segunda-feira, 26 de agosto de 2013

FUZILEIROS NAVAIS BRASILEIROS ESCOLTARAM E DERAM SEGURANÇA AO SENADOR BOLIVIANO ROGER PINTO MOLINA EM SUA FUGA DA DITADURA DO INDIO COCALEIRO EVO MORALES, ATÉ O ASILO NO BRASIL

domingo, 25 de agosto de 2013


O senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado há mais de um ano na embaixada brasileira na Bolívia, em uma inútil espera pelo salvo conduto da ditadura do ditador indio cocaleiro Evo Morales, conseguiu fugir do país neste domingo e chegar ao Brasil, protegido por dois fuzileiros navais brasileiros, que honraram as Forças Armadas, no dia do Soldado, com essa ação que merece ser condecorada. Roger Pinto Molina fugiu da Bolívia, onde estava asilado na Embaixada do Brasil, em uma comitiva de três carros com placas consulares, que percorreram 1.600 quilômetros, de La Paz até Corumbá, no Mato Grosso. Nesta cidade brasileira, o senador boliviano, líder da oposição em seu país, e que é ferozmente perseguido pelo índio cocaleiro Evo Morales, pegou um jatinho na companhia do senador brasileiro Ricardo Ferraço, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, que o acompanhou até Brasília. A fuga do senador boliviano comprova de maneira cabal que são um lixo as relações do governo brasileiro com a ditadura boliviana. E que os governos destes países não têm controle sobre suas forças armadas e respectivas chancelarias. O senador boliviano veio ao Brasil com o ministro Eduardo Sabóia, encarregado de negócios da embaixada em La Paz, que estava no comando da embaixada desde o início de julho. O diplomata foi chamado neste domingo de volta a Brasília pelo Ministério das Relações Exteriores, que abriu inquérito para investigar a entrada do senador boliviano no Brasil, ao que tudo indica feita sem conhecimento dos chefetes bolivarianos do Itamaraty e do clone de chanceler Marco Aurélio "Top Top" Garcia (idealizador do Foro de São Paulo e ex-dirigente da 4ª Internacional Comunista, trotskista). De acordo com o relato do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o senador boliviano Roger Pinto Molina viajou em uma comitiva de dois carros da embaixada, com placas consulares, e acompanhado não apenas de Sabóia, mas de dois fuzileiros navais que fazem a segurança da embaixada. Nas missões no Exterior, os militares respondem não ao Ministério da Defesa, mas ao chefe da representação consular, no caso, Saboia. Ao final de uma viagem de 22 horas de carro, na qual passaram por cinco controles militares, inclusive na fronteira, o diplomata Sabóia ligou para o senador Ricardo Ferraço. "Ele me ligou e disse que estava com o senador em Corumbá, mas não tinha como levá-lo até Brasília. Eu tentei falar com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com outras autoridades, sem sucesso. Então consegui um avião e fui buscá-lo e levá-lo para Brasília", contou Ricardo Ferraço. Roger Pinto Molina está desde a madrugada passada na casa do senador brasileiro e dará uma entrevista na Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal na próxima terça-feira. Ferraço diz que Sabóia contou a ele que vinha conversando há algum tempo com o Itamaraty sobre a situação do senador boliviano. "Ele me disse que falou que a situação estava se tornando inadministrável, que Molina estava com depressão, que sua saúde estava se deteriorando. Ele se sentia frustrado com a falta de uma solução e disse que se tivesse uma oportunidade ia resolver", explicou Ferraço: "Não sei se o governo acreditou". O senador brasileiro disse que não conversou sobre os detalhes de planejamento da fuga de Molina e não pode garantir, mas acredita que a iniciativa foi do diplomata, em uma atitude "ousada e corajosa". Se tomou a decisão sem esperar a aprovação do Itamaraty, Sabóia possivelmente criou um problema para sua carreira diplomática e pode ser responsabilizado por criar um constrangimento para o governo brasileiro. Entretanto, Sabóia merece ser conderado, pela grandeza de sua atitude. Ele honra a tradição da qual fez parte Graciliano Ramos no serviço diplomático brasileiro. Na última quinta-feira, em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, o chanceler petista Antonio Patriota afirmou que a libertação de Molina estava sendo "negociada no mais alto nível", mas que o governo brasileiro se recusava a tirá-lo da embaixada sem garantir sua segurança. Agora ele está devidamente esculhambado e escrachado por por sua enganação.

CUBANOS NÃO SÃO HUMANOS? , por Percival Puggina


          Em 2001, em visita a Cuba, fui à embaixada brasileira. Ela se situa no quarto andar do prédio da Lonja de Comércio (Bolsa de Valores), uma bela edificação do século 19. Conversei com o secretário. Eu queria checar minhas observações sobre a realidade do país. Durante a entrevista, entrou na sala uma moça que lhe dirigiu algumas palavras em espanhol e se retirou deixando expedientes sobre a mesa. Quando ficamos novamente a sós, ele explicou que a servidora fora contratada junto a uma das duas agências oficiais através das quais o governo locava mão-de-obra para organizações estrangeiras no país. O contratante descrevia o perfil da pessoa que necessitava, a agência estabelecia o valor da remuneração e enviava pessoas para entrevistas. No caso, dos 200 dólares com que a embaixada remunerava a agência, a moça recebia o equivalente (em pesos!) a 20 dólares. O restante ficava para seu generoso patrão, o Estado cubano. 

