De inimigo visceral do PT nos anos 90, Fernando Collor converteu-se em um de seus mais fieis aliados
Ao receber o controle de duas diretorias da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, o ex-presidente estabeleceu seu próprio balcão de negócios no petrolão. A Lava Jato foi bater à sua porta...
Fonte: Por: Rodrigo Rangel e Robson Bonin, revista Veja/Cristiano Mariz/VEJA - 18/07/2015 - - 10:52:56
Esse ano o ENEM deve repetir o mesmo resultado dos anos anteriores. Dentre as milhares de escolas, as últimas colocadas são, na grande maioria, as escolas estaduais. No ranking entre mais de 14 mil escolas, tirando uma ou outra com boa colocação (raras), a maioria situa-se na faixa a partir do 5.000° lugar, com pontuação abaixo 527 pontos. Ou seja, a pátria educadora é campeã absoluta de reprovação no ENEM. . Dentre as piores entre as piores estão as escolas estaduais das regiões Norte e Nordeste, sendo que dessas, as escolas campeãs em falta de qualidade estão no Estado do Maranhão, cujos alunos conseguiram a façanha de errar até o próprio nome. A recordista de baixa pontuação em 2013 conseguiu 397 pontos no ENEM, o que significa acertar apenas no preenchimento da data na prova. . Pátria Educadora? Ah sim.. Dá até pra disputar uma vaga em Harvard.
João Alves
Um texto leve e preciso
O pobre não entrava na faculdade. O que o PT fez? Investiu na Educação? Não, tornou a prova mais fácil.
Mesmo assim, os negros continuaram a não conseguir entrar na faculdade. O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio? Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas aos negros que entram sem fazer as provas.
O analfabetismo era Grande. O que o PT fez? Incentivou a leitura? Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio Nome.
A pobreza era Grande. O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo? Não. Baixou a linha DA pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$ 300,00.
O desemprego era pleno. O que o PT fez? Deu emprego? Não. Passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego.
A saúde estava muito ruim. O que o PT fez? Investiu em hospitais e em infraestrutura de saúde, criou mais cursos na área de medicina? Não. Importou um Monte de cubanos que sequer fizeram a prova para comprovar sua eficiência e que aparentemente nem médicos são. ( Um já foi identificado como capitão do exército cubano)
Alguém ainda duvida que esse governo é uma tremenda mentira?
O PT não conseguiu o superávit primário. O que o PT fez? Economizou? Não, reduziu o índice e transformou déficit em superávit.
Enfim, o PT é uma mentira só que está envergonhando os brasileiros que produzem, trabalham e são honestos.
Direto da coluna de Augusto Nunes em Veja nº 2433, de 8 de julho, direto, rascante e sem mumunhas…
Golpista é quem usa dinheiro roubado para financiar campanha eleitoral e esconde a gastança criminosa com pedaladas fiscais.
