terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mais um trem da alegria: Câmara cria cargos em comissão para o PROS e o Solidariedade


Wilson Baptista Junior
Acabo de ver na mídia que a Câmara dos Deputados vai criar 102 novos cargos comissionados para atender aos novos partidos (51 para o Pros e 51 para o Solidariedade, com a justificativa de que é necessário que eles tenham “funcionamento de liderança” como os outros.
É um absurdo total e mais uma agressão ao dinheiro público. Como não houve (nem haverá após as eleições) nenhum aumento no número total dos congressistas (que apenas mudaram de partidos) o que teria que ser feito é redistribuir o número existente de cargos entre todos os partidos, reduzindo proporcionalmente os cargos dos que perderam deputados para atribuí-los aos novos partidos.
Não há nenhuma justificativa para este aumento na quantidade de cargos.

É triste a vida de um país que não tem capital


Flávio José Bortolotto
O leilão do campo petrolífero de Libra, com reservas estimadas de 8 a 12 Bilhões de barris, é o preço que o Brasil paga por ter um governo que sempre operou/opera endividado e em duplo déficit, (fiscal e do balanço de pagamentos), e ser uma economia dependente subcapitalizada.
Libra deverá render, em cerca de 30 anos, um faturamento (não lucro), a preços atuais, de US$ 1,2 trilhões, mas requer investimentos de até US$ 500 bilhões, nos próximos dez anos.
Então temos três alternativas: 1) ir explorando lentissimamente, só com a Petrobras, que hoje tem lucro de US$ 10 a 20 bilhões/ano, e ainda tem que investir muito em refinarias, ajudar na industrialização do Brasil etc., pois ela não é uma petroleira pura. 2) ou nos associar a terceiros, que entrem com capital; 3) ou deixar essa reserva intocável para o futuro.
Dentro dessas circunstâncias, o governo Dilma/Temer fez a opção de leiloar Libra, mas com condições que resguardam o interesse nacional: Contrato de Partilha (mínimo 40% do petróleo/gás pertencentes à União, ganha o leilão quem oferecer a maior percentagem); a Petrobras como única operadora dos consórcios formados, para ter total controle de tudo e resguardar os segredos da exploração em águas profundas, pois que tudo se passa dentro de megaplataformas de bandeira BR, e a obrigação de se construir as megaplataformas, navios-sondas, navios de transportes, rebocadores, equipamentos submarinos, árvores de natal, dutos, cabos, bombas, robôs submarinos etc., etc., no Brasil e com mínimo de 65% de componentes nacionais.
A meu ver, é o melhor que se pode fazer, quando não se tem capital. E é triste a vida de quem não tem capital.

art blakey cubano chant (Transcrito do Blog Miranda Sá)

Era só o que falta. Pesquisa da Folha sobre sucessão está toda errada


Deu na Folha
Folha errou no último domingo ao dizer que a maioria dos eleitores de Marina Silva (PSB) migram para a presidente Dilma Rousseff (PT) quando a ex-ministra do Meio Ambiente é substituída pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na pesquisa Datafolha.
Segundo os dados corretos do instituto, 32% dos eleitores de Marina optam por Campos quando ela não está entre os concorrentes. No cenário mais provável da disputa, é Campos, portanto, o maior herdeiro das intenções de voto de sua nova aliada, Marina Silva.
O segundo maior contingente dos eleitores da ex-ministra, 23%, votam em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos oferecidos no cartão de resposta da pesquisa.
Candidata à reeleição, Dilma fica com 22% dos eleitores marineiros, não com 42%, como diziam a reportagem e o infográfico de domingo. Já o senador tucano Aécio Neves (MG) herda 16% dos eleitores de Marina, não 21%.
O mesmo exercício pode ser feito no cenário em que o ex-governador de São Paulo José Serra aparece como candidato do PSDB no lugar de Aécio Neves.
Neste caso, Serra passa a ser o maior herdeiro dos eleitores de Marina. O tucano fica com 33% dos que manifestavam voto na ex-ministra. Campos vem logo atrás com 28%. Outros 18% optam pelo voto em branco, nulo ou em nenhum candidato. Dilma fica em último lugar com 17%.

