sociedade. Os juristas consideraram muito curto o prazo de sete meses de desenvolvimento do projeto e afirmaram que foram poucas as audiências públicas organizadas para a elaboração da reforma.
São muitos os pontos criticados no texto final apresentado pelo Senado:
— Eliminou-se o livramento condicional, retirando um instrumento consagrado, utilizado há mais de um século no mundo. A proposta vai aumentar o encarceramento no país. Mas, ao mesmo tempo em que prevê o endurecimento de leis, também provoca a sua fragilização. Institui a barganha (em que acusado e defesa concordam), acabando com o processo penal e aplicando a pena mínima para qualquer crime. Com isso, na barganha, fica proibido que o réu vá para o sistema fechado (prisão)— exemplifica Reale.
Outro problema apontado pelo jurista diz respeito a movimentos sociais, como o MST:
— Os movimentos sociais foram excluídos de serem enquadrados em crimes de terrorismo.
O manifesto da comunidade jurídica aponta ainda para outra incongruência. A pena para a omissão de socorro a um humano é 12 vezes menor que a omissão de socorro a um animal. "Em síntese: para uma criança abandonada ou uma pessoa ferida (abandonada) a pena mínima é de um mês ou multa e em relação a qualquer animal é de um ano, ou seja, 12 vezes superior", diz o texto, que chama o projeto do novo código de "Projeto Sarney", em referência ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP):
— Tudo foi apressado. Sarney quer se imortalizar como autor do projeto— critica Reale, que apontou ainda outros problemas: — A cada passo temos uma surpresa. Agora, todo homicídio ficou qualificado e a eutanásia poderá ser praticada, com perdão judicial, por qualquer parente de paciente em estado grave, sem a exigência de um atestado médico.
Professora de Direito do Largo São Francisco, da USP, Janaina Conceição Paschoal também rejeita o projeto.
— Não consigo ver no projeto nenhum benefício para a sociedade e para a segurança pública. Os artigos 137 e 140 aumentam a pena para difamação. Com isso, um jornalista pode pegar até quatro anos de pena. Nem na ditadura as penas para os jornalistas eram desse porte. No que o Brasil melhora assustando seus jornalistas?— pergunta ela.
O GLOBO tentou falar com o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, coordenador do grupo que assessorou o Senado, mas ele esteve em reuniões durante todo o dia e não atendeu a reportagem. Também tentou falar com o relator da comissão, o procurador da República Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, mas não conseguiu localizá-lo.