Não há sinais de vida inteligente na entrevista de Dilma Rousseff publicada pela Folha. A leitura das três páginas é a travessia de um deserto de ideias, planos, projetos ou programas. Nessa terra desolada só vicejam vigarices, platitudes, palavrórios sem pé nem cabeça e muita conversa fiada. A aridez da paisagem é acentuada pela ausência de explicações, justificativas ou meras atenuantes para as delinquências que colocaram a declarante na mira do Tribunal de Contas da União, da Justiça Eleitoral e da Operação Lava Jato. Por falta de álibis a tripular, Dilma embarca em fantasias de colegial. Uma delas é qualificar de “golpista” quem acha que os artigos do Código Penal e as normas constitucionais valem para todos. A indistinta aplicação da lei não tem qualquer parentesco com golpismo. Golpista é quem usa dinheiro roubado da Petrobras para financiar a própria candidatura. Golpista é quem gasta o dinheiro que não tem e tenta esconder o rombo com pedaladas fiscais. Golpista é quem promove bandido a ministro e ajuda corruptos de estimação a escapar da cadeia. Por ter sido submetida há quase 50 anos a sessões de tortura que os democratas de verdade sempre abominaram, a mulher que desgoverna o país se concedeu o direito de passar o resto da vida contando mentiras. Vai logo aprender que o que houve no passado não autoriza ninguém a assassinar a verdade todo o tempo. Muito menos torturar o presente e trucidar o futuro do Brasil
O TCU começa a romper o segredo de gastos que somam R$ 615 milhões na era petista. Hoje, cerca de 95% dessas despesas não são conhecidas
No momento em que a presidente Dilma impõe ao País uma política econômica que sufoca as empresas e as famílias para corrigir o desajuste que ela e as gestões petistas provocaram, o Tribunal de Contas da União joga luzes sobre um dos mais inaceitáveis casos de desperdício de dinheiro público: os gastos feitos com os cartões corporativos do governo e, em particular, do Gabinete da presidente. Nas próximas semanas, o TCU começará uma investigação oficial sobre esses gastos. O processo sigiloso foi aberto em 29 de junho e terá como relator o ministro Benjamin Zymler. O objetivo é detalhar aquilo que os técnicos do Tribunal definem como “gastos excessivos”. Através desses cartões, a presidente, ministros e seus assessores mais próximos consomem anualmente milhões de reais sem nenhuma transparência ou forma de controle. “Sob o argumento de que por razões de segurança os gastos devem ser mantidos em sigilo vem se cometendo enormes absurdos”, disse um dos auditores do TCU que teve acesso a alguns desses gastos.
Desde que o PT chegou ao Palácio do Planalto em 2003, os gastos com os cartões corporativos explodiram (leia quadro na pág.51). Em 2002, último ano da gestão de Fernando Henrique Cardoso, o governo consumiu R$ 3 milhões com os cartões. Entre 2003 e abril desse ano, os petistas gastaram R$ 615 milhões com os cartões e cerca de 95% dessas despesas são consideradas “secretas”. Ou seja, não estão sujeitas à transparência necessária às boas condutas republicanas. Só nos três primeiros meses desse segundo mandado de Dilma, foram gastos R$ 14,3 milhões, sendo R$ 4 milhões apenas na Presidência da República. “A sociedade precisa conhecer esses gastos. Essa falta de transparência atrapalha até mesmo o TCU, que não consegue checar se houve superfaturamento e sequer as justificativas para as despesas”, disse o auditor do tribunal. Durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva já foi descoberto o uso do cartão corporativo para que ministros comprassem tapioca, pagassem resorts, jantares e cabeleireiros. Há o caso de um ex-assessor do Ministério das Comunicações que usou o cartão corporativo para comprar duas mesas de sinuca. Criado com o objetivo de atender pequenas e urgentes despesas, principalmente durante viagens, os cartões nas gestões petistas acabaram encobrindo o pagamento feito com recursos públicos para despesas privadas. Sabe-se, por exemplo, que em São Bernardo do Campo seguranças da família do ex-presidente Lula compraram equipamentos de musculação com os cartões da Presidência. Também já é sabido que seguranças de Lurian, a filha do ex-presidente, gastaram cerca de R$ 55 mil em uma loja de material para construção. “A transparência é necessária principalmente para que se tenha acesso às justificativas dos gastos”, diz o auditor do TCU.
Mas, se no Tribunal de Contas, auditores têm conseguido romper as barreiras e começar a apurar alguma coisa sobre os cartões corporativos, a Polícia Federal ainda aguarda uma decisão do Judiciário para ter acesso a gastos com esses cartões e concluir investigações sobre tráfico de influência que teria sido praticado pela ex-secretária de Lula em São Paulo, Rosemary Noronha. Delegados e agentes que participam das investigações já descobriram que a secretária tinha o hábito de gastar muito mais do que recebia de salário e tinha um padrão de vida bastante superior a seus rendimentos. A suspeita da PF é que Rosemary tenha usado o cartão corporativo durante anos para bancar gastos pessoais. Na última semana havia na Polícia Federal a convicção de que nos próximos dias será quebrado o segredo do cartão de Rosemary.
