sexta-feira, 30 de novembro de 2012

OBRA-PRIMA DO DIA - OBJETOS DE ARTE Do século 18 aos nossos dias (Semana das Bengalas)


Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
30.11.2012
 | 12h00m

Os dois bastões que pertenceram ao príncipe Boris Yusupov, neto de Nikolai e Tatiana Yusupov, casal do qual falamos ontem:

 

O menino 
O bastão tem o corpo em jacarandá, com uma abertura para a alça que ajuda a carregá-lo. O cabo, em marfim esculpido, mostra o busto de um menino com capa e chapéu. Feito em 1840, em Antuérpia, Bélgica. Mede 98cm.
Goethe 
De junco espanhol, com abertura para a alça. O cabo em marfim é uma miniatura do grande poeta alemão Johann Wolfgang Goethe. Um monumento ao poeta, do qual o cabo dessa bengala é uma miniatura, foi inaugurado em sua Frankfurt-sobre-o-Meno em 22 de outubro de 1844, na presença do príncipe Boris Yusupov. A viagem, a inauguração e a cópia exata do monumento constam dos documentos que o príncipe trouxe ao voltar para a Corte. Feito na Alemanha, em Mannheim, mede 97 cm.

Antes da bengala transformar-se em um item “fashion”, por volta de meados do séc. 18, o bastão era levado junto com a espada, sendo tão importante quanto esta.
Como já mencionei, a bengala aos poucos começou a ser usada como símbolo de cavalheirismo e elegância.
Não demorou muito e as mulheres passaram a também se valer desse objeto que além de dar graça ao andar, ajudava na travessia das ruas e a caminhar por calçadas não muito limpas, ainda mais quando chovia.
Um aspecto interessante, entretanto, é que a bengala podia (e pode!) ser arma muito útil na defesa. Talvez por esse motivo no início do século 18 os londrinos tinham que ter uma licença da polícia para levar consigo uma bengala e, se não cumprissem as regras da municipalidade, perdiam o privilégio.
Da mesma forma que a bengala substituiu a espada, o guarda-chuva, aos poucos, no século 20, tomou o lugar da bengala. Hoje, na grande maioria das vezes, ela só é usada por quem dela necessita. E como é útil!
Nunca fui ao Hermitage e creio que hoje em dia só se pudesse visitá-lo a bordo de uma lambretta ou de um scooter. Seu tamanho é ligeiramente assustador...
Mas fiquei feliz ao ler que os atuais bilionários russos ‘herdaram’ uma belíssima tradição dos milionários americanos a quem o mundo deve coleções como as do Metropolitan, do MoMa, da Frick Collection, do Guggenheim e tantos e tantos outros.
Mas volto ao tema.
Tornou-se tradição na Rússia presentear o Hermitage com peças interessantes no fim do ano. Em 30 de dezembro de 2010 o colecionador e patrono das artes Maxim Artsinovich ofereceu ao museu peças de artistas dedicados ao trabalho em pedras preciosas e semi-preciosas.
A arte de esculpir em pedras, que ficara famosa com o atelier de Carl Fabergé, estava morta há mais de cem anos e foi graças aos novos ricos do início do século 21 que ela renasceu.
É uma escola nova, com características próprias, criatividade e tendências inovadoras. Logo, um grupo de artistas, como é natural, sobressaiu. E o Hermitage exibe algumas dessas peças. A mim só me interessavam, hoje, as bengalas e imagino que vão encantar vocês como a mim me encantaram. Ei-las:


O Cogumelo 
Bengala em ágata musgo, prata, metal banhado em ouro e madeira, criada por Evgeny Morozov, em 1994


O Palhaço 
Um cômico sentado numa flor esculpida em quartzo acinzentado, ornamentada com diamantes, granadas, prata, metal banhado em ouro, esmalte vitrificado, madeira e bronze. Criação de Sergey Shimansky, 1995.

