terça-feira, 6 de novembro de 2012

Fora da lei, mas simpáticos, por Carlos Tautz



O atual vôo de galinha da economia brasileira se carateriza fácil: tem volumes crescentes de dinheiro público subsidiando interesses concentradores privados, desconhece qualquer transparência (como ordena a Constituição), viola sistematicamente direitos humanos e muito, mas, muito, mesmo, desrespeita a legislação ambiental.
Neste Brasil crescimentista, não tem qualquer importância as leis que protegem o ambiente e quem nele habita, mesmo que esta legislação esteja, em vários casos, entre as melhores do planeta.
Ao padrão de acumulação no Brasil – onde o Estado opera em harmonia rebaixada com interesses privados -, importa apenas que o lucro se realize no menor estaço de tempo. E sem qualquer obstáculo, nem que os “obstáculos” sejam o ambiente e a vida humana.
Pois, é justamente isso que explica a desfaçatez, arrogância e desprezo pela ordem Republicana com que o governo obreirístico de Dilma busca se legitimar: na justificativa de que seria simplesmente porque seria necessário antecipar prazos e deter supostos atrasos de projetos privados.
Entre essas aberrações do mínimo espírito democrático estão o monstrengo Belo Monte, que apenas serve para azeitar a máquina sarneysista que gostosamente Lula, primeiro, e, agora, esta Dilma, versão light da ditatorial Dama de Ferro inglesa, vão levando ao arrepio do bom senso e somente para garantir os financiamento de campanha desta e das próximas gerações.

 Foto: Atossa Soltani / Amazon Watch / Spectral Q, 2012

Nesta segunda-feira, seguindo aí este espírito de capitalismo bangue-bangue, o Valor noticia que “duas medidas na área ambiental que estão sendo costuradas pelo governo devem tornar mais rápida a liberação de grandes obras de infraestrutura, alterando a forma de atuação do Ibama. Comissão formada por representantes da União, Estados e municípios analisa decreto que definirá qual tipo de obra cada esfera de governo terá de licenciar, liberando o Ibama de se envolver em milhares de pequenas operações. Além disso, serão simplificados os estudos para obtenção de licenciamento. Em vez de exigir para todas as obras um Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), será pedido Relatório Ambiental Simplificado (RAS)” (…) que terá uma quantidade menor de informações, com custos mais baixos e maior rapidez para conclusão”.
A descompostura moral se conclui com o fato de que quem o faz é o governo de quem tem como principal bandeira a lembrança de ter sido torturada em defesa da democracia – como se apenas o passado, e não as ações do presente, definissem quem de fato é democático.
Para completar a falta de caráter institucional, a fração hegemônica do Estado brasileiro faz saber aos círculos inferiores, através da mesma edição do Valor, que “Proposta prevê pagamento de royalties para índios”. Em outras palavras: somos fora da lei, mas simpáticos, porque até relegamos a esses mendigos do mundo rural as migalhas do bilhões que acumulamos.

Carlos Tautzjornalista, coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e Controle Cidadão de Governos e Empresas (www.maisdemocracia.org.br).

PT continua acreditando que existe a nova classe média com renda per capita de R$ 291 mensais.



Carlos Newton
Em matéria de factóides (simulações de fatos), o governo do PT está se mostrando imbatível. Depois de criar a nova classe média, inventada pelo economista Marcelo Nery, que ganhou pelos serviços prestados a importante presidência do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, agora o novo factóide do governo são os “planos” para essa nova classe média.
Como se sabe, quando trabalhava na Fundação Getúlio Vargas, Nery realizou uma obra de contorcionismo econômico para concluir que toda família com renda per capita de R$ 291 já teria saído da pobreza e entrado na classe média. Assim, uma família de cinco pessoas, com renda mensal de apenas R$ 1.455, no entender do criativo economista, tinha de ser considerada de classe média.
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RICOS E POBRES
A imprensa engoliu esse factóide goela abaixo e o governo adotou a tal nova classe média. Agora, os repórteres Lu Aiko Otta e João Domingos, do Estadão, dão segmento ao lance e anunciam que o PT pretende utilizar a gestão de Fernando Haddad em São Paulo a partir de 1º de janeiro de 2013 para reciclar sua agenda programática.
“A promessa de Haddad de ‘derrubar os muros’ que separam a população pobre da rica será complementada, segundo petistas, por um trabalho conjunto da Prefeitura com a presidente Dilma Rousseff, com foco especial na nova classe média, um contingente de 40 milhões de consumidores surgido na última década”, afirmam os jornalistas, mas ressalvando que nem tudo é delírio, pois às vezes as autoridades caem na real.
“Em conversas com seus conselheiros políticos, Dilma costuma repetir que essa parte da população brasileira continua sem acesso a planos de saúde e a escolas particulares. Acabará cobrando, portanto, a melhoria desses serviços do poder público”, diz a reportagem do Estadão, especulando sobre o óbvio ululante celebrado por Nelson Rodrigues.
“Nosso grande desafio é o da melhoria dos serviços públicos, porque esses 40 milhões que entraram na classe média recentemente ainda têm renda muito baixa”, admitiu o deputado Paulo Teixeira (SP), um dos petistas que trabalhará na tentativa de transformar projetos da gestão Haddad num laboratório para o programa de governo do partido com vistas à campanha de 2014.