          Portanto, quando eu leio, em várias fontes, que deve ser nessas mesmas bases o negócio entre Brasil e Cuba (R$ 10 mil mensais por cabeça para o patrão) e uns 10% disso para os médicos, eu não tenho por que ficar surpreso. Ouvi esse relato de viva voz. Há muitos anos sei que o patrão comunista é um velhaco cujos padrões morais causariam horror a um capitalista do século 18. Meu escândalo com seus abusos já é bem antigo. Que cidadãos daquele país aceitem morar nos rincões brasileiros por uma ajuda de custo miserável vale como certidão, passada em cartório, sobre o que seja viver em Cuba. Não obstante, o convênio firmado com o ministro da Saúde brasileiro ilustrava orgulhosamente a matéria de capa do site da OPAS na última sexta-feira (http://www.paho.org/bra/). Não se trata, ali, de salários e valores, talvez por falsos pudores. E ninguém conseguirá arrancar dos profissionais que vierem informação alguma sobre quanto os Castro lhes estarão pagando para atuarem no Brasil.

          O leitor deve estar se perguntando: "E as famílias deles? Eles não vêm com a família?". É óbvio que não. Isto está fora de cogitação. Nestes casos, tratando-se de cidadãos cubanos no exterior, a família costuma ser refém do governo, proporcionando relativa garantia de que o infeliz retornará ao cativeiro. Aliás, estamos diante de um duplo cativeiro porque também no Exterior a situação desses profissionais seguirá disciplina própria, para cujo controle lhes costuma ser imposta fiscalização exercida por agentes do governo cubano. Normalmente, ao menos, as coisas se passam assim. E mesmo que esses fiscais não venham, mesmo que não se apliquem ao convênio firmado pelo ministro Padilha as regras vigentes em outros países, já está para lá de configurada uma situação de servidão, de escravidão, de exploração indecente do trabalho humano. Ficou muito claro, também, que essa operação está sendo cozida há muito tempo, à socapa, abordada de modo evasivo pelo governo. Ninguém monta uma operação dessas em uma semana. Há objetivos eleitorais focados nas comunidades interioranas e há Foro de São Paulo nisso.

          Basta o que se sabe para caracterizar nesse acordo abuso capaz de acionar até os mais ideologicamente focados alarmes dos órgãos de direitos humanos, quer sejam do governo, quer da sociedade. A pergunta que me ocorre nesta sexta-feira chuvosa em que escrevo é a seguinte: "Cubanos não são humanos?". Que Cuba escravize seus cidadãos é uma coisa inaceitável. E o Brasil convalida isso?

ZERO HORA, 25 de agosto de 2013

AH, MARANHÃO, por Magu


imagesFelipe Patury, da revista Época, nos brinda com duas notícias atuais, mas que parecem jornal velho. Os leitores devem lembrar-se do caso Lunus, em 2002, quando a PF invadiu o escritório da empresa, onde Roseana Sarney era sócia do marido Jorge Murad, e encontrou 1 milhão, trezentos e cinquenta mil dólares em notas de 50 reais. Até hoje, 11 explicações diferentes para a origem do din din e nenhuma convenceu.
Na edição de 12 de Agosto de 2013, sob o título O dinheiro sai pelo ralo, Felipe informa que a governadora Roseana, do Maranhão, obteve do banco Merril Lynch um empréstimo de USD 660 milhões (dólares), com aval do Tesouro Nacional (é, aquele que ninguém é dono e todos lançam mão). Logo depois de entregar o dinheiro, o banco vendeu o empréstimo a outros bancos. Técnicos da Fazenda Nacional estimam que o lucro foi de 26 milhões de dólares. Lucro de quase 4% em um mês! Vão saber fazer bons negócios lá na casa do cesto da gávea. Associado ao Merryl Linch, até o Banco do Brasil faturou uma graninha: 2 milhões de dólares. Tanto o primeiro como o segundo mantém boca de siri sobre o caso.
A outra notícia diz respeito que o governo Roseana repassou R$ 270 mil para uma ONG construir banheiros públicos no município de Humberto de Campos. É, lá no Maranhão. Quantos banheiros? DOIS! Ouvido, o governo disse que tinha errado e que, ao todo, era para 57 banheiros. Aí Época foi ver quantas famílias moram na região beneficiada. 30 famílias. Tudo isso! E a nova explicação oficial é que as famílias de outras cidades também serão atendidas.
Este redator faz a pergunta que Época não fez: As famílias de fora da região virão usar esses 57 banheiros ou ser atendidas significa que vão construir outros?