Posted: 21 Jul 2015 08:33 AM PDT
Pouco depois da deflagração da Operação Politeia, Senado aprovou em votação relâmpago o pedido apresentado pelo ex-presidente, alvo da ação da Polícia Federal
Horas após a deflagração da Operação Politeia, em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra três senadores, na semana passada, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou, numa votação relâmpago, um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça duas auditorias em contratos da Procuradoria-Geral da República. Os dois pedidos, aprovados numa sessão extraordinária da comissão, foram apresentados pelo senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), um dos alvos da busca e apreensão deflagrada na Operação Politeia. Collor tem sido o maior crítico público da gestão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que está em campanha para ser reconduzido ao cargo e, agora, corre risco de ser barrado pelo Senado em votação secreta. A ação da Polícia Federal contra os senadores - requerida por Janot e aceita pelo Supremo Tribunal Federal - levou à apreensão, no caso de Collor, de um Porsche, uma Ferrari e um Lamborghini na Casa da Dinda, residência particular usada pelo ex-presidente. Pouco depois, por volta das 11 horas, a comissão do Senado decidiu votar os dois requerimentos de Collor que pediam a auditoria do TCU em contratos da Procuradoria-Geral da República. O presidente do colegiado, senador Otto Alencar (PSD-BA), consultou os presentes se poderia convocar uma reunião extraordinária para apreciar somente os dois requerimentos de informação. "Não vejo dificuldade alguma." Relator dos dois pedidos, o senador Ivo Cassol (PP-RO) explicou que a primeira proposta de fiscalização do TCU tinha por objetivo verificar a regularidade de um contrato de aluguel de uma casa pelo órgão, firmado em outubro de 2014 no valor mensal de 67.000 reais por dispensa de licitação. O segundo, disse Cassol, referia-se a um contrato firmado por inexigibilidade de licitação de uma empresa de comunicação em dezembro do ano passado. O ex-presidente alega, nas propostas de fiscalização, que haveria indícios de irregularidades nos dois contratos. http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/collor-pede-e-auditoria-do-tcu-investiga-procuradoria-geral |
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terça-feira, 21 de julho de 2015
Collor pede e auditoria do TCU investiga Procuradoria-Geral
As deserções cubanas: a fuga pela liberdade
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Posted: 21 Jul 2015 01:49 AM PDT
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“Sem dúvida a promessa de maior liberdade tornou-se uma das armas mais eficazes da propaganda socialista, e por certo a convicção de que o socialismo traria a liberdade é autêntica e sincera. Mas essa convicção apenas intensificaria a tragédia se ficasse demonstrado que aquilo nos comprometeria como o Caminho da Liberdade era na realidade o Caminho da Servidão.” – Friderich August von Hayek
Em vários eventos esportivos, sejam os Jogos Olímpicos, os Jogos Pan-Americanos, a Liga Mundial de vôlei e até a Copa Ouro de Futebol (Competição de seleções de futebol da América Central, América do Norte e Caribe), atletas cubanos costumam fugir das delegações representantes, em busca de liberdade para viver e em busca de uma melhor condição de vida em algum lugar do planeta. Mas como em todo evento esportivo desertam esportistas cubanos?
Como todos nós sabemos, Cuba é uma república socialista desde a revolução de 1959. Quaisquer formas de mobilidade social (exceto se você for um Castro) são praticamente nulas no país caribenho. Porém, os atletas gozam de certo prestígio, pois eles são a maior propaganda para o regime. Os resultados positivos desses atletas servem para a ditadura dos Castro fazer propaganda do regime frente ao mundo e dizer que “tudo está normal” na ilha.
Mas na verdade não está tudo bem. Pessoas a cada dia mais arriscam a própria vida para tentar sair de Cuba e tentar a sorte em algum país; muitas vezes e até pela proximidade, tentam ir para os Estados Unidos. Fazem-no fugindo da fome e da supressão da liberdade, seja ela de credo, de ir e vir, de expressão e até de sexualidade. Viver em Cuba é literalmente viver em uma prisão.
Esses atletas, por serem uma das maiores propagandas de um falso sucesso do país, têm uma estrutura e contam com benefícios maiores vindos do governo Cubano. Recebem um salário acima dos 30 dólares dos cidadãos comuns e garantias de mais conforto, tornando o fato de ser atleta em Cuba algo que seria uma “classe social” diferenciada. É o máximo existente em relação à mobilidade social. Porém, todo cidadão que se preze quer ganhar um salário a mais e ter o direito de enriquecer por seu mérito e fazendo o que mais gosta; seja na medicina, seja nos negócios, seja no esporte. E em Cuba, esses esportistas não têm esse direito, igualmente a quase toda a população, além de sofrerem a ausência de liberdade.