Podemos perdoar facilmente a criança que tem medo do escuro; a grande tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. Platão
Dona Dilma vive numa bolha... Lá tudo é azul, nada de mal lhe acontece e quando acontece, ela rapidamente diz que é culpa de terceiros e pronto, está resolvido o impasse.
Vejam este exemplo: não é novidade para ninguém que o mundo está todo conectado. Aquele magricela, o Snowden, provou que nada escapa aos bisbilhoteiros munidos de um computador.
Dona Dilma sabe disso muito bem. Até se ofendeu amargamente ao lhe revelarem que lá nos States o que ela dizia aqui era lido pelas agências de segurança de lá.
Vejamos o que se passou agora em sua ida para a Rússia. O Aero-Lula saiu de Brasília com a intenção de fazer uma escala em Lisboa, mas dona Dilma resolveu que preferia o Porto, a bela cidade às margens do Douro. Com um detalhe: não avisou aos brasileiros de sua intenção.
Também não mencionou sua intenção de conversar, discretamente, com o presidente do Supremo Tribunal Federal. Marcaram encontro no restaurante que fica no lounge do segundo andar do Sheraton do Porto.
Logo que a notícia vazou, quiseram nos fazer crer que foi um encontro casual. Difícil de engolir. O ministro da Justiça disse que Lewandovski, ao saber que Dilma estaria ali pertinho de Coimbra, onde ele estava, pediu o encontro. Os dois trabalham a metros de distância um do outro, na capital federal, mas acharam por bem conversar num hotel no Porto.
Mas a verdade, implicante, tem o mau hábito de pipocar quando menos se espera. O ministro Cardoso, na CPI onde foi depor anteontem, querendo garantir que dona Dilma e Lewandovski não falaram sobre a Lava-Jato, saiu-se com esta: “Se fosse essa a intenção, ela teria convidado o Teori, que também estava em Coimbra!”.
Leram direitinho? “Teria convidado o Teori”. Encontro casual a convite, essa é uma novidade.
Dilma, a Magra, em Milão falou de si mesma na terceira pessoa. Com certeza quer nos convencer que Dilma, a Gorda, aquela das campanhas eleitorais, era outra, e não a que foi assistir ‘Otelo’ no Scala! Ou a que andou numa rede bamba sem cair... Ou a que, segundo coluna do Ancelmo Gois, coleciona lindos óculos de sol, daqueles que custam em média mil e duzentos reais o par.
Se estou com inveja? Claro que estou. Gosto de viajar, gosto de frequentar bons restaurantes e tenho paixão pela Itália. Mas não posso nem ir a São Paulo, o dinheiro está curto e tudo leva a crer que ficará cada vez mais curto.
Nem se eu tivesse uma das máquinas do Collorido, já que as estradas federais andam um terror. Por falar em Collor, gostava de saber por que o senador por Alagoas tem um apartamento funcional em Brasília se ele é proprietário de uma mansão na capital?
Pelo menos foi o que disse um dos membros da Segurança do Senado, que lá chamam de Polícia Legislativa, instituição inexistente, indignado com a Polícia Federal por invadir próprios do Senado Federal. Foi quando fiquei sabendo que o alagoano tem um apartamento funcional e que esses apartamentos são considerados, pelo menos pela Segurança deles lá, parte do Senado.
Não sei quanto tempo a bolha vai aguentar. Sei o que vi na TV: a expressão alterada de Renan Calheiros falando em 'tempos sombrios'. Ou o passo apressado de Eduardo Cunha em direção ao gabinete do Renan. Hoje teremos Eduardo Cunha em rede nacional. Que Deus nos ajude.
Mas não podemos fugir de um fato: temos muita culpa no cartório. Uma das penalidades na recusa em participar da Política é que acabamos sendo governados por nossos inferiores. Essa também é de Platão...
