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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
NÃO SOU RACISTA - por William Waack
14/01/2018
FOLHA DE SP – 14/01 – Via Blog do Murilo
Se os rapazes que roubaram a imagem da Globo e a vazaram na internet tivessem me abordado, naquela noite de 8 de novembro de 2016, eu teria dito a eles a mesma coisa que direi agora: “Aquilo foi uma piada —idiota, como disse meu amigo Gil Moura—, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular.
Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão.”
Sim, existe racismo no Brasil, ao contrário do que alguns pretendem. Sim, em razão da cor da pele, pessoas sofrem discriminações, têm menos oportunidades, são maltratadas e têm de suportar humilhações e perseguições.
Durante toda a minha vida, combati intolerância de qualquer tipo —racial, inclusive—, e minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso. Autorizado por ela, faço aqui uso das palavras da jornalista Glória Maria, que foi bastante perseguida por intolerantes em redes sociais por ter dito em público: “Convivi com o William a vida inteira, e ele não é racista. Aquilo foi piada de português.”
Não digo quais são meus amigos negros, pois não separo amigos segundo a cor da pele. Assim como não vou dizer quais são meus amigos judeus, ou católicos, ou muçulmanos. Igualmente não os distingo segundo a religião —ou pelo que dizem sobre política.
O episódio que me envolve é a expressão de um fenômeno mais abrangente. Em todo o mundo, na era da revolução digital, as empresas da chamada “mídia tradicional” são permanentemente desafiadas por grupos organizados no interior das redes sociais.
Estes se mobilizam para contestar o papel até então inquestionável dos grupos de comunicação: guardiães dos “fatos objetivos”, da “verdade dos fatos” (a expressão vem do termo em inglês “gatekeepers”). Na verdade, é a credibilidade desses guardiães que está sob crescente suspeita.
Entender esse fenômeno parece estar além da capacidade de empresas da dita “mídia tradicional”. Julgam que ceder à gritaria dos grupos organizados ajuda a proteger a própria imagem institucional, ignorando que obtêm o resultado inverso (o interesse comercial inerente a essa preocupação me parece legítimo).
Por falta de visão estratégica ou covardia, ou ambas, tornam-se reféns das redes mobilizadas, parte delas alinhada com o que “donos” de outras agendas políticas definem como “correto”.
Perversamente, acabam contribuindo para a consolidação da percepção de que atores importantes da “mídia tradicional” se tornaram perpetuadores da miséria e da ignorância no país, pois, assim, obteriam vantagens empresariais.
Abraçados a seu deplorável equívoco, esquecem ainda que a imensa maioria dos brasileiros está cansada do radicalismo obtuso e primitivo que hoje é característica inegável do ambiente virtual.
Por ter vivido e trabalhado durante 21 anos fora do Brasil, gosto de afirmar que não conheço outro povo tão irreverente e brincalhão como o brasileiro. É essa parte do nosso caráter nacional que os canalhas do linchamento —nas palavras, nesta Folha, do filósofo Luiz Felipe Pondé— querem nos tirar.
Prostrar-se diante deles significa não só desperdiçar uma oportunidade de elevar o nível de educação política e do debate, mas, pior ainda, contribui para exacerbar o clima de intolerância e cerceamento às liberdades –nas palavras, a quem tanto agradeço, da ministra Cármen Lúcia, em aula na PUC de Belo Horizonte, ao se referir ao episódio.
Aproveito para agradecer o imenso apoio que recebi de muitas pessoas que, mesmo bravas com a piada que fiz, entenderam que disso apenas se tratava, não de uma manifestação racista.
Admito, sim, que piadas podem ser a manifestação irrefletida de um histórico de discriminação e exclusão. Mas constitui um erro grave tomar um gracejo circunstanciado, ainda que infeliz, como expressão de um pensamento.
Até porque não se poderia tomar um pensamento verdadeiramente racista como uma piada.
Termino com um saber consagrado: um homem se conhece por sua obra, assim como se conhece a árvore por seu fruto. Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui.
WILLIAM WAACK, 65, é jornalista profissional desde os 17; trabalhou em algumas das principais redações do país e foi correspondente internacional por 21 anos na Europa e Estados Unidos
Onyx Lorenzoni: ex-presidente, cidadão comum - Jornal Zero Hora
"Que 24 de janeiro transcorra normalmente e a justiça seja feita", diz deputado federal (DEM-RS)"
17/01/2018 - 03h15min
Olhos e ouvidos estarão no TRF-4 em Porto Alegre, onde Lula será julgado em 2ª instância. 24 de janeiro será um dia histórico por se tratar de um ex-presidente. Apenas isso. Mas também é muito importante toda a cautela por parte das autoridades com a segurança das pessoas e da nossa capital. O interesse dos brasileiros é que a justiça seja feita. O interesse dos adoradores do condenado Lula é tumultuar e desqualificar o trabalho da justiça, o velho nós x eles. Lula segue sendo o mesmo.
Que Lula e seus bajuladores, ideológicos e a soldo, deixem o Brasil em paz. As manifestações de lulopetistas que insistem em desenhar uma grande conspiração reforçam essa necessidade. Vão das bravatas e mentiras dos políticos, às ameaças a juízes e ao patrimônio público vindas de grupos que mais se parecem milícias. As redes sociais estão infestadas delas. Em comum a todas, além de terem sido parceiros de "governabilidade" do réu, está o pouco caso com o estado democrático de direito. Como se o condenado estivesse acima de tudo e todos.
No vale-tudo de Lula e da esquerda brasileira, ele não passa de uma vítima do sistema. Não cola. A única vítima nessa história é o povo brasileiro que sofreu e ainda sofre com os tentáculos do lulopetismo espalhados pela administração pública em todo o país, e o perverso legado do lulismo dos 13 anos de incompetência, gastança e corrupção, materializados no aumento da violência, nos milhões de desempregados, no PIB. Lula não é o semideus que imagina ser, tampouco o líder honrado que petistas, comunistas e demais esquerdistas querem fazer crer. É um cidadão comum, que foi julgado por seus atos, com amplo direito à defesa, e que já foi condenado a 9 anos e meio de prisão por um deles. A operação Lava-Jato está repleta de provas desse e outros atos. Só não vê quem não quer, ou tem outros interesses que não o artigo 5º da nossa Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei. Que 24 de janeiro transcorra normalmente e a justiça seja feita.
Que Lula e seus bajuladores, ideológicos e a soldo, deixem o Brasil em paz. Os brasileiros, os que querem virar essa triste página da história, agradecem.
FONTE - https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2018/01/onyx-lorenzoni-ex-presidente-cidadao-comum-cjchzkt1s01wl01pha8mrji7d.html
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