Mão pesada, por Merval Pereira


POLÍTICA


Merval Pereira, O Globo
Encerrada a segunda parte do julgamento do mensalão, já há definições importantes que devem orientar o voto dos ministros nas demais etapas. É consensual que houve desvio de dinheiro público, seja através da manipulação de licitação na Câmara dos Deputados, seja no Visanet do Banco do Brasil.
Há maioria já definida sobre a condição de fictícios dos empréstimos tomados pelas agências de Marcos Valério e pelo PT ao Banco Rural. Eles buscavam encobrir o desvio de dinheiro para financiamento político. Será a partir dessas decisões já tomadas pela maioria dos ministros que o Supremo Tribunal Federal enfrentará as demais etapas do processo do mensalão.
Já não há mais espaço para alegações de que o que houve foi “apenas” caixa dois eleitoral, que tudo não passou de “farsa” ou de golpe dos conservadores contra o governo popular de Lula.
A manifestação mais rombuda nesse sentido partiu do presidente do PT, Rui Falcão, que acusou “a mídia conservadora” e setores “do Judiciário” de serem instrumentos de poder de uma oposição “conservadora, suja e reacionária”.
O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, defensor do dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, condenado por 10 a 0 por gestão fraudulenta, pretendeu fazer uma análise técnica do julgamento, mas a intenção foi desqualificar as decisões do STF:
“O julgamento caminha para um retrocesso, como a desconsideração dos atos de ofício. Um julgamento que não assegura algumas garantias”. Para ele, “há um endurecimento do tribunal e uma flexibilização no julgamento”.
Ora grosseiramente, ora tentando transparecer uma análise técnica, surgem críticas à atuação do STF entre políticos e advogados ligados aos réus e em órgãos de imprensa, tradicionais ou virtuais, ligados ao governo ideologicamente e/ou por questões financeiras.
Por isso vários ministros ontem trataram de rebater essas críticas ao mesmo tempo que mantinham a “mão pesada” na condenação dos réus.
Gilmar Mendes ressaltou que “a Corte tem reiterado princípios caros aos cidadãos e ao estado de Direito, como o amplo direito de defesa”. E destacou que em nenhum momento o STF cuidou “de flexibilização desses princípios, mesmo diante da justa opinião do povo contra quem participou de um fato repugnante, merecedor de repúdio”.
Quando chegou sua vez de votar, o presidente da Corte, Ayres Britto, referiu-se a críticas “algo meio veladas” de que o STF “colocaria em questão o devido processo legal substantivo, como se alguns elementos conceituais tivessem sendo objeto de representação”.
Ele garantiu que até agora o STF “não inovou em nada nesse sentido fragilizador”.
Para corroborar essa afirmação, o decano do STF, ministro Celso de Mello, lembrou que já em 1994 usou uma expressão de Heleno Fragoso, que afirmava que basta que o agente se deixe corromper para que esse ato seja visto na perspectiva do ato de ofício. “Por isso o Código Penal pune aquele que ainda não se investiu no cargo público, mas aceitou se corromper”.
Rosa Weber já havia abordado esse tema quando deu o seu primeiro voto, chamando a atenção para o fato de que, devido à dificuldade inerente a esse tipo de crime, “tem-se admitido certa elasticidade na admissão da prova acusatória”.
Para a ministra, nos delitos de poder como o que está em julgamento, não pode ser diferente, pois “quanto maior o poder ostentado, maior a facilidade de esconder o ilícito com a obstrução de documentos, corrupção de pessoas”.
Luiz Fux também abordou essa questão mais de uma vez. Disse a certa altura que o julgamento técnico não pode servir de “subterfúgio” para crimes. Afirmando em outra ocasião que se chegou “à generalizada aceitação de que a verdade (indevidamente qualificada como “absoluta”, “material” ou “real”) é algo inatingível pela compreensão humana”, frisou que o que importa para o juízo “é a denominada verdade suficiente constante dos autos”.
Para ele, o moderno Direito Penal resgata “a importância que sempre tiveram, no contexto das provas produzidas, os indícios, que podem, sim, pela argumentação das partes e do juízo em torno das circunstâncias fáticas comprovadas, apontarem para uma conclusão segura e correta”.

HUMOR A Charge do Chico Caruso



Coisas do Brasil, por Nelson Motta


POLÍTICA


Nelson Motta, O Globo
Para uma geração que passou por uma ditadura militar, por inflações estratosféricas, diversas moedas e desvarios econômicos, por décadas de desmandos e corrupção impunes, é quase inacreditável a alegria de ver o ex-senador Luiz Estevão, o juiz Lalau, e, em breve, Paulo Maluf, devolvendo, juntos, mais de 500 milhões de reais ao Tesouro Nacional. Confesso que jamais imaginei viver esse dia.
Ainda mais inacreditável é ver ao vivo na televisão políticos governistas, banqueiros e empresários sendo condenados pelo Supremo Tribunal Federal por caixa dois e gestão fraudulenta.
E o melhor é que as primeiras condenações já bastam para levar vários à cadeia, firmando jurisprudência para condenar os corruptos e corruptores dos mensalões de Minas e de Brasília.
Se há dez anos uma vidente me fizesse essa profecia eu iria embora sem pagar a consulta, às gargalhadas. E a chamaria de louca se falasse de uma Lei da Ficha Limpa, que impediria políticos condenados pela Justiça de disputar eleições.
Se um roteirista me apresentasse a história real de Demóstenes e Cachoeira eu desistiria nas primeiras páginas, porque seria inverossímil e cheia de clichês.
O triste é que esses eventos tão extraordinários e surpreendentes para nós seriam a norma em qualquer país civilizado e democrático.
Em compensação, para as gerações que passaram por tantos dissabores, derrotas e descrenças no Brasil, essas conquistas têm muito mais valor e sabor do que para a geração do meu neto de 16 anos, que já começa a votar em um país democrático, que vai se civilizando aos trancos e barrancos. Não é só o futebol, o Brasil é uma caixinha de surpresas.
Mas não consegui explicar a um amigo americano o atual momento brasileiro: se nosso salário mínimo é de 325 dólares e a renda per capita anual de 11 mil dólares, como o custo de vida no Rio e em São Paulo pode ser igual ao da Flórida, que tem renda per capita de 44 mil dólares? Como os imóveis aqui podem ser mais caros?
Não há teoria econômica, ou esotérica, que explique. Talvez a velha expressão que ouço há sessenta anos, para o bem e para o mal: coisas do Brasil.