Se alguém tivesse de cumprir a desagradável missão de escolher o discurso mais infeliz de Dilma Rousseff, estaria certamente diante de uma difícil tarefa. A competição da presidente consigo mesma, nesse quesito, é feroz. A fala da sexta-feira, ao receber presidentes do Mercosul, no Palácio do Itamaraty, chega a ser nauseante. E por vários fatores que se combinam. Para uma audiência que reunia truculentos notáveis como Nicolás Maduro (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina) e Evo Morales (Bolívia), a presidente brasileira teve a coragem de afirmar: “Somos uma região que sofreu muito com as ditaduras. Somos uma região onde a democracia floresce e amadurece. No ano passado, houve eleições gerais no Uruguai e no Brasil. Este ano, é a vez da Argentina e da Venezuela. A realização periódica e regular desses pleitos dá capacidade de lidar com as diferenças políticas. Temos de persistir nesse caminho, evitando que as disputas incitem a violência. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul". É bem provável que Dilma estivesse querendo dizer que uma eventual ação em favor do seu impeachment ou que a cassação do seu mandato pelo TSE se encaixariam na classificação de “aventuras antidemocráticas”. É claro que ela sabe ser uma mentira escandalosa. Dilma pode não ser o melhor exemplo a que pode chegar a inteligência política brasileira, mas ela sabe que a simples realização de eleições não garante um regime democrático. Fazer tal afirmação diante de um ditador asqueroso como Nicolás Maduro e de um protoditador como Evo Morales chega a ser uma provocação grotesca ao bom senso. No ano passado, 40 pessoas foram assassinadas nas ruas da Venezuela por milícias a serviço do regime. Há presos políticos no país, e a imprensa está sob severa censura. E coube justamente a Maduro descer ao esgoto moral. Afirmou: “Temos um presidente indígena (Morales), há um movimento bolivariano, que somos nós, de pé. E ninguém vai nos apagar do mapa. Nenhuma pressão política vai nos apagar. Há 40 anos, houve o Plano Condor, e não desaparecemos. Somos um projeto democrático, inclusivo”. O “Plano Condor” é o nome pelo qual é conhecida a colaboração entre as várias ditaduras militares havidas na América do Sul nas décadas de 60 e 70. Hoje, regimes violentos e populistas também se amparam mutuamente, todos eles endossados pelos governos do PT, partido que sonhou emplacar por aqui algo semelhante. Trata-se de um “Plano Condor de esquerda”. Aliás, quando Dilma insiste em associar o cumprimento da lei à quebra da ordem democrática, ela o faz sob a inspiração desse pensamento delinquente. E, claro, a pantomima não estaria completa sem a homenagem de Dilma a Cristina Kirchner, que voltou a levar a Argentina à beira do abismo: “Nesses oito anos em que lhe coube presidir a nação Argentina, você imprimiu posição firme e democrática a seu país. Do ponto de vista pessoal e político, quero dizer que você terá no Brasil uma amiga sempre pronta para compartilhar sistematicamente sonhos e esperanças”. A brasileira, acreditem, tinha lágrimas nos olhos. No poder, Cristina Kirchner estimulou, ela também, a formação de verdadeiras milícias e tentou censurar a imprensa livre. O cadáver do promotor Alberto Nisman se revirou no túmulo. Dilma, no entanto, chorou de emoção. E aí falou a louca de Buenos Aires: “Qualquer estado integrante do Mercosul, ou da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), em que o governo seja removido por outro que não seja produto de eleições livres, populares e democraticamente eleito perde o caráter de estado membro". Também é de revirar o estômago. Cristina e Dilma, juntas, suspenderam o democrático Paraguai do Mercosul — por ter deposto legal e legitimamente um presidente — e aproveitaram o momento para abrigar a Venezuela do ainda vivo Hugo Chávez. Até então, o Senado paraguaio se negava a aprovar o ingresso do novo membro justamente porque reconhecia o país por aquilo que é: uma ditadura. Ah, sim: a cerimônia marcou o ingresso da… Bolívia no Mercosul! O bloco já é hoje um atraso de vida para o Brasil. Entre outras razões, porque as decisões têm de ser tomadas por consenso. O bloco impede o Brasil de celebrar acordos bilaterais substantivos porque tem de se vergar às restrições de seus parceiros. Agora, teremos de nos submeter também às exigências bolivianas. Enquanto isso, livres para voar, Chile, Peru, Colômbia e México celebram a Aliança do Pacífico, de costas, literalmente, para os bocós do Mercosul. O mal que o PT faz ao Brasil vai deixar marcas por muitas décadas. Já estamos começando a viver a herança maldita. E ela está apenas no começo. Por Reinaldo Azevedo
O post de hoje é daqueles que nem sei direito por onde começar. Conhecer o mundo das cachaças artesanais foi atordoante. Mas o atordoante que te inspira, te provoca, te mostra que tem um mundo gastronômico totalmente novo pela frente.
