sábado, 4 de maio de 2013

Enquanto isso, em Roma, a solidariedade (só que não) aproxima os corações



Posted: 03 May 2013 06:59 PM PDT

Brasil será um dos 10 países mais violentos do planeta



Posted: 03 May 2013 12:58 PM PDT

A partir de um cruzamento de dados entre número de homicídios e o IDH, chegou-se a conclusão que países com alto índice contam com menos violência. “Essa pode ser uma excelente pista para as políticas públicas de prevenção da criminalidade”

Não existe relação direta entre a miséria e a violência (há países miseráveis com baixo índice de violência não institucional e países ricos com alto índice de violência – caso dos EUA). A mesma coisa não se pode afirmar sobre a desigualdade, que gera sensação de injustiça, privilégios para as classes de cima, desgraça para as classes de baixo, funcionamento injusto da Justiça, má distribuição da riqueza, sensação de desequilíbrio etc.
Fizemos no Instituto Avante Brasil a relação e a comparação entre a violência (homicídios) e o índice IDH dos 20 países mais violentos com os 20 países menos violentos do planeta. Notará o leitor que, em regra, país menos violento tem alto índice de IDH (e vice-versa). Claro que a regra tem exceções (mas as exceções existem para confirmar as regras). São 187 os países examinados.
Vejamos:
De acordo com os dados divulgados pela UNODC (Escritório para assuntos de Drogas e Crimes da ONU) os países com os maiores índices de violência estão localizados principalmente na África e América Central: Honduras (120º no IDH), El Salvador (107º no IDH), Costa do Marfim (168º no IDH), Venezuela (71º no IDH), Belize (96º no IDH), Jamaica (85º no IDH), Guatemala (133º no IDH), São Cristóvão e Nevis (72º no IDH), Zâmbia (163º no IDH) e Uganda (161º no IDH), Malauí (170º no IDH), Lesoto (158º no IDH), Trinidad e Tobago (67º no IDH), África do Sul (121º no IDH), Colômbia (91º no IDH), Congo (142º no IDH), República Centro Africana (180º no IDH), Brasil (85º no IDH), Etiópia (173º no IDH) e Santa Lúcia (88º no IDH). O melhor IDH é o 67º (Trinidad e Tobago). Somente 8 estão abaixo da colocação de número 100. Países mais violentos, em regra contam com baixo índice de IDH.
Os vinte países com as menores taxas de homicídio estão em sua maioria na Europa e na Ásia: Palau (52º no IDH), Hong Kong (13º no IDH), Cingapura (18º no IDH), Islândia (13º no IDH), Japão (10º no IDH), Brunei Darrusalam (30º no IDH), Noruega (1º no IDH), Áustria (18º no IDH), Eslovênia (21º no IDH), Omã (84º no IDH), Suíça (9º no IDH), Emirados Árabes (41º no IDH), Espanha (23º no IDH), Alemanha (5º no IDH), Estados Federados da Micronésia (117º no IDH), Vanuatu (124º), Qatar (36º no IDH), Nova Zelândia (6º no IDH), Dinamarca (15º no IDH), respectivamente.
Países com alto índice de IDH contam com menos violência. Dois países apenas com IDH acima de 100.
A relação entre baixo índice de IDH, mais violência, e alto índice de IDH, menos violência, está constatada. Essa pode ser uma excelente pista para as políticas públicas de prevenção da criminalidade. E um excelente antídoto para a trampa de que só com repressão se resolve esse problema. O Brasil, que ocupava até pouco tempo a 20ª posição no ranking dos países mais violentos, agora passou para o 18º lugar. Em breve (se as mortes continuarem no ritmo atual) chegaremos ao rol dos 10 países mais violentos do planeta.

* Luiz Flávio Gomes, jurista e presidente do Instituto Avante Brasil, está no blogdolfg.com.br.

'Minha casa, minha vida' poderá ter centros de qualificação profissional



 

centro de qualificação profissional Os centros de qualificação profissional ficariam dentro dos condomínios do programa Foto: Marcelo Piu / Agência O Globo

Para que beneficiados do programa "Minha casa, minha vida" possam ter acesso à educação, o deputado Dr. Jorge Silva (PDT-ES) criou um projeto que determina que centros de qualificação profissional sejam construídos dentro desses empreendimentos habitacionais. Segundo o parlamentar, a proposta pretende diminuir o tempo e os custos de deslocamento entre a casa do morador e o curso. Silva acredita que o projeto torna a capacitação possível, uma vez que muitos trabalhadores não estudam porque as aulas são ministradas muito distante de suas residências.

O projeto — que inclui a medida na lei que regulamenta o programa habitacional da União — prevê que o número de vagas nesses centros de capacitação seja proporcional à quantidade de moradias. A proposta, que está tramitando na Câmara dos Deputados, deverá ser analisada, de forma conclusiva, pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; e Constituição e Justiça e de Cidadania.