Nelson Motta é jornalista

CRÔNICA Cartas de Seattle: Hora de cair na água. Gelada



Coisas estranhas acontecem no verão de Seattle. Homem de terno deitado na grama tomando sol, gente de calça jeans arregaçada entrando em lago pra se refrescar, barraca de camping montada na areia da praia pra se proteger do sol. Guarda-sol pra quê?
Quando a temperatura sobe e o vento passa à categoria “agradável”, é hora de se voltar para a água em Seattle. São inúmeras as prainhas e os parques na beira dos lagos. Vista bonita + temperatura agradável = diversão garantida.
O mergulho na água de 11 graus centígrados é de graça; fora isso a felicidade custa a partir de US$ 7,70. Esse é o preço do embarque em uma balsa na orla de Seattle para atravessar para a ilha de Bainbridge.
O bom é ir para o andar superior e escolher um lugar perfeito para ver a cidade se afastando devagarinho, amarelada pelo banho de sol, os prédios enormes ficando menorzinhos e quase todos os cartões postais da cidade cabendo numa mesma fotografia. Imagem para resgatar da memória quando chover 10 dias seguidos em novembro.
Balsa não é aventura suficiente? Tem caiaque, pedalinho e paddle board, uma prancha como as de surfe só que, na falta de onda, o esportista fica de joelhos ou mesmo em pé, com um remo, se equilibrando. Tudo a partir de US$ 17 a hora.

Foto: Camila Piccoli

Nos dias de muito sol, ou mesmo de pouco sol mas algum calor (calor de Seattle, claro), você vai ficar de olho comprido para os iates e lanchas que cortam os lagos ao redor da cidade. Barco é a casa de praia ou de campo daqui. Depois de garantir a casa própria, você vai considerar ter o seu. Nem que seja somente delírio de verão.
Para não achar que só você não está se divertindo, o aluguel de um barco custa a partir de US$ 99 a hora, comportando 10 pessoas. Com a vantagem de não se preocupar com manutenção nem lugar na marina durante os meses em que vento no rosto for sinônimo de tortura.
O inusitado do verão de 2012 foi a banheira flutuante. É sério: um barco com hidromassagem instalada para você e mais cinco amigos ficarem rodando o lago imersos em uma água quentinha enquanto todos os demais só vão tomar banho ao ar livre se for geladíssimo. O mimo custa US$ 119 a hora. Eu avisei que tinha coisa estranha por aqui.

Melissa de Andrade é jornalista com mestrado em Negócios Digitais no Reino Unido. Ama teatro, gérberas cor de laranja e seus três gatinhos. Atua como estrategista de Mídias Sociais em Seattle, de onde mantém o blog Preview e, às sextas, escreve para o Blog do Noblat.

A pergunta é a mesma, por Maria Helena RR de Sousa



Onde é que nos estamos? é o título de meu artigo para o Blog de 1º de junho de 2006, no qual pergunto:
Na Terra do Nunca? Na Ilha da Fantasia? (...) O presidente-candidato, esse está no País das Maravilhas, tomando chá com o Coelho e com o Chapeleiro Maluco. Aliás, creio que ele incorporou a Alice, é mesmo o Lulalice...
Vejam se não tenho razão: em seus papos radiofônicos, ou mesmo nas conversas de palanque, o presidente-candidato descreve um país extraordinariamente bem resolvido. Fome? não há mais. Educação? todas as crianças estão na escola. Saúde? quase perfeita. Economia? de vento em popa. E por aí vai ele, cantando em prosa os feitos de seu governo. Defeitos, se ainda os há, são os herdados. Erros: os cometidos pelos outros, os traidores. Quem são esses Calabares? O presidente-candidato não sabe, não faz a menor ideia de quem sejam.
Na História deste país nunca se fez tanto, se trabalhou tanto, se construiu tanto, se inaugurou tanto. Nunca ninguém se amou tanto quanto o presidente-candidato, se curtiu tanto, se elogiou tanto. Chegou a dizer que dona Marisa é muito bem casada, é mesmo uma das mulheres mais bem casadas do Brasil! Isso num microfone, para uma plateia, com o testemunho da própria ao lado, sorrindo, feliz de ouvir o marido se referir a ela com tal elogio.
Creio que dona Dilma já se mudou para esse lugar encantado. Pelo menos o paraíso que ela descreve na nota enviezada, quer dizer, na nota oficial de presidente da República dirigida indiretamente ao ex-presidente Fernando Henrique, é um resumo do que Lulalice dizia.
A nota assinada pela presidente responde a um artigo que não lhe foi endereçado; não responde a nenhum item mencionado no artigo, só repete a eterna cantilena: "Recebi um país mais justo e menos desigual"; "O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista"; "Recebi um Brasil mais respeitado lá fora". E patati, patatá.
Sobre o episódio mais entusiasmante de nossa história recente, nem um pio. Será que ela não sabe do esforço dos onze (agora dez) juízes do STF para desentortar o Brasil? Que cada um deles vem dando muito de si? (Alguns até surpreendentemente, pelo menos para mim). Que os ministros Rosa Weber e Luiz Fux foram ótimas escolhas?
Deve saber sobre o surto do presidente do PT, partido que chefia a coalizão que sustenta seu governo. Não que seja coisa para preocupar. A Guerra de Osasco seria a chanchada do século, mas é um acinte com o STF deixar solto na área o senhor Falcão.
Quem foram os Calabares? Será que o senhor Falcão sabe? Se a presidente o enviar para a Terra do Nunca pode bem ser que o Capitão Gancho consiga que ele nomeie os traidores.Time is Money e isso economizaria um bom tempo do STF. Pense nisso, dona Dilma.