Então, quando esses atletas têm a oportunidade de fugir da prisão cubana, o fazem. Para evitar as fugas, o governo cubano envia, junto às delegações, oficiais do exército cubano para tentar capturar esses atletas. Mas nem sempre os oficiais conseguem ter êxito e evitar a fuga. Recentemente, nos Jogos Pan-Americanos que estão sendo realizados em Toronto, no Canadá, os remadores cubanos Leosmel Ramos, Wilber Turro, Manuel Suárez e Orlando Sotolongo fugiram da delegação cubana e foram da cidade de Saint Catharines, onde estão sendo realizadas as provas de remo nos jogos, para os Estados Unidos. E na Copa Ouro de futebol, que está sendo realizada nos Estados Unidos, já desertaram os jogadores Ariel Martinez, Keiler García, Arael Arguellez e Darío Suárez. E na etapa norte-americana da Liga Mundial de vôlei, desertaram Felix Chapman e Inovel Romero – só para ficarmos em casos que aconteceram neste ano.
Não é a primeira vez e nem a última em que atletas cubanos fogem em busca de liberdade. Nos jogos Pan-Americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007, ficaram marcados os casos das deserções dos boxeadores Guilliermo Rigondeaux e Erislandy Lara, do jogador de handebol Rafael D’acosta e do técnico da equipe cubana de ginástica artística Lázaro Camellas. Estavam desertando tantos atletas que o governo cubano mandou um avião para buscar a delegação cubana antes do término dos jogos.
Mesmo o governo cubano permitindo a saída de atletas para o exterior desde o ano de 2014, ele só permite que os jogadores saiam para países aliados, como infelizmente, o Brasil, via Pacto Brasil Medalhas, e ainda com a família Castro levando parte do salário dos atletas. Apenas este ano, Raul Castro deve rever esse caso e refazer a partilha dos vencimentos dos atletas. Também somente agora ele passou a permitir que os atletas atuem por equipes mexicanas, canadenses e japonesas, mas essa lei serve apenas para jogadores de beisebol.
Mesmo sendo a mais antiga ditadura do mundo e um dos últimos países comunistas do globo terrestre, parece que o governo de Havana ainda não conseguiu incutir nas mentes dos cubanos que os dogmas ideológicos marxistas são mais importantes do que a liberdade.
Para se fazer justiça, lembremos que nos esportes, como em outros setores, os cubanos são ótimos nas funções desempenhadas. Só que fica a impressão de que são assim vitoriosos, como os gladiadores da antiga Roma, treinando sempre e sob os auspícios e ordens dos que detêm o poder. São nada mais que instrumentos de propaganda do regime. E quando conseguem escapar, esses atletas ainda são acusados de serem traidores da pátria, cujo governo se eterniza até os dias de hoje e insiste que têm de viver naquele paraíso. Queiram ou não queiram.
Jefferson Viana
Jefferson Viana é estudante de História da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador local da rede Estudantes Pela Liberdade, presidente da juventude do Partido Social Cristão na cidade de Niterói-RJ e membro-fundador do Movimento Universidade Livre.
Fonte: Instituto Liberal
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ATENTADO RONDOU TRANSPORTE DEPRESO DA LAVAJATO! REVELAPOLÍCIA FEDERAL
Policiais federais que atuam na operação Lava Jato, cujo centro das investigações é em Curitiba, tiveram que alterar o roteiro previamente definido para a escolta de um dos detidos para evitar a possibilidade de um atentado. A PF não divulga a identificação do preso que estava sob escolta e nem os detalhes da ameaça, detectada durante o trajeto do comboio.
A revelação deste episódio e de outros detalhes de bastidores sobre a operação ocorreu na manhã desta terça-feira (21) durante uma palestra direcionada a jornalistas na sede da superintendência da Policia Federal em Curitiba. Policiais do Núcleo de Operações da PF explicaram detalhes da atuação do setor — responsável pela escolta de presos, controle de distúrbios civis e segurança de autoridades.