ENXERGAR OPORTUNIDADES




Enxergar oportunidades “Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade.” Winston Churchill Ouço muitas pessoas dizendo “que não dá”, “que não tem jeito”, “que não há oportunidades na empresa, cidade, país”, enfim, “no mundo”.
Dizem, ainda, “só os que têm sorte encontram oportunidades”. Existem ainda os que dizem que é a oportunidade que vai atrás desses “sortudos”. Acham que a oportunidade baterá à sua porta em forma de um belo presente, acompanhada de um consultor, o qual dirá quais as oportunidades existentes e como explorá-las.
Frases típicas são: “Fulano nasceu com aquilo voltado prá lua”, “Pô, o cara tem estrela” e por aí afora. Um ditado que está num livro de 1780 – “Adágios, Provérbios, Rifãos e Anexins da Língua Portuguesa” – editado pela Real Casa Portuguesa, que diz: “Andando na égua e perguntando por ela”. A situação que esse ditado descreve é mais comum do que se imagina. Enxergar oportunidades é a capacidade de fazer conexão entres as coisas que “passam batidas” pela maioria das pessoas.Como diz a frase acima, às vezes a oportunidade está bem próxima da gente, debaixo de nosso nariz, mas não a enxergamos.
Na nossa própria empresa ou profissão, muitas vezes, deixamos de explorar sadiamente oportunidades de parceria, cooperação, alianças estratégicas, associações, compra conjunta, terceirização, com clientes e fornecedores que já conhecemos há anos. Falando em clientes, vejo muitas empresas se preocupando em atrair novos – o que requer alto investimento – e esquecendo-se de buscar a fidelização dos antigos – o que normalmente requer baixo investimento – ou seja, ganha-se de um lado e perde-se de outro. Ray Kroc não foi o fundador da Mc Donalds. Ele era vendedor de máquinas de milkshake e teve a capacidade de enxergar o que os irmãos Mc Donalds não estavam enxergando. Associou-se a eles e tornou o modelo da pequena lanchonete dos irmãos numa das maiores franquias do mundo.
A ditado que diz: “A oportunidade é um cavalo que passa encilhado apenas uma vez na vida” não está necessariamente certa, pois para os que têm a capacidade de enxergar o que os outros não vêem “vários cavalos passam encilhados” todo dia. São pessoas que estão sempre ligadas na idéia de expansão de negócios, lançamento de novos produtos e serviços, novas maneiras de fazer as coisas. Sabem tirar proveito de situações inusitadas para avançar nos negócios.
Um exemplo simples: alguns empresários do agronegócio, com visão de oportunidade, aproveitaram os incentivos do governo federal – principalmente financiamentos mais baratos – para investir no nordeste do Brasil. Para a maioria das pessoas, está região não tinha futuro, só seca, calor e pobreza. Pois esses visionários furaram poços e desviaram rios e estão produzindo frutas tipo exportação e até vinho, transformando a região num oásis de prosperidade, ou seja, onde a maioria esmagadora só via ameaças e problemas, alguns viram oportunidades.
Prof. Heinz tem 22 anos de experiência como profissional de RH, empresário, consultor e instrutor. É palestrante nas áreas de motivação, vendas e liderança, diretor da Alfa Educação Corporativa Ltda. e autor do livro e DVD Atitudes de Resultado