Carta de uma leitora do Estadão que tem 84 anos


Manoel Vidal
O jornal Estado de S. Paulo, publicou uma carta de uma leitora de 84 anos, que se diz muito envergonhada com nosso país. Ela expressou aquilo que muitos brasileiros sentem. Vale a pena partilhar0.
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TENHO MUITA VERGONHA

Ruth Moreira
Estou com vergonha do Brasil. Vergonha do governo, com esse impatriótico,
antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder. Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais. Pensar no bem do País é ser trouxa.
Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás,
Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a
serviço de uma causa só, o poder. Vergonha de juízes vendidos. Vergonha de
mensalões, mensalinhos, mensaleiros.
Vergonha de termos quase 40 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo. Vergonha de ver a presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos (onde está a guerrilheira? era tudo fantasia?).Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades,
envergonhando-nos perante o mundo.
Vergonha por pagarmos tantos impostos e nada recebermos em troca – nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta.Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada
inflação.
Agora pergunto: onde estão os homens de bem deste país? Onde está a Maçonaria? OAB? CNBB? Lyons? Rotary? Onde estão os que querem
lutar por um Brasil melhor? Por que tantos estão calados? Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza. Até quando isso vai continuar? Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas?Estou com muita vergonha do Brasil.ruthmoreira@uol.com.br

Judiciário brasileiro é caótico por falta de vontade política dos tribunais


Roberto Monteiro Pinho                                               
Congestionado, moroso, com nepotismo e falta de empatia com a sociedade, tudo isso transformou o Judiciário brasileiro num dos órgãos públicos mais antipatizados do país, a ponto de registrar a mais baixa taxa de aceitação dos brasileiros. Em declarações a imprensa no ano de 2009, o  então corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, se mostrou indignado ao dizer que o congestionamento da primeira instância – a porta de entrada do Judiciário – é mais do que um problema de gestão, porque é fruto, também, da falta de vontade política dos próprios tribunais.
Ele ressaltou que as varas judiciais, sobretudo as do interior, padecem do mal do “desaparelhamento”. Assim, enquanto juízes sofrem com a carência e o mau uso de recursos públicos e o despreparo de servidores, gabinetes de desembargadores têm excesso de funcionários, muitos ocupando cargos de confiança. O resultado: morosidade e má prestação de serviços para a população na Justiça de primeiro grau, a mais próxima do cidadão, disse o ministro.
80% NA FILA
Corroborando com a manifestação, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que nos últimos quatro anos, de cada 100 processos que chegaram às varas judiciais do país, apenas 20 foram julgados.
De acordo com os dados do CNJ, existiam 67,7 milhões de processos em tramitação na Justiça brasileira em 2007, (hoje ultrapassam 90 milhões) sendo 80% na Justiça estadual (54,8 milhões), que apresentou uma taxa de congestionamento de 74%, ou seja: de cada 100 processos, novos ou antigos, 74 não foram julgados. Na Justiça Federal tramitaram, na mesma época, 6,1 milhões de processos e a taxa de congestionamento foi de 58,1%.
Na Justiça do Trabalho o volume de ações foi de 6,6 milhões no período. A taxa de congestionamento ficou em 46,7%, número considerado alto em razão de ser “salário alimento” do trabalhador.

Judiciário brasileiro é caótico em gestão pública (…)

Roberto Monteiro Pinho                                               


   Congestionado, moroso, com nepotismo e falta de empatia com a sociedade, tudo isso transformou o Judiciário brasileiro num dos órgãos públicos mais antipatizados do país, a ponto de registrar a mais baixa taxa de aceitação dos brasileiros. Em declarações a imprensa no ano de 2009, o  então corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, se mostrou indignado ao dizer que o congestionamento da primeira instância – a porta de entrada do Judiciário – é mais do que um problema de gestão, porque é fruto, também, da falta de vontade política dos próprios tribunais.

Ele ressaltou que as varas judiciais, sobretudo as do interior, padecem do mal do “desaparelhamento”. Assim, enquanto juízes sofrem com a carência e o mau uso de recursos públicos e o despreparo de servidores, gabinetes de desembargadores têm excesso de funcionários, muitos ocupando cargos de confiança. O resultado: morosidade e má prestação de serviços para a população na Justiça de primeiro grau, a mais próxima do cidadão, disse o ministro.