Procurador citado em investigação é ligado a Toffoli desde 2003



Evandro Gama foi levado para trabalhar na Casa Civil pelo hoje ministro do STF




Amizade. Toffoli, do STF, conheceu Vieira em 2003; ambos trabalharam sob o comando de José Dirceu na Casa Civil
Foto: O Globo / Gustavo Miranda

Amizade. Toffoli, do STF, conheceu Vieira em 2003; ambos trabalharam sob o comando de José Dirceu na Casa CivilO GLOBO / GUSTAVO MIRANDA
BRASÍLIA - Um dos personagens do escândalo da máfia dos pareceres, o procurador da Fazenda Nacional no Amapá, Evandro da Costa Gama — que aparece nos e-mails interceptados pela Polícia Federal com uma lista de pedidos de cargos ao ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira —, é considerado “cria” do ministro Dias Toffolli, do Supremo Tribunal Federal, segundo relatos de pessoas próximas ao ministro. Costa Gama foi filiado ao PT até a eleição passada. Os dois se conheceram em 2003, em São Paulo, quando Toffoli o levou para a Casa Civil e trabalharam juntos até 2005, sob o comando de José Dirceu. Em 2007, já como advogado-geral da União, Toffoli buscou novamente Evandro no Amapá e retomaram a parceria até 2009.

Na AGU, os dois atuaram no polêmico processo referente à Ilha das Cabras, do ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), outro alvo da Operação Porto Seguro. Em 22 de outubro de 2009, um dia antes de o Diário Oficial da União publicar a exoneração de Dias Toffoli do cargo de advogado-geral e a nomeação de Luís Inácio Adams para a função, Gama assinou pedido de inclusão da AGU no processo sobre a ilha, em curso no STF.
Em 16 de junho de 2009, como chefe da AGU, Dias Toffoli já havia entrado com requerimento para a União integrar o processo. No mesmo dia da nomeação de Toffoli para o STF, o advogado-geral em exercício, Evandro Gama, solicitou “preferência no pedido de intervenção”. Adams também renovou o pedido, como O GLOBO mostrou nesta quinta-feira.
— Eu não me lembro desse fato específico, era muita coisa que vinha para o substituto assinar. Nesse caso eu assinei como advogado-geral interino, suponho que a pedido da Secretaria de Patrimônio da União. Por acaso eu conhecia o Paulo Vieira, mas não foi ele que me pediu. Em Brasília a gente encontra as pessoas. Tenho um currículo exemplar, sou batalhador, estou no meio dessa confusão à toa, porque o e-mail do Vieira está grampeado — disse o procurador Evandro Gama, hoje lotado na Procuradoria da Fazenda Nacional do Amapá.
Ao GLOBO, o ministro Toffoli não fez qualquer menção à parceria com o procurador Evandro Gama na AGU. Limitou-se a encaminhar cópia do ofício assinado por ele como ministro-chefe da AGU, e por duas outras advogadas da União, ao ministro Joaquim Barbosa. No ofício, Toffoli pede a Barbosa o deslocamento da causa para o foro federal, por se tratar de imóvel da União, e anulação dos atos decisórios da Justiça estadual “uma vez que se trata de incompetência absoluta”. Ou seja, o ofício pediu a anulação das multas aplicadas a Gilberto Miranda. Segundo a assessoria de Toffoli, ele atuou no caso de acordo com orientação da Secretaria Geral de Contencioso da AGU.
A PF descobriu um e-mail “urgente” de Gama para Paulo Vieira, ex-diretor da ANA, enviado em 26 de agosto de 2011. À época, já fora da cúpula da AGU, Evandro Gama pediu ajuda ao suposto líder da quadrilha para conquistar um cargo público federal no estado ou em Brasília.