O fator Valério, por Merval Pereira



Merval Pereira, O Globo
Há realmente um movimento, incipiente ainda, entre os ministros do STF, para reduzir as penas de Marcos Valério e Roberto Jefferson pelo papel que tiveram no processo da Ação Penal 470.
Ao dar informações que ajudaram nas investigações, os dois teriam direito a uma benevolência da Corte, embora em nenhum momento do julgamento essa hipótese tenha sido aventada em relação a Valério.
Há dúvidas sobre se a lista de receptores do dinheiro desviado dada por Valério foi relevante ou se ele a entregou porque já estava tudo desvendado.
Quanto a Jefferson, o ministro Luiz Fux chegou a defender redução da pena por ter sido ele o denunciante do esquema, sem o qual não teria sido possível o processo. Seu caso é mais fácil, pois suas penas ainda não foram definidas e, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, deve ser punido com menos anos que Valério.
Embora seu advogado o considere um “réu colaborador”, ainda não há formalização dessa situação, e em nenhum momento o relator Joaquim Barbosa se referiu a essa condição quando definiu as penas para o principal operador do mensalão. Ao contrário, pediu penas duras para Valério, e os ministros o seguiram. Soa estranho que agora decidam reduzir a pena por uma colaboração que não foi levada em conta na sua definição.
A questão mais importante é haver, na Corte, quem queira organizar movimento nesse sentido, pois qualquer ministro pode levantar a hipótese enquanto a dosimetria não chegar ao fim. Embora não tenha nada a ver com as novas versões que Valério teria dado em depoimento ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em setembro, a eventual redução de sua pena total, que hoje chega a 40 anos, pode indicar boa vontade do STF em relação a novos julgamentos em que ele será réu.
Outro aspecto que terá que ser avaliado cuidadosamente pelos ministros é a segurança de Valério, que se consideraria ameaçado. Gurgel ontem disse que, pelas informações que tem, não há motivo para dar segurança a ele por enquanto, mas já há ministros que estão entendendo seu pleito de entrar no programa de proteção a testemunhas como “pedido de socorro”.
Há outros, no entanto, que consideram que tudo não passaria de um golpe do publicitário para se livrar da cadeia, e há indicações de que até o momento não deu garantias de que o que já disse, ou tem a dizer, pode ser apoiado por provas.
Na verdade, há uma espécie de queda de braço entre o Ministério Público e a defesa de Valério, cada um tentando saber até onde o outro pode ir.
A questão mais delicada politicamente é a que envolve o ex-presidente Lula, não incluso na Ação Penal 470, mas que é acusado em representação do procurador regional da República Manoel do Socorro Tavares Pastana de crime de responsabilidade por suposta atuação beneficiando o banco BMG no crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS.
O juiz Paulo Cezar Lopes, da 13ª Vara Federal, ainda não decidiu se recebe a denúncia. Não há provas que atestem “categoricamente” vínculo entre o suposto auxílio ao BMG e o mensalão, mas a ação tem indícios claros de que o BMG foi beneficiado pela burocracia federal, o que pode indicar favorecimento em troca dos empréstimos, considerados fictícios pelo STF, dados pelo banco ao PT e a Valério.
Relatório do TCU de 29 de setembro de 2005, por exemplo, acusa o BMG de ter sido a instituição financeira cujo processo no INSS ocorreu de forma mais célere. Teriam sido cinco dias entre a publicação do decreto que abria a exploração do crédito consignado para todas as instituições financeiras e a sua manifestação de interesse, e outros oito dias para a celebração do convênio, quando um processo desses leva em média dois meses.
Essa agilidade teria permitido, segundo a denúncia, que o BMG fosse a única instituição não pagadora de benefício previdenciário a atuar só no mercado de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas por quase dois meses, de agosto a outubro de 2004.
As informações que eventualmente Valério tiver sobre essa questão e outras podem favorecê-lo em processos abertos ou futuros, agora já com a figura da delação premiada, que não pode ser usada para a redução da pena no processo do mensalão.

Chega a 92 o número de policiais mortos em São Paulo



PRESO POLÍTICO



Ancião
Apesar de ser, eu também, um beletrista (1), como já se declarou o co-editor Magu, não tenho o preparo suficiente para ser um redator de primeira. Por isso, os leitores devem me perdoar por postar os textos de jornalistas que escrevem bem. Por que eu obrigaria os distintos leitores a ler obra de escrivinhador, quando temos disponíveis redatores mais qualificados? Por exemplo, tal é o artigo escrito por Jorge Serrão, que trata da postura hipócrita do Pedro Caroço, a respeito do asilo político a ser concedido à quadrilha do mensalão, pela Venezuela. Tudo leva a crer que isto acontecerá, salvo se o STF bloquear a tempo os passaportes dessa corja.  Lembrem-se daquele médico ginecologista que estuprou  centena de mulheres, estava condenado, renovou seu passaporte depois do habeas-corpus concedido pelo STF e foi embora para o Líbano definitivamente? Infelizmente este é o nosso brasil varonil.
Reservo-me o direito de ser apenas um pesquisador, e que o senhor editor, com seu espírito democrático se dispõe a publicá-los, coletando textos que nem sempre nossos visitadores teriam tempo para procurar. Apenas uma ânsia em difundir mais conhecimento e divulgar textos escorreitos, que honram a língua pátria.
“Especialista histórico em se passar por vítima, o mega-consultor José Dirceu de Oliveira e Silva pretende posar de “perseguido político”. Seu objetivo é conseguir que algum país otário ou algum desinformado defensor transnacional dos direitos humanos lhe consiga um asilo político – que pode ou não ser usado. Já se especula que a Venezuela, de Hugo Chávez, aceitaria abrigar os “exiláveis” José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha e Delúbio Soares”… (a íntegra em
(1) Que ama e cultiva a literatura, as belas-letras
(2) Foto: Pedro Caroço e sua primeira mulher Clara Becker, cujo caroço  já deve ter tido seus dias de glória.