80% NA FILA

Corroborando com a manifestação, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que nos últimos quatro anos, de cada 100 processos que chegaram às varas judiciais do país, apenas 20 foram julgados.

De acordo com os dados do CNJ, existiam 67,7 milhões de processos em tramitação na Justiça brasileira em 2007, (hoje ultrapassam 90 milhões) sendo 80% na Justiça estadual (54,8 milhões), que apresentou uma taxa de congestionamento de 74%, ou seja: de cada 100 processos, novos ou antigos, 74 não foram julgados. Na Justiça Federal tramitaram, na mesma época, 6,1 milhões de processos e a taxa de congestionamento foi de 58,1%.
Na Justiça do Trabalho o volume de ações foi de 6,6 milhões no período. A taxa de congestionamento ficou em 46,7%, número considerado alto em razão de ser “salário alimento” do trabalhador.

Os 25 anos da Carta que está transformando a impunidade em cláusula pétrea


Do Mídia sem máscara

cf
Batizada de “Constituição Cidadã” por Ulysses Guimarães, a Constituição de 88, que completa um quarto de século, corre o risco de se tornar a “Constituição da Barbárie”, caso continue transformando direitos fundamentais em salvo-conduto.


A Constituição da Re­pú­blica Federativa do Brasil está completando 25 anos. Às 15h50 do dia 5 de outubro de 1988, o presidente da Assembleia Na­cional Constituinte, deputado Ulysses Guimarães (PMDB), em pé, erguendo na mão esquerda um exemplar da nova Constituição, afirmou em meio aos aplausos dos parlamentares e populares que lotavam o Congresso Na­cional transformado em Cons­tituinte: “Declaro promulgada!... O documento da liberdade, da dignidade, da democracia e da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude que isso se cumpra!” Um ano, oito meses e quatro dias antes, em 1º de fevereiro de 1987, havia sido instalada a Assembleia Nacional Consti­tuinte, que, depois de 612 dias de pressões, debates, negociações e, sobretudo, expectativa, conseguiu finalmente consolidar o texto da nova Constituição do País.

