segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Cientistas israelenses criam nanorobôs


Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) criaram a primeira geração de “nanorobôs nadadores”. As máquinas são capazes de nadar pela corrente sanguínea e carregar medicamentos a locais específicos do corpo. Feitos a partir de uma liga de polímero e de nanofios magnéticos, os “nanonadadores” têm a largura de uma fibra de seda.
Mas como, afinal, os robôs se locomovem? Tudo é feito através de um campo magnético externo, que “impulsiona a cauda” dos nanonadadores. O destino dos pequenos robôs pode ser traçado a partir da manipulação de um campo magnético sobre um determinado membro – o que pode possibilitar até mesmo a realização de cirurgias simples e não invasivas.
Os pesquisadores removeram a necessidade da instalação de motores minúsculos de maneira que o transporte de medicamentos pelo sangue, dadas as dimensões dos nanorobôs, se mostra possível. A aplicação dos nanonadadores por meio de seringas é ainda um sonho distante, mas passos largos no ramo da “medicina de nova geração” já começaram a ser dados.

domingo, 25 de setembro de 2016

OS AVÓS NUNCA MORREM, APENAS FICAM INVISÍVEIS!


OS AVÓS NUNCA MORREM, APENAS FICAM INVISÍVEIS!
    O Segredo - Jovem

Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração. Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.
Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao mundo. A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância. 
Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam invisíveis.
Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos.Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem cedo.
avo-02O Segredo - Jovem
O vínculo dos avós com os netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente de uma criança ou adolescente. Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.
O adeus dos avós: a primeira experiência com a perda
Muitas pessoas têm o privilégio de ter ao seu lado algum dos seus avós até ter chegado à idade adulta. Outros, pelo contrário, tiveram que enfrentar a morte deles ainda na primeira infância, naquela idade em que ainda não se entende a perda de uma forma verdadeiramente real, e onde os adultos, em certas situações, a explicam mal na tentativa de suavizar a morte ou fazer de conta que é algo que não faz sofrer.
A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos dizer sempre a verdade a uma criança. É preciso adaptar a mensagem à sua idade, sobre isso não há dúvidas, mas um erro que muitos pais cometem é evitar, por exemplo, uma última despedida entre a criança e o avô enquanto este está no hospital ou quando fazem uso de metáforas como “o avô está em uma estrela ou a avó está dormindo no céu“.
É preciso explicar a morte às crianças de forma simples e sem metáforas para que elas não criem ideias erradas. Se dissermos a elas que o avô foi embora, o mais provável é a criança perguntar quando é que ele vai voltar. Se explicarmos a morte à criança a partir de uma visão religiosa, é necessário incidir no fato de que ele “não vai regressar”. Uma criança pequena consegue absorver apenas quantidades limitadas de informação, dessa forma, as explicações devem ser breves e simples.
É também importante ter em conta que a morte não é um tabu e que as lágrimas dos adultos não têm que ficar ocultas perante o olhar das crianças. Todos sofremos com a perda de um ente querido e é necessário falar sobre isso e desabafar. As crianças vão fazer isso no seu tempo e no momento certo, por isso, temos que facilitar este processo.
As crianças irão nos fazer muitas perguntas que precisam das melhores e mais pacientes respostas. A perda dos avós na infância ou na adolescência é sempre algo complexo, por isso é necessário atravessar essa luta em família sendo bastante intuitivos perante qualquer necessidade dos nossos filhos.
Embora já não estejam entre nós, eles continuam muito presentes
Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com a nossa família e também nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.
Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo, enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre foram os nossos corações, onde eles descansam eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória.
A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela árvore que plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos costurou e que ainda hoje temos.
Estão no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso queixo que herdamos deles.
Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas emoções de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos ensinaram a ir um pouco mais devagar e ao ritmo deles, a saborear uma tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que existe uma linguagem que vai muito mais além das palavras.
É a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol. Tudo isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade das pessoas.
No legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a cada dia.
Por: Valéria Amado
The post OS AVÓS NUNCA MORREM, APENAS FICAM INVISÍVEIS! appeared first on 

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Grupo de arqueólogos israelenses consegue restaurar o piso do pátio do Segundo Templo de Jerusalém

