quarta-feira, 2 de julho de 2014

IMAGINE DEPOIS DA COPA - CARLOS BRICKMAN


Coluna do Carlos Brickman

IMAGINE DEPOIS DA COPA

Carlos Brickmann

Carlos Brickmann


Preste atenção no dia 14 de julho. Não por ser aniversário da queda da Bastilha, na Revolução Francesa, nem pela tomada de Jerusalém aos muçulmanos, pelos cristãos da Primeira Cruzada. Mas será o primeiro dia após o final da Copa.

Teremos um Supremo sem Joaquim Barbosa, que se aposentou – homem áspero, cheio de defeitos, mas responsável por, pela primeira vez na História desse país, comandar o julgamento que mandou poderosos homens públicos para a prisão. Devemos ter José Roberto Arruda como candidato a governador de Brasília, pelo PR – partido comandado, da Papuda, por Valdemar Costa Neto, condenado do Mensalão. Arruda é um pioneiro: foi o primeiro governador preso no exercício do mandato. Renunciou ao Senado, por violar o sigilo de votação. Perdeu o Governo, cassado, por decisão da Justiça. E está bem nas pesquisas eleitorais.

Teremos em São Paulo uma chapa com Alckmin governador, Márcio França vice, Serra senador. Alckmin e Serra não se gostam, nenhum dos dois gosta de Aécio, mas é o candidato dos dois à Presidência. Márcio França gosta de Alckmin, mas é do PSB, que apoia Eduardo Campos, não Aécio. Serra e Kassab gostam um do outro, mas acabaram tendo que disputar ao mesmo posto, o Senado; e, disputando também os mesmos votos, podem ajudar a reeleger Eduardo Suplicy, do PT. O PT nem dá bola a seu candidato ao Governo, Alexandre Padilha, e discretamente está com Skaf, um líder patronal. Até mandou Maluf apoiá-lo.

Dia 14, após a Copa, o país pode estar feliz ou infeliz. Mas melhor não estará.

A dança das trombadas

Serra se afastou de Alckmin por ter apoiado Kassab, não ele, para a Prefeitura paulistana. Quando Alckmin chegou ao Governo, limou todos os que tinham alguma relação com Serra e fechou os espaços para Kassab – que, então, fundou o PSD e passou circular por todas as alas do espectro político. Alckmin até sugeriu colocá-lo como vice (o que o levaria ao Governo daqui a quatro anos, em caso de vitória), mas acabou preferindo o PSB de Eduardo Campos. Kassab acertou então a aliança com o PMDB. E, como Serra garantiu que não seria candidato ao Senado, aceitou disputar (há poucos dias, disse que se Serra fosse candidato, ele não disputaria).

Pois não é que Serra, na última hora, aceitou ir para o Senado? Serra, como os países, não tem amigos, tem interesses. E jogou o aliado no fogo. Para os dois, um mau negócio. Bom mesmo só para o rival petista, Suplicy.

Ninguém é de ferro

Nota da coluna Diário do Poder (www.diariodopoder.com.br), de Cláudio Humberto, sobre o regime de trabalho durante a Copa (não que em outras épocas seja tão diferente): “Nesta terça, servidores federais de Brasília voltam a bater ponto, se é que lhes exigem isso. Não trabalharam na quinta e na segunda, porque houve jogos no estádio Mané Garrincha, e enforcaram a sexta-feira.”

Mentir sem combinar

Só tinha milionário branco, de olhos azuis, na plateia que sugeriu a Dilma que se dirigisse ao local normalmente destinado aos árbitros. Esses ricaços loiros chegaram ao Estádio do Corinthians em seus jatos, helicópteros e iates voadores e ocuparam todos os lugares. Lembra? Pois foi assim que o ex-presidente Lula e a turma da chapa branca explicaram tudo. Agora, uma nota publicada no portal  www.planalto.gov.br, da Presidência da Republica, diz que nunca houve ingressos tão baratos numa Copa: cem mil gratuitos e 261 mil a preços baixíssimos.

E a tal elite endinheirada? Mentir vá lá, mas é preciso combinar para mentir juntos.

