terça-feira, 18 de dezembro de 2012

FOI COURO EM CIMA E CHORO MIUDINHO



Giulio Sanmartini
Os estúpidos, freqüentemente, subestimam a inteligência alheia, pois comparam a com as suas. Foi o que fez o presidente da Câmara dos Deputados   Marcos Maia (PT-RS), ao   declarar que a Casa desrespeitaria uma decisão do Supremo Tribunal Federal STF, caso determinasse a cassação dos deputados condenados no julgamento do mensalão.( veja Marco Maia está querendo aparecer – 12/12). O internamento, por motivos de saúde, do ministro Celso Mello, fê-lo pensar que havia dúvidas no STF sobre o fato, uma vez que a votação estava empatada (4×4).
A trinca Maia, Toffoli e Lewandowski
A trinca Maia, Toffoli e Lewandowski
Mas ontem, não teve “xixi meu bem, nem vem cá meu amor”, Celso Mello retornou e rapidamente deu seu voto pela cassação imediata, afirmando  que  o entendimento “prestigia nesse processo hermenêutico valores fundamentais que se expressam na idéia de ética pública e moralidade”. Fazendo uma alusão ao imbecilizado Marcos Maia, criticou a falta de “censo de institucionalidade” daqueles que, de modo corporativista, ameaçaram não cumprir a decisão do STF.  Ele acompanhou os votos dos ministros Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.
Resumindo; os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP), que já haviam perdido seus direitos políticos, em votação unânime, por conseqüência, perderão seus atuais mandatos.
Resta a Maia, retornar à mediocridade, de onde não tem condições intelectuais para sair, e juntar-se aos venais ministro do STF Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Tofolli.

COMO PUBLICAR



Magu
Escrevi outro dia, num artigo, que a imprensa mundial tem uma má vontade do cesto da gávea em relação aos israelenses. Todas as notícias que vemos mostram pendor em achar que os palestinos são uns coitadinhos, acossados por um gigante(?) vizinho. Na minha avaliação, prefiro comparar que os inimigos de Israel, os filistinos (neologismo que mistura palestinos com os filisteus bíblicos) são os Golias, e os judeus apenas se defendem, com suas fundas tecnológicas. Podem não concordar com meu ponto de vista.
David et Goliath
David et Goliath
É direito de qualquer um. No entanto, uma rapidinha publicada na imprensa inglesa, enviado a mim pelo coeditor Ralph, já traduzida, pela simples razão d’eu não ser judeu, dá bem o tom de que meu pensamento não está caminhando na direção errrada.
“Um israelense está passando as sua férias na Inglaterra, e resolve visitar um zoológico. Durante o seu passeio, de repente, ele vê uma menininha se aproximando demasiadamente da jaula do leão. O leão, rapidamente, a ataca e, agarrando-a pela manga do casaco, tenta puxá-la para dentro da jaula para matá-la, sob os olhares de seus pais que, paralisados de terror, ficam gritando. O Israelense corre rapidamente para a jaula e, por entre as suas barras, acerta em cheio um potente soco, direto no nariz do leão. Gemendo de dor, o leão dá um pulo para trás, soltando a menininha e o israelense, com cuidado, a pega e a entrega aos seus apavorados pais, que, muito emocionados, ficam lhe agradecendo por muito tempo. Um repórter, que assistiu a todo o desenrolar da cena, diz ao israelense: “Senhor, esta foi a atitude mais nobre e corajosa que eu já vi um homem tomar, em toda a minha vida”. O Israelense responde: “Não foi nada de mais, realmente. O leão já estava preso, atrás das grades.
E eu apenas vi esta menininha em perigo, e fiz o que achei que era a coisa mais acertada a ser feita”. O repórter diz: “Bem, eu lhe garanto que este ato de heroismo não irá passar em branco. Eu sou um jornalista, e o jornal de amanhã trará esta história, estampada na primeira página.” E o repórter pergunta ao homem: “Apenas para complementar a notícia, qual é a sua profissão, e qual é o seu posicionamento político ? O Israelense responde: “Eu estou atualmente servindo no exército de Israel e, nas eleições em meu país, eu tenho votado no Likud.” O jornalista então vai embora. Na manhã seguinte, o israelense compra o jornal, curioso para ler como saiu a notícia sobre o salvamento da menininha das garras do leão e, para sua grande surpresa, lê na primeira página:
“Israelense radical de extrema-direita ataca imigrante africano e rouba o seu almoço.”
Esta anedota resume muito bem a abordagem da mídia em relação a Israel, nos dias de hoje…”
No desenho animado, (não estranhem que o diretor do vídeo também se chama Ralph), vejam o tendenciosidade, pois  os passarinhos pequenos aparecem como os palestinos do Hamas e o grande como Israel. Convivencia