O policial Celso Secolo, um dos palestrantes, contou que os deslocamentos com os detidos na operação são definidos com roteiros múltiplos. Somente no momento da partida do comboio é que é anunciado o trajeto que será percorrido. Em alguns casos, parte do trajeto é acompanhada por “snipers” (atiradores de elite) posicionados em edifícios ao longo da rota. Todas as precauções visam resguardar a segurança da pessoa que está sendo transportada e a complexidade do aparato de segurança é analisada com base nas informações do perfil da pessoa detida. “Em alguns casos, no âmbito desta operação [Laja Jato] a escolta é realizada para verdadeiros ‘arquivos vivos’ e a nossa responsabilidade e a preservação da integridade desta pessoa”, disse Newton Ishi, chefe do Núcleo de Operações da PF em Curitiba.
STF, Seletividade Penal e Lava Jato
terça-feira, 21 de julho de 2015
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Hélio Duque
Pense no maior absurdo, no Brasil existe precedente. Cotidianamente recebemos através o noticiário jornalístico, informações de acontecimentos delituosos envolvendo fatos e personagens coroadas. Alguém já disse que o Brasil não é para principiantes. Quem tiver dúvidas, consulte o excelente livro “Brasil: uma biografia”, das historiadoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling.
Nele está fundamentada, com grande competência, a formação nacional ao longo de 500 anos, onde as origens ibéricas na manutenção dos privilégios de classe social são intocáveis. Quando, por exemplo, D.João VI, em 1808, desembarcou com sua comitiva real no Rio de Janeiro, imediatamente instalou o principal órgão da Justiça Nacional: a Casa de Suplicação do Brasil. Em Portugal, a corte suprema tinha o nome de Casa da Suplicação. Esta é a origem histórica do STF (Supremo Tribunal Federal).
No Império e na República sempre foi o guardião da Constituição, mas nos períodos dos governos autoritários, o perfil da Corte sofreu reveses. Mais recentemente, em 1968, com o AI-5, foram cassados os ministros Hermes Lima, Victor Nunes Leal e Evandro Lins e Silva. Em reação à violência, os ministros Gonçalves de Oliveira, presidente do STF e Antonio Carlos Lafayette de Andrada, futuro presidente, renunciaram em solidariedade aos ministros vítimas da violência do Estado autoritário.
Anos antes, no governo Castelo Branco, o ministro Ribeiro da Costa, presidente do STF, advertia: “Se pretende atualmente fazer com que o supremo dê a impressão de ser composto por onze carneiros que expressam debilidade moral, fraqueza e submissão.”
O admirável exemplo desses inesquecíveis integrantes da Suprema Corte, torna-se lembrado neste momento da vida nacional, quando a “Operação Lava Jato”, com competência e segurança jurídica, radiografa realidade de corrupção levando à indignação os brasileiros decentes. Na publicação semanal (revista Veja), o procurador federal Diogo Castor de Mattos, integrante do Ministério Público e membro da força tarefa das investigações, adverte que os tribunais superiores incorrem em “seletividade penal”, quando julga a legalidade processual envolvendo corruptos e corruptores poderosos.
Nominando o STJ (Superior Tribunal de Justiça), anulando por diferentes razões as Operações: 1)“Banestado-2006”; 2) “Boi Barrica/Faktor”; 3)”Satiagraha”; e, 4) “Castelo de Areia”. No caso da última, os corruptos continuaram no Castelo e o Ministério Público e a Polícia Federal ficaram com a areia.
Ultimamente vozes cavernosas e de um passado triste já começam a desavergonhadamente se manifestar. O notório José Sarney, em “Veja” acusa: “O Moro sequestrou a Constituição e o país. O Supremo Tribunal Federal não pode se apequenar”, com plena concordância do ex-presidente Lula da Silva, de acordo com a publicação.
Já a advogada de empreiteira investigada ameaça levar o juiz Sérgio Moro a cortes internacionais por violação dos direitos humanos dos seus clientes. Em artigo ele responde: “Quem, em geral, vem criticando a colaboração premiada é aparentemente favorável à regra do silêncio, a omertà das organizações criminosas.”
O STF e o STJ irão, em futuro próximo, julgar o maior caso jurídico de corrupção da vida republicana. É fundamental que não encontre amparo naquelas cortes o princípio da “seletividade penal” ou até as conhecidas em Brasília, “sentenças auriculares”. O trabalho rigoroso do Ministério Público e da Polícia Federal, nas várias fases da “Lava Jato”, vem reunindo documentos e depoimentos, destacadamente com as delações premiadas, de fazer frade corar de vergonha.