O DRAGÃO FARMACÊUTICO – 2



Magu
A revista norte-americana Nursing Online Education Database, de 27/03/2008, publicou artigo assinado por Laura Milligan (foto), no qual consta uma relação de 25 fatos chocantes sobre a indústria farmacêutica (os fabricantes de remédios). Ela aponta no artigo, em inglês, que “as grandes empresas fabricantes de medicamentos têm sido sistematicamente acusadas de colocar seus lucros acima dos pacientes, fazendo divulgar falsas campanhas de relações públicas (marketing) e outras”. Abaixo seguem alguns dos fatos mencionados no artigo. Os preços dos medicamentos apresentam aumentos mais rápidos do que qualquer paciente possa pagar – os preços da maior parte dos medicamentos mais freqüentemente prescritos são sistematicamente aumentados, às vezes, mais de uma vez por ano.
Alguns medicamentos apresentam uma margem de lucro de até 1000% sobre o custo de seus ingredientes. Os médicos podem ter um motivo a mais para prescrever os medicamentos – os representantes dos fabricantes, visitantes habituais dos consultórios médicos, freqüentemente oferecem presentes para convencer os médicos a prescrever os medicamentos que eles representam. Esses representantes dificilmente possuem conhecimentos ou educação médica ou científica. As indústrias fabricantes de remédios gastam mais em marketing do que em pesquisa – quase duas vezes! Culpados pelas fraudes contra o sistema de saúde americano (Medicare) – os fabricantes de medicamentos estão sendo julgados em cortes federais americanas, em decorrência de suas explorações feitas ao sistema de saúde. A Astra Zeneca pagará mais do que US$ 340 milhões em multas por envolvimento com médicos para fraudar o sistema de saúde. A riqueza combinada dos 5 maiores fabricantes de remédios supera o Produto Interno Bruto (PIB) da África Sub-Saariana – de fato, o valor de mercado dos 5 maiores fabricantes de medicamentos é 2 vezes superior ao PIB de toda a região.
Os norte-americanos pagam mais por remédios prescritos em uma receita médica do que qualquer outro habitante no mundo – somente em 2002 esse número alcançou a cifra de US$ 200 bilhões. Os “novos” medicamentos, não são realmente novos – dois terços dos “novos” remédios prescritos são idênticos aos remédios existentes, ou são versões modificadas dos mesmos. As companhias fabricantes de medicamentos estão tirando vantagens dos países sub-desenvolvidos para realizar experimentos clínicos – isso porque a supervisão dos governos é mais frouxa.
Que acham? Podemos incluir o brazuca na lista?