QUEBRADEIRA DE OVOS



          Percival Puggina



            "Não se fazem omeletes sem quebrar ovos" é um conhecido provérbio português de muita conveniência e larga aplicação em todo exercício delinquente do poder. Ele pretende, cinicamente, justificar a "necessidade" de fazer o mal. Assim, quebravam ovos os que, nos anos 60 e 70 do século passado, se valiam da tortura e abusavam da violência institucionalizada. Quebravam ovos os guerrilheiros e terroristas que, além de executar opositores e traidores, explodiam bombas, sequestravam personalidades, assaltavam joalherias, bancos e residências. O êxito da "causa" era a grande omelete que a história serviria aos vitoriosos nas luzidias baixelas do poder. Em nome dela consideravam legítimo meter um revólver na cara do caixa do banco. Muitos viveram, desse modo, décadas inteiras. A serviço da causa. E às custas de ovos alheios.

            Trinta anos depois, a democracia - ora vejam só! - entregou serenamente o poder aos quebradores de ovos derrotados pelas armas naqueles tempos loucos. Foi um toma lá sem qualquer dá cá. Tudo free. Os minuciosos relatos que se sucedem nos últimos meses, reportando-se, vários deles, aos primeiros movimentos dos novos mandatários, ainda em 2002, revelam uma firme disposição de continuarem quebrando ovos como forma, já então, de preservar o poder conquistado. O mensalão exigiu jornada dupla de trabalho no galinheiro. O financiamento de campanhas eleitorais, partidárias e pessoais não deixou por menos. A profecia de José Dirceu - ou terá sido Zaratustra? -, segundo a qual "o PT governará o país por pelo menos vinte anos", exigia a quebradeira. Quem não entender isso não entenderá patavina do que aconteceu e do que vem por aí.

            Não entenderá, por exemplo, como foi que a palavra "malfeitos" entrou no vocabulário nacional e foi adotada por parcela da imprensa, expulsando a expressão "atos de corrupção". Acontece que "malfeitos" soa como traquinagem de adultos, gente boa mas leviana. É muito menos nociva do que formação de quadrilha ou corrupção. Também na imprensa há quem quebre ovos da informação para o bem da causa.

            Tem chamado atenção a vigorosa blindagem proporcionada ao ex-presidente Lula, suas persistentes negativas, e o furioso enfrentamento que seu partido trava ante o STF, a mídia e o jornalismo independente. Somam-se tenebrosas ameaças de regular a atividade da imprensa - o chamado marco regulatório - e agendam-se vigorosas manifestações em favor de José Dirceu e outras lideranças. É o povo nas ruas? Não. Claro que não. Não se confunda povo com militantes. O povo não está para essas coisas. Homens e mulheres do povo estão ocupados com seus afazeres, com suas famílias. Os estudantes do povo estudam. Os agricultores do povo plantam e velam por suas colheitas. Só os militantes é que se arregimentam ao estalar de dedos do comando político, até mesmo para coisas tão abomináveis quanto defender meliantes.

            Exagero? Não. Exagerada foi a quebradeira de ovos. Demasiada é a incoerência do ministro Gilberto Carvalho desqualificando as denúncias de Marcos Valério por provirem de alguém condenado a 40 anos de prisão. Mas que diabos, para quem trabalhava o careca? Não é o partido do ministro e o próprio Lula que afirmam não haver ocorrido crime algum? Então, para vocês, Gilberto Carvalho, o publicitário Marcos Valério é inocente como bebê de berçário! Será preciso, também, quebrar os ovos da nossa paciência e da lógica mais elementar?

Zero Hora, 16/12/2012

Quem quer viajar, não pode descuidar da saúde jamais!

Posted: 17 Dec 2012 07:20 PM PST


Mas todo mochileiro que se preze, tem como uma das suas maiores preocupações durante uma viagem u ainda em seu processo de organização, de que a saua saúde deve estar 100% segura. Ou seja, antes de embarcar para qualquer lugar do mundo, atente-se não só a sua saúde, mas também aos requisitos do país no qual você vai visitar, pois em alguns casos, é fundamental saber duas coisas:

1º – Saiba que poderá ser exigido que você toma alguma vacina específica para poder entrar no país. Por exemplo, para entrar na Bolívia e no Peru, nos foi exigida a Carteira Internacional de Vacinação, que pode ser emitida em algum posto específico de saúde e ainda ter tomado a vacina de febre Amarela há menos de 10 anos da data da viagem.