E a firmeza e competência no respeito à Lei, exercida pela Justiça Federal através o magistrado Sérgio Moro, anexa página inovadora no direito penal brasileiro. Muito bem analisado pelo advogado baiano Almir Passo, no seu livro “Corrupção e os novos juízes do Brasil”, recentemente lançado. Em julgamento estará, também, a cultura política brasileira e a composição do mecanismo de nomeação de membros dos tribunais superiores.
A rigor, no Brasil, os ministros desses tribunais tem mandato vitalício. Diferentemente do que ocorre em outros países. Na Alemanha, no Tribunal Constitucional, os ministros tem mandato de 12 anos. Na França, o mandato é de 9 anos. Na Itália, mandato de 9 anos, o mesmo ocorrendo na Espanha, onde o tempo é constitucionalmente fixado em 9 anos.
Em vários outros países, à exceção dos EUA e outros poucos, não existe mandato vitalício. A vanguarda do atraso vem conspirando para derrubar nos tribunais a “Operação Lava Jato”, acreditando que a vitaliciedade poderá ser um aliado na impunidade geral e irrestrita dos delinquentes. O STF irá julgar se os tempos mudaram no Brasil.
Helio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.
Eduardo Cunha sofrerá tsunami de impopularidade ao pedir ao STF que afaste Sérgio Moro da Lava Jato
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Na balada para tentar ser Presidente da República, nem que seja por míseros três meses, após uma derrubada ou renúncia forçada de Dilma Rousseff, diante de um pedido de impeachment facilmente aprovável pelo Congresso Nacional, Eduardo Cunha cometeu um erro estratégico que pode lhe ser fatal. Incomodado com a citação de seu nome na Lava Jato, pelo delator premiado Júlio Camargo, como recebedor de US$ 10 milhões em propinas, o Presidente da Câmara declarou guerra contra a figura pública mais popular do Brasil: o juiz Sérgio Fernando Moro.
Além do temerário pedido ao Supremo Tribunal Federal, para que Moro seja afastado da condução dos processos da Lava Jato (o que tem tudo para gerar uma insurreição popular instantaneamente), o gesto ofensivo-defensivo de Cunha foi uma demonstração simbólica de desespero, no momento em que rompeu pessoalmente com o governo Dilma, depois de denunciar que o núcleo de inteligência da Receita Federal fez uma devassa em sua vida fiscal. Nas "férias" do ministro Teori Zavascki, que cuida dos casos da Lava Jato no STF, dificilmente o presidente Ricardo Lewandowski (claro aliado da Presidenta Dilma) terá toga roxa o suficiente para detonar Moro, em uma nada fácil decisão liminar.
Pressionado pelos fatos, Eduardo Cunha se precipitou e cometeu um erro de timming. Qualquer bebê de colo sabe que o depoimento de Júlio Carmargo contra ele, feito ao juiz Moro, não teria validade na prática, por vício de foro. Por isso, os advogados de Cunha, entre eles o ex-Procurador Geral da República, Antônio Fernando de Souza, agiram com precipitação ao denunciarem o juiz Moro de ter induzido Camargo a denunciar Cunha. Tal acusação dos defensores de Cunha peca por um subjetivismo primário. Pior ainda, ao atacar o popular Moro, Cunha, que ganhava popularidade com a tentativa de destronar Dilma junto com o vice Michel Temer, pode se tornar tão impopular quanto a Presidenta que deseja derrubar por impeachment.
Não tem a menor consistência acusar Sérgio Moro de "tentar usurpar o papel do STF", porque, simplesmente, ele não ofereceu denúncia contra o poderoso Eduardo Cunha - que tem foro privilegiado. Assim, a tese da defesa de Cunha se transforma em um gol contra absoluto: "Desse quadro se conclui que o juízo reclamado (Moro) pretende, por via transversa, afastar a competência da Suprema da Corte, realizando, ele mesmo, atos de investigação em face de pessoas com prerrogativa de foro. Em suma, mostra-se fartamente demonstrado que o juízo reclamado, ao realizar atos manifestamente investigatórios em face de agente público com prerrogativa de foro, usurpou de forma flagrante a competência desta Suprema Corte. Isso porque é prerrogativa do próprio Supremo Tribunal Federal, em havendo suspeita de envolvimento de pessoas detentoras de foro perante o Tribunal, analisar a sua competência. Vale dizer, cabe ao Supremo julgar o suposto grau de envolvimento de pessoa sob a sua jurisdição originária nos fatos delituosos em investigação perante outras instâncias do Poder Judiciário".