A fatalidade nas queimas de arquivo



Carlos Chagas
São milhares os casos de queima de arquivo em nossa história. Aliás, da história do mundo inteiro. Vamos ficar em três exemplos recentes. Em 1962 Gregório Fortunato estava para ser libertado em poucos dias, por ato do presidente João Goulart. Em 1954 mobilizara a Guarda Pessoal da presidência da República, que chefiava, para tentar assassinar o jornalista Carlos Lacerda, responsável por impiedosa campanha contra o presidente Getúlio Vargas. Identificado, Gregório viu-se condenado a mais de vinte anos de prisão.
 “Vou contar tudo…”
Gregório jamais abriu a boca para revelar se havia um mandante ou se o atentado onde morreu um oficial da Aeronáutica fora de sua iniciativa. Prestes a ganhar a liberdade, teria manifestado o desejo de contar tudo e revelar a quem obedecia, ou quem o havia estimulado. Morreu esfaqueado na Penitenciária Lemos Brito por um preso meio débil mental, incapaz de revelar o porquê de seu ato.
Um corte na história nos leva ao assassinato de PC Farias, o caixa de campanha de Fernando Collor, responsável pelas contas pessoais e familiares do então presidente da República, óbvio achacador dos meios econômicos e financeiros da época. Poucos empresários escaparam de sua coleta milionária. Denunciado e condenado, conseguiu sair clandestinamente do país, passando a viajar pelo mundo. Identificado na Tailândia, foi recambiado para o Brasil, ficando algum tempo na prisão, beneficiando-se em seguida para estabelecer-se em Alagoas. Lá, foi morto por uma namorada recente, que se suicidou em seguida. Pairaram dúvidas sobre os policiais militares encarregados de sua segurança, mas nada foi apurado. Crime passional, concluíram.
Não faz pouco mataram o prefeito de Santo André, Celso Daniel, um dos companheiros mais chegados ao Lula, recém-eleito presidente. O caso foi dado como crime comum, ele teria sido vítima de latrocínio, um assalto seguido de morte. Ampla cortina de fumaça envolveu o episódio, inconcluso como os outros dois referidos. Cheio de buracos, como agora levanta Marcos Valério, operador do mensalão e já condenado a 40 anos de prisão. A República vai tremer, se o publicitário vier a falar o que sabe e o que viu, como anuncia num dia para desmentir no seguinte.
É preciso tomar cuidado com as coincidências. Mesmo estando em liberdade, pois sua sentença ainda não transitou em julgado, Valério assemelha-se a um arquivo vivo. Não pela lei, mas pela natureza das coisas, o Supremo Tribunal Federal é responsável por sua segurança. Adianta pouco imaginar que se já estivesse preso, estaria imune a atentados. Basta lembrar o que aconteceu com Gregório Fortunato. De qualquer forma, cabe ao poder público zelar pela vida dos cidadãos. Depois, quando as coisas acontecem, e como acontecem, a palavra fica com os ingênuos e com os outros, para os quais tudo não passou de fatalidade.
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CONFUSÃO
A confusão é geral no acampamento dos companheiros, ora inclinados a declarar guerra ao Supremo Tribunal Federal, ora contidos pelo bom-senso do ex-ministro Márcio Thomas Bastos. Chegaram a sustentar que a presidente Dilma Rousseff não deveria comparecer à cerimônia de estado da posse de Joaquim Barbosa como presidente da mais alta corte nacional de justiça. Prevaleceu o bom-senso, ela cumprirá o protocolo, mas nem por isso acalmou-se o PT.
O alvo agora é a mídia, que estaria estimulando os julgadores do mensalão a não pouparem os mensaleiros, como se fosse possível influenciá-los. Pensam em ressuscitar a proposta de controle estatal sobre os meios de comunicação, apesar de excessos aparecerem diariamente nas primeiras páginas dos jornais. Jogam os petistas, pela janela, montes de serviços prestados ao país, o maior dos quais foi surgirem como valor diferente dos demais partidos. Estão ficando iguais, ou já ficaram…

