sábado, 1 de julho de 2017

Alemanha: Onda de Assassinatos em Nome da Honra


  • O tribunal ouviu o depoimento de Amer K. como ele esfaqueou a mãe de seus três filhos, no peito e no pescoço mais de vinte vezes com uma faca de cozinha porque ele achava que ela queria se divorciar.
  • "Aí ele pega a faca e a enfia no peito dela que penetra no pericárdio e no músculo cardíaco. A segunda facada abre a cavidade abdominal esquerda. Nurettin B. então pega o machado. Com o lado do ângulo de corte da lâmina, ele acerta a cabeça fraturando o crânio dela. Na sequência ele pega a corda. Em uma extremidade ele faz um nó de forca ao redor do pescoço dela, amarra a outra extremidade ao engate de reboque da traseira de seu carro. Ele corre pelas ruas a 80 km/h até que a corda se rompe". — Procuradora do Estado Ann-Kristin Fröhlich, reconstituindo as ações do marido.
  • Em Ahaus, um candidato a asilo nigeriano de 27 anos esfaqueou até a morte uma mulher de 22 anos aparentemente por ela ter ofendido a sua honra por não aceitar namorar com ele.
O julgamento de um curdo que amarrou uma das suas três esposas à traseira de um carro e a arrastou pelas ruas de uma cidade da Baixa Saxônia chamou a atenção para um surto de violência ligado a assassinatos em nome da honra na Alemanha.
A violência em nome da honra - que vai do abuso emocional à violência física e sexual até o assassinato - é, via de regra, perpetrada por membros do sexo masculino contra mulheres, todos da mesma família, consideradas causadoras de vergonha àquela família ou clã.
Fazem parte das ofensas não concordar com um casamento arranjado, ter um relacionamento com um não muçulmano ou com alguém que não tenha sido aprovado pela família, se recusar a permanecer em um casamento abusivo ou viver em um estilo de vida excessivamente ocidental. Na prática, no entanto, as linhas que dividem os crimes de honra e os crimes passionais são muitas vezes nebulosas, sendo que a menor resistência à autoridade masculina pode evocar a punição, o que às vezes é incrivelmente violenta.
Em 22 de maio, um tribunal de Hanover ouviu o depoimento sobre como um curdo de 39 anos de idade chamado Nurettin B. que tentou matar a sua segunda esposa, Kader K., de 28 anos, por ela ter pedido a ele apoio financeiro para o filho deles de apenas dois anos de idade. A Procuradora do Estado Ann-Kristin Fröhlich reconstituiu o crime de Nurettin B:
"Por volta das 18h00 do dia 20 de novembro de 2016, Nurettin B. entra em seu carro em Hamelin para se encontrar com Kader K. No porta-malas havia uma faca, um machado e uma corda. Sentado no banco de trás do carro estava seu filho de dois anos, que havia passado o fim de semana com ele. No meio da rua, o casal de outrora entra em uma discussão e ele começa a bater nela. Aí ele pega a faca e a enfia no peito dela. A lâmina de 12,4 centímetros de comprimento penetra no pericárdio e no músculo cardíaco. A segunda facada abre a cavidade abdominal esquerda. Nurettin B. então pega o machado. Com o lado do ângulo de corte da lâmina, ele acerta a cabeça e a parte superior do corpo, fraturando o crânio dela.
"Na sequência ele pega a corda. Em uma extremidade ele faz um nó de forca ao redor do pescoço dela, amarra a outra extremidade ao engate de reboque da traseira de seu Passat preto. Nurettin B. pisa no acelerador. Passa pelas ruas a 80 km/h. Depois de percorridos 208 metros a corda arrebenta. Kader K. é lançada contra o meio-fio. Nurettin B. leva o carro até a delegacia de polícia para se entregar. A criança ainda está sentada no banco de trás".
Wolfgang Rosenbusch, juiz que preside o caso, perguntou a Kader K., que ficou em coma durante semanas, para que contasse o seu lado da história. Ela disse que "o horror" começou logo após o casamento realizado conforme reza a Lei Islâmica Sharia (o casamento não é válido de acordo com a lei alemã) em março de 2013, quando Nurettin B. a proibiu de ter qualquer contato com amigos e familiares. Ela estava autorizada a sair de casa apenas para comprar mantimentos e consultas médicas. Ela não tinha permissão de ter um telefone celular. Rosenbusch perguntou: "ele tem algum problema com mulheres?" Kader K. respondeu: "ele acredita que as mulheres são escravas, que devem ficar de boca fechada".
Nurettin B. confessou o crime, mas insiste que não foi premeditado. Ele foi acusado de cometer tentativa de homicídio podendo ser condenado à pena máxima de 15 anos de prisão.