Primeiro preciso dizer: esqueça tudo que você já ouviu sobre o produto. Visitar a Weber Haus foi entrar em um novo mundo. Desde a história da família – que começou a fazer cachaça caseira quando chegou no Brasil, em 1823 (antes já produziam, na Alemanha, o schnaps de batata inglesa. O contato com a cana de açúcar só aconteceu, claro, com a chegada ao nosso país.
A cachaçaria, que fica em Ivoti, é cheia de lembranças familiares.
Se você não conhece a Weber, pode ser que conheça a antiga marca da família: Caninha Primavera.
Mas deixa mostrar pra vocês – o que quem visita a cachaçariatambém conhece - que é a produção da cachaça Weber:
Esse é um dos primeiros momentos da cachaça.
O sumo recém tirado da cana vem pra cá (O Evandro Weber deu uma explicação tão completa que tenho até medo de explicar com todos os detalhes. Vamos combinar que quando você for lá, pede a explicação completinha, certo?)
Evandro explicando as etapas da destilação
A Weber tem capacidade de 1 milhão e 100 mil litros em armazenagem. Normalmente, tem 900 mil litro de cachaça estocada.
A cana de açúcar usada é 50% produzido na própria lavoura e outros 50% de produtores próprios.
A Weber tem cachaças guardadas há 26 anos, por exemplo. As características vão mudando e dando o perfil que se quer para o líquido. O tipo de barril é uma dessas qualificadoras. Diferentes tipos trazem diferentes qualidades. Eles trabalham com carvalho americano, francês, bálsamo e cabreúva , canela saçafraz, amburana e grapia. Aí se tem notas como fumos, especiarias, chocolate ou até florais.
Outra coisa muito interessante é a diferença entre cachaça, aguardente e aguardente composta.
Primeira destilação: delicada, com o algodão retirando as impurezas
A cachaça precisa ter entre 38% e 48% de graduação alcoólica e ser pura. Ou seja, qualquer característica diferente de sabor só pode vir, por exemplo, de guarda – ou seja, da madeira dos barris onde ela envelhece. Acima de 48% já temos a chamada aguardente. Abaixo disso, mas misturada com qualquer outro ingrediente (mel, açúcar, frutas) ela se chama aguardente composta.
Claro que provei esse primeiro momento da cachaça: o sabor é muito parecido com a cana de açúcar. E o álcool, muito alto
Espera! Pausa! Olha essa cachaça: envelhecida 12 anos! São 2 mil garrafas dessas. A primeira vendida foi pelo valor de R$700. O valor vai crescendo a cada garrafa em um real, até que a penúltima seja vendida a R$2.699. Na verdade, quando houver apenas mais uma garrafa, ela será leiloada. (Eu provei e vou dizer pra vocês – é muito boa! Redonda, saborosa e não tem qualquer aspereza que possa ser característica de uma bebida tão forte quanto a cachaça)
A Weber Haus exporta sua cachaça para as 22 unidades da Churrascaria Fogo de Chão nos Estados Unidos e 8 no Brasil.
Aí, é claro, pedi pro Evandro Weber nos ensinar a identificar uma boa cachaça. Presta atenção nesse vídeo!
Além de conhecer todo o processo de produção da cachaça, o passeio à Weber Haus também dá a oportunidade de provar várias cachaças. Claro que os preços não são todos como a de 12 anos – aquela é uma exceção justamente pelas características especiais.