JORNAL VELHO



Nem tão velho assim. Fernando Mello, repórter da Folha de São Paulo, enviou notícia na segunda-feira, 08/10, que no domingo das eleições, Cercado de militantes e sorrindo, Delúbio evita imprensa em  Goiânia, GO.
Cercado por cinco militantes e acompanhado pelo advogado do PT em Goiás, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares votou em Goiânia. Vestindo uma camisa vermelha com o símbolo do partido, distribuiu sorrisos a eleitores, abraçou colegas de sigla e beijou crianças. Delúbio não respondeu às mais de dez perguntas feitas pela Folha. Com quatro votos contra ele no julgamento do mensalão, o ex-tesoureiro deverá ser condenado nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal. Enquanto Delúbio votava, o advogado do PT e do ex-tesoureiro, Sebastião Juruna, citou, em tom jocoso, a máxima atribuída ao general americano George Custer, segundo quem “índio bom era índio morto”. “Para nós, fotógrafo e jornalista bom é jornalista morto”, disse. Ele afirmou se tratar de uma brincadeira. “Tem de ter espírito humorístico. Era sacanagem. Sou da comissão de direitos humanos da OAB.” Delúbio também não falou sobre a campanha de seu irmão, Carlos Soares, candidato a vereador em Goiânia.
Pois é. Aquele que disse que o mensalão iria se transformar numa piada de salão, deveria já estar preocupado. Pelo visto, ninguém estava rindo da piada. Que se transformou em choro, agora que sabemos o resultado. Será que as mães das crianças que foram beijadas por ele vão lavar a face delas com creolina? E a declaração do advogado(?) dele? Será que é tão malfeitor como o cliente? Cadê a OAB, que mantém uma figura dessas na Comissão (ou seria o outro significado de comissão?) de Direitos Humanos ? Para alguém que deveria ser processado criminalmente por incitação ao crime, não vai nem sair com uma reprimenda pública e exonerado do cargo? Não deu muita matéria nos jornalões mas, felizmente na internet teve repercussão: Augusto Nunes investiu contra o cara: Sebastião Juruna, advogado de Delúbio, revelando com uma única frase porque é integrante do departamento jurídico do PT. Também se referiu ao doutor em cretinice, explicando que só disse que “jornalista bom é jornalista morto” porque, como o cliente, também enxerga piadas de salão em coisas que dão cadeia.
(1) Fotomontagem: “Adevogado”, Sebastião “Juruna”, mostrando como se mata jornalistas.

HUMOR A Charge do Amarildo



Um crime aéreo




Sebastião Nery
RIO – 1947. João Goulart e Leonel Brizola acabavam de ser eleitos deputados estaduais pelo Rio Grande do Sul. Jango, 30 anos, advogado, fazendeiro, por São Borja. Brizola, 25 anos, líder universitário, estudante de Engenharia, por Porto Alegre. Nunca se haviam visto. Conheceram-se no dia da instalação da Assembleia Constituinte.
Tocou o telefone na Assembleia, chamando Brizola. Era Rubem Berta, presidente da Varig, então uma pequena empresa aérea criada pelo alemão Mayer, afastado da direção durante a guerra. A Varig vivia praticamente de sua linha para Montevidéu, em uns Electras pequenos. E queria fazer a linha de Buenos Aires, mas Peron, presidente da Argentina, não concordava. Berta pedia a interferência de Brizola.
Brizola e Jango foram a Getúlio, exilado em Itu, e pediram sua ajuda. Seguiram para Buenos Aires, telefonaram para Peron.
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BRIZOLA
Perón atendeu pessoalmente e os convidou para o café da manhã:
- Deputados, este senhor Berta é de confiança?
- É um homem capaz, sério, que está construindo uma empresa aérea.
- Amanhã podem buscar a autorização da linha para Buenos Aires.
Os dois voltaram para Porto Alegre com a linha na mão. Veio a campanha eleitoral de 1950, a Varig pôs um avião à disposição de Getúlio e outro à disposição do brigadeiro Eduardo Gomes. Vitorioso Vargas, Berta começou a lutar por uma linha para Nova York. A Pan American tinha linha para o Rio, ele queria a reciprocidade. Mas, na Aeronáutica, o ministro Nelio Moura e o brigadeiro Teixeira eram contra. Achavam que a linha devia ser dada à Aerovias Brasil, então mais poderosa do que a Varig.
Berta ligou de novo para Brizola, já líder do PTB na Assembleia. Brizola veio ao Rio com o ofício da Varig na mão, foi ao Catete, conversou com Getúlio, que assinou a autorização para a Varig. Mas como voar para Nova York? Era preciso comprar três Constellations. Novamente Brizola veio ao Rio, Getúlio autorizou a compra com aval do Banco da Província do Rio Grande do Sul. Naquele dia, a Varig ganhava “os céus do mundo”.
No exílio, Brizola encontrou-se em Nova York com um grupo de pilotos da Varig. Levantaram um brinde póstumo para Rubem Berta.
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VARIG
A aviação brasileira nasceu assim, cresceu assim, uma historia de tempos heroicos. Primeiro, em 1927, a alemã Condor (“Sindicato Condor”), que na guerra abrasileirou-se como Cruzeiro do Sul. Depois, a Varig, Aerovias, Real, Panair,Vasp, Transbrasil,TAM, Gol, etc, comandantes e comissários, aeronautas que durante anos cortaram os céus do Brasil, dia e noite, abrindo e ampliando fronteiras, construindo a unidade nacional.
Agora, volto de viagem e leio esta dolorida mensagem de 28 de setembro, assinada por um desses bravos heróis, comandante Raimundo Ribeiro, que conheço há anos, dos tempos da Cruzeiro e da “nossa Varig”:
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AERUS
- “Meu caro Sebastião Nery, o caso “AERUS’ é o seguinte: um Instituto de Seguridade Social, criado na década de 80 para suplementar a aposentadoria dos aeronautas, que, como sabes, o teto do INSS é bem baixo. Por motivos vários, este plano foi dilapidado e nós participantes ficamos a ver “navios”, ou quase.
Em 2006, houve intervenção no plano e daí à sua liquidação foi um pulo. Após vários anos de lutas judiciais, a UNIÃO foi responsabilizada por não haver intervido no momento oportuno através de sua Agência Reguladora SPC, hoje PREVIC. No dia 13/07/2012, o juiz dr. Jamil Rosa de Jesus Oliveira, da 14ª vara federal – DF, determinou à União repassar ao AERUS os valores devidos, sob pena de multa diária de R$ 60.000,00.
A decisão não foi cumprida. Em 24/09/2012, a decisão foi ratificada e a multa majorada para R$ 220.000,00 por dia de atraso a partir do 15º dia.Tem havido manifestações dos interessados nos escritórios da AGU nos Estados a até agora não há indicativo de cumprimento da decisão judicial. Para teres uma ideia, eu recebia cerca de R$ 7.000,00 mensais e hoje recebo R$ 1.044,00 até dezembro. Grande abraço do comandante Ribeiro”.
E agora, presidente Dilma? A senhora vai tolerar essa indignidade?
sebastiaonery@ig.com.br.