A pitoresca cidade de Hamelin na Alemanha, cenário da execrável violência em nome da honra, quando o curdo turco de nome Nurettin B. cometeu tentativa de homicídio de uma das suas três esposas. (Imagem: Martin Möller/Wikimedia Commons)


Em 9 de maio um tribunal de Kiel condenou um turco de 35 anos de idade a dois anos e meio de prisão por ele ter atirado em sua esposa, zangado que estava com ela, nos joelhos, aleijando-a para sempre, para que ela não chamasse a atenção de nenhum outro homem. O tribunal ouviu o depoimento de como o acusado levou a esposa para a parte de trás de uma mesquita local, após as preces de sexta-feira, acusando-a de ofender sua honra, atirando nela, dizendo: "agora você não pode mais andar. Você ficará em casa".
No tribunal, no entanto, a mulher, possivelmente pressionada pela família ou pela mesquita, disse ao tribunal que o casal se reconciliou e que estão fazendo terapia de casal. Observadores supõem que o caso tenha sido resolvido em um tribunal da sharia. De qualquer maneira, o tribunal alemão permitiu que o homem voltasse para casa com sua esposa e ainda não está claro se e quando ele cumprirá a sentença.
Em Münster um tribunal condenou um libanês de 36 anos chamado Amer K. a 12 anos de prisão por esfaquear sua esposa até a morte. O tribunal ouviu o depoimento de como Amer K. esfaqueou Fátima S., de 26 anos, mãe de seus três filhos, no peito e no pescoço mais de vinte vezes com uma faca de cozinha porque ele achava que ela queria se divorciar.
Enquanto isso, um tribunal em Hanau condenou um refugiado sírio de 22 anos a doze anos de prisão por ter esfaqueado até a morte a sua irmã de 30 anos de nome Ramia A., com uma faca de cozinha. Ela, que estava grávida de 23 semanas, foi acusada de fazer sua família cair em desgraça. O filho que estava por nascer também não sobreviveu.
A verdadeira dimensão do problema do crime em nome de honra na Alemanha ainda é uma incógnita: muitos desses crimes não são registrados e não há estatísticas confiáveis sobre o objeto em questão. A evidência empírica indica que a violência em nome da honra - primordialmente, mas não exclusivamente, é fruto da cultura muçulmana e da Lei Islâmica (Sharia) - que se espalhou desde que a chanceler Angela Merkel permitiu a entrada de cerca de dois milhões de migrantes da África, Ásia e Oriente Médio.
Em março de 2011, o Instituto Max Planck publicou um estudo sobre assassinatos em nome da honra, que virou referência. O estudo analisou todos os crimes dessa natureza que ocorreram na Alemanha entre 1996 e 2005. O levantamento constatou que houve dois assassinatos em nome da honra em 1998 e 12 em 2004. Contudo, em 2016, o número saltou para mais de 60, um aumento de 400% de acordo com o Website Ehrenmord.
Ao que tudo indica, o número de crimes em nome da honra é bem maior. O açodamento da censura policial e da mídia, que tem como objetivo conter os sentimentos anti-imigração, torna impossível saber os nomes e a origens de muitas vítimas ou perpetradores ou as verdadeiras circunstâncias que envolveram um grande número de assassinatos, que muitas vezes parecem ter sido assassinatos em nome da honra, mas são minimizados como "questões de família" (Familienangelegenheiten).
Pelo andar da carruagem o ano de 2017 será um ano recorde no tocante à violência em nome da honra na Alemanha. Nos cinco primeiros meses do ano houve pelo menos 30 assassinatos em nome da honra, entre eles:

18 de maio. Em Berlim Edin A., bósnio de 32 anos assassinou a ex-namorada, uma alemã de 35 anos chamada Michelle E., depois que ela terminou o relacionamento abusivo. Além disso ele sequestrou e torturou o filho dela de 12 anos de idade, forçando-o a assistir o assassinato de sua mãe. Os vizinhos disseram que alertaram inúmeras vezes a polícia sobre o comportamento violento de Edin A. A polícia no entanto nada fez.