2º – Você deve se preparar para os pequenos mal-estar que possa ter em algum lugar que esteja visitando. Por isso, antes de viajar, procure ir a um Clínico Geral, explique que você irá viajar para determinado local e pergunte a ele se o mesmo pode receitar ou recomendar alguns medicamentos específicos para determinados mal-estar, como dor de barriga, febre, dor no corpo, etc. Na certa, todas essas dicas pode salvar a sua viagem.

Dica de Mochileiro 1: Se for viajar para algum lugar no qual você tenha ouvido falar de que a procedência de determinadas comidas não são assim, tão confiáveis, por precaução, tome nas vésperas de sua viagem um remédio antiparasitário. Isso pode ajudar bastante durante a sua viagem.
Dica de Mochileiro 2: Prepare um Kit Primeiros Socorros com alguns dos remédios recomendados por seu próprio médico ou mesmo, providencie um kit com aqueles remédios básicos e que podem fazer falta durante sua viagem. E se você for menina, não esqueça de levar os absorventes da marca no qual você está acostumada, pois durante sua viagem, pode ser que não encontre aquela marca que você gosta de usar. E para os meninos, procure levar preservativos no qual vocês confiem a procedência, pois pode ser que em determinados lugares não tenha para vender ou mesmo, que não seja da marca na qual você gosta de usar.

CPI do Cachoeira: Impunidade, picaretagem e vexame. Ou: Instituições um pouco mais rebaixadas do que antes



O deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, mesmo sendo um petista — e essa escolha implica certas obrigações de caráter, digamos, religioso, como jamais contestar “O Profeta” e os aiatolulas que falam em seu nome —, até que tentou, inicialmente, se portar com decoro. Foi pescado pelo governo Dilma para ser relator de uma CPI que o PT queria que fosse da vingança: contra a oposição, contra o Ministério Público Federal, contra o STF, contra a oposição, contra a imprensa…
Bastaram os primeiros movimentos, e ficou claro que Carlinhos Cachoeira era apenas o Carlinhos Cachoeira de Goiás, a, vamos dizer assim, sucursal menos rentável de um esquema gigantesco. Ele era só um operador menor. Quem seria, por exemplo, o Carlinhos Cachoeira do Rio de Janeiro? Quem seria o Carlinhos Cachoeira dentro do governo federal? Sim, estava e está patente: o nome do grande esquema criminoso é Delta, com seu impressionante laranjal.
O furor investigativo diminuiu muito, não custa lembrar, quando vieram a público as folias físicas e metafísicas da “Turma do Lenço” de Paris, vocês devem lembrar. As cenas do governador Sérgio Cabral dançando “Na Boquinha da Garrafa” com Fernando Cavendish entrarão para a história de quem decidir contar a história a sério. Quase todo mundo passou a olhar para o outro lado, inclusive setores consideráveis da imprensa.
Não custa lembrar: um senador da República foi cassado, E MUITO BEM CASSADO!!!, porque flagrado criando facilidades a um contraventor, mas um alto executivo do Dnit, Luiz Antonio Pagot, afirmou com todas as letras que, no cargo, atuou para fazer caixa para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. E ficou tudo por isso mesmo.
Em suma: a CPI que o PT criou para melar o processo do mensalão, para “pegar” a imprensa, o STF, o procurador-geral e ministros do STF (e valia tudo para isso, muito especialmente a mentira) começava a acumular explosivos nos subterrâneos do Palácio do Planalto. Então foi preciso mudar o rumo da prosa.
Aquele fiozinho de independência que Cunha parecia ter de início desapareceu, e ele se tornou mero esbirro da máquina de sujar reputações. O PT, como sabem, é assim: oferece a sua lavanderia de biografias para tipos como José Sarney e Fernando Collor e acusa Cristo de charlatanismo se isso, num dado momento, lhe parecer conveniente.
O resultado é este que se vê: tudo devidamente pesado, a coisa para eles está de bom tamanho considerando o que ficou escondido na Caixa de Pandora: um senador da oposição foi para o brejo, um governador tucano saiu lanhado, e a Al Qaeda eletrônica aproveitou para satanizar um pouco mais a imprensa independente. Não conseguiram o objetivo principal, aquele prometido por Lula, que era sacudir a República e interferir no placar do STF no julgamento do mensalão. Mas até isso ficou em segundo plano quando se descobriu o potencial explosivo do esquema Delta — a empresa segue sendo a terceira que mais recebe do PAC.
O fim da CPI é mais do que melancólico. Trata-se do triunfo escancarado da impunidade, ao menos no ambiente do Congresso. A comissão não podia, por si, punir ninguém, mas lhe cabia dizer o que, por ali, se considera inaceitável. E tudo, como se nota, parece… aceitável. O que se reuniu, e é muito pouco, vai para o Ministério Público.
Note-se, adicionalmente, que as instituições saem um pouco mais rebaixadas — escrevi nesta manhã sobre a lenta e contínua deterioração institucional. Pela primeira vez na história, a maioria decidiu fazer uma CPI para perseguir a minoria, o que já é um assombro. Instalada a comissão, essa mesma maioria começou, involuntariamente, a produzir fatos contra si mesma. Então decidiu dar um golpe dentro do golpe, selecionando alguns alvos no relatório final. A iniciativa soou tão escandalosa que não prosperou.
A Odair Cunha não restou outra alternativa que não o vexame do relatório nenhum. Eis o PT contribuindo para um Brasil mais justo, mais sóbrio e mais digno.
Por Reinaldo Azevedo