OBRA-PRIMA DO DIA - ARQUITETURA Teatro La Fenice: Semana dos Teatros de Ópera



O Teatro La Fenice merece o título de obra-prima quatro vezes! Sua acústica é perfeita e por seu palco passa óperas, concertos, balés, peças. É um teatro tecnicamente moderno e sua beleza, apesar de ser cópia de cópias, merece o título de obra-prima arquitetônica por sua história.


Assistir um espetáculo no La Fenice é inesquecível. Aqui vai um pouquinho de sua epopeia.
Em 1º de novembro de 1789 um grupo de amantes da ópera se reuniu e fez publicar o edital de convocação da construção do La Fenice, o célebre teatro de Veneza. Convocava arquitetos italianos ou estrangeiros para enviar plantas e desenhos que propusessem um teatro que fosse o mais satisfatório para os olhos e para os ouvidos.
O novo teatro iria substituir o San Benedetto, que durante mais de 40 anos fora a mais importante Casa de Óperas de Veneza e que sofrera um incêndio devastador, que arrasara completamente todo o prédio.
Os trabalhos começaram em 1790 e em 1792 o novo teatro estava pronto. Recebeu o nome de La Fenice (A Fênix), a lendária ave que renasce das cinzas.
A primeira apresentação foi com Os Jogos de Agrigento, de Giovanni Paisiello, com libreto de Alessandro Pepoli. Pouco a pouco adquire renome e acolhe músicos como Rossini, Bellini, Donizetti.
Em 1832 sofre um incêndio e é inteiramente destruído. Outra vez os venezianos se unem para reerguê-lo. E em 1837 lhe dão o mesmo nome, La Fenice.

La Fenice, 1937: desenho cujo original está no Museu Correr

Volta a ser o templo de boa música para os apaixonados por ópera. Foi no La Fenice que estrearam, de Giuseppe Verdi, as óperas Hernani (1844), Attila (1846); Rigoletto(1851); La Traviata (1853); Simon Boccanegra (1857); e de Ruggero Leoncavallo, La Bohème, em 1897.
A II Guerra Mundial interrompe seu curso, mas novamente o La Fenice renasce e chega a apresentar obras modernas como as de Stravinski e Britten. Novamente a fênix renasce em toda sua glória.


Mas eis que em 1996 dois incendiários, dois criminosos, ateiam fogo àquela joia arquitetônica e musical. Todo o interior foi destruído, somente as paredes externas ficaram de pé.
Outra vez a cidade de Veneza teve garra e coração e ajudada pelo Estado italiano e pela comunidade internacional, comovida com o trágico destino de um lugar que só difunde música e beleza, reergueu seu teatro, ao qual deu o mesmo nome.