17 de maio. Em Pforzheim um tajique de 53 anos esfaqueou até a morte a esposa de 50 anos no local de trabalho, uma creche cristã. Ainda não está claro se a mulher era convertida ao cristianismo.

17 de maio. Em Wardenburg um iraquiano de 37 anos esfaqueou até a morte a esposa de 37 anos enquanto ela dormia em sua cama. Os cinco filhos do casal, com idades entre quatro e 15 anos estavam em casa na hora do assassinato e agora moram com parentes.

8 de maio. Em Neuendettelsau um candidato a asilo etíope de 24 anos, de nome Mohammed G., esfaqueou a namorada de 22 anos no estômago em um restaurante após ela tê-lo, segundo consta, "provocado". A mulher estava grávida de cinco meses. O bebê também morreu no ataque.

4 de maio. Em Freiburg um candidato a asilo sírio de 33 anos esfaqueou a esposa de 24 anos, uma cristã curda que se mudou do apartamento do casal, mas voltou para pegar alguns objetos de uso pessoal. Os três filhos do casal - de seis e três anos e outro de dez meses - estão amparados pelas medidas protetivas.

29 de abril. Em Prien am Chiemsee um afegão de 29 anos esfaqueou até a morte uma afegã de 38 anos de nome Farima S., que tinha se convertido ao cristianismo. O agressor a emboscou quando ela saia de uma mercearia juntamente com seus dois filhos.

23 de abril. Em Syke Murad B., um iraquiano de 32 anos estrangulou a esposa de 32 anos, Mehe K., na frente dos três filhos do casal, de um, dois e nove anos de idade.

23 de abril. Em Dresden um refugiado paquistanês de 29 anos que atende pelo nome de Shahajan Butt, assassinou a namorada, uma vietnamita de 41 anos chamada Thu T. A polícia disse que o homem, que chegou à Alemanha em dezembro de 2015, ficou furioso ao saber que a namorada não tinha postado fotos dele na página do Facebook, suspeitando que ela tinha outro namorado.

16 de abril. Em Mainz-Finthen um candidato a asilo egípcio de 39 anos esfaqueou até a morte a esposa de 32 anos. A polícia disse que o casal estava discutindo na hora da agressão. Os dois filhos estão amparados pelas medidas protetivas.

5 de abril. Em Leipzig um sírio de 34 anos esfaqueou a esposa de 28 anos porque ela queria se divorciar. Os dois filhos do casal testemunharam a agressão. Eles estão amparados pelas medidas protetivas.

31 de março. Em Gütersloh um sírio de 43 anos queimou a própria filha de 18 anos com um cigarro, ameaçando matá-la. Quando a polícia interveio, o pai não permitiu que a filha saísse da casa. Depois que a polícia conseguiu levar a menina a um lugar seguro, o pai e um filho atacaram os policiais, que tiveram que usar spray de pimenta para se defender. A menina se encontra amparada pelas medidas protetivas.

15 de março. Em Kiel um turco/alemão de 40 anos esfaqueou até a morte a esposa turca de 34 anos em frente a uma creche. Os vizinhos disseram que o casal, que estava separado, havia brigado acerca da mudança de seus três filhos para a Turquia.

4 de março. Em Duisburg um candidato a asilo sírio de 30 anos, que atende pelo nome de Mahmood Mahrusseh, esfaqueou a ex-namorada de 32 anos. A mulher sobreviveu. O agressor está foragido.

3 de março. Mönchengladbach um candidato a asilo de 32 anos, chamado Ahmed Salim, assassinou Nicole M., uma alemã de 47 anos, ao que tudo indica, por ela ter terminado o relacionamento com ele. O homem, que também usa o nome Jamal Amilia, foi preso na Espanha. Em seu pedido de asilo, ele declarou que era de Israel. Em outro pedido de asilo em outro país, ele declarou ser do Marrocos. Acredita-se que ele seja do Iraque.

2 de março. Em Scheeßel um iraquiano de 42 anos esfaqueou até a morte a esposa de 52 anos, também do Iraque. A polícia descreveu o assassinato como assassinato em nome da honra. Os filhos do casal estão amparados pelas medidas protetivas.

25 de fevereiro. Em Euskirchen um turco/alemão de 32 anos esfaqueou até a morte a ex-namorada, uma alemã de 32 anos que começou a namorar outra pessoa.