 
Arqueólogos do Projeto de Peneiramento do Monte do Templo, baseado em Jerusalém, estão confiantes de que restauraram com sucesso um elemento arquitetônico único do Segundo Templo: uma série de ladrilhos regiamente decorados que adornavam os pórticos no topo do Monte do Templo e que, provavelmente, eram destaque nos pátios do Segundo Templo durante o período em que o Rei Herodes governou Jerusalém (37 AC a 4 AC).
“Isso nos permite ter uma ideia do incrível esplendor do Templo’’, diz o Dr. Gabriel Barkay, cofundador e diretor do Projeto de Peneiramento do Monte do Templo. Os ladrilhos restaurados serão apresentados ao público em geral no dia 8 de setembro, na Conferência Anual de Arqueologia da Cidade de Davi.
“Isso representa a primeira vez que arqueologistas conseguem, com sucesso, restaurar um elemento do complexo do Segundo Templo de Herodes”, afirma Zachi Dvira, também cofundador do projeto.
O Projeto de Peneiramento do Monte do Templo foi criado em resposta à retirada ilegal de toneladas de terra rica em antiguidades do Monte do Templo pela Waqf Islâmica, em 1999. O sítio está localizado no Parque Nacional do Vale do Tzurim e é apoiado pela Fundação Cidade de Davi e pela Fundação de Arqueologia de Israel. A iniciativa é executada sob os auspícios da Universidade Bar-Ilan e da Autoridade de Parques e Natureza de Israel.
Frankie Snyder, uma integrante da equipe de investigadores do projeto e especialista no estudo de piso antigo da era de Herodes, conseguiu restaurar os padrões ornados dos ladrilhos “usando princípios geométricos e através das semelhanças encontradas no design do azulejo usado poe Herodes em outros sítios”, diz Snyder, que tem uma formação acadêmica em matemática e estudos judaicos. “Esse tipo de piso, chamado de ‘opus sectile’, palavras em latim para ‘obra cortada’, é muito caro e foi considerado muito mais prestigioso do que os pisos de azulejos mosaicos”.
http://www.cityofdavid.org.il/sites/default/files/faranki.jpg 
A especialista Frankie Snyder mostra a descoberta 
(Crédito: Zachi Davira, Projeto de Peneiramento do Monte do Templo)
“Até agora, conseguimos restaurar sete potenciais desenhos do majestoso piso que decorava o Monte do Templo”, diz Snyder, explicando que não havia ‘opus sectile’ em Israel antes da época do Rei Herodes. “Os segmentos do azulejo foram incrustrados tão perfeitamente que não dá para insertar uma lâmina afiada entre eles”.
Até o momento, aproximadamente 600 segmentos do coloridos pisos de pedra foram descobertos, com mais de 100 deles datados definitivamente como sendo do período do Segundo Templo de Herodes.
O estilo do piso é consistente com os encontrados nos palácios de Herodes em Massada, no Herodion e em Jericó, entre outros, bem como em palácios majestosos e vilas na Itália, também atribuídos à época de Herodes.
Os segmentos de ladrilhos, em sua maioria importados de Roma, da Ásia Menor, da Tunísia e do Egito, foram criados de pedras polidas multicoloridas cortadas numa variedade de formas geométricas. Uma característica dos azulejos de Herodes é seu tamanho, que corresponde ao pé romano, aproximadamente 29,6 cm.
http://www.cityofdavid.org.il/sites/default/files/Herodian-Opus-Collection-c.jpg 
 (Crédito: Zachi Davira, do Projeto de Peneiramento do Monte do Templo)
A possibilidade de que grandes partes do Monte do Templo, durante o Segundo Templo, tenham sido cobertas por piso ‘opus sectile’ foi levantada, primeiramente em 2007 pelo arqueologista Assaf Avraham, diretor do Parque Nacional Jerusalem Walls e da Autoridade de Parques e Natureza de Israel.
A teoria de Avraham foi baseada na descrição dada pelo historiador romano-judeu Flávio Josefo (século I DC), que escreveu: “...a parte descoberta (do pátio do Monte do Templo) era completamente pavimentada por pedras de vários tipos e cores...” (A Guerra Judaica 5:2). Além disso, a literatura talmúdica registra a magnífica construção do Monte do Templo, descrevendo fileiras de mármore em cores diferentes – verde, azul e branco”.
"Agora, como resultado das habilidades matemáticas de Frankie Snyder, conseguimos recriar os padrões dos ladrilhos reais. Isto representa a primeira vez que podemos ver com nossos próprios olhos o esplendor do piso que decorou o Segundo Templo e os seus anexos 2.000 anos atrás ", declara o Dr. Gabriel Barkay.
Referindo-se ao Templo que Herodes construiu, o Talmud diz: "Quem não viu edifício de Herodes, não viu um belo edifício em sua vida”.
“Apesar de não termos tido o prazer de ver o Templo em seus dias de glória, com a descoberta e recuperação desses pisos originais agora somos capazes de ter uma compreensão mais profunda do Segundo Templo, mesmo que seja apenas através desta característica distintiva”, continua Barkay.
Desde a criação do Projeto de Peneiramento do Monte do Templo, em 2004, mais de 200 mil voluntários de todo o mundo fizeram parte da iniciativa, representando um fenômeno sem precedentes no campo da pesquisa arqueológica.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Golpe nos fundos de pensão - EDITORIAL ESTADÃO