Foi devolvido ao público em 2003.
A saga do La Fenice e seu nome me fizeram compreender porque sou, e reconheço que sou, teimosa... Está no DNA vêneto.

Teatro La FeniceCampo San Fantin, Veneza

FERNANDO “NARCISO” HADDAD



Giulio Sanmartini.
Os Lulopetistas eufóricos, comemoram a vitória eleitoral de Fernando Haddad (prefeito paulistano) como tendo sido mais um resultado da capacidade infindável do ex-presidente em eleger postes e da força do Partido dos Trabalhadores – PT.
Já Haddad em seu discurso da vitória, da mostras de querer desligar-se dessa pejorativas imagem, mostrando que a escolha foi mérito seu, por trazer ao eleitor uma esperança de mudança jovem, e que sua proposta de modernidade foi a grande responsável pelo resultada.
Todavia ambas as correntes fazem questão de ignorar o que dizem as pesquisas de opinião. Estas mostram que  somente  10,9% dos entrevistados atribuem o resultado ao apoio de Lula; 4,1% ao apoio do PT e 2,3% ao desempenho de Haddad durante a campanha. O que mais chama a atenção é que 72% atribuem sua eleição ao fato de Serra ter um grande nível de rejeição. Então, os vitoriosos, deveriam entender que Haddad não ganhou, foi Serra quem perdeu, como perderia para qualquer outro com rejeição menor que a sua.
Pelo  discurso do novo prefeito, como poderemos ver um trecho abaixo, Fernando Haddad entrou no perigoso caminho do narcisismo, que desde a lenda (1) é sempre nocivo para quem o segue.
“Fui eleito pelo sentimento de mudança que domina a alma do povo de São Paulo. Sei da enorme responsabilidade de todos que são eleitos pelo signo da mudança.
Ser eleito pela força da mudança significa não ter tempo a perder. Não ter medo de enfrentar, nem ter justificativas a dar para tornar esse sonho realidade. Significa não ter paciência e não pedir paciência. Antes de tudo, traçar prioridades e unir a cidade em torno de um projeto coletivo, de todos os paulistanos, de todos os moradores de São Paulo.
Meu objetivo central está plenamente delineado, discutido e aprovado pela maioria do povo de São Paulo. É diminuir a grande desigualdade existente em nossa cidade, é derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica e a cidade pobre. Somos uma das mais ricas e ao mesmo tempo uma das mais desiguais do planeta. Não podemos deixar que isso siga assim por tempo indeterminado, exatamente no momento em que o Brasil vem passando por uma das mudanças sociais vigorosas do mundo. A prefeitura tem um papel importante nisso, pois é ela que cuida da oferta e da qualidade de alguns dos serviços públicos mais essenciais como a saúde, o transporte, a educação, a habitação, entre outros”.
(2) Fotomontagem: Fernando Haddad e Narciso de Caravaggio.