Leia mais sobre esse assunto em 

Balcões de pequenos e grandes negócios, por Sandro Vaia



O escândalo do Mensalão, que está terminando de ser julgado pelo Supremo, se reveste até de uma certa solenidade se for comparado aos relatos da Operação Porto Seguro, cujos detalhes vão sendo revelados aos poucos pela Polícia Federal.
Na escala hierárquica de escândalos , esse da dona Rosemary Nóvoa Noronha tem seus lances picarescos, que passam por pequenos e grandes golpes de tráfico de influência, e que chegam até a um cruzeiro marítimo com a dupla sertaneja Bruno e Marrone, o que lhe dá um certo tom de galhofa.
Inspira sorrisos, mas não tem nada de engraçado. Tanto assim que há pessoas muito bem informadas que são capazes de garantir que a cara fechada da senhora presidenta na solenidade de posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do STF não se devia à forçada e protocolar convivência com o juiz ferrabrás, mas com o fato de que ela tinha acabado de saber da história da dona Rosemary.
Se é verdade ou não só ela sabe. Se non é vero...
Circulam muitas maledicências a respeito da verdadeira influência da senhora Rosemary no alto círculo do poder, desde o governo passado até ser defenestrada por Dilma Rousseff, mas existem fatos que escapam da abrangência do estrito interesse público e não é isso que interessa a quem se preocupa mais com os princípios republicanos do que com as conversas de comadres.
O episódio mostra, entre outras coisas, a leviandade com que o partido que comanda a coalizão que está no poder trata –e sempre tratou- da questão das agências reguladoras, para duas das quais, a de Águas e a de Aviaçao Civil, dona Rosemary indicou uma dupla de irmãos, Paulo e Rubens Rodrigues Vieira, nenhum deles com qualquer tipo de qualificação especial para ocupar os cargos.
O Senado chegou a rejeitar duas vezes o nome de Paulo para a Agência de Águas, mas a insistência do governo fez com que um arranjo com a base ajeitasse tudo e o nome dele acabasse sendo aprovado.
A filosofia original da criação das agências reguladoras, que nunca foi devidamente assimilada pelo PT, era a de que elas fossem organismos de Estado- e não de governo- com a missão de representar consumidores e usuários, acima dos interesses das empresas concessionárias de serviços públicos e dos governos concedentes, com incontrastável poder de impor normas e princípios reguladores.
Em vez disso, se transformaram em cabides de empregos e reserva de mercado partidária, tanto isso é verdade que até uma simples secretária como dona Rosemary tinha o poder de nomear amigos para dirigi-las.
E assim elas viraram balcões de pequenos e grandes negócios.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mailsvaia@uol.com.br