17 de fevereiro. Em Offenbach Volkan T., um turco de 32 anos matou a tiros a ex-namorada de 40 anos de idade, Silvia B. O Assassino disse estar furioso porque a mulher, que tinha dois filhos, terminou o relacionamento com ele.

15 de fevereiro. Em Bielefeld, um iraquiano de 51 anos tentou assassinar a esposa de 51 anos atacando-a com um martelo no meio de uma aula de alemão em uma escola de idiomas local. Ao que tudo indica o homem estava furioso com a esposa porque ela estava interagindo com outros estudantes de idiomas.

10 de fevereiro. Em Ahaus um candidato a asilo nigeriano de 27 anos esfaqueou até a morte uma mulher de 22 anos aparentemente por ela ter ofendido a sua honra por não aceitar namorar com ele. A mulher, indiana, trabalhava no mesmo abrigo para asilados onde morava o agressor. Ele foi preso na Basileia, Suíça.

7 de fevereiro. Em Hanover-Mühlenberg um sérvio de 21 anos esfaqueou a ex-namorada depois que ela terminou o relacionamento e começou a namorar com outra pessoa.

1º de fevereiro. Em Hamburgo um afegão de 26 anos esfaqueou a esposa de 28 anos de idade, com a qual estava furioso, durante uma discussão. Ela sobreviveu à agressão.

15 de janeiro. Em Bremen-Vegesack um turco de 39 anos assassinou a esposa síria de 40 anos que estava grávida de nove meses porque queria se divorciar. O bebê também morreu na agressão.

5 de janeiro. Em Waldshut-Tiengen um turco de 47 anos esfaqueou a ex-esposa quando ela passeava com um amigo. Ao tentar fugir, ele a perseguiu enfiando uma faca nas costas dela.

4 de janeiro. Em Köln-Buchheim um iraquiano de 44 anos assassinou a sua própria filha de 19 anos porque não aprovava o namorado dela. Dois dias depois do assassinato ele chamou a polícia. "Eu matei minha filha", disse ele. É possível que o assassino jamais tenha que enfrentar a justiça. Ao que consta ele fugiu para o Iraque.
Soeren Kern é Colaborador Sênior do Gatestone Institute de Nova Iorque
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FONTE -  https://pt.gatestoneinstitute.org/10553/alemanha-assassinatos-honra