ESTADÃO - 07/09

Muito mais amplas do que as já conhecidas devem ter sido também as vantagens indevidas – para dizer o mínimo – que o esquema propiciou a seus operadores e sócios



Ao expor graves evidências de “gestão temerária e fraudulenta” que resultou no desvio criminoso de R$ 8 bilhões nos quatro maiores fundos de pensão das estatais, a Operação Greenfield, lançada na segunda-feira passada pela Polícia Federal, mostrou também que pode ser muito maior o alcance do aparelhamento da administração pública federal e de suas empresas pelo PT e por seus aliados. Muito mais amplas do que as já conhecidas devem ter sido também as vantagens indevidas – para dizer o mínimo – que o esquema propiciou a seus operadores e sócios.

A operação atinge os fundos Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa Econômica), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). Autorizada pelo juiz titular da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal a pedido do Ministério Público, a operação envolveu a prisão de 5 suspeitos, a condução coercitiva para prestar depoimentos de cerca de outros 30 e o bloqueio de bens dos investigados no montante equivalente ao total dos desvios estimados. Essas medidas atingiram ex-dirigentes de empreiteiras como OAS e Engevix, ex-administradores dos fundos e proprietários de grandes empresas como J&F, Gradiente e WTorre.

O objeto das investigações é um grande esquema de corrupção baseado na realização, pelos fundos de pensão, de investimentos temerários ou simplesmente ilícitos em benefício de grandes empresas, em troca do pagamento de propina a gestores desses fundos e a políticos. Como se trata de investigação no âmbito da primeira instância, a operação não alcança políticos com mandato eleitoral, que têm direito a foro privilegiado. Mas as investigações devem produzir indícios de envolvimento de figurões da política. O fato de um dos investigados ser o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, já condenado no processo do petrolão, coloca o próprio PT no centro das investigações.

Na gestão petista, os fundos de pensão se tornaram o segundo maior financiador dos projetos de infraestrutura do governo, atrás apenas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É lícito e necessário que esses fundos invistam seus bilionários recursos em benefício de seus mutuários, de modo que possam cumprir seu objetivo de oferecer aposentadoria e pensão complementares aos empregados das empresas estatais. Mas sindicalistas filiados ao PT e protegidos do PMDB, as duas maiores legendas que controlavam esses fundos, transformaram os investimentos – que deveriam ser decididos de acordo com critérios técnicos, de modo a reduzir os riscos e propiciar melhor rentabilidade – em generosa fonte de enriquecimento pessoal e de financiamento do projeto de poder do partido dominante.

A prática petista de meter a mão no dinheiro de trabalhadores em benefício do partido ou para enriquecimento pessoal de seus prepostos já se evidenciara, em proporções muitos menores, quando o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo foi denunciado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pelo esquema criminoso por meio do qual era cobrado um “pedágio” de aposentados que contraíam empréstimos consignados. Não por coincidência, o ex-tesoureiro Vaccari Neto também está envolvido naquelas investigações. Mas o golpe do crédito consignado, cujo montante é estimado em cerca de R$ 100 milhões, é brincadeira de criança perto do desvio de dinheiro dos fundos de pensão das estatais.