Ulysses Guimarães fez questão de dizer em seu discurso de promulgação da Carta que o Brasil contava, em 1988, com 30,4 milhões de analfabetos, ou “afrontosos 25% da população” sem saber ler e escrever. Com bases nesses dados, o presidente da Constituinte advertiu: “A cidadania começa com o alfabeto”. Mas aquela estatística de Ulysses Gui­marães não era precisa. Na verdade, era quase fraudulenta. Fazia de conta que a taxa de analfabetismo permaneceu no mesmo patamar de 25,9% do Censo de 1980, quando, na verdade, ela foi reduzida para 19,7% no Censo de 1991, quando o Brasil tinha 18,6 milhões de analfabetos. Como no Censo de 1980 o Brasil tinha 19,3% de analfabetos, os 30 mi­lhões de analfabetos do “Dr. Uly­sses” em 1988 eram puro chute. A não ser que se contassem os analfabetos funcionais, que continuam sendo bem mais do que um quarto da população ainda hoje.
Naquele tempo, todos os indicadores sociais negativos do Brasil eram inflados pelos formadores de opinião e pela ONU, fazendo o País disputar a copa mundial da miséria com os piores países africanos, banhados pelo sangue de guerras étnicas. Até 2002, a Fundação Getúlio Vargas estimava haver 50 milhões de miseráveis no Brasil. E, na imprensa, só se falava da fome etíope que assolava esses miseráveis. Mas eles só existiam nessas estatísticas lunáticas dos acadêmicos, ensandecidos pela ideologia marxista. Na vida real, os supostos miseráveis estavam virando obesos.
Essa tendência niilista só mudou a partir de 2003, com a eleição do santificado Luiz Inácio Lula a Silva. Então, do dia para a noite, esses mesmos formadores de opinião e burocratas da ONU tornaram-se mais otimistas do que o Pangloss de Voltaire e passaram a enxergar no Brasil um país de primeiríssimo mundo. Numa só canetada, tiraram 40 milhões de pessoas da miséria e criaram uma nova classe média de fazer inveja aos países escandinavos. Mas, quando a Constituição de 88 foi promulgada, no ano de 15 a.L. (“antes de Lula”), o Brasil ainda era a Etiópia e se jogou nos ombros da nova Carta toda a responsabilidade de transformá-lo numa Suécia.
Casamento da demagogia com o sonho
Provêm daí os grandes males da Constituição de 88. Ela nasceu do casamento da demagogia com o sonho. E nesse encontro entre o demagogo e o sonhador, nem é preciso dizer qual vontade prevalece. A demagogia era tanta que a Cons­ti­tuição de 88 chegou a estabelecer, em seu artigo 192, inciso VII, parágrafo 3º, que as taxas de juros reais não poderiam ser superiores a 12%  ao ano.
Na época, o economista Delfim Neto, então constituinte, apesar de ter tabelado os juros várias vezes quando ministro do regime militar, ironizou esse dispositivo constitucional, dizendo que seus defensores só tinham dois exemplos de constituições que tabelaram juros: a da Nica­rágua e a de Guiné-Bissau, o que mostrava, segundo ele, de que era feito o progressismo dos constituintes de esquerda.
Como foi solenemente ignorado por todas as políticas econômicas que se sucederam entre Sarney e Lula, o artigo 192 acabou sendo am­putado da Carta pela Emenda Constitucional nº 40, de 29 de maio de 2003, restando dele so­mente três linhas, que, sensatamente, remetem para leis complementares a regulamentação do sistema financeiro nacional. Convém salientar que o tresloucado tabelamento dos juros e outras diatribes anticapitalistas do artigo 192 tinham sido impostos por pressão das esquerdas, especialmente o PT de Lula. E coube justamente a Luiz Inácio Lula da Silva, como presidente da Re­pú­blica, repudiar o discurso demagógico que o levou a ser eleito em 2002 e a orientar sua maioria no Congresso Nacional para amputar o referido artigo. O que não impede o ex-presidente de continuar posando de “Pai dos Pobres” e arauto do socialismo.
A Constituição de 88 foi movida pelo espírito das barricadas de Paris e quis levar a imaginação ao poder. Prova disso é que os constituintes preferiram não trabalhar sobre um anteprojeto estabelecido, para orgulho de Ulysses Guimarães. Em seu discurso de promulgação da “Constituição Cidadã”, ele assim descreveu seus bastidores: “Foi de audácia inovadora a arquitetura da Constituinte, recusando anteprojeto forâneo ou de elaboração interna. O enorme esforço é dimensionado pelas 61.020 emendas, além de 122 emendas populares, algumas com mais de 1 milhão de assinaturas, que foram apresentadas, publicadas, distribuídas, relatadas e votadas, no longo trajeto das subcomissões à redação final. A participação foi também pela presença, pois diariamente cerca de 10 mil postulantes franquearam, livremente, as 11 entradas do enorme complexo arquitetônico do Parla­mento, na procura dos gabinetes, comissões, galeria e salões”.
Xenofobia econômica dos empresários
A obra aberta que foi a As­sembleia Nacional Constituinte tornou-se um terreno fértil para espertezas de todos os lados. O empresariado cartorial do País, acostumado a usar o Estado como escudo contra a concorrência estrangeira, juntou-se ao corporativismo dos sindicatos de trabalhadores para instituir na Constituição o máximo de protecionismo para a empresa nacional. O artigo 219 da Carta é um exemplo claro de xenofobia econômica, que só prejudica o consumidor-contribuinte. Eis o que o referido artigo diz: “O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal”.

CHARGE DO CHICO CARUSO

c

Crime se organiza por sobre as fronteiras (Editorial)


O Globo
Não é de hoje que a criminalidade se expande de forma coordenada entre as regiões e administra seus “negócios”, em que se destaca o tráfico de drogas, como empresa.
Uma investigação feita durante três anos pelo Ministério Público de São Paulo sobre a organização criminosa que domina os presídios no estado, o Primeiro Comando da Capital (PCC), confirma o crescimento da facção, demonstra a desenvoltura da quadrilha e o perigo que estes bandos representam para a sociedade e o próprio estado de direito.
Revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a ação do MP resultou no pedido de prisão de 175 pessoas, dois terços dos quais já se encontram na cadeia, condenados por outros crimes.


