quinta-feira, 6 de abril de 2017

MUDANDO SEM MUDAR


 Coluna Carlos Brickmann – 5 de abril de 2017

CARLOS BRICKMANN
Carlos Brickmann

 


Há um ano, tínhamos Dilma, Eduardo Cunha, Nova Matriz Econômica, PT, Haddad e Dunga. Hoje temos Temer, Rodrigo Maia, política econômica ortodoxa, PT destroçado nas eleições, João Dória e Tite.


A inflação, que ameaçava ultrapassar os 10%, contentou-se com 4%; os juros básicos, ainda altíssimos, que eram de mais de 13%, devem chegar em 8,75% ao fim do ano. A balança comercial está bem positiva: US$ 7,1 bilhões de superávit em março, o melhor resultado desde março de 1989. E não é pela queda das importações, apesar da recessão: o país importou 7% a mais do que em março do ano passado. E o principal problema econômico do Brasil, os estonteantes 13,5 milhões de desempregados, pode começar a ser revertido: o Produto Interno Bruto, soma de tudo que é produzido no país, incluindo serviços, deve crescer 0,47% neste ano; e, em 2018, prevê-se 2,5%. É pouco. Mas para uma economia que há três anos só apresentava números negativos, é um sinal de que podemos ter esperanças.


Mas, com esses sinais, como explicar o baixíssimo índice de aprovação a Temer? Primeiro, pela própria política econômica: combater a inflação, reduzir privilégios e reformar instituições (mesmo falidas) é sempre impopular. E, lembremos, há um ano tínhamos Temer, Renan, Eunício, processos da Lava Jato encalhados no Supremo. Isso hoje mudou: os processos da Lava Jato encalhados no Supremo ficaram mais empoeirados.


O tempo passa…


O Tribunal Superior Eleitoral deveria ter começado ontem a julgar o processo, contra Dilma e Temer, por abuso de poder econômico nas eleições de 2014. Caso houvesse condenação, o registro da chapa seria cancelado; e, portanto, Michel Temer perderia o mandato. Caberia ao Congresso eleger indiretamente seu substituto até 31 de dezembro de 2018.

Temer se defende juridicamente alegando que toda a parte financeira da campanha coube ao PT – como se ele não tivesse nada a ver com sua companheira de chapa. Mas sua defesa real é outra: lutar para que o julgamento demore o suficiente para que ele termine o mandato em paz.


…o tempo voa


A Justiça contribui para que a defesa real de Temer funcione. Ontem, os advogados de Dilma pediram mais cinco dias para apresentar a defesa. Foram atendidos. Dia 4, mais cinco dias, dá 9 de abril, certo? Errado: como se sabe, a Páscoa cai no dia 16 de abril. E o julgamento, portanto, deve começar na última semana do mês. Provavelmente, no dia 27. Talvez.


Réus sim, e daí?


Os Estados e o Distrito Federal têm, no total, 28 governadores. Destes, 12 foram denunciados, ou estão sendo investigados. E dois foram cassados: Simão Jatene, do Pará (PSDB), e Pezão, do Rio (PMDB). Mas tudo bem: nem os cassados perderam os cargos, nem os demais correm grande risco de perdê-lo, graças à lentidão dos processos no foro privilegiado.


O doente…


A Rede Globo acaba de apresentar o caso do remédio L-asparaginase, usado no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda, câncer no sangue. Quem levantou o caso, bem no início do ano, em seu blog Ucho.Info, foi o bem-informado repórter Ucho Haddad. Ucho não vacila: a compra do remédio (fabricado na China e comprado pelo Ministério da Saúde de um laboratório uruguaio) foi um escândalo. No mundo inteiro, a L-asparaginase é biológica.


O Brasil foi o primeiro país a comprar a L-asparaginase chinesa, mais barata, mas sem certificado de origem biológica, sem comprovação de eficácia. O laboratório uruguaio dá um endereço no Uruguai onde não há laboratório nenhum; e seu endereço no Brasil está num escritório de contabilidade.


…que se vire


O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP do Paraná), não quis dar entrevistas sobre o caso do remédio chinês nem a Ucho nem à Globo.


Ucho se espanta: “E o ministro da Saúde continua no cargo!”


Sabe o seu bolso?