Porque “fulaniza” nossa Maria Antonieta


30 de junho de 2017 
Artigo para O Estado de S. Paulo de   30/6/2017
Temer não é mais problema. Demore quanto demorar para arder o herege – o Brasil junto – os especialistas em regimento do Congresso asseguram que não restará “janela” entre o processamento das diversas “fatias” da acusação que lhe foi imputada e o calendário eleitoral que permita a votação da reforma da Previdência. Ao dr. Janot, passam, portanto, a interessar somente os próximos passos. Por isso é ele mesmo quem subscreve a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei de terceirização que abriu a fila das reformas do trabalhismo de achaque.
Nada disso! Nem um passo atras!
Como a terceirização é aquele novo padrão de trabalho que fez a China virar o que é saindo do zero e pos o Brasil fora da economia moderna, a “justificação” dessa Adin vai com todas as marcas registradas da nossa “privilegiatura”. Nada a dizer sobre o mérito do sistema nem sobre quanto tem custado proibi-lo para umas tantas gerações de brasileiros da plebe. Tudo pende de um alegado “vício formal” de tramitação remontando a Lula em 2003 cinco anos apos o já atrasado começo do arrastar dessa materia em 1998 com FHC. Tudo devidamente esmiuçado num daqueles tijolos de, no mínimo, 800 páginas com que tudo se resolve no Judiciário brasileiro. Quem quiser que leia.
Já vamos para 19 anos de enrolação só nesse abre e fecha da mera porta de acesso à pista onde se dá a competição global. Não é atoa, portanto, que o país estrebucha.
Brasilia não. Brasilia vive fora do mundo, assim como vive fora do Brasil que vive dentro do mundo. Ignora-os olimpicamente. Pode fazer isso porque os salários da última gente “meritissima”, “excelente”, “egrégia”, “eminente” e “magnífica” que ainda reina sobre plebeus na face da Terra, assim como as suas aposentadorias de 100%, os aumentos de todos os anos e, sobretudo os “auxílios” de furar teto constitucional isentos de imposto de que eles se locupletam todo santo mes enquanto acusam o resto do mundo de desonestidade, não dependem de desempenho como os salários do Brasil que vive dentro do mundo. É por isso que Rodrigo Janot pode se dar a glória de ser a nossa Maria Antonieta e nos impor, um atras do outro, “excelentes negócios” como mais este do “fatiamento” do pacote JBS. Qualquer coisa a gente come bolos…
O que ha de mais triste neste país triste em que nos transformamos é a ululante obviedade de tudo … e a forma como, ainda assim, permanecemos bovinamente na fila do martelete na testa, repetindo os discursos indignados contra a lentidão com que ela anda a que os “fulanizadores” reduzem o que devia ser o debate nacional. A guerra do Brasil tem mesmo de ser “fulanizada” porque, olhada sem emoção, a questão conceitual, distributiva, institucional, de justiça sem aspas ou o que quiserem chamá-la envolvida é inargumentável. Tudo é de uma transparência absoluta: 5% da população, os 10 milhões de funcionários públicos, “comem” 46% do PIB (36% de carga + 10% de deficit por ano) que não viram rigorosamente nada que beneficie os 95% que a sustentam. Ha para eles direitos especiais, foros especiais e até juros especiais, e mesmo assim não basta porque até a distribuição de privilégios é perversa dentro do “sistema”. A tal ponto que as castas que já não cabem no país estão deixando de caber também umas dentro das outras. Somente os 980 mil aposentados da União, a cereja desse bolo, “comem” 57% da arrecadação bruta do ente que mais arrecada neste país (70% do total). Se a medicina avançar menos do que está previsto serão 30, 40, 50 anos mais que os marajás sem trabalho permanecerão pendurados nas nossas costas. Como não tem mais de quem tirar aqui fora e é preciso pagar ainda os marajás com (algum) trabalho e o mais que a gente sabe, os barnabés dos municípios, a camada mais baixa da “privilegiatura”, está passando de predador a presa nesta fase terminal em que o estado passou a se alimentar de si mesmo.
Depois de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, Curitiba é a última capital do Brasil “rico” que se ve no limiar da incapacidade de honrar sua folha de funcionários, estágio que só se atinge, na ordem de prioridades vigente, depois de mortos os empregos privados, os hospitais, as escolas, a segurança pública, esgotados todos os limites de endividamento até à oitava geração e devoradas até as reservas do FGTS sob a guarda do estado.
Sendo a proporção de 95% para 5% do eleitorado, medidas de austeridade têm passado com maiorias confortáveis nos legislativos que, com todos os defeitos e desvios, vivem de voto e representam o país, como iam passar também no Lesgislativo federal. Como no voto não leva, segue-se, então, o roteiro fascista, sempre igual a si mesmo: o sítio violento às casas de leis, as gritarias para impedir que se ouça os discursos reformistas, o desbaste dos ajustes pela chantagem das corporações mais poderosas, o circo dos “movimentos sociais” que, com os mesmos onibus, barracas, “manifestantes” e provocações, vai de cidade em cidade parando o trabalho pelo bloqueio do trânsito. E depois que fracassam todas as tentativas de enfiar povo nessas provas de “impopularidade” das medidas aventadas para atalhar a apropriação de tudo pelos donos do estado, recorre-se ao Judiciário, o poder acima de qualquer delação, para desfazer o que foi feito no voto, com gambiarras formalistas quando possivel, “fulanizando” o debate para blinda-lo contra a racionalidade sempre, promovendo armações ilimitadas e até coroando “reis” que, sozinhos, valem mais que o Legislativo e o resto do Poder Judiciário somados para se impor a qualquer custo.
Um país em desespero tem alimentado a “aposta” de que “eles” não serão tão loucos para destruir completamente o que pretendem herdar. Mas isso não é o que a História ensina nem para onde aponta esse desbragado mamar, não numa situação de estabilidade que será insustentável no futuro, mas numa realidade caótica que já não se sustenta no presente.
Ninguem se iluda! Este é o duelo final. Ou instituimos de vez a igualdade de direitos e deveres e acabamos com a “privilegiatura”, ou ela acaba de acabar conosco.