Mas olha a geladeira de amostras pro público:
E alguns rótulos. Não dá pra mostrar tudo, mas uma provinha, com certeza!
Ah, e uma novidade: a primeira (e única) cachaçaria licenciada pela Playboy.
A rotulagem, assim como a produção, é toda manual.
A Mariane Weber, irmã do Evandro e uma das proprietárias, rotulando com todo o cuidado uma das garrafas
Bom, se eu não der um final pra esse post, nunca mais paro de falar. Tem muita, muita coisa legal. Então faz o seguinte: pega a Rota Romântica, atravessa a querida cidade de Ivoti, toma cuidado descendo o Buraco do Diabo, atravessa a histórica Ponte do Imperador, pega a direita na Casa Amarela e segue as placas. Conhece um pouco da nossa história e dos imigrantes alemães aqui no estado e prova uma das melhores cachaças do mundo. É pra ter orgulho desse nosso Rio Grande, né? (esse é dos posts que me arrepio escrevendo!)
Os erros deste governo nos levaram a uma das maiores crises que já presenciei na história brasileira.
Data: 04/07/2015 Horário: 18:30:00 Veículo: VEJA - SP Editoria: BRASIL Autor: Não informado. Tags: Lava-Jato
Aos 80 anos, o mineiro Francisco Dornelles (PP-RJ) é um dos homens públicos há mais tempo em atividade no país e um dos mais ouvidos pela classe política. Apesar da experiência de cinco décadas, período em que ocupou ministérios em três governos, poucas vezes ele assistiu a crise tão profunda. Os últimos meses têm sido especialmente difíceis. Dornelles vê seu partido, o PP, desmoronar sob os holofotes, com 32 integrantes enredados no escândalo do petrolão. "Partido político é como um buquê: tem rosa, cravo e flor de cemitério", compara o ex-senador, atual vice-governador do Rio de Janeiro. Nesta entrevista a VEJA, ele condena as práticas dos colegas de sigla, aponta equívocos no governo petista, de quem o PP é aliado, e pensa o Brasil. Faz ainda uma revelação surpreendente para quem é sobrinho de Tancredo Neves: se a eleição presidencial fosse hoje, seu candidato seria o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e não o primo Aécio Neves. "Mas deixa 2018 chegar", diz.
OS EQUÍVOCOS DE DILMA — Acho a presidente séria e compreendo a complexidade de governar um país como o Brasil, mas ela precisa entender que errou muito e é também responsável pelo que está acontecendo. Olhe as pedaladas fiscais que fez para acobertar o déficit público. Não se pode entregar um resultado negativo e dizer que é positivo. E no setor do petróleo? Abandonar o sistema de concessão e adotar o regime de partilha é quase reestatizar a exploração, um retrocesso enorme. Na minha opinião, o caminho deveria ser justamente o oposto: privatizar setores como refinarias e até a BR Distribuidora em prol da eficiência. Dilma centraliza demais as decisões. Esses são equívocos que nos levaram a uma das maiores crises financeiras que já presenciei na história brasileira.
LEGADO NULO — Este governo não tem uma marca, coisa que todos os grandes estadistas, entre erros e acertos, deixaram. Getúlio Vargas atrelou-se às políticas sociais. Juscelino Kubitschek sacudiu o Brasil na área de infraestrutura. Tancredo Neves pretendia unir o país na transição para o Estado democrático de direito. FHC chamou a sociedade para a luta contra a inflação. E Dilma? O grande encanto dos governos do PT era a geração de empregos, que só desacelera. Sinto a presidente acuada. A única saída seria selar um grande entendimento nacional, convocando bons quadros para pensar e apontar os rumos.