Marcha da irracionalidade – Sarney convoca sessão do Congresso para votar mais de 3 mil vetos nesta quarta!!!



Da Agência Senado:
O presidente do Senado, José Sarney, confirmou a convocação de sessão do Congresso Nacional para esta quarta-feira (19), às 12h, com objetivo de votar milhares de vetos presidenciais pendentes. A medida pode viabilizar o exame do veto parcial da presidente Dilma à Lei dos Royalties, que foi suspenso depois de decisão liminar do ministro do STF Luiz Fux, considerando inconstitucional a aprovação de regime de urgência para a matéria e determinando que a apreciação dos vetos seguisse a ordem cronológica de chegada ao Congresso.
Logo após o anúncio da convocação, feito por Sarney durante sessão deliberativa nesta terça-feira (18), o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) questionou a possibilidade de votação em bloco dos vetos, mencionando os termos da decisão do ministro Fux e o Regimento Comum do Congresso. Ele afirmou que os vetos devem passar por análise prévia de comissões mistas designadas especificamente para esse fim e depois serem votados um a um. Na prática, se prevalecer esse entendimento, não haveria como votar o veto aos royalties nesta semana.
“Assim sendo, o Veto Parcial 38 não pode ser apreciado antes da análise de todos aqueles que o precederam, que, por sua vez, têm de ser votados de forma individual, respeitada sua ordem cronológica. E, com base no artigo 104 do Regimento Comum, para cada veto, deverá ser designada uma comissão mista, que deverá relatá-lo e estabelecer o calendário de sua tramitação”, reiterou.
Em resposta, Sarney ressaltou que, ao convocar a sessão do Congresso, apenas atendeu requerimentos feitos por líderes da Câmara e do Senado. Ele pediu que as dúvidas regimentais sejam apresentadas durante a própria sessão. “A minha função é apenas de convocação da sessão”, esclareceu.
O senador Magno Malta (PR-ES) criticou a possibilidade de votação de mais de 3 mil vetos sem análise de conteúdo, sobre temas como a regulamentação da Emenda 29, que garante recursos para saúde, o fator previdenciário e o Código Florestal. Ele também classificou a manobra para a votação do veto aos royalties como “estelionato regimental”.
“Aviso e advirto que no primeiro momento impetrarei um mandado de segurança para nulidade de uma sessão, que tem nulidade, tal qual a primeira [sessão de quarta-feira passada]”, disse.
A divergência em relação à partilha dos royalties diz respeito à aplicação dos novos critérios — que diminuem a participação de estados e municípios produtores para aumentar a dos não produtores — a contratos já firmados, objeto do veto da presidente Dilma ao PLS 448/2011, que deu origem à Lei 12.734/2012. Na última quarta-feira (12), o Congresso aprovou urgência para votar e derrubar o veto, o que restabeleceria os termos do projeto original.
No entanto, na segunda-feira (17), o ministro Luiz Fux concedeu liminar, em mandado de segurança impetrado pelo deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), suspendendo a urgência da votação do veto parcial. A Advocacia do Senado ingressou nesta terça-feira com recurso para reverter a decisão.
De acordo com a Coordenação da Mesa do Congresso, os vetos têm de ser apreciados em votação nominal, por maioria mais um dos presentes à sessão. Como o número de vetos é grande, cada parlamentar receberá um “livro”, com a relação dos dispositivos vetados.
Parlamentares favoráveis à derrubada do veto manifestaram confiança no sucesso da votação desta quarta-feira. O senador Wellington Dias (PT-PI), autor do PLS 448/2011, disse acreditar que a maioria dos deputados e senadores está disposta a manter os 2.820 vetos relativos a outros projetos como “mera formalidade” para facilitar o exame dos 140 dispositivos suprimidos por Dilma quando da sanção do projeto dos royalties.
Por Reinaldo Azevedo