Investigação? Então, tá

Aquela esperança oposicionista de conseguir informações, sem muito trabalho, sobre a Petrobras e o deputado André Vargas, apenas ouvindo Alberto Youssef, apontado como o doleiro que manipulava o dinheiro não contabilizado, acaba de naufragar: o juiz federal Sérgio Moro negou autorização para que Youssef seja interrogado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a Petrobras, CPMI.

Motivo: os advogados de Youssef informaram que ele iria exercer o direito de permanecer em silêncio. Nessas condições, disse Moro, não teria sentido mobilizar uma escolta e correr os riscos do transporte para levá-lo da prisão até seu gabinete, onde responderia às perguntas por teleconferência. O pessoal do Governo na CPMI, encarregado de manter as investigações sobre controle, ganhou um ponto importante. O pessoal da oposição, se quiser apurar alguma coisa, vai ter de ler documentos, analisá-los, investigar – trabalhar, enfim. E trabalhar cansa. Além do que, convenhamos, há a Copa e a campanha.

As razões de Youssef

E por que Alberto Youssef prefere manter-se calado – como calado está desde que foi preso? Simples: aparentemente, ele pretende continuar vivo.

As alternativas

Não está satisfeito com nenhum dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas – Dilma, Aécio, Eduardo Campos? Pois ainda restam várias opções: o pastor Everaldo, por exemplo; José Maria Eymael – sim, o do Ey, Ey, Eymael; Levy Fidélix, o do Aerotrem; Rui Costa Pimenta; Zé Maria; Luciana Genro; Eduardo Jorge. Alternativa é o que não falta para a escolha de seu candidato.

carlos@brickmann.com.br
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Decreto 8243 dos conselhos populares é golpe - José Nêumanne Pinto

Eminência de um golpe (Entenda a presença de cubanos no Brasil)

Projeto da Câmara prevê indenização irrisória por entrega de imóveis atrasada

Se passar pelo Senado, Projeto de Lei que já foi aprovado pela Câmara prevê uma indenização pífia aos consumidores que tiverem seus imóveis atrasadas. Pleno retrocesso e uma grande premiação às construtoras.

A Câmara aprovou um projeto de lei que elimina direitos de compradores de imóveis na planta. O texto agora segue para o Senado e, se aprovado como está, legitimará de vez todas as ilegalidades cometidas pelas incorporadoras.
Segundo o texto aprovado, que é um remendo do projeto original e que garantia indenizações justas aos compradores em caso de atrasos sobre o valor do imóvel, a versão atual fixa indenização somente quando os atrasos são superiores a 180 dias (legalizou o atraso de 6 meses) e determina que a empresa pagará uma multa única de 1% e indenização de 0,5% por mês de atraso, calculados sobre os valores pagos pelo consumidor. Um enorme presente para as empresas.
Levando-se em conta que durante a obra o consumidor paga em média 20% a 30% do valor do contrato e é sobre esse montante que será calculada a indenização, tem-se que a suposta indenização é irrisória. Pior do que isso é que o saldo continua sendo corrigido, mesmo em caso de atraso, pelo INCC, cujo índice médio é de 0,7%. No fim das contas, o consumidor teria um valor de 0,5% sobre os 20% pagos e pagaria um reajuste de 0,7% sobre os 80% do saldo enquanto a obra não for entregue.
Em números exemplificativos, em um imóvel de R$ 400 mil, a indenização devida ao comprador seria de R$ 400,00 mensais, enquanto o saldo devedor cresceria R$ 2.240,00 por mês de atraso da empresa. Além da indenização ser insuficiente para pagar o aluguel de qualquer imóvel, a dívida do comprador continua crescendo de forma cumulativa.
É de se observar também que, como o valor final será pago com financiamento bancário, mesmo com crédito aprovado, o comprador não poderá quitar esse saldo que está sendo corrigido acima de todos os índices inflacionários, pois depende necessariamente que a empresa conclua a obra fisicamente e regularize a documentação, pois o financiamento imobiliário somente é liberado com o imóvel em ordem. Ou seja, o comprador paga correção pelo atraso.
Hoje, com base na legislação existente, os Tribunais têm fixado indenizações de 0,8% sobre o valor atualizado do imóvel até a efetiva entrega, entendimento pacificado pelo STJ que assevera que referido prejuízo é presumido pela privação do uso do imóvel e independe de comprovação.
Outro ponto é que o Ministério Público de São Paulo tinha firmado no final de 2011 um TAC com o Secovi em termos semelhantes ao da Lei aprovada, TAC esse que foi rejeitado pelo órgão, pois era extremamente lesivo ao consumidor.
Então, por que uma lei que comprovadamente é um enorme retrocesso às relações de consumo e representa prejuízo aos consumidores, interessando somente às poderosas construtoras, é aprovada?
A resposta talvez esteja nos números do TSE:
Nas eleições de 2012, 55% das doações para campanhas de todos os partidos políticos vieram de construtoras, o que representa R$ 416 milhões em doações deste segmento.
Outro dado: mais de 75% das doações ao PT em 2013 vieram de construtoras e das 10 maiores empresas doadoras no ano, 8 eram da construção civil. Coincidência?
Mas nem tudo está completamente perdido. A exemplo do que ocorreu com outros contrabandos legislativos, que excluíam multas das operadoras de planos de saúde ou que isentavam as empresas de viagem de responsabilidade pelos pacotes defeituosos, tem a imprensa e o povo relevante papel na defesa dos interesses da população, exigindo do Senado Federal ou, em última análise, da Presidente da República, que vetem mais essa aberração legislativa.
Fonte: InfoMoney