Eles não se emendam


Eduardo Militão - IstoE



ATÉ A LAVA JATO, MONTANHAS DE DINHEIRO SUJO DAS EMPREITEIRAS JORRAVAM PARA FINANCIAR CAMPANHAS ELEITORAIS. A FONTE SECOU. AGORA, OS POLÍTICOS QUEREM CRIAR UM FUNDO DE ATÉ R$ 3,5 BILHÕES EM RECURSOS PÚBLICOS PARA BANCÁ-LOS. UMA EXCRESCÊNCIA



A três meses do fim do prazo para se fazer mudanças na legislação eleitoral que vai reger as eleições do ano que vem, a Câmara e o Senado ainda divergem sobre a reforma política que vai estabelecer as novas regras. Mas numa coisa já há consenso: deputados e senadores querem aprovar a criação de um caixa eleitoral com recursos públicos, oriundos do chamado Fundo Partidário. Sem corar a face, os parlamentares trabalham por uma verba de R$ 3,5 bilhões. O montante representa cinco vezes mais do que o governo irá gastar com o Fundo Partidário neste ano (R$ 665 milhões). O absurdo é maior quando se constata que o dinheiro que será rateado entre os partidos para ser gasto em 2018, certamente faltará para a manutenção dos serviços básicos para a população. A perspectiva é que o fundo seja aprovado. A lógica de parlamentares à direita e à esquerda do espectro político é meramente casuística. Primeiro, dinheiro na mão. Depois é que serão discutidos os pontos de uma reforma política mais ampla.

Mais dinheiro

Até a deflagração da Operação Lava Jato no início de 2014, os políticos eram financiados basicamente com R$ 300 milhões por ano do Fundo Partidário e com doações de empresas. Parte desse montante por meio do famigerado caixa dois, com uso de notas frias, dinheiro em espécie ou repasses no exterior. Só duas empresas que confessaram pagar propinas a políticos sistematicamente, a JBS e a Odebrecht, doaram R$ 366,8 milhões e R$ 111 milhões em 2014, respectivamente. A farra acabou – ou pelo menos a intenção é fechar as torneiras. A Justiça Eleitoral determinou que as empresas não podem mais doar dinheiro para os partidos e que só serão permitidas doações de pessoas físicas. Mesmo assim com restrições. A campanha municipal de 2016 foi apenas um aperitivo. A maioria dos candidatos reclamou da falta de recursos. Muitos deles, tiveram de mexer nos próprios bolsos para colocar a campanha de pé. A saída foi recorrer ao dinheiro público – para variar.

CONSENSO DO MAL O senador Jucá e o deputado Cândido (abaixo) querem pressa para o caixa eleitoral (Crédito:Lula Marques /AGPT)

Não é de hoje que os dirigentes partidários começaram a sugar os recursos do Fundo Partidário. Em 2014, os partidos se valeram de um total de R$ 372 milhões, pouco mais do que em 2013 (R$ 362 milhões). A proibição de doação pelas empresas fez com que o valor do fundo mais do que dobrasse. Em 2015, ele atingiu o montante de R$ 867,5 milhões, um aumento de 118%. Em 2016, os valores permaneceram nos mesmo patamares (R$ 820 milhões). Em seis anos, já foram gastos nada menos do que R$ 3,4 bilhões, rateado entre os 34 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um dos entusiastas do fundo eleitoral de R$ 3,5 bilhões para 2018 é o deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da reforma política na Câmara. A proposta faz previsões de gastos até 2020, quando o fundo disponibilizará R$ 2,2 bilhões só para as eleições municipais. O aporte de recursos para o caixa eleitoral também é defendido pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, que apresentou Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Os políticos não se emendam. Como é de interesse de todos os partidos, o montante tem tudo para ser aprovado.
Para o cientista político David Fleisher, da Universidade de Brasília (UnB), o correto seria que os parlamentares buscassem fazer campanhas mais baratas, sem usar o subterfúgio do dinheiro público para substituir os recursos privados com os quais eram agraciados até então, muitas vezes sob o manto da chamada “propinocracia”. “Estamos em regime de austeridade, então pode ser que o presidente vete”, contou à ISTOÉ. “Mas Temer está precisando de apoio do Congresso. Pode ser que aproveitem essa fraqueza do presidente para aprovar esse tipo de coisa.”

Em seminário sobre reforma política em Brasília na semana passada, Vicente Cândido disse que a articulação é “promissora”. Resta saber para quem. “Estamos muito convencidos de que nesta semana conseguiremos construir acordos nos pontos importantes para começar a votar na semana que vem”, afirmou o deputado petista. O deputado não está sozinho. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, apóia a tentativa de mudar o sistema de financiamento e de escolha dos candidatos. Para ele, existe a “imprescindibilidade” da reforma política. Mesmo que um terço do Congresso seja investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como consequência da Lava Jato. “Os parlamentos no mundo todo enfrentam esse tipo de crise e não há alternativa. Vamos buscar onde (os recursos)?”