LULA EM BAIXA — Se a eleição presidencial fosse hoje, Lula não disputaria. O PT ficou muito enfraquecido. A fortaleza de Lula sempre esteve nas ruas, e elas, neste momento, não estão com ele. Acho perigoso o discurso que propaga, dividindo o país entre pobres e ricos, Norte e Sul, patriotas e vendidos. Temos de aprender a fazer política séria, que é a arte de divergir e conciliar a toda hora. Mas não é fácil alguém morrer na política brasileira, não. Ela tem um alto grau de imprevisibilidade. Aqui, um ano é um século. E ainda faltam três para 2018.
O FATOR CUNHA — Na política não existe vazio que não seja logo ocupado. Quando o Executivo deu sinais de fraqueza, o PMDB sentiu o vácuo e se posicionou na mesma hora. O Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados) é extremamente inteligente, homem de dormir duas horas por noite, obstinado. Ele está indo muito bem, mostrando que não vai aceitar apenas chancelar ordens do Planalto. Onde houver espaço, vai entrar e ditar a sua agenda.
ESTADO GIGANTE — O governo já fica com a maior parte dos lucros das empresas e quer mais. O PT vira e mexe sinaliza algum interesse em taxar as maiores fortunas, por exemplo. Acho uma burrice completa. Já há o imposto de renda cobrado pela União e outro sobre o patrimônio, arrecadado pelos municípios. É a marcha para a insensatez, o tipo de especulação que só aumenta a instabilidade.
PP NO PETROLÃO — Nossa posição é delicada, e o PP está abalado. Mas costumo dizer que partido político é como um buquê: tem rosa, cravo e flor de cemitério. Há pessoas no PP pelas quais eu ponho a mão no fogo; por outras talvez não. Quando Severino Cavalcanti ganhou a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, em 2005, o PP reivindicou uma diretoria na Petrobras. Aí, gente do próprio governo federal sugeriu que o partido apadrinhasse Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento e delator do esquema na estatal). O José Janene (então líder do partido na Câmara, morto em 2010) topou. Aliás, quando eu era ministro do Trabalho de FHC, o Janene me indicou três conhecidos, que tive de afastar, um depois do outro, porque estavam vendendo facilidades. O quarto acabou preso pela polícia. Este nasceu assim, irresponsável. No caso da Petrobras, os desdobramentos foram inacreditáveis. Só espero que não haja clemência com ninguém na Operação Lava-Jato. Quem tem culpa precisa pagar.
PT NO PETROLÃO — O PT foi o responsável pelos desmandos e desvios revelados pela Lava-Jato. No poder público, a política indica quadros, mas a administração pode demitir em nome da eficiência. Se tiver de pôr alguém no olho da rua, que faça isso sem dar satisfação. Claramente faltou comando na Petrobras. Será possível que as pessoas ali não viam nada do que se passava? Afinal, não roubaram um cacho de bananas da empresa, mas milhões e milhões de dólares.
RIO EM CRISE — A situação do Rio de Janeiro é extremamente difícil. O estado registra um déficit de 13 bilhões de reais por ano. A grande fonte de arrecadação de ICMS vinha do petróleo, mas a indústria parou. Prevíamos royalties com o barril a 100 dólares. Esse preço caiu à metade. A conjuntura internacional também contribuiu para o desaquecimento da economia. Em paralelo, há um recrudescimento da violência. As quadrilhas estão testando o fôlego do governo. Elas querem saber até onde o poder público vai endurecer no combate ao crime. De um lado, os marginais radicalizam, atingindo mulheres e crianças em ações de visibilidade; de outro, a polícia comete erros, alvejando inocentes com balas perdidas no meio dessa guerra. O fato é que o caminho das Unidades de Polícia Pacificadora não tem volta.
CABRAL, O DESCUIDADO — O ex-governador Sérgio Cabral é extrovertido, gosta de vida social, tinha prestígio e fez o melhor governo que o Rio já teve, mas não se preocupou com a forma de conduzir as coisas. Não quero usar aqui a expressão deslumbramento com o poder. Diria que ele se descuidou em algum grau dos atos litúrgicos da administração. Mas, se quiser, será o candidato do PMDB a prefeito do Rio em 2016. Uniria a todos e não teria adversários. Nunca falou abertamente disso, mas, na minha opinião, ele quer, sim.