O Fundo Partidário, dinheiro público entregue aos partidos políticos para sua manutenção, era de R$ 313,5 milhões até 2014. De lá para cá, multiplicou-se: já está em R$ 811 milhões. E, já que os doadores estão assustados com a Lava Jato, junto com a tal “reforma política” deve oscilar em torno de R$ 4 bilhões por ano. Hoje, da verba partidária, 10% são gastos em jatinhos e despesas suntuárias. E ainda se pergunta por que há tantos partidos no Brasil. Se dá grana, qual esperto perderá a oportunidade?


Lágrimas sentidas


Andréa, irmã do senador Aécio Neves (PSDB – Minas), chorou ao ler trechos de uma delação premiada em que ela e o irmão são acusados de receber propinas.


Não se deve acusar Aécio nem Andréa, senão ela chora.


Twitter: @CarlosBrickmann

Adriana Alcelmo: Benefício, Castigo, incoerência





Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso

Nas relações entre o Estado, pais, mães, filhos e sociedade preponderam os direitos das crianças; o norte nas sentenças judiciais.
      
Eis que o Art. 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente impõe que, “A criança e o adolescente gozam de todos os direitos inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Este foi o foco das ações recentes envolvendo a mulher do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.
      
Da primeira instância ao Superior Tribunal de Justiça, patamar onde se encontra, foi concedida a prisão domiciliar à ex-primeira dama, restabelecendo a decisão do juiz Marcelo Bretas, mantido o entendimento de que os filhos menores do casal não podem ser privados simultaneamente da assistência dos pais.
      
Polêmicas à parte, pois a indignação da sociedade excede seus limites diante do vultoso desvio de recursos pelo ex-governador do Rio de Janeiro, a lei precisa ser cumprida, e a Justiça julgar com consciência.
      
À luz do artigo 318/CPP, “Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:... V – mulher com filho de até doze anos de idade incompletos;”. A ação “poder” não é impositiva e outros aspectos devem ser considerados na decisão do magistrado.
      
Ninguém tem dúvida quanto ao caótico sistema carcerário do Brasil, consequência do roubo praticado pelos bandidos da administração pública que deveriam estar atrás das grades e não atrás de escrivaninhas ditando regras em proveito próprio.
      
Na contramão, muitas mães, acusadas de diversos crimes e idênticas condições legais, sem advogados caros, vão ficar na “preventiva” e seus filhos a Deus dará.
      
Para contrabalançar a transformação da prisão preventiva da Adriana em domiciliar, foram estabelecidas algumas regras como ficar afastada das empresas envolvidas na denúncia, passaporte confiscado, impedida de acesso a qualquer forma de comunicação por meio eletrônico, via telefone ou internet e mais, que as visitas não podem usar aparelhos de celular.
      
E os filhos de 10 e 14 anos como ficam diante de tais imposições, em especial quanto ao uso do celular e da internet? Isolados do mundo, como não ocorre com os presos nem em presídios de segurança máxima? Por suposto, se a mãe que voltou ao lar para dar assistência aos filhos, não pode ter acesso a esses meios, nem visitas podem entrar com celular, Wi Fi desligado, os filhos estão desprovidos desse importante meio de acesso a tudo, principalmente no que se refere ao estudo.
      
E aí, para estudar, se atualizar, conversar com amigos, os filhos que não estão impedidos de sair, vão para a casa de parentes? E a mãe, que voltou ao lar para com eles conviver, mas não pode acompanhá-los?
Ora, o Estatuto da Criança e do Adolescente é cumprido? De modo a assegurar-lhes “todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”?
      
Bem, os pais acusados por vários crimes e na condição de presos, amplamente divulgada pela mídia em pormenores, a priori falharam em proporcionar aos filhos desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social. Pobres crianças submetidas ao olhar, pensamento e às vezes palavras duras dos coleguinhas que frequentam as mesmas escolas, clubes e festinhas.

Impossível imaginar que os pais desses colegas não tenham visto, comentado e censurado o comportamento do ex-governador e da sua mulher perante as telas de TV. Quiçá, as mesmas cenas compartilhadas entre os jovens. Ambos cabisbaixos, com semblante sem a pompa das festas em Paris e alhures, agora em trajes de presidiários, ladeados por policiais.

E a Justiça completou por privar as crianças do acesso aos meios de comunicação no próprio lar. “Livrou” a mãe e “prendeu” os filhos.

Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-Maior, reformado.

Proibição do UBER: Máfia sindical contra trabalhadores e direito de escolha dos consumidores.




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Sindicatos: tudo a ver com roubo, pobreza, atraso, e privilégios.

Fim do Imposto Sindical. 

Liberdade para UBER e Livre Mercado. 


FONTE - http://libertatum.blogspot.com.br/