Wall Street e a Revolução Bolchevique


Posted: 30 Jun 2017 04:08 AM PDT
Lênin da Capa Preta

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

O texto abaixo foi transcrito da página MARXISMO CULTURAL

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Por que é que a Missão Americana da Cruz Vermelha de 1917 enviada para a Rússia incluía mais homens ligados às finanças do que médicos?

Em vez de cuidar das vítimas da guerra e da revolução, os seus membros pareciam mais interessados em negociar contractos com o governo de Kerensky e, subseqüentemente, com o regime Bolchevique.

Numa investigação corajosa, Antony Sutton disponibiliza evidências históricas sólidas que estabelecem uma ligação entre os capitalistas Americanos e os Comunistas Russos.

Baseando-se nos ficheiros do "State Department", documentos pessoais de figuras importantes de Wall Street, biografias e histórias convencionais,

Sutton revela:
1) O papel que os executivos banqueiros da Morgan tiveram em canalizar ouro Bolchevique ilegal para os EUA;
2) O uso da Cruz Vermelha por parte de forças poderosas de Wall Street;
3) A intervenção por parte de fontes de Wall Street para libertar o revolucionário Marxista Leon Trotsky, cujo objectivo era derrubar o governo Russo;
4) Os acordos feitos pelas grandes companhias como forma de capturar o enorme mercado Russo uma década e meia antes dos EUA reconhecerem o regime Soviético;
5) E O patrocínio secreto feito ao Comunismo por parte de homens de negócios de topo, que em público davam o seu apoio vocal ao mercado livre.

"Wall Street and the Bolshevik Revolution" [Wall Street e a Revolução Bolchevique] focaliza o financiamento ocidental feito à União Soviética.

De forma desapaixonada e fundamentando-se em evidências sobrepujantes, o autor pormenoriza uma fase importante na formação da Rússia Comunista.

Este estudo clássico foi publicado pela primeira vez no ano de 1874 como parte duma trilogia  - é publicado aqui na sua forma original

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Como acontece quase sempre no esquerdismo, a verdade é totalmente diferente daquela que nos é apresentada.

A luta dos esquerdistas "contra" os capitalistas é uma das fachadas mais bem construídas do século 20. Na verdade, o Comunismo sempre dependeu do dinheiro capitalista para sobreviver. Ainda hoje, a agenda cultural esquerdista (feminismo, gayzismo, aborto, multiculturalismo, etc) é financiada pelos mesmos grupos económicos que deram o seu apoio à Revolução Comunista. E o objetivo continua a ser o mesmo.

O propósito do Comunismo não foi, não é, nem nunca vai ser só estabelecer um sistema econômico; o propósito do Comunismo é entregar o poder total nas mãos de uma elite não-representativa das intenções da maioria da população. O que a elite faz quando chega ao poder é irrelevante: o que interessa é que eles fiquem perpetuamente no poder.

Para um comunista, a Coréia do Norte e Cuba são modelos políticos a seguir porque nestes países os Comunistas têm o poder total. O fato desses países viverem na miséria absoluta é periférico, desde que os esquerdistas tenham o Poder.

Para um esquerdista, é melhor um país pobre, mas controlado por esquerdistas, do que um país rico não-controlado por esquerdistas. É precisamente por isso que um esquerdista pode dizer barbaridades como "temos que fazer todo o possível para que a História humana não volte a produzir um país como os EUA", ao mesmo tempo que se mantém em silêncio em relação à já mencionada Cuba, à Coréia do Norte ou em relação a qualquer outro regime controlado por Comunistas - responsáveis pelas maiores barbáries da história da humanidade, só superadas pelas matanças do Islam.

Em algumas partes do mundo os Comunistas lutam por um leque de causas, mas noutra parte do globo lutam por causas exatamente opostas. Para uma pessoa normal, isto não faz sentido nenhum, mas para um esquerdista isto faz sentido porque o que lhe interessa não é ser consistente e coerente, mas sim obter o Poder.

Portanto, sempre que virmos um Comunista militando contra o capitalismo, podemos ter a certeza que estamos perante um mentiroso ou um idiota útil (ou ambos).

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.