Família Niemeyer critica 'Brasília by Cingapura'



Reportagem de Felipe Werneck, da sucursal carioca do “O Estado de São Paulo”, informa que o contrato de “planejamento estratégico” com a empresa Jurong Consultants, assinado em Cingapura pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz está motivando uma campanha contrária do Arquitetos do Brasil, que agora ganhou reforço da Fundação Oscar Niemeyer.
Todo o processo foi feito sem licitação e sem participação de brasileiros.
Na última semana, as imagens de Brasília ganharam o mundo nas notícias sobre seu principal criador, Oscar Niemeyer, que morreu no dia 5. No intuito de preservar esse legado, a família do arquiteto se uniu, agora, ao Instituto dos Arquitetos do Brasil, na crítica à decisão do governo do Distrito Federal de contratar uma empresa de Cingapura para planejar os próximos 50 anos da capital federal. Sexta-feira, foi lançada a campanha “Niemeyer Sim! Brasília By Cingapura Não”.
###
SURPRESA
“Fomos pegos de surpresa, não tivemos a oportunidade de participar do processo”, disse o secretário executivo da Fundação, Carlos Ricardo Niemeyer – bisneto do arquiteto -, na cerimônia em que, o prédio do IAB-RJ passou a se chamar “Casa do Arquiteto Oscar Niemeyer”.
Carlos disse que a família esteve focada unicamente com o estado de saúde de Niemeyer nos últimos meses e, por isso, não pôde dar a devida atenção ao caso Jurong. “Mas é uma preocupação nossa. Precisamos entender o que pode ser feito. No mínimo, que haja uma discussão apropriada com a cidade a respeito de seu futuro.” Ele ressaltou que o fato de se tratar de empresa estrangeira não é um problema em si, mas o processo configura “agressão ao plano de Lúcio Costa”
Newton Lins, secretário de Assuntos Estratégicos do DF, disse, em outubro, que a Jurong foi escolhida por apresentar “técnica inovadora de análise territorial” e possuir “larga experiência em macrozoneamentos, com portfólio invejável de projetos pelo mundo”. “A essência é mais de desenvolvimento econômico do que urbanístico. O mais importante é atrair investimentos. Ficam assustados porque é algo novo.”

FHC, um sociólogo, eliminou do currículo escolar as aulas de Filosofia. E o PT não quis repô-las...



Walter Martins
Um fato muito importante e lastimável aconteceu há algumas décadas, embora, lamentavelmente, poucos comentem. Entretanto, tal fato foi um dos fatores cruciais para a atrofia do senso crítico e do pensamento livre de gerações inteiras.
O que seria? Parece um mistério, mas não é. Vamos ao fato: o gradual desaparecimento da disciplina Filosofia dos currículos escolares de ensino fundamental.
A Filosofia em sala de aula não admite a passividade. Ela leva à reflexão. Mas refletir é perigoso. Nossos alunos não podem contestar, não podem debater. Seriam eleitores e cidadãos perigosos demais.
Temas como Ética, Moral (não falo em Moral e Cívica), Cidadania, entre outros, não podem ser tratados. Não há espaço para isto.
A imoralidade, a falta de ética, a entrega da mente ao senso comum acrítico, entre outras coisas, não são prerrogativas da classe política (conceito erroneamente atribuído aos detentores de cargos políticos, pois toda a sociedade deveria ser a classe política), mas sim de todo o corpo da nação. Afinal, não são homens e mulheres surgidos do nada, que assumem estes cargos. São pessoas do povo.
###
UM ATO CRIMINOSO
Almério Nunes
Quem retirou a Filosofia do currículo escolar, no Brasil, foi Fernando Henrique Cardoso,um sociólogo! Como entender? Minha área é a Filosofia, me sentirei honrado se visitarem meu site: http://www.spadoconhecimento.com.br
SPA … uma singela homenagem que faço aos criadores da Filosofia Clássica, através de suas iniciais: Sócrates, Platão e Aristóteles. E também uma alusão a Roma Antiga: Salute Per Aqua, a saúde vem pela água.
Escrevo meus próprios artigos, e abordo a obra de mais de trinta filósofos e “livres pensadores”. Tenho também minha Galeria de Arte, exponho quadros seculares ou mesmo milenares, desde Buda, Confúcio e outros mestres.
Sinceramente não vejo como as sociedades possam desenvolver-se sem a Filosofia. No Brasil os filósofos são seres desprezados,infelizmente. E os temos,muito bons,em quantidade mais do que razoável.
Sócrates dizia: “Saber perguntar: Sabedoria. Saber responder: Habilidade”. Aplicando sua Maiêutica, ‘o Parto do Conhecimento’, ele fazia as pessoas irem se descobrindo… refletindo… e rumando para as suas conclusões. Sócrates é – na magistral definição da Marilena Chuai – o Paladino da Filosofia. No Brasil e no mundo, porém, vale muito mais quem se diploma em “Mercado Financeiro”.