PPP (Patifaria Pública Privada)

Walter Marquart
O caminho mais curto para destruir a confiança e implantar o caos: levar vantagem em tudo, PAC, PPP, imunidades, carga tributária impagável, desenfreado gasto público, dízimo partidário pago com dinheiro público, lobistas, empreiteiros e a compra de votos, eufemisticamente chamado de Bolsa-Família.
Coitados dos consumidores, porque quando o patrão é o governo, o lombo do povo fica vergado e manchado de feridas:/ eficiência não casa com PPP. Ela exige exclusividade no mercado, liberdade para arbitrarem os preços e, como de hábito, isenção de impostos. Se possível uma filial em cada bairro, rua, cidade ou repartição. Cada filial contará com diretoria indicada pelo partido.
Estas PPPs devem render muitas “sobra de campanha”, porque estão querendo criar outras. A experiência que deveria ser retirada das que já existem parece não ser suficiente. Basta analisar as concessões dos serviços públicos.
O concessionário desses serviços é um tipo de empresário defensor da “livre empresa”, que exige mercado cativo e o consumido,r seu exclusivo escravo. Eles querem e exigem o poder de estabelecer as taxas, o preço dos serviços, o preço dos produtos e a liberdade de transferir até o IR para o lombo do consumidor.
Assistindo e sofrendo com tudo que se assemelha a PPP ou que ainda está na mão do governo, basta ver o abuso nas contas de energia (elétrica, da geração até a distribuição e mercado livre para combustíveis), água e esgoto ou Infraero, temos a certeza de que as companhias que ainda são geridas pelo governo deveriam ser vendidas ou doadas. Que todas fossem disputar um autêntico livre mercado e defender, com unhas e dentes, a livre iniciativa. Inclua no rol o Banco do Brasil, com taxas e serviços caríssimos, parâmetros ideais para todos os outros bancos, que vivem aplaudindo-o.
Quem não sofre com o falso “livre mercado” do setor bancário? Tudo é combinado e regido pelo Banco Central;/ não é por outro motivo que sempre é indicado um banqueiro para presidí-lo. O Governo é o maior tomador, combinou que vai absorver tudo que puderem emprestar; as taxas são as maiores do mundo, tudo combinado entre Banco Central e Febraban. E saber que tudo terá que ser pago pelos contribuintes!
Só louco ainda não percebeu que no tempo da CSN (Cia. Sid. Nac) e da Vale (Vale do Rio Doce) em que o patrão era o governo, a pelegada só organizava greves, o tesouro socorria os buracos e tudo que produzissem era considerado verba para distribuir entre os funcionários. Hoje, na mão da livre iniciativa, QUE DIFERENÇA!
O erro das estatais de então é igual às atuais: o perdularismo na remuneração dos seus funcionários. Pelegada e diretores comendo no mesmo prato;/ combinam como esconder as regalias;/ escondem o crime de serem desastrados gestores públicos.
É por tudo isto, benéfico que as companhias que ainda estão na mão do governo sejam vendidas ou até doadas. O lombo do consumidor não deve mais ser a piscina para funcionário público (ou de estatal) nadar e se refrescar; sem ninguém que lhes cobre a eficiência ou a virtude que a CSN e Vale, agora na mão de particulares, passou a cobrar. E ter resultados.
A exigência governamental de que os entes econômicos paguem os impostos à vista arremessa-os, para poderem existir, a contrariar o que é bíblico: “NÃO BASEIE A TUA PROSPERIDADE NO DINHEIRO EMPRESTADO”. (Abraham Lincoln)
Os brasileiros, com urgência, precisam voltar a ter orgulho do seu país. E esta é a maior empreitada do Supremo Tribunal Federal. Quando esta causa tiver atenção e também for a prioridade e meta do legislativo, o Brasil voltará a ser o lar da esperança;/ o executivo será acompanhado com a lupa da verdade e a família voltará a ter futuro.  Façamos valer o direito de morrer sem ódios, iras ou injustiças, mas morramos em paz, porque cumprimos com nossos deveres e não afugentamos a verdade.
O Brasil da esperança não pode conviver com as relações clandestinas entre governantes, lobistas, empreiteiros e detentores de incentivos fiscais, porque nenhum deles é benéfico à sociedade. “A diferença entre Juízes de Primeira e Segunda Instância é: os primeiros pensam que são deuses, os outros, têm certeza”. Neste exato momento, antes tarde do que nunca, o Supremo Tribunal Federal está no trono e o povo irá eleger este trono como o seu Rei.