No popular, se pode prever que, dificilmente, "Moro vai tomar no Cunha". No entanto, já dá pra prever, se Júlio Camargo não recuar adiante, que "Cunha tem tudo para tomar no STF". Provavelmente, quando isso estiver perto de ocorrer, Cunha acredita, intimamente, que já terá derrubado Dilma Rousseff (e Michel Temer), tornando-se Presidente da República por 90 dias, até o agendamento de novas eleições. Isto, claro, se alvo diferente não acontecer no impasse institucional de Bruzundanga - sem previsões políticas exatas acerca de nada ou de tudo...
Dia do amigo?
Uma interpretação humoristicamente magistral de um magistrado sobre a temerária ação de Cunha contra Moro:
"Vendo o fogo amigo chegar, Cunha quis matar o inimigo em pleno dia do amigo"...
Acareação geral
Após participar ontem de um almoço da Associação de Emissoras de Rádio e TV do Rio (Aerj) com líderes peemedebistas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, Eduardo Cunha mostrou toda valentia contra o delator Júlio Camargo, admitindo que aceitaria fazer uma acareação com ele, nas seguintes condições:
"Não tem nenhum problema, pode haver acareação com quem quiser. Mas aproveita e chama o Mercadante e o Edinho Silva para acarear com o Ricardo Pessoa e a Dilma para acarear com Youssef. É oportunista alguns quererem falar de uma acareação comigo, que eu estou disposto a fazer a qualquer tempo. Agora, aproveitem e convoquem todos os que estão em contradição porque quando o ministro Mercadante e o ministro Edinho Silva negam aquilo que foi colocado pelo delator Ricardo Pessoa e o que a própria presidente nega o que foi colocado pelo delator Youssef, que se faça a acareação de todos".
A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) pediu uma acareação na CPI da Petrobras entre o presidente da Câmara e Júlio Camargo, que afirmou à Justiça Federal ter sido pressionado por Cunha a pagar US$ 10 milhões em propinas referentes a dois contratos de US$ 1,2 bilhão de navios-sonda, assinados pela Petrobras entre 2006 e 2007.
Crisezinha?
Mais piada que a guerra de Cunha contra Moro é a análise de conjuntura feita pelo vice-Presidente da República, após palestra na Cornell Universety, em Nova York.
Na avaliação impressionante de Michel Temer, o Brasil vive um clima de tranquilidade institucional, apesar de "todos esses embaraços":
"Até uma crisezinha política existe, por causa da posição de Eduardo Cunha. Mas crise institucional é que não existe, quando eu falei crise institucional diferenciei da crise política porque o país vive uma tranquilidade institucional apesar de todos esses embaraços. Esses acidentes ou incidentes que ocorrem de vez em quando não devem abalar a crença no país. Crise política pode haver. Isso tudo depende diálogo, vamos continuar fazendo diálogo com o Congresso Nacional. O Congresso trem sido sensível às postulações do governo, não tenho preocupação com relação a isso. Temos que superar, isto sim, esta breve crise política que estamos tendo no momento".
O maçom inglês Temer, que pediu para sair da Maçonaria recentemente, só esqueceu de falar de outra crise, a econômica, a maior dos últimos tempos, que tem efeitos políticos e sociais mais arrasadores que a tal "crisezinha" política...
Minha casa, minha vida
Uma outra figura poderosíssima de Bruzundanga anda apertadinha com a Lava Jato.
Um grande inimigo andou vazando a lobistas indiscretos que o político comprou um apartamentão luxuoso em São Paulo com R$ 7 milhões presenteados por uma das poderosas empreiteiras do "clube".
O fato complicador é que o gênio, ainda com foro privilegiado, botou o imóvel em nome da esposa...
Questão de proximidade
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Processo eletrizante
Investidores da Eletrobras também planejam ir à Justiça nos Estados Unidos por perdas sofridas.
Quem avisou foi Phillip Kim, representante da The Rosen Law Firm, escritório americano de advocacia que defende os direitos de investidores.
Os rentistas ficaram pts da vida porque a estatal energética anunciou que não publicaria seu balanço nos EUA devido ao envolvimento na Lava Jato, o que fez com que os recibos de ações (BDRs) caíssem 8,24% até o final do mês, para US$ 2,45 por ação.