Tempo de avançar e tempo de reajustar



Carlos Chagas
Estranho, esse alerta do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República: “Em 2013, o bicho vai pegar!”
Porque se o bicho está solto, no caso pretendendo pegar o PT e o Lula, seria bom lembrar o mote de que “se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come”. A solução é encará-lo, partir para cima dele de forma atabalhoada, com resultados mais do que previsíveis sobre a força de suas garras e presas?
Tem uma solução. A única, aliás, capaz de salvar o partido e seu chefe: domesticar o bicho. Transformar o tigre num gatinho, com paciência e firmeza.
Como? Renovando o PT e segurando o Lula. Porque correr não vai adiantar nada. Nem ficar, se não mudarem. É definitivo o desgaste sofrido pelos companheiros desde que chegaram ao poder. Importa menos saber se cederam à tentação ou se, desde o início, planejavam ocupar as estruturas do Estado visando satisfazer seus anseios mais baixos. Nomeações aos milhares, sem a contrapartida da competência para exercer a maioria das funções. Negociatas sem fim, apropriando-se da máquina administrativa oficial para engordar não só os cofres do partido, mas o bolso de seus dirigentes e penduricalhos. Acima de tudo, porém, descaso diante das promessas anteriores de mudar o país, coisa que o assistencialismo jamais conseguirá realizar.
Do que o PT precisa para não ser devorado é renovar-se. Substituir lideranças envolvidas em práticas que abominava antes de chegar ao governo. Buscar inspiração nos ideais de sua fundação e encontrar gente disposta a recuperar o tempo não propriamente perdido, mas empregado nessa lambança tornada pública e que agora acirra o apetite do bicho.
Quanto ao Lula, melhor faria se mergulhasse algum tempo na meditação de seus erros e na lembrança de seus acertos, para reaparecer mais tarde reciclado e pronto para recomeçar. Será cruel lançá-lo agora em caravanas percorrendo o país, tendo esquecido as origens e sem lembrar dos desvios em que se meteu. Um Lula diferente do atual daria certo depois de razoável quarentena. O mesmo, agora, apenas fornecerá carne para o bicho.
Em suma, o diagnóstico de Gilberto Carvalho acerta no varejo mas erra no atacado. Nas grandes batalhas, há tempo de avançar e tempo de reajustar dispositivos.
###
É INÓCUO MATAR O MENSAGEIRO
Séculos atrás, era comum reis, imperadores e déspotas de toda espécie mandarem matar o mensageiro que lhes trazia más notícias.
Pois não é que tanto tempo depois, a moda voltou? No PT e no governo aumenta a tendência de culparem a imprensa pelas denúncias divulgadas a respeito de seus malfeitos. Identificam uma conspiração da mídia. Atribuem aos jornais, revistas, televisões e emissoras de rádio a culpa pelo conteúdo que apresentam. Caso não se referissem ao mensalão, à Operação Porto Seguro e às propostas de Marcos Valério e Carlinhos Cachoeira, só para ficarmos nos fatos mais recentes, nada estaria abalando suas boas intenções e suas realizações.
Por conta disso aguarda-se no Congresso nova campanha pela adoção de medidas restritivas da liberdade de imprensa. Que exageros acontecem, nem há que duvidar, mas para puni-los e coibi-los existem a Constituição e as leis. Além do Poder Judiciário.