De acordo com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), os fundos Petros, Previ, Funcef e Postalis juntos foram responsáveis por um prejuízo de R$ 48,7 bilhões, equivalente a 62,6%, ou dois terços, do rombo acumulado em todo o sistema em 2015. O desvio de recursos que beneficiou dirigentes dos fundos, partidos políticos e empresas é parte desse prejuízo.

O escândalo dos fundos é mais uma demonstração do jeito petista de governar, do modus operandi do populismo irresponsável que pretendia se perpetuar no poder iludindo a boa-fé de milhões de brasileiros.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Equívocos Históricos dos Árabes em suas Interações com Israel


por Fred Maroun
27 de Agosto de 2016
Original em inglês: The Arabs' Historic Mistakes in Their Interactions with Israel
Tradução: Joseph Skilnik

  • Nós árabes gerimos nosso relacionamento com Israel de maneira cruel, mas o pior de tudo é a contínua situação dos palestinos. Nosso pior erro foi não ter aceito o plano de partilha das Nações Unidas de 1947.
  • Talvez não se deva iniciar uma guerra se não se estiver preparado para os resultados de uma possível derrota.
  • Os judeus não mantêm os árabes em acampamentos, nós sim.
  • A Jordânia integrou alguns refugiados, mas não todos. Nós poderíamos ter provado que nós árabes somos um povo maravilhoso e nobre, mas mostramos ao mundo, e continuamos mostrando, que o nosso ódio aos judeus e a nós mesmos é de longe muito maior do que qualquer conceito que implique em solidariedade árabe.
Esta é a primeira parte de um artigo dividido em duas partes. A segunda parte irá examinar as alternativas de hoje para nós árabes.
No estado atual das relações entre o mundo árabe e Israel vemos uma colcha de retalhos de hostilidades, paz tensa, cooperação limitada, tranquilidade e violência. Nós árabes gerimos nosso relacionamento com Israel de maneira cruel, mas o pior de tudo é a contínua situação dos palestinos.

Primeiro Equívoco

Nosso primeiro equívoco durou séculos, ocorrendo bem antes da declaração de independência de Israel, em maio de 1948. Consistiu em não reconhecer os judeus como iguais a nós.
Conforme documentado por um proeminente estudioso americano da história judaica no mundo muçulmano, Mark R. Cohen, naquela época "os judeus compartilhavam com os demais não muçulmanos o status de dhimmis (não muçulmanos que pagam por proteção e obedecem leis humilhantes, distintas, para serem tolerados nas regiões controladas pelos muçulmanos)... Não era permitido construir novas casas de culto e as antigas não podiam ser reformadas. Eles deviam se comportar discretamente na presença de muçulmanos. Em suas práticas litúrgicas eles tinham que honrar a supremacia do Islã. Eram obrigados a se diferenciar dos muçulmanos no tocante às roupas e tinham que se abster de usar insígnias. Eles também eram proibidos de ocupar cargos de autoridade no governo muçulmano".
Em 1º de março de 1944, enquanto os nazistas massacravam seis milhões de judeus, bem antes de Israel declarar a independência, Haj Amin al-Husseini, então o Grande Mufti de Jerusalém declarou na Rádio Berlim: "árabes, levantem-se como se fossem uno e lutem pelos seus direitos sagrados. Matem os judeus onde quer que vocês os encontrem. Isso agrada a Deus, história e religião. Isso salva suas honras, Deus está com vocês."
Se não tivéssemos cometido esse erro, talvez nos beneficiássemos de duas maneiras.
Provavelmente os judeus teriam permanecido em maior número no Oriente Médio muçulmano e teriam desenvolvido a civilização do Oriente Médio ao invés de desenvolver as civilizações dos lugares para onde fugiram, sobretudo a Europa e posteriormente os Estados Unidos.
Em segundo lugar, se os judeus se sentissem seguros e aceitos entre os árabes do Oriente Médio, talvez não tivessem sentido a necessidade de criar um estado independente, o que teria nos poupado de nossos equívocos subsequentes.