INTELECTOS EMBOTADOS



Ralph J. Hofmann
Desde que passei a escrever artigos ocasionalmente volto ao assunto da capacidade de ignorar o pensamento racional que certas pessoas talentosas demonstram.
Dentro de suas profissões, sejam atores, cantores, escritores ou jornalistas são capazes de trabalho eficiente e eficaz.
Contudo em termos políticos são culpados de absoluta cegueira e negação. Conseguem achar heróica e justificável uma ditadura de mais de cinqüenta anos em Cuba, não vêem nada de errado com uma FARC que aprisiona pessoas, dentre as quais algumas bastante  humildes por cinco, sete ou doze anos como se fossem assassinos. Na maioria dos casos prisioneiros da FARC que tivessem sido condenados no Brasil à pena de 30 anos passariam menos anos em uma cela do que os reféns desses terroristas passam na prisão verde da selva colombiana.
Além disto, por muito que o trânsito de drogas seja normal em certos meios ditos intelectuais, não deve haver muita dúvida de que o seu trafego, basicamente uma atividade de crime organizado é nefasta para a sociedade.
E por que este grupo de pessoas consegue desculpar a dilapidação dos recursos do povo, consegue aceitar uma carga de impostos de cerca de 40%  do PIB, recaindo com maior peso sobre o consumo das pessoas que estão, a duras penas, saindo do nível de sobrevivência para uma vida digna, sem que esta massa de impostos realmente resolva problemas de estrutura que viriam a baratear a produção nacional de bens.
Essencialmente o desprezo demonstrado pelos argumentos, infelizmente  pouco disseminados de pensadores brasileiros não engajados com o cego socialismo de mentirinha do PT e de outras agremiações seria uma prova de preguiça mental, de falta de vontade de  enfrentar seus pares para não ficar isolado?
Nos últimos quatro anos tenho ouvido muito pouco o termo neoliberal. Foi sepultado possivelmente porque o pouco que deu certo no Brasil nestes onze anos deriva do trabalho dos governos de Fernando Henrique Cardoso, que foi tachado de neoliberal, mas que essencialmente politicamente limitou-se a praticar a arte do possível.
Aqui faço uma pausa para dizer que Fernando Henrique, a partir de 2007 deveria ter expressado atitudes críticas muito claras para com o PT e Lula. Havia dado ao lulismo sua oportunidade de trabalhar sem ser acossado por críticas e não mudou a sua posição após ficar transparente o mal do mundo lulista, mesmo sendo o único líder com estatura para isto. Com todas as falhas que se lhe atribuíram, com todas as críticas que lhe desejem fazer comparado ao que aí está fez um governo impoluto.
Mas voltando às figuras do mundo artístico e literário que endossam tudo que estamos vivendo ouvi por estes dias um cronista americano, Pat Sajak analisando a mesma questão em Hollywood. Historicamente 80% (O número de simpatizantes dos Democratas talvez tenha baixado para 65% na presidência Obama).do mundo dos artistas apóiam o Partido Democrata.
O artista se entrevistado acha que paga pouco imposto.  Conversa! Na verdade acha que merece tudo que ganha.
Estes artistas, alguns fazendo quatro filmes ao ano à base de 15 milhões de dólares por filme  cuidadosamente empregam os melhores contadores e advogados de direito fiscal para pagar o mínimo possível.
Segundo Sajak, se quiserem podem emitir um cheque e darem mais algum dinheiro ao Tesouro que aceitará com prazer a contribuição. Alguns poucos talvez até façam alguma coisa, mas o normal é voarem nos seus jatinhos de uma de suas muitas casas para a outra enquanto endossam medias fiscais que cerceiam o desenvolvimento, não dos grandes empreendimentos, que se forem taxados em excesso migrarão e farão seus negócios em  países com políticas fiscais menos duras, mas afetam os pequenos e médios negócios bem sucedidos.
Claramente nenhum deles acha estar sendo excessivamente remunerado, nem que talvez devesse pagar os impostos sem lançar mão de abrigos fiscais contidos na lei.
Isto chama a atenção num momento em que a presidência Obama endivida o país em projetos que nunca dão certo e joga obstáculos a projetos que gerariam uma recuperação rápida, mas que não se enquadram nos seus ideais socialistas e comunistas.
Um dos problemas é que os artistas são membros de uma elite criativa. Nas suas profissões são capazes de grandes acertos pela via do instinto. Um músico sabe que isto ou aquilo dará certo, ou ao menos sente que sabe. Um escritor também. Eles podem queimar fases.
Mas um país não deveria ser dirigido intuitivamente. Ideais não deveriam substituir o planejamento sólido. Um objetivo depois de enunciado deve passar por um processo construtivo que explique com chegamos do status inicial ao objetivo final.
Exemplos claros no Brasil foram a pletora de refinarias, a transposição do Rio São Francisco, a Ferrovia do Norte do Sarney, a Copa do Mundo e a Olimpíada, todas iniciativas tomadas sem um estudo de viabilidade e de rentabilidade.  Enquanto isto as safras não chegam aos portos porque as estradas não comportam os caminhões, os portos não têm capacidade e assim por diante.  No entanto o dinheiro esteve disponível para os trabalhos de infra-estrutura necessários, apenas foi destinado para atividades mais vistosas e onde pudesse ser desviado.
E os “intelectuais” do Brasil de uma forma geral continuam aplaudindo e subindo nos palanques.
Mas nem pensar em contratar um professor de Introdução à Economia.