Aguenta, coração!



O cotidiano genial de Cora Coralina



A poeta Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1880-1985), nasceu em Goiás Velho. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano, conforme o belo poema “Saber Viver”, no qual a sabedoria de Cora Coralina ensina que a vida não tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
SABER VIVER
Cora Coralina
Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar
(Colaboração enviada pelo poeta Paulo Peres – site Poemas & Canções)

Congresso enfrenta Supremo e decide votar o veto ao projeto dos royalties



João Domingos (Estadão)
Todos os líderes dos partidos mais os componentes da Mesa do Congresso decidiram dar uma resposta regimental ao Supremo Tribunal Federal, que impediu a votação do veto parcial à Lei dos Royalties.
Na sessão conjunta desta terça-feira, às 19 horas, será apresentado um requerimento dos líderes do Senado e da Câmara pedindo que sejam votados os 3060 vetos existentes, em uma sessão única, amanhã (19), ao meio-dia. Aprovado o requerimento, 3059 vetos serão votados em bloco e o veto parcial da Lei dos Royalties será apreciado em separado. Do total de vetos, 51 são totais e 153 parciais, sobre de 204 projetos.
O senador Wellington Dias (PI), futuro líder do PT no Senado, disse que há um sentimento muito grande de revolta no Congresso e que por isso eles decidiram dar uma resposta ao STF que na segunda-feira, por meio do ministro Luiz Fux, suspendeu a votação do veto parcial da Lei dos royalties, afirmando que antes o Congresso precisaria votar os mais de 3 mil vetos pendentes.

Há muitas Incoerências nas pesquisas de opinião sobre o governo Dilma



Nélio Jacob
O Ibope coloca “bom” e “ótimo” juntos, somando-ose para dar um só conceito. O “bom” pode representar 50% dos entrevistados e o “ótimo” 12% deles, que juntos dão 62% de índice de aprovação.
Mas existe uma diferença muito grande entre ótimo e bom. O ótimo é além da expectativa. Bom, geralmente, representa aquilo que não passou do que já era previsto, dentro de uma certa razoabilidade. Fosse abaixo disso, seria regular ou ruim. Então, bom e ótimo dão qualidades diferentes às coisas.
Em minha ignorância com relação à estatística, não consigo entender por que 74% dos entrevistados desaprovam a política da saúde; 65% criticam os impostos pagos; com relação a segurança pública 68% não estão satisfeitos, sem falar na educação, o que daria nesses três itens uma média de 69%, mas 62% dos mesmos entrevistados consideram bom ou ótimo e 73% aprovam o Governo, confiam e consideram positiva a sua atuação.
Dá para entender a coerência dos entrevistados?


Ah! Esses 'republicanos'...