O Pior Equívoco

Nosso segundo e pior erro foi não ter aceito o plano de partilha das Nações Unidas de 1947. A Resolução 181 da ONU forneceu o fundamento legal para o estabelecimento de um estado judeu e um estado árabe, dividindo o que costumava ser o Mandato Britânico da Palestina (controlado pelos britânicos).
Conforme divulgado pela BBC, a resolução estipulava:
"Um estado judeu cobrindo 56.47% da área do Mandato Britânico da Palestina (excluindo Jerusalém), com uma população de 498.000 judeus e 325.000 árabes; um estado árabe cobrindo 43.53% do Mandato Britânico da Palestina (excluindo Jerusalém), com 807.000 habitantes árabes e 10.000 habitantes judeus; um regime de tutela internacional em Jerusalém, onde a população era formada de 100.000 judeus e 105.000 árabes."
A despeito da terra alocada ao estado judeu ter sido ligeiramente maior do que a terra alocada ao estado árabe, a maior parte da região judaica era totalmente desértica, Negev e Arava, com as terras férteis destinadas aos árabes. O plano também era vantajoso para os árabes por duas outras razões:
  • O estado judeu tinha apenas uma minúscula maioria de judeus, o que teria dado aos árabes praticamente a mesma influência dada aos judeus na condução do estado judeu, mas o estado árabe era quase que totalmente árabe, sem nenhum benefício político aos judeus que nele habitavam.
  • Cada estado proposto consistia de três áreas mais ou menos desconexas, resultando em forte interdependência geográfica entre os dois estados. Se os dois estados tivessem relações amigáveis, eles provavelmente trabalhariam em diversos aspectos como uma federação. Na federação, os árabes teriam uma maioria esmagadora.
Em vez de aceitarmos um presente de plano como este quando ainda tínhamos condições, nós árabes resolvemos que não podíamos aceitar um estado judeu e ponto final. Em maio de 1948, Azzam Pasha, secretário-geral da Liga Árabe, respondendo à proposta da nova área judaica da partilha: "esta será uma guerra de extermínio, um massacre memorável, que será lembrado como são os massacres mongóis e as Cruzadas". Iniciamos uma guerra destinada a erradicar o novo estado em sua incipiência, mas perdemos e o resultado de nosso erro foi um estado judeu muito mais forte:
  • A maioria judaica do estado judeu cresceu de forma dramática devido à troca de populações que se sucedeu, muitos árabes fugindo da guerra em Israel e muitos judeus fugindo de um mundo árabe hostil para se juntarem ao novo estado.
  • Os judeus adquiriram mais terras durante a guerra que nós iniciamos, resultando em linhas de armistício (hoje chamadas de Linha Verde ou fronteira pré-1967), que deram a Israel uma parte das terras anteriormente alocadas ao estado árabe. O estado judeu também adquiriu melhor contiguidade, ao passo que as porções árabes ficaram divididas em duas partes: (Gaza e Cisjordânia) separadas por quase 50 quilômetros.
Talvez não se deva iniciar uma guerra se não se estiver preparado para os resultados de uma possível derrota.

Em maio de 1948, Azzam Pasha (direita), secretário-geral da Liga Árabe, reagiu à proposta da nova área judaica da partilha: "esta será uma guerra de extermínio, um massacre memorável, que será lembrado como são os massacres mongóis e as Cruzadas."