A Charge do Chico Caruso



ARREPENDIDOS



Magu
Aproveitando o gatilho da matéria A Era do Fascismo (25/10), A Era Do Fascismo 25/10 do Elgien, referente a arrependimento, segue mais um na mesma situação. Como eu já disse antes, quem tem olhos para ver, abandona o 13. Mau número…
A entrevista de Sydney Possuelo (foto), à revista Época, mostra que os que ainda tem neurônios funcionando abandonam o glorioso partido™ devido à sanha em não enxergar para os lados e nem para a frente. São iguais aos semi-cegos, que só olham onde estão pisando. E também pisam mal. O entrevistado é o maior sertanista brasileiro vivo, que hoje mora na Nova Zelândia, onde a mulher estuda. Ex-petista, depois de 42 anos envolvido com índios, afirma que o PT quer desenvolver o país (será que quer mesmo?) sem respeitar ninguém. Responsável por trazer a tribo dos Araras para o contato com a civilização(?), Época lhe pergunta: Como vive a tribo hoje? Possuelo – A situação é muito ruim. O alcoolismo se alastrou. Quem não morreu virou alcoólatra. Os poucos que continuam saudáveis foram inseridos no estrato mais baixo da sociedade. Agora, o governo quer tirar suas terras para fazer a hidrelétrica de Belo Monte. Essa é a história trágica das tribos contatadas.
ÉPOCA – O senhor saiu do setor de índios isolados da Funai em 2006. Possuelo – Saí, não. Fui defenestrado. E me jogaram pela janela. Fui demitido pelo presidente da Funai, Mércio Gomes, indicado por Lula em 2003. Era 2006, e eu estava na fronteira do Suriname quando um jornalista me telefonou para repercutir uma declaração de Mércio. Ele dissera que os povos indígenas tinham terra em demasia. Respondi que essa frase a gente escuta de madeireiro, de seringueiro, de político, de todos os que roubam as terras dos índios, jamais de um presidente da Funai. Dois dias depois, fui demitido.
ÉPOCA – O senhor sobreviveu ao governo Juscelino, à ditadura e à redemocratização. Possuelo – Não sobrevivi ao PT. Nunca me filiei a nenhum partido. Sempre fui PT de coração, e todas as vezes que o Lula se candidatou votei nele. Até que foi eleito. Foi depois disso que comecei a rever minha posição. Após dois anos de governo, virei antilulista. Em parte pelas falcatruas que a gente vê por aí, como o mensalão. Mas sobretudo por causa da política deste governo com relação aos índios. Lula prometeu um monte de coisas e não fez nada. Depois veio a Dilma, e a coisa ficou pior. O governo do PT vem destruindo sistematicamente todo o cabedal de leis que protegiam os índios. Dilma tem este grande projeto de desenvolvimento. O desenvolvimento não é contrário aos índios. É preciso respeitá-los, respeitar os ribeirinhos, respeitar os quilombolas, chamá-los para conversar respeitando seus interesses. O governo do PT não conversa com ninguém. Por isso os índios no Brasil estão tão revoltados. O governo quer fazer barragens a ferro e fogo. O governo não pergunta.
Aos leitores que se interessarem, forneço o link para ler a matéria inteira da revista.

EXONERADA É O “CAZZO”



Giulio Sanmartini
O casal Cama&Mesa, pinto, bordou, fez e aconteceu durante alguns anos. Agora que a vaca foi brejo, ao ficar provado que  amiga íntima do “Luiz Inácio” (como ela faz questão de chamar seu protetor) é com efeito uma grande tranbiqueira, pegou mal para o Planalto.dilma_rousseff_304x171_reuters
A presidenta Dilma Rousseff, com cara de faxineira malvada  (foto)depois de reunir-se no seu gabinete com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas; a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, determinou por nota,   através Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o seguinte:
“Por determinação da Presidência da República, todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal serão afastados ou exonerados de suas funções. Todos os órgãos citados no inquérito deverão abrir processo de sindicância. No que se refere aos diretores das Agências, foi determinado o afastamento, com abertura do processo disciplinar respectivo”.
Pela teor do que foi escrito todos imaginaram qu a “Rose Ítima” tinha recebido um solena pé na bunda, mas não foi bem assim. Se consultarmos eo Diário Oficial da União Seção 2 n° 277, segunda feira  27 de novembro de 2012, vamos ler:
“A MINISTRA DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 1o do Decreto no 4.734, de 11 de junho de 2003, resolve:
No- 920 – EXONERAR, pedido,
ROSEMARY NÓVOA DE NORONHA, do cargo de Chefe do Gabinete Regional do Presidente da República em São Paulo, código DAS 101.6”,
Quer dizer que ninguém demitiu dona Rose, foi ela quem pediu exoneração, fato que lhe permitirá voltar a ocupar cargo público, depois que a poeira baixar e a opinião pública esquecer.
Os petistas pensam que são os únicos sabidos e que o resto da população seja composta de imbecis, esquecem porém,  que a trombeta de seu juízo final,  já está sendo soprada a plenos pulmões.