Percival Puggina
Guardai-vos do fermento dos fariseus que é a hipocrisia. Porque nada há de oculto que não venha a descobrir-se, e nada há de escondido que não venha a saber-se. Por isso, as coisas que dissestes nas trevas, serão ditas às claras, e o que falastes ao ouvido nos quartos será apregoado sobre os telhados” (Lc. 12,1-3).
Há quem ande bisbilhotando os namoros e infidelidades conjugais de antigos ocupantes do trono presidencial para mostrar que nada de extraordinário ocorre no affaire de Lula com Rosemary Nóvoa de Noronha. Opa! Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
As aventuras de Lula, enquanto aventuras, só interessam a ele e, provavelmente, a dona Marisa Letícia. Mas não é disso que se vem tratando. Não consta dos anais da história que algum outro presidente tenha criado um cargo para acomodar convenientemente sua namorada. Aliás, o cargo, com as atribuições que bem convinham aos dois pombinhos, era tão desnecessário que a presidente Dilma o extinguiu de um dia para o outro.
Qual outro presidente teve a ousadia de conceder passaporte diplomático à sua amante e a fez embarcar com ele em dezenas de viagens oficiais, com direito a diárias e às custas do erário, constrangendo a tripulação? Qual outro presidente da República deu-se ao desplante de determinar que o nome de sua manteúda fosse omitido da lista de passageiros, num desrespeito a normas nacionais e internacionais relativas ao tráfego aéreo? Nenhum presidente falou tão bem de si mesmo e nenhum chegou tão longe no uso abusivo do poder para atender conveniências pessoais. Nisso e em muitas outras coisas, Lula enxovalhou o cargo que ocupava. E prevaricou.
###
AS VIÚVAS…
Ele aprendeu ainda cedo, nos tempos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a usar as instituições e seus recursos para fins políticos partidários (Augusto Nunes, em Direto ao Ponto, 10/09/2012). Nem as viúvas dos companheiros que procurassem o sindicato escapavam das investidas de Lula (entrevista dele próprio à revista Playboy, mês de julho de 1979).
O sindicalismo brasileiro tem longa ficha corrida de mamatas, boquinhas e abusos. Por isso é impossível dizer se Lula foi professor ou aluno numa escola de malandragens. Mas tornou-se, também nelas, Doutor Honoris Causa. O desempenho de funções de mando com respeito aos limites determinados por necessário senso moral não fazem parte de sua biografia. Foi graças a essa característica de seu caráter que, sem qualquer constrangimento, uniu-se àqueles a quem mais atacara e trouxe para perto de si quase todos os maiores patifes da República.
Espanta-me que certas pessoas de seu partido, tão verticais quanto doutrinárias e professorais quando se tratava de cobrar espírito e conduta republicana de seus opositores, ergam-se agora em defesa de malfeitores condenados pelo STF. E formem tropa de choque para blindagem de um ex-presidente que sempre se julgou acima da lei e governou o país rodeado por quase todos os trezentos congressistas que ele mesmo, como deputado, contabilizara como picaretas. Deus cria, a vida separa e o diabo junta.
Para concluir: em profundo constrangimento devem estar os jornalistas que cobrem o cotidiano da presidência da República. Foi preciso uma ação da Polícia Federal para trazer a lume algo que passou batido por todos eles ao longo de oito anos e dezenas de viagens presidenciais! Ou foram patetas ou se fizeram de patetas, seguindo o exemplo do nosso estadista de Garanhuns. Um jornalismo nada republicano esse, também.

Charge do Sponholz



Condenados do mensalão pedem que plenário do STF decida sobre prisões



Débora Zampier (Agência Brasil)
Pelo menos sete condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) hoje (18) pedindo que o plenário julgue o pedido de prisão imediata. Os réus temem que a prisão seja decretada individualmente pelo presidente do STF e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, durante o recesso de fim de ano.
O pedido já foi protocolado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, pelo deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), pelo ex-presidente do PT José Genoino e pelos réus ligados ao Banco Rural – Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane – e pelo ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Dos 25 condenados, 22 terão que cumprir a pena em regime fechado ou semiaberto.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia pedido a execução imediata das sentenças na defesa oral apresentada no início de agosto. Ele argumentou que o cumprimento de decisões proclamadas pela Suprema Corte deve ser imediato porque elas não podem mais ser apeladas em outras instâncias.
###
GURGEL REFORÇA
Na segunda-feira (17), quando o pedido estava pronto para ser julgado em plenário, o procurador recuou e disse que apresentará nova petição reforçando os argumentos para as prisões imediatas nos próximos dias. Isso abre brecha para que a decisão seja proferida individualmente pelo presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, que ficará responsável pelo plantão do STF durante o recesso, que começa na quinta-feira (20) e vai até o dia 1º de fevereiro.
Para o advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, não há motivo para julgar o pedido no recesso porque a questão não é urgente. Ele ainda lembra que a decisão sobre o recolhimento dos passaportes dos réus, concedida individualmente por Barbosa em outubro, até hoje não foi levada a plenário.
O advogado de João Paulo Cunha, Alberto Toron, argumenta que o STF não pode antecipar o cumprimento de uma pena que pode não se confirmar. Ele lembra que João Paulo foi condenado, no crime de lavagem de dinheiro, por 6 votos a 5, o que pode levar à revisão do julgamento. Quando o placar não é unanime e nem por ampla maioria, dispositivo no regimento interno da Corte permite que a decisão seja revista.
Os advogados dos réus do Banco Rural – Marcio Thomaz Bastos, José Carlos Dias e Maurício de Oliveira Campos Junior – alegam que qualquer que seja o novo argumento de Gurgel, será apenas a reiteração do que ele já solicitou no início do julgamento. Ainda lembram que a Corte tem tradição consolidada de não executar as penas até o final do processo, quando não há mais possibilidade de recurso.
O advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco, alega que o procurador não pode retirar um pedido já apresentado no julgamento, e que o STF tem que apreciar a questão independentemente de nova petição.