Tirando fora
Dilma Rousseff & Cia devem ter adorado o novo texto de 163 páginas produzido pelo escritório de advocacia Pomerantz no qual investidores que processam a Petrobras na Corte de Nova York alegam que a estatal foi negligente, porém não cometeu intencionalmente fraude contra os investidores lesados:
"Os acusadores rejeitam especificamente qualquer alegação de fraude e intencionalidade".
Os advogados do Pomerantz também tiraram fora as acusações contra os bancos Santander Investment Securities e Banco Votorantim Nassau Branch.
No entanto, a transnacional de auditoria PricewaterhouseCoopers, que avaliou os balanços da Petrobras desde 2012, continua figurando entre os réus.
Na mesma
A nova versão com emendas do processo mantém como réus duas subsidiárias internacionais da petroleira, Petrobras International Finance Company e Petrobras Global Finance, que emitiram bônus da companhia no mercado exterior.
Os 15 executivos da empresa citados como réus na versão anterior continuam a figurar na nova versão:
Os ex-presidentes Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, além do ex-diretor financeiro Almir Barbassa.
Dilma e demais conselheiros da companhia continuam poupados da ação que será julgada, a partir de fevereiro de 2016, pelo juiz Jed Rakoff, da Corte de NY.
Vai cair mais ainda?
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulga nesta terça-feira, às 10h30, na sua sede, em Brasília, os resultados da 128ª Pesquisa CNT/MDA.
O levantamento faz a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff e sobre a expectativa da população em relação a emprego, renda, saúde, educação e segurança pública.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões, entre os dias 12 e 16 de julho de 2015.
Ontem, já se especulava que a Dilma pode ter chegado ao recorde negativo de popularidade, com apenas 6 ou 7 por cento da aceitação positiva de seu desgoverno...
Ligações com a Odebrecht
O Estadão informa que um relatório de análise de mídia elaborado pela Polícia Federal revela os bastidores de um jantar em São Paulo, na residência do empresário Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do País, em 28 de maio de 2012, do qual participou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também foram convidados o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil – Governo Dilma), empresários, banqueiros, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e dois sindicalistas mencionados na Operação Lava Jato:
“Através da leitura das mensagens acerca deste evento foi possível inferir, grosso modo, que: a) O jantar foi realizado a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, aponta o relatório da PF. “d) Foram enviadas mensagens individuais para cada um dos convidados por I.B.G.”
A relação entre Lula e a construtora Odebrecht é alvo de um procedimento investigatório criminal (PIC) aberto pela Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar suposto crime de tráfico de influência internacional.
Impeachment pedido pelo Bolsonaro
Felipe Moura Brasil conversou com Jair Bolsonaro sobre o pedido de impeachment da Dilma que Eduardo Cunha mandou ele complementar.
Os dois pontos fortes do novo texto são:
1) “Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;”
Bolsonaro: “Resumindo: enquanto a Petrobras estava sendo saqueada, tudo que interessava para Dilma Rousseff era aprovado dentro da Câmara. Lógico: democracia com voto comprado não existe. E a Constituição está certa em fazer com que os presidentes respondam por crime de responsabilidade no tocante a isto”
2) “Art. 85. VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.”
Bolsonaro: “Dilma, nos Estados Unidos, falou que não respeita delatores. Só que a lei da delação premiada, além de ser de uma senadora do PT, Serys Slhessarenko, ela (Dilma) que sancionou em 2012. Então ela tem obrigação de cumprir. Ela tem que respeitar os delatores.”
Além de Bolsonaro, assinaram requerimentos de abertura de processo de impedimento presidencial os cidadãos Walter Marcelo dos Santos (dois pedidos apresentados, por motivos diferentes); Marcelo Pereira Lima; Carolina Cristina Crestani; Pedro Geraldo Cancian; Lagomarcino Gomes; Marcelo Cleiton Leite Borba; Adolfo Sashsida; Rafael Francisco Carvalho; Luiz Adrian de Moraes Paz e Caio Belloti Delgado Marczuk (assinam o mesmo pedido); e Carla Zambelli, líder do movimento NasRuas – Mobilização.
Vixe que tem ladrão
Canção do Laércio Moreno, divulgada no Youtube, vai fazer sucesso...
A mangueira vai entrar
Lusitanagens
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 21 de Julho de 2015.
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