O ESCÂNDALO CAMA&MESA



Magu
As pessoas já começaram a chamar a trapalhada Lula & Rosemary como “ROSEGATE”. Ora, esse qualificativo é privo de qualquer originalidade, “gate” tornou-se um sufixo designativo de escândalo desde que há 40 anos surgiu um nos Estados Unidos, que derrubou o presidente Richard Nixon. Os asseclas do presidente estadunidense invadiram um escritório do partido de oposição (Democrata) situado num conjunto de prédios que tinham por nome Watergate Complex. AUTO_son1No assunto Lula & Rose, tudo leva a crer que houve uma invasão, perdão, muitas, mas num sentido um pouco diferente. Por isso vou chamar essa sacanagem de “Escândalo Cama & Mesa”. Deve ser por isso que a mudinha a detestava.
Sabe como Rosemary chamava Lula? De presidente? Não. José Dirceu chamava Lula de presidente. Antonio Palocci chamava Lula de presidente. Gilberto Carvalho, idem. Rosemary chamava Lula de “Luiz Inácio”. E ainda chama. Quem reclamava da sua falta de cerimônia no tratamento conferido ao presidente da República, ouvia dela muitas vezes: “Tenho intimidade com ele. Trato como quero. E daí?”. Não exagerava. Emails interceptados pela Polícia Federal mostra que conversavam “todos os dias”. Uma das mensagens foi para Paulo Vieira, diretor afastado da Agência Nadional de Águas. Como foi o Estadão que publicou, “a gente” queria uma certeza, o que foi fornecido pelo Sombra, pelo esquipé, nosso informante disfarçado de faxineiro lá no Palácio, que acrescentou uma coisa que não foi publicado. Um dos emails da moçoila dizia para o molusco não se preocupar com Viagra, que ela tinha na bolsa um grande estoque.
Com freqüência, sempre que viajava ao exterior acompanhando Lula, Rosemary se hospedava em apartamento próximo ao dele. Assim poderia atendê-lo com a presteza necessária. Nas quase trinta viagens nacionais e internacionais na comitiva do ex-presidente, a ex-chefe de gabinete e amiga íntima de Lula, Rosemary Nóvoa de Noronha, raramente constava do “manifesto” – a lista oficial de passageiros em aviões militares, no caso, o Air Force 51 da Força Aérea Brasileira. Obrigatória na aviação comercial, a lista era “furada” por Lula, que tinha a palavra final sobre o assunto, não o comandante. A justificativa era que a moçoila era considerada como bagagem de mão, de uso pessoal do molusco falante. Aquele que disse, numa prisão, “long time ago” (há muito tempo atrás) que não sabia viver sem periquita e tentou, “supostamente”, como costuma afirmar a Globo, uma variante de retaguarda com um mocinho, depois chamado de “menino do MEP”, que reagiu e deve tê-lo enchido de porradas. Mas os companheiros de cela, tudo “cumpanhero”, não se arriscaram a confirmar a notícia. Mas como eu conheço a figura impoluta pessoalmente, desde os tempos imemoriais de SBC, qualquer coisa que contam dele é crível. Aquele vídeo do Noblat, quando diz que lula é rancoroso, é verdadeiro. Rancor chegou alí e parou. Vide O roteiro do rancor de Lula.
Por pura segurança, continuo e continuarei calado. Não tenho a mínima queda para Celso Daniel…

Escutas de Rose em duas outras investigações da Polícia Federal comprovam a blindagem de Lula na Operação Porto Seguro.


Carlos Newton
Conforme o Blog da Tribuna tem denunciado com absoluta exclusividade, a Polícia Federal está mesmo blindando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Porto Seguro, por seu envolvimento com Rosemary Nóvoa de Noronha, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
Reportagem de Fernando Gallo e Bruno Boghossian, de O Estado de S. Paulo, revelam que “interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal em duas operações mostram que a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha fez gestões para ajudar o ex-presidente do PT José Genoino e o médico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, Roberto Kalil”.
Como se sabe, escuta telefônica é procedimento-padrão em todas as investigações de corrupção realizadas pela Polícia Federal,a primeira providência a ser tomada. No caso da Operação Porto Seguro, as interceptações telefônicas foram desprezadas quando se constatou a proximidade entre Rose e o ex-presidente Lula, com média de um telefonema a cada cinco dias, nos quais ela o trata de “tio”. E a investigação se concentrou apenas nos e-mails, deixando Lula de fora, porque ele não usa computador.
Rose era tão próxima de Lula que inexplicavelmente fez 23 viagens internacionais com ele, façanha não alcançada por nenhum ministro, exceto Celso Amorim, das Relações Exteriores, cuja presença nas visitas a países estrangeiros era obrigatória.