Como não depender da sua memória nas tarefas do dia a dia


Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia, afirma que importante ter registrado o que você precisa fazer e usar ferramentas de controle

Editado por Camila Lam, de 
Homem pensando próximo de outros homens
Como não depender da sua memória nas taredas do dia a dia
Escrito por Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia
Um costume que vejo nas empresas nascentes é o que chamo de gestão de memória. O empreendedor consegue lembrar-se das coisas mais importantes que precisa fazer no dia e organiza sua agenda com base nessas tarefas.
Porém, depois de um tempo o número de coisas para fazer aumenta muito. Além disso, algumas vezes ele envia algo para um cliente e fornecedor e eles não respondem, precisando do que chamamos de follow-up, um lembrete caso aquela mensagem não seja respondida.
Para deixar o dia-a-dia ainda mais emocionante, conforme a empresa cresce o empreendedor precisa lembrar-se das suas tarefas, de cobrar respostas de clientes e fornecedores e ainda por cima gerenciar seus colaboradores. Ou seja, não há memória de elefante que aguente!
Uma das melhores formas que conheço para lidar com essa situação é o investimento em três pilares: mapeamento de processos, gestão do conhecimento e tecnologia. Antes que pareça algo burocrático ou complicado demais, vamos entender um pouquinho sobre cada um.
1. Faça uma lista
Mapeamento de processos não é nada mais do que registrar em algum lugar quais são as atividades que sempre são executadas na empresa. Coisas como levantar lista de clientes, entrar em contato e elaborar contratos são tarefas presentes em qualquer tipo de empresa.
Na medida em que você tem esse mapeamento, fica cada vez mais fácil entender melhor em que você pode investir para tornar esses processos cada vez mais eficientes e não precisar ficar lembrando-se deles toda hora.
2. Analise suas tarefas
Conforme você mapeia os processos, é essencial documentar os principais passos envolvidos, incluindo dicas para situações anormais que possam acontecer. Essa documentação facilitará muito o treinamento de novas pessoas para executarem aquelas funções, se liberando tempo para atividades mais estratégicas.
3. Invista em ferramentas
Por último, existem inúmeras ferramentas que te ajudarão a organizar as tarefas e criar lembretes para não depender da sua memória. Existem sistemas extremamente complexos e já integrados com todas as áreas da empresa como gestão de clientes, emissão automática de notas fiscais. E outros mais simples que funcionam como listas de tarefas. O importante é ter registrado o que você precisa fazer e usar essas ferramentas para facilitarem o seu controle.
Repare que a sequência aqui é importante. De nada adianta a melhor tecnologia do mundo sem uma análise bem feita sobre as tarefas. O importante é ir aos poucos e evoluir continuamente seus métodos de gerenciamento. A única coisa que é garantida é: depender da sua memória é pedir para limitar o crescimento da sua empresa.
Millor Machado é empreendedor, sócio-fundador da rede social Empreendemia e escreve no blog Saia do Lugar.