Por uma trágica ironia, o comando do PCC atua de dentro da penitenciária de “segurança máxima” de Presidente Venceslau. Isto por si só dá a medida do poder da facção de corromper agentes públicos.
O tamanho e abrangência da quadrilha impressionam: aproximadamente, 11 mil pessoas, dos quais 7.800 bandidos no estado de São Paulo, sendo 6 mil presos e 1.800 nas ruas; 3.587 em outros estados, destes, 2.755 atrás das grades.
Eles estão em 22 estados e há gente, ainda, no Paraguai e na Bolívia, elos do esquema do tráfico de drogas explorado pelo PCC.
A investigação estima em R$ 100 milhões o faturamento anual do grupo, cifra condizente com a de uma empresa média.
De suas bases em penitenciárias, a cúpula criminosa ordena uma série de crimes — resgate de presos, ataque a policiais, e há pelo menos um registro, nos grampos feitos pelo MP, com autorização da Justiça, de um plano audacioso para assassinar o governador paulista, Geraldo Alckmin.
O outro lado do fortalecimento dessas facções é, infelizmente, a ajuda que elas recebem de policiais corruptos. Entre as conversas interceptadas há provas dessa colaboração.
Seria um avanço se a operação do MP paulista servisse para conscientizar de vez as autoridades, em todos os níveis — federal, estaduais e municipais —, de que o Estado brasileiro precisa compartilhar o combate ao crime organizado.
Pois a criminalidade ameaça contar com um padrão de articulação entre grupos maior que os diversos governos. Há uma gravação em que o PCC negocia a paz entre facções no Rio.
Se o crime se integra, as polícias precisam se integrar. No Rio, a política das Unidades de Pacificação (UPPs) avança porque as operações de libertação de comunidades contam com a colaboração também de forças federais, por exemplo.
O trabalho do MP paulista confirma que estas quadrilhas já deixaram de ser ameaças regionalmente localizadas. Diante disso, só há uma alternativa: a mobilização do aparato de segurança do Estado, em todas as instâncias, e de forma coordenada, para enfrentar este novo estágio da expansão do crime no país.

Homenagem a Vinícius de Moraes - 1913 - 2013

Ricardo Noblat - 
15.10.2013
 | 16h04m
HORA DO RECREIO



Você e eu, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, na interpretação de Tom Jobim e Danilo Caymmi na flauta, com o coral da Banda Nova.

Dilma distribuirá 12 ministérios como parte do esforço para reeleição

Ricardo Noblat - 
15.10.2013
 | 16h16m
POLÍTICA


Competência técnica dos futuros ministros?
Experiência deles no respectivo ramo?
Preocupação em melhorar a eficiência do governo?
Preocupação em melhora o atendimento à população?
QUE NADA!!!!


A “reforma ministerial” que a presidente Dilma vai empreender a partir do começo do ano, dentro de dois meses e pouco, tem como PRINCIPAL — para não dizer ÚNICA — preocupação contentar partidos da atual base aliada, de forma a que entrem para a coligação que a apoiará em outubro de 2014.
Caso o saco de gatos contraditório que é essa “base aliada” cause trombadas em palanques estaduais, ainda assim a distribuição de ministérios, acredita o governo, servirá para bloquear a tentação de que um ou outro partido se bandeie, nos Estados, para os palanques dos adversários do PT — a começar, claro, pelo PSDB de Aécio Neves e pelo PSB da aliança Eduardo Campos-Marina Silva.

O PT costuma ser acusado de incorrer nas mesmas práticas que, antigamente, criticava nos partidos “tradicionais”. Na verdade, se formos medir tudo o que se tem feito nesses quase 11 anos de poder, as práticas do PT são ainda piores. E ainda ficam bravos quando criticados pelo uso da máquina pública