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PORTE DE ARMA
A Operação Overbox, de 2004, tentava desarticular um grupo que facilitava a entrada de produtos contrabandeados no aeroporto de Guarulhos (SP). Segundo a reportagem do Estadão, Rose foi flagrada em duas conversas com o delegado Wagner Castilho, um dos responsáveis pela segurança do aeroporto.
Em uma delas, dia 5 de outubro, os investigadores anotaram no relatório uma conversa de ambos em que ela tentava resolver o trâmite de um porte de arma para o então segurança de Genoino, que à época presidia o partido.
“Rose fala que está precisando de duas coisas. Uma é o porte de arma para o motorista do deputado, presidente do Partido dos Trabalhadores”. Segundo a PF, Castilho explicou o procedimento e disse que “leva em mãos e se tiver algum óbice resolve”. Ela disse que ficaria “no aguardo dessa coisa do Genoino”.
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DR. KALIL
No outro diálogo, em14 de setembro, Rose briga com Castilho. O motivo: ela tentara falar com ele mais cedo porque a Receita Federal havia multado a mãe de Kalil em cerca de R$ 4 mil quando ela chegava ao aeroporto vinda de Paris, na França.
A PF escreveu, na operação Overbox: “Castilho liga para Rose e ela fala que está brava com Castilho, pois precisou de sua ajuda hoje pela manhã. Fala que a mãe do Dr. Calil (sic), médico do presidente, estava voltando de Paris com a filha e amigos e comprou umas roupas. Aí a Receita Federal pegou, abriu as malas, e tiveram que pagar quase R$ 4 mil. Castilho diz que poderia ter ligado; Rose fala que ligou”.
Nos autos da Operação Porto Seguro, constam ainda dois e-mails em que Rose cobra do diretor afastado da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, um favor para Cláudia Cozer, mulher de Kalil e médica pessoal de Rose. Ele deveria acessar Esmeraldo Malheiro dos Santos, consultor jurídico do Ministério da Educação que, segundo a PF, ajudou a quadrilha a obter pareceres favoráveis a faculdades. No assunto do e-mail, constava o dizer: “Faculdade-ES: Dra. Cláudia“. O favor a ser feito não fica claro nos documentos.
Procurado pelo Estadão, o médico Roberto Kalil afirmou não se lembrar se ligara “para Rose ou para alguém”, e sustentou que tentou ajudar a família porque seu padrasto estava passando mal. Segundo ele, o homem estava recém-operado do coração e a Receita decidiu aplicar-lhes uma multa às 7h, mas o banco só abria às 10h. “Na época, posso ter tentado ligar, tipo ‘pelo amor de Deus o homem está passando mal’. Não era pra liberar de alfândega, nada. Eu nunca pediria isso. Tem que pagar, paga e vai embora.”
Kalil só não explicou se o padastro foi operado no Brasil ou no exterior. Se ele estava liberado para viajar e passou mal, certamente Kalil se lembraria disso. Portanto, sua desculpa é patética, como tudo que se relaciona com Rose Nóvoa Noronha.
P. S. - Foi hilário assistir ao Jornal Nacional corroborar a alegação da Polícia Federal de que o digilo telefônico de Rose não foi quebrado. Com toda certeza, William Bonner fez o papel de Homer Simpson nessa história… Como diz Helio Fernandes, só dando gargalhadas gráficas: Ha!Ha!Ha!.