sábado, 23 de dezembro de 2017

O STF E OS PLEBEUS - por Rapphael Curvo



Raphael-Curvo
Rapphael Curvo

O Solta Todos Fichados – STF, é um tribunal do País Banânia, situado no continente dos perdidos, na terra do nunca. Lá existe uma intrínseca relação de cumplicidade entre todos malfeitores, sejam lá de que modalidades pertençam, públicas ou privadas.

Esse País tem um governo voltado aos interesses apenas daqueles que, enganosamente, satisfazem com ilusões e sonhos a sua plebe que os ovacionam em tempos de escalada ao Poder. Bem selecionados, os ocupantes dos espaços e benesses brasilienses da praça dos poderes que compõe a estrutura de comando de Banânia, se locupletam em ritmo de festanças com o Erário público em plena concordância com os convidados privados, os quais ofertam generosas malas com inúmeros presentes das mais variadas composições e cores, e por que não, valores. Alguns, de tão alegres, saem em disparada pelas ruas com os citados presentes. Outros criam “bunkers” para maior proteção e não gerar problemas como ciúmes ou inveja. Então é Natal e aí o espírito de compaixão aflora em todos os membros de comando de Banânia. Para ser parceiro e mostrar sua lealdade, conquistando fidelidade, o governo começa festivamente a partilha de favores, cargos, emendas, distribuição e liberação de verbas, até mesmo para os ingratos que durante o ano não lhe foram fiéis. A plebe, ensandecida, acredita em todas as notícias emanadas da grande mídia e começa a pensar no retorno daquele que foi o criador das malfeitorias e planejador de sua bendita desgraça, amada por todos. O povo plebeu adora ser sacrificado, afinal todos tem o gene do masoquismo correndo pelo seu sangue. É nesse espírito que nasceu Banânia.

Banânia antigamente era um País chamado Brasil. Rico e promissor, este País sentia no pulso o seu crescimento e compromissado desenvolvimento. Governos que fizeram cinquenta anos em cinco trouxeram pujança a esta Nação que despontava no cenário internacional. Crescia com elevado espírito empresarial até que parte minoritária do seu povo, abraçando ideias ilusionistas e inexequíveis, tentaram levar o Brasil a um fosso ideológico desprovido de qualquer sentimento de evolução social. O objetivo era impor uma ditadura que teria o comando de outra Nação e seus aloprados e lunáticos chefes. Este período de confronto ideológico não trouxe muitas perdas ao Brasil. Muito pelo contrário, ele desenvolveu e alavancou o seu lado social, mas ficaram resquícios dos sonhadores e idealistas esquerdistas que, após o fajuto clamor deles por Democracia, ascenderam ao Poder. Aos poucos conseguiram levar o País ao fosso educacional, sempre em último lugar nas avaliações internacionais. Conseguiram levar ao fosso econômico e ao fosso da insegurança. Perderam a decência nas ações congressuais por benesses e pela completa falta de ética, de moral e respeito às instituições, que agora chega com força ao Supremo Tribunal Federal com a indecorosa declaração, antecipada, de sua presidente, ao dizer que acatará “habeas corpus” de um condenado que pode ter sua prisão decretada em julgamento de segunda instância. É um escândalo, se ocorre em um País decente, perderia o cargo.

O que está claro é que não restam mais dúvidas do comprometimento da mais alta Corte do Brasil com toda essa gentalha que corroeu a Nação. Não são todos os seus membros, mas sua maioria. O que nos resta então? Sinto dizer que nada nos resta. Até mesmo as FFAA- Forças Armadas, que poderiam fazer a passagem desse lamaçal, nos recusaram socorrer e continuamos atolados com toda a camarilha em festa em terreno firme e fértil para as suas patifarias e utilização do dinheiro proveniente do trabalho dos que estão do outro lado do muro brasiliense, os plebeus. Como uma hiena, essa pobreza humana e cultural não consegue enxergar o que lhe é imposto na sua vida e da sua família. Não vê a completa impossibilidade de ascender a melhores condições de vida. Daí resultados de pesquisas que informam que 3 em cada 4 dos brasileiros, vivem em condições precárias.

Como disse meu bisavô, “esse povo, que não se julga desgraçado na desgraça, é porque ainda não experimentou melhor sorte”, ou seja, não sabe o que é qualidade de vida, de bem viver. Contenta-se com o que lhe é ofertado como migalhas por esses que hoje estão no comando e na política brasileira, exceção de poucos. Estamos a mercê desses maus políticos que ajeitaram as regras e aumentaram as verbas públicas para as campanhas eleitorais, sob controle deles. Com isso, não teremos renovação. Eles estão livres, leves e soltos sob a proteção do STF. Falta consciência política ao povo, aos plebeus.

PS. Meus parabéns ao aniversariante do dia 25, Senhor JESUS CRISTO, lembrem-se dele.