CHARGE DO ALPINO

Dilma anuncia proteção extra aos e-mails oficiais




A transposição do São Francisco e o crime do desperdício


Luiz Tito
Durante a semana que passou o jornal O Tempo reproduziu, pelas mãos do repórter Rodrigo Freitas, a história da transposição do rio São Francisco, obra que o governo Lula apresentou como solução a uma das maiores tragédias que a natureza impõe, há séculos, ao Nordeste brasileiro e ao povo que nele habita. Ninguém é contra tal iniciativa, nem poderia sê-lo, embora também há séculos a pobreza extrema no Brasil coincidentemente esteja instalada em cidades localizadas à margem do mesmo São Francisco.
A série de matérias expôs, com isenção, riqueza de dados e qualidade editorial, o desperdício de recursos, uma consequência da irresponsabilidade administrativa, da falta de compromissos da gestão pública e dos equívocos de um planejamento feito tendo como meta resultados eleitoreiros e imediatistas. A obra, desde sua idealização e início da construção fora fartamente contestada por todos os segmentos que têm voz nesse assunto, por colecionar ações tão desmedidas que hoje sua imediata paralisação representaria uma economia e temporária solução.
Primeiro, pelos próprios equívocos do projeto, que fará concentrar a oferta de água onde a carência do recurso é absolutamente esparsa e ampla. A isso se segue o esvaziamento daquele rio como potencial ofertante de água, já que seus afluentes e subafluentes estão, todos, em franco esgotamento, pelos diversos agravos que sofrem das cidades e das populações que o margeiam.
AGONIZANTE
O Rio São Francisco está agonizando e, para isso, concorrem esgotos jogados em seu curso pelas cidades limítrofes, o desmatamento desregrado promovido por projetos feitos sem controle às suas margens e nas suas nascentes, gerando assoreamentos gigantescos e interferências climáticas. O rio precisa urgentemente ser revitalizado. E para sua recuperação, antes que essa loucura da transposição se adiante ainda mais, é preciso medir o que dele hoje se retira.
O médico e professor da UFMG Apolo Heringer Lisboa, cuja trajetória pessoal está marcada por orgulhosa dedicação à recuperação do rio das Velhas, em expedição feita no rio São Francisco, em julho do ano passado, documentou o que os governos deveriam prioritariamente assumir: se nada for feito pelo São Francisco, se as ofensas à sua natureza continuarem no ritmo que se acham, o rio vai secar, vai acabar, vai comprometer investimentos e expectativas que dele já dependem há décadas.
Dele, de seu curso, dependem três hidrelétricas, vários projetos de irrigação bem estruturados. Depende o fornecimento de água a um expressivo contingente de população e ainda a dessedentação de animais e a irrigação de culturas de alimentos.
Pode-se comprometer esse acervo? Por que não se considerou o projeto da Agência Nacional das Águas antes de meter o país nessa aventura da transposição, que previa a construção de adutoras e irrigação através de canais interligados? A quem se vai responsabilizar pelo desperdício de recursos públicos, pela corrupção já instalada no processo de construção dessa desastrosa transposição? Por que insistir no crime, no desmando, na incerteza e na irresponsabilidade, quando amargamos falta de recursos para remunerar necessidades básicas, historicamente desatendidas? (transcrito de O Tempo)

Completamente desmoralizado, o Supremo está podre

Tribuna da Imprensa 15/10

Almério Nunes
O Supremo representa a “Suprema Esculhambação” do país. O ministro Marco Aurélio disse que tem 400 processos aguardando sua decisão. Diante das câmeras de TV, o presidente Joaquim Barbosa adiou, por decisão própria, o voto de desempate do ministro Celso de Mello, pois três deles tinham que dar expediente no TSE… estavam atrasados. Como seja: alguns deles trabalham no TSE… e também no “Supremo”.
Segundas e sextas-feiras, trabalho? Nem pensar. A desmoralização é total. O apodrecimento das nossas instituições é absoluto. “A credibilidade do Supremo encontra-se à beira do precipício”, disse o mesmo Marco Aurélio. Não! A credibilidade daquela corte não existe mais, faz tempo.
Até um empregado (DiasToffoli) do Zé Dirceu conseguiu trabalhar lá, sem nunca ter sido juiz, reprovado duas vezes. Fechem aquilo de uma vez, sem mais delongas!!! O país festejaria e agradeceria imensamente.
Nesse “Supremo” (reparem!!! vejam na TV!!!) tem até o cargo de “Empurrador Ajeitador de Cadeiras Ministeriais”. Quanto ganha um E.A.C.M.? Deve haver uma carreira: EACM nível 1, EACM nível 2, etc. A partir de uns … vejamos … R$ 8 mil/mês.Isto, sem contar as gratificações de lei, verbas extras por vezes em que empurrou as cadeiras etc. Nada mal. Para começar esta brilhante e promissora carreira.
E no lugar do “Supremo”, viria o quê? O Tribunal da Vergonha na Cara. Sem carros e sem motoristas para os “ministros”. Sem essa de “trabalhar” em dois lugares ao mesmo tempo, só a partir das 14 horas e folgando às segundas e sextas, além dos dois recessos anuais, fins de semana prolongados, uma festa. Que precisa acabar.