EXPULSO DO PARAÍSO



Giulio Sanmartini
O advogado e ex ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, adquiriu a fama de conseguir a absolvição de réus, considerados indefensáveis, por isso, no meio advocatício é tratado por “God” (Deus em inglês).
Todavia, teve que engolir a condenação de seus clientes, os banqueiros José Roberto Salgado e Kátia Rabello, ambos pelos crimes de gestão fraudulenta, ameaçados de pegar 12 anos de cadeia.Seis integrantes do STF entenderam que a cúpula do Banco Rural burlou órgãos de fiscalização e atuou conscientemente para liberar, sem as garantias devidas, 32 milhões de reais para o esquema criminoso. A moeda de troca seria, conforme a acusação, promessas de que Marcos Valério poderia abrir portas no governo federal para interesses da instituição financeira.
Portanto o ex-ministro, mostrou ser um deus de araque, estando mais próximo a um pobre rábula chicaneiro. Pobre é força de expressão, haja vista que recebeu dos seus cliente R$ 20 milhões para defendê-los sem sucesso. Ao que tudo indica vai ser expulso do paraíso.

OBAMA RECONHECE O RECIFE COMO A ORIGEM DOS PRIMEIROS JUDEUS AMERICANOS;



Proclamação do Presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, elegendo maio como o Mês da Herança Judaica Americano, começando por fazer referência ao Recife de onde, em 1654, saíram os 23 primeiros judeus para a Nova Amsterdã, hoje Nova York. 

Proclamação Presidencial:

Há 350 anos, um grupo de 23 refugiados judeus fugiram do Recife, Brasil, acossados pelo fanatismo e pela opressão.
Para eles, isto marcou o fim de mais um capítulo de perseguição a um povo que tinha sido testado do momento em que se reuniu e professou a sua fé.
No entanto, eles também marcaram um novo começo.
Quando esses homens, mulheres e crianças desembarcaram em Nova Amsterdam - que mais tarde tornou-se New York City - encontraram não só um porto seguro, mas laços iniciais de uma tradição de liberdade e oportunidade que iria vincular para sempre a sua história com a história Americana.
Aqueles 23 crentes abriram o caminho que milhões seguiram.
Durante os 3 séculos seguintes, Judeus de toda parte foram construir novas vidas na América - uma terra onde a prosperidade era possível, onde os pais poderiam dar a seus filhos mais do que eles tinham, onde famílias não mais temeriam o espectro da violência ou do exílio, mas viveriam a sua fé aberta e honestamente.

Mesmo aqui, Judeus Americanos sentiram as dores de males e hostilidade, ainda, através de cada obstáculo, gerações carregaram consigo a profunda convicção de que um futuro melhor estava ao seu alcance.
Na adversidade e no sucesso, juntaram-se uns aos outros, renovando a tradição de comunidade, os propósitos morais e partilharam a luta tão inerente à sua identidade.
Sua história de inquebrantável perseverança e sua crença nas promessas do amanhã oferecem uma lição não só aos Judeus Americanos, mas a todos os Americanos.

Gerações de Judeus Americanos contribuiram para algumas das grandes realizações do nosso país e enriqueceram para sempre a vida da nossa nação.
Como um produto de herança e fé ajudaram a que abríssemos os olhos para a injustiça, para os necessitados e para a simples idéia de que devemos reconhecer a nós mesmos nas lutas de nossos companheiros homens e mulheres.

Esses princípios fizeram com que advogados Judeus lutassem pela igualdade e direitos das mulheres no trabalho e a pregar contra o racismo dos --- bimah: inspiraram muitos a conduzir simpatizantes em marchas para acabar com a segregação, ajudaram a forjar vínculos inquebráveis com o Estado de Israel e a manter o ideal de tki... (de melhorar o mundo) - nossa obrigação de consertar o mundo.
Judeus Americanos serviram heroicamente na batalha e nos inspiraram a perseguir a Paz, e hoje, eles se mantêm como líderes nas comunidades em toda a nosssa Nação.
Mais de 300 anos depois que esses refugiados puseram os pés na Nova Amsterdam, comemoramos o contínuo legado dos Judeus Americanos - dos milhões que atravessaram o Atlântico à procura  de uma vida melhor, para seus filhos e netos, e para todos cuja crença e dedicação os inspirasse a alcançar o quê os seus antepassados podiam apenas imaginar.