Mais Guerras e Mais Equívocos

Após a Guerra de Independência (nome que os judeus deram à guerra de 1947-1948), Israel ficou, para todos os efeitos práticos, confinado às terras dentro da Linha Verde. Israel não tinha autoridade ou demanda sobre Gaza ou a Cisjordânia. Naquela época nós árabes tínhamos duas opções se quiséssemos fechar um acordo de paz com Israel:
  • Nós poderíamos ter incorporado Gaza ao Egito e a Cisjordânia à Jordânia, proporcionando aos palestinos cidadania em um dos dois países árabes relativamente fortes, tanto numérica quanto geograficamente mais fortes que Israel.
  • Poderíamos ter criado um novo estado em Gaza e na Cisjordânia.
Mas preferimos optar por continuar as hostilidades com Israel. Na primavera de 1967 formamos uma coalizão para atacar Israel. Em 20 de maio de 1967, o Ministro da Defesa da Síria Hafez Assad declarou: "chegou a hora de travarmos uma guerra de aniquilação." Em 27 de maio de 1967, o Presidente do Egito Abdul Nasser declarou: "nosso objetivo fundamental é a destruição de Israel". Em junho, em apenas seis dias Israel nos impôs a derrota que nos humilhou perante o mundo. Na guerra, perdemos muito mais território, incluindo Gaza e Cisjordânia.
Após a guerra de 1967 (guerra que os judeus chamam de Guerra dos Seis Dias), Israel nos ofereceu território em troca da paz, oferecendo-nos assim a oportunidade de nos recuperarmos do equívoco da Guerra dos Seis Dias. Respondemos com as Resoluções de Cartum,afirmando: "não à paz com Israel, não ao reconhecimento de Israel e não às negociações com Israel".
Não tendo aprendido a lição de 1967, formamos outra coligação em outubro de 1973 e tentamos de novo destruir Israel. Alcançamos algumas conquistas, mas depois a maré mudou e fomos derrotados mais uma vez. Após a terceira humilhante derrota, nossa coligação contra Israel ruiu e o Egito e a Jordânia decidiram assinar um acordo de paz com Israel.
Os outros árabes permaneceram obstinadamente contrários à existência de Israel, até mesmo a Síria que, como o Egito e a Jordânia, havia perdido território para Israel na Guerra dos Seis Dias. Hoje Israel ainda mantém esse território e não há nenhuma perspectiva real dele voltar para as mãos da Síria; recentemente o Primeiro Ministro de Israel declarou que "Israel jamais deixará as Colinas de Golã".

A Tragédia dos Palestinos

Nossos equívocos mais repreensíveis e mais trágicos se resumem na maneira que nós árabes tratamos os palestinos desde a declaração da independência de Israel.
Os judeus de Israel festejaram a vinda de refugiados judeus dos países árabes e muçulmanos para que se juntassem à comunidade israelense, independentemente do custo ou da dificuldade em integrar pessoas com backgrounds totalmente heterogêneos. Israel diligentemente integrou refugiados de terras longínquas, incluindo EtiópiaÍndiaMarrocos,BrasilIrãUcrânia e Rússia. Com isso eles demonstraram o poderoso vínculo que une os judeus. Ao mesmo tempo nós também tivemos a oportunidade de mostrar a ligação que une os árabes, mas em vez de darmos boas-vindas aos refugiados árabes da guerra de 1947-1948, n&oa cute;s os confinamos em campos, com rigorosas restrições na vida do dia a dia.
Conforme relatado pela Anistia Internacional, no Líbano "os palestinos continuam sofrendo discriminação e marginalização no mercado de trabalho, o que contribui para os altos índices de desemprego, baixos salários e péssimas condições de trabalho. Recentemente as autoridades libanesas suspenderam a proibição dos palestinos de trabalharem em 50 dos 70 empregos a eles vetados, os palestinos continuam a enfrentar obstáculos em achar emprego mesmo naqueles segmentos. A falta de perspectiva em encontrar emprego adequado, leva a um alto índice de abandono escolar de alunos palestinos, que também têm acesso limitado ao ensino médio público. A consequente miséria é agravada pelas restrições impos tas de acesso aos serviços sociais".
No entanto, nem o Líbano e nem Síria integraram os refugiados que haviam vivido anteriormente a poucos quilômetros de suas fronteiras e que compartilhavam praticamente as mesmas culturas, línguas e religiões. A Jordânia integrou alguns refugiados, mas não todos. Nós poderíamos ter provado que nós árabes somos um povo maravilhoso e nobre, mas mostramos ao mundo, e continuamos mostrando, que o nosso ódio aos judeus e a nós mesmos é de longe muito maior do que qualquer conceito que implique em solidariedade árabe. Vergonhosamente para nós, sete décadas após os refugiados palestinos terem fugido de Israel, seus descendentes continuam sendo considerados refugiados.
A pior parte no tocante à forma como temos tratado os refugiados palestinos é que mesmo na Cisjordânia e em Gaza, há até hoje uma distinção entre palestinos refugiados e palestinos autóctones. Naqueles territórios, segundo os levantamentos de 2010 fornecidos peloPalestinian Refugee ResearchNet da Universidade de McGill, 37% dos palestinos na Cisjordânia e em Gaza vivem em campos! Gaza tem oito campos de refugiados palestinos e a Cisjordâniadezenove. Os judeus não mantêm os &aacut e;rabes em acampamentos, nós sim. O presidente palestino Mahmood Abbas quer um estado nesses territórios, mas nem sequer temos condições de levá-lo a sério, visto que ele deixa os refugiados palestinos sob sua autoridade em campos e não os integra aos demais palestinos. O absurdo dessa situação é somente comparável à sua insensibilidade.