MPF promove mutirões de fiscalização no RS na área de telefonia. Carta Compromisso é firmada para a melhoria do setor

Transcrito do Blog do Diego Casagrande
Posted: 14 Oct 2013 03:45 PM PDT
Alexandre Gavronski

Uma Carta Compromisso foi firmada, na última sexta (11), entre Ministério Público Federal (MPF/RS), o Ministério Público Estadual (MPE) e os Procons do RS. O objetivo é a melhoria do setor de telecomunicação. 

No pacto, ficou definido que esses órgãos farão mutirões de fiscalização para a busca de provas da má qualidade do serviço prestado em telefonia. Os órgãos também vão cobrar clareza nas informações prestadas ao consumidor - nos serviços e produtos de telefonia - “em especial no que diz respeito ao acesso ao conteúdo do contrato de prestação de serviço”, cita o documento.

Ficou pactuado que os Procons devem aplicar outras medidas de sanções, além da multa, em especial a contrapropaganda, ou seja, o combate da publicidade enganosa ou abusiva. O MPF também visa medidas para o direcionamento do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), disponibilizando mais verbas para Anatel, além de um maior financiamento de ações em defesa do consumidor através desse Fundo.

Alexandre Gavronski, procurador da república do MPF, diz: "A Carta Compromisso surgiu em decorrência de um diagnóstico que realizamos, constatando que os serviços de telefonia carecem de maior qualidade, apresenta os nossos compromissos com o consumidor e as medidas que tomaremos para a melhoria do setor".

Diagnóstico do setor
A Carta Compromisso apresenta um diagnóstico da área de telecomunicações. Dentre outros aspectos, constata que há “retrabalho e desarticulação entre a atuação fiscalizatória dos vários órgãos, instituições e entes de defesa do consumidor, incluída a Anatel”. Além disso, a Anatel e os Procons carecem de estruturas e recursos para o cumprimento de suas atividades, tornando o consumidor mais vulnerável nas relações de consumo.

Em relação às operadoras de telefonia, o documento indica que, algumas vezes, agem com práticas “em contrariedade com a boa fé”, bem como os consumidores estão restritos a serem atendidos por serviços de atendimento aos consumidores (SACs) - terceirizados e com baixa resolutividade, dificultando as rescisões contratuais.
(Fonte: Blip Comunicação)

Justiça brasileira só concluiu 30% dos casos julgados em 2012, diz CNJ

Transcrito do Blog do Diego Casagrande

Posted: 15 Oct 2013 10:42 AM PDT

Os números são do Conselho Nacional de Justiça, e preocupam. Os tribunais brasileiros concluíram apenas 30% dos 92,2 milhões de processos que tramitaram durante o ano de 2012.

Dos 92,2 milhões de processos que tramitaram durante 2012 na justiça brasileira, 28,2 milhões correspondiam a casos novos e o restante já estava pendente de anos anteriores.

Segundo o CNJ, o Poder Judiciário conta com 17.077 magistrados, dos quais 14.410, que representam 84% do efetivo, são juízes de primeira instância. Em 2012, as despesas gerais do Poder Judiciário chegaram a R$ 57,2 bilhões, o equivalente a 1,3% do PIB do país.

A boa notícia é que entre os cinco tribunais considerados de grande porte, o Tribunal de Justiça do Rio Janeiro (TJRJ) e Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) têm índice de eficiência de 100%.

(Fonte: EFE)

Para captar imóveis, profissional deve despertar interesse no cliente


Especialista afirma que corretor de imóveis deve convencer o proprietário que ele é o profissional que vai atender as necessidades durante o negócio.
A captação de um imóvel atualmente é um dos grandes desafios para os profissionais de intermediação imobiliária. Um imóvel bem captado tem grandes chances de ser comercializado em um curto espaço de tempo.