O SAUDOSISMO PODE SER NOSSA SAÍDA



Ralph J. Hofmann Uma semana atrás publiquei um artigo falando de lâmpadas Coleman, fogareiros Primus, chuveiros Pilling moedores de carne propelidos por musculatura humana.
A reação foi incrivelmente gratificante. Muitos comentários e contribuições no Blog em si e outras por e-mail direto de amigos. Os  comentários lembravam não dó os produtos como o complemento, que é a relação afetiva com uma época e com uma circunstância de vida.
Por outro lado detive-me num outro aspecto. Gosto de usar  cafeteiras elétricas. Há anos uso essas máquinas. Herdei da minha mãe uma dessas, “Made in Brazil”. A cafeteira da minha mãe devia ter uns dez anos. Continuei a usá-la por mais sete anos. Um dia ela foi para o descanso merecido nas campinas eternas.
Fui imediatamente comprar outra para substituí-la. Em dois anos já tive duas delas, de marcas diferentes. Ambas simplesmente pararam um dia. Claro, as marcas podem ser brasileiras, mas o produto foi produzido às margens do Rio Yang Tze, com as bênçãos de Kung Fu Tseh (Confúcio para os ocidentais).
Estou atualmente me virando com filtros de papel e considerando seriamente a possibilidade de adquirir uma cafeteira do tipo italiano que não precise de resistências elétricas nem tem termostato. O calor do fogão evapora a água que atravessa o café e se condensa acima. É, como muitas outras coisas, tal como meus  moedores de carne, nozes ou queijos que usam força muscular e não energia elétrica, produzidos nos anos 30, à prova dos apagões da Dilma.
Na realidade se eu voltar a viver numa casa, se esta não tiver chaminé para um fogão à lenha, vou tratar  de reformá-la. Colocarei uma chaminé. Aquecerei água vinda do aquecedor solar (que não tem peças móveis, mas que poderá ter sido produzida por alguma tríade (sociedade secreta criminosa) chinesa, assarei carnes, no inverno estarei a salvo de apagão de gás de cozinha ou  de energia elétrica para aquecer a casa. Tratarei de ter também chaminés nos quartos e na sala para os fogões “salamandra” que comprarei.
Preferivelmente viverei no litoral pois sempre há peixe ou crustáceos se o transporte da carne falhar.  Talvez construa um defumador de carne.
Como vêem, estou psicologicamente preparado para o mundo pós PT, em que a infra-estrutura básica, já insuficiente e de má qualidade hoje terá deixado de existir.  Estou procurando um velho Aero Willys ou Simca Chambord (foto) para guardar numa garagem e um gerador de gás de madeira da segunda guerra para quando faltar gasolina ou álcool. Não creio que se possa usar injeção e ignição eletrônica com esse combustível.
Uma das cartas de amigos lembrou a  caixinha de metal em que se guardava um seringa de injeção e suas agulhas. Vou ao Bric do Parque aqui em Porto Alegre catar uma. Creio que as seringas descartáveis ficarão apenas para uso dos grandes líderes do PT.  Punha-se a seringa e as agulhas com água na caixinha, álcool na tampa, e punha-se fogo no álcool para esterilizar tudo. Pena que as agulhas ficavam rombudas, mas há uns truques para afiá-las. Vou ter de descobrir como. Também terei de redescobrir a técnica da afiar lâminas de barbear.
Uma amiga me despertou para o fato de que no andar da carruagem vamos ter de viver de caça novamente. Achei interessante porque ela forneceu instruções para não ficarmos sem munição:
“Quantos objetos estão em minhas memórias que hoje seria peça de museu. Tinha uma balança que meu pai usava para fazer os cartuchos das espingardas. Pesava a pólvora, eu gostava de olhar ele fazer. Ficava lá pertinho calada só olhando. Recordo-me cada ato que terminava com a espoleta que era perigoso de explodir. Eu parava de respirar neste momento com medo.
Tínhamos que sair, mas eu ficava olhando sem que ele visse, não saia. Nunca falava apenas olhava só quando ele terminava eu saia.  Quando ele me via falava é perigoso agora tem de sair.  A maquina que selava o cartucho, as pontinhas enroladinhas e depois de pronto eu achava lindo. Gostava dos cartuchos azuis,tinha de vários tamanhos. Ainda me lembro das balas de metralhadoras que tinha ,relíquias. Nunca perguntei o que foi feito delas. Mas quantas vezes eu pegava e olhava e pensava na guerra. “
Enfim, temos muito para recordar, especialmente no momento em que existe sério risco de voltarmos a viver como em 1899.
Por outro lado vejam abaixo mais alguns itens saudosistas levantados pelos leitores.
Instruções para o uso de Lampião
O lampião era Aladim ou Coleman e tinha uma chaminé comprida e fina; o pavio tinha que ser aparado de vez em quando com uma ferramenta que acompanhava o lampião; a camisa nova parecia uma gaze e ficava dura e frágil quando era acesa a 1ª vez.
De acordo com o vetusto editor, nosso consultor para conhecimentos inúteis, a camisa era feita de fios de seda que, uma vez queimada, reagia como um filamento de lâmpada. Só não precisava de vácuo para funcionar.
Óleo para cozinhar
Comprava-se óleo de amendoim para cozinhar, vendido em tonéis também com uma bombinha manual, mas também tinha o de caroço de algodão.
Geladeira
E geladeira que punha um pedaço de gelo na parte de cima ?
Depois vieram as geladeiras de querosene.
Luz de Carbureto
Alô Pessoal ficou faltando falar na luz de carbureto, meu tio (professor pardal) colocava na parede do lado de fora da casa uma espécie de balde fechado com uma pedras geladas dentro que emitiam gases e um duto de metal que saia desse balde fechado entrava na casa e aparecia do lado de dentro,na parede, como se fosse um piloto, riscava-se um fósforo e emitia uma luz branquinha, durante algumas horas dentro de casa. Essa casa ficava num lugarejo chamado cipó, na extinta linha férrea entre Santos e Mairinque, onde passávamos férias inesqueciveis.!!!
Espiriteiras a álcool (usadas pelos operários para aquecer marmitas). Eram bem simples de ferro fundido zincado a fogo
Como limpar um fogareiro a querozene
Caso você queira fazer uma limpeza no fogareiro, o processo é bem simples; compre uns litros de vinagre, jogue tudo num balde e coloque o fogareiro dentro…esqueça ele ali por umas 2 semanas, mas vá dando uma olhadinha de vez em quando…como o vinagre é um ácido fraco, ele fará uma limpeza superficial bem leve, a ponto de não comprometer a superfície do metal.
Depois, é só enxaguar com água e enxugar com pano seco, pra não manchar…