Em que Pé Estamos Agora

Devido aos nossos próprios equívocos, nosso relacionamento com Israel hoje é um fracasso. A única força da nossa economia é o petróleo, um recurso perecível e, com o fracking, está diminuindo de valor. Não fizemos o suficiente para nos prepararmos para o futuro quando precisaremos de criatividade e produtividade. De acordo com a Foreign Policy Magazine: "embora os governos árabes tenham reconhecido, há muito tempo, a necessidade de procurar alternativas à excessiva dependência dos hidrocarbonetos, eles tiveram pouco sucesso em colocá-las em prática. ... Até a economia dos Emirados Árabes Unidos, um dos países mais diversificados do Golfo, é extremamente dependent e das exportações de petróleo".
O Business Insider classificou Israel como o terceiro país mais inovador do mundo em 2015. Países de todo o mundo se beneficiam da criatividade de Israel, incluindo países remotamente distantes e adiantados como o Japão. Mesmo assim esnobamos Israel, força motriz de inovação e tudo isso acontece nas nossas fronteiras.
Também fracassamos em não aproveitar a genialidade militar de Israel para nos ajudar a combater novos e devastadores inimigos como o ISIS.
O pior de tudo, os palestinos, parte do nosso próprio povo, estão dispersos -- divididos, desiludidos e completamente incapazes de recuperarem o projeto nacional que nós sequestramos debaixo dos seus narizes em 1948 e que, desde então, o desfiguramos a ponto de não o reconhecermos mais.
Dizer que temos que mudar nossa abordagem em relação a Israel é uma minimização. Há mudanças fundamentais que nós mesmos devemos realizar, e temos que encontrar coragem e força moral para executá-las.
Os judeus não mantêm os árabes em acampamentos, nós sim.
Fred Maroun, árabe com viés de esquerda radicado no Canadá, autor de artigos opinativos para a New Canadian Media, entre outros veículos de mídia. De 1961 a 1984 residiu no Líbano.

Israelenses estão próximos de curar câncer de pele

POR 

O mecanismo pelo qual o melanoma, o tipo mais agressivo e mortal de câncer de pele, se espalha pelo corpo, foi descoberto por cientistas da Universidade de Tel Aviv e do Centro Alemão de Pesquisas sobre o Câncer. A investigação mapeou o processo pelo qual as células cancerosas afetam a derme, a camada mais importante da pele, o que pode ajudar os cientistas a desenvolver novos medicamentos para deter o problema.
A descoberta, que foi publicada como o artigo principal da revista Nature Cell Biology, aumentou a esperança de que o câncer comece a tornar-se “não ameaçador e facilmente curável”. Os pesquisadores, liderados por Carmit Levy, do Departamento de Genética Molecular Humana e Bioquímica na Escola de Medicina da Universidade de Tel Aviv, revelaram o mecanismo de metástase do melanoma.
Eles comprovaram que, antes de se espalhar para outros órgãos, o tumor envia vesículas minúsculas contendo moléculas de microRNA que induzem alterações estruturais na derme, em preparação para receber e transportar as células cancerosas. Também descobriram substâncias químicas que podem parar o processo e são, portanto, medicamentos de potencial promissor.
O melanoma mata uma pessoa a cada 52 minutos, e o número de casos diagnosticados tem aumentado ao longo dos últimos 30 anos. Apesar do desenvolvimento de uma série de terapias, ainda não existe uma solução definitiva para esta doença fatal.  
 Fonte: Conib.