Nosso país é mais forte por sua contribuição, e este mês, comemoramos as inúmeráveis maneiras com que enriqueceram a experiência Americana.
AGORA, POR CONSEGUINTE, EU, BARACK OBAMA, Presidente dos Estados Unidos da América, investido da autoridade a mim concedida pela Constituição e pelas leis dos Estados Unidos, aqui proclamo o mês de Maio de 2012 como o Mês da Herança Judaica. Convoco todos os Americanos a visitarem www.JewishHeritageMonth.gov para que aprendam mais sobre a herança e a contribuição dos Judeus Americanos e para que usufruam este mês com programas apropriados, atividades e cerimônias.
Em testemunho para este fim ponho a minha assinatura neste segundo dia de maio, do ano de dois mil e doze, e de 236 anos da Independência dos Estados Unidos da America.
BARACK OBAMA

* Traduzido do Boletim da Casa Branca por Liliana Falângola (Recife).

Transcrito do Blog Pletz@le e enviado por Stella Garber

OBRA-PRIMA DO DIA - SEMANA DA LOGGIA DEI LANZI Figuras históricas e mitológicas na linda 'loggia'



Como já dissemos, são 13 as estátuas abrigadas sob a Loggia dei Lanzi. Já falamos das três mais renomadas e que não ocupam essa posição por nenhum outro motivo senão o da excelência de sua execução: Perseu e a cabeça da Medusa, de Cellini, e O Rapto das Sabinas e Hércules e o Centauro, de Giambologna.
As outras estátuas que completam o rico acervo da Loggia, são O Rapto de Polixena, de Pio Fedi, Menelau e Patroclo, cujo autor é desconhecido, mas que é uma relíquia romana, os dois leões já mencionados e seis figuras femininas, em mármore branco, que ficam junto à parede do fundo.
Acima detalhe de uma das cinco Sabinas que podemos ver na Loggia. Não se sabe ao certo se é da época de Trajano ou de Adriano. Encontrada em Roma, em 1541 ou 1584, sabe-se com certeza que está em Florença desde 1787 e na Loggia desde 1789.
A estátua Romana de Menelau e Patroclo (foto abaixo) tem uma história polêmica. Alguns historiadores dizem que foi descoberta num vinhedo a menos de um quilômetro de Roma; outros que foi encontrada em meio às ruínas do Fórum de Trajano. (Resumir o episódio da Ilíada que envolve Patroclo, Aquiles e Menelau é um tour de force acima de minhas forças. Por isso o link).
O que se sabe sobre essa obra ao certo é que pouco antes de 1570, Cosimo I de Médici a comprou e obtida a permissão do papa Pio V, a levou para Florença. A primeira menção oficial à estátua está justamente no testamento de Cosimo I, de 1574.


Ela ficou anos numa das pontas da Ponte Vecchio. Depois disso, no decorrer de mais de dois séculos, passou por inúmeras restaurações até ser colocada na Loggia dei Lanzi. Apesar da restauração de um dos braços de Patroclo ser objeto de muitas críticas e do elmo de Menelau não ser em absoluto igual aos desenhos da época em que chegou a Florença, ainda assim é uma das maiores atrações da Loggia por sua origem Romana e por representar um dos mais pungentes episódios da Ilíada de Homero.
O Rapto de Polixena, de 1865, (imagem abaixo) é obra de Pio Fedi. O desespero de Hécuba diante do corpo do filho morto ao ver sua filha Polixena ser raptada a mando de Aquiles, o assassino de seu filho, pode ser sentido nessa estátua magnífica que conta outro episódio do poema de Homero.


Aqui um breve resumo: Polixena é filha de Hécuba e do rei de Tróia; Aquiles mata seu irmão Troilus diante dela; depois, ele se apaixona por ela. Louco de paixão, resolve raptá-la; foi nesse convívio forçado que ela descobriu o único ponto fraco de Aquiles: seu calcanhar é vulnerável e ela conta o segredo a Paris. O resto da história, só em livros sobre mitologia grega ou lendo Homero...
Mas depois me digam se uma visita à Loggia não é o máximo?

Loggia dei Lanzi, Florença, Itália