A captação faz o corretor não se tornar dependente de plantões de venda. E o retorno financeiro pode ser muito superior em relação aos corretores que não realizam este serviço. "Se o profissional superar o receio de não saber responder os possíveis questionamentos dos proprietários dos imóveis, buscando informações necessárias e começar a praticar, a captação de imóveis se torna uma rotina costumeira e indispensável no dia a dia do profissional do ramo imobiliário”, explica o corretor de imóveis e especialista em marketing, Rodrigo Barreto, que lançará um livro sobre o tema no dia 21 de outubro, em Brasília (DF).

Embora o corretor não seja vendedor de imóveis, conhecer técnicas de vendas é fundamental. “O produto que o corretor deve vender na captação é ele mesmo. O corretor deve convencer o proprietário do imóvel que ele é o profissional que vai atender as suas necessidades. É mais fácil você se vender do que tentar vender imóveis”,diz.

Uma boa captação de imóveis, com informações organizadas, resulta em sucesso na apresentação e possível venda do imóvel. “O corretor deve conhecer muito bem tudo relacionado ao imóvel para apresentá-lo ao propenso comprador, sendo sincero e prestando todas as informações positivas, negativas, vícios ou qualquer problema que tenha no imóvel. Uma ficha de avaliação contendo o máximo de informação facilitará esse processo", pontua Barreto.

No dia 21, o lançamento do livro "Captação de Imóveis- os segredos que você precisa saber para captar imóveis", ocorrerá no auditório do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal (CRECI-DF), às 19h. O autor também estará presente na Feira do Livro, que ocorrerá em Porto Alegre (RS), no dia 03 de novembro.


Fonte: Redimob / Thatiana Sestrem- Revista Setor Imobiliário 

Corretor de imóveis tem direito aos benefícios da Previdência


De acordo com a Previdência  o Corretor de Imóveis pode se inscrever como contribuinte individual 
A Previdência Social lembra que o profissional pode se inscrever no INSS como contribuinte individual. Nesse caso, o segurado deve contribuir com o equivalente a 20% do total da sua renda mensal, respeitando o teto máximo de R$ 1.561,56. As inscrições podem ser feitas nas agências da Previdência, no site  www.previdenciasocial.gov.br ou pelo PREVFone (0800 780191).

Com a inscrição, o contribuinte individual passa a ter direito a vários tipos de benefícios, como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade.

Fonte: Ministério da Previdência Social 

CHARGE DO PAIXÃO


PINTURA DO DIA - Ruhendes Mädchen (Mulher Inclinada (1751)) de François BOUCHER




Traduzido para o Portugues de Portugal

ANÁLISE

Óleo sobre tela (59cm X 73cm)

Retrato Louise von O'Murphy, a amante mais nova de Louis XV foi pintado em 1752 quando a mesma tinha 14 anos em 1752.

Quinta filha de um oficial irlandês, que se instalara como sapateiro em Ruão. Depois da sua morte, a mãe levou a menina a Paris. Ali atuou como cantora, como a irmã mais velha, Victoire.

Aos catorze anos de idade posou para um famoso retrato nu do artista francês François Boucher, em 1752. Sua beleza logo atraiu a atenção de um dos oficiais de Louis XV, Dominique Guillaume Lebel, que a introduziu na corte como uma das cortesãs reais, logo se tornando uma das favoritas. Deu ao rei, em 1754, uma filha bastarda. 

Alguns autores sustentam que com o rei, também era mãe do General Louis Charles Antoine de Beaufranchet - mas este nasceu em 1757, dois anos após seu casamento com Jacques de Beaufranchet, em novembro de 1755 - após o fim de seu relacionamento real.

Este casamento foi arranjado depois que cometera um erro comum às cortesãs, que foi o de tentar substituir a amante oficial. Por volta de 1754 ela tentou a já antiga favorita do rei, Madame Pompadour, numa estratégia infeliz que resultou em sua rápida queda da corte.

Ficando viúva do conde Beaufranchet, morto na batalha de Rossbach, veio a se casar outras duas vezes: a segunda com François-Nicolas Lenormand, conde de Flaghac, com quem teve uma filha, e pela terceira vez, em 1798 com Louis Philippe Dumont, deputado de Calvados na Convenção Nacional, trinta anos mais novo. Este consórcio durou menos de um ano e terminou em divórcio

Sua vida foi dramatizada por Duncan Sprott em seu romance 1997 Nossa Senhora das batatas.

Diversos artistas produziram cópias deste quadro.

A imagem agora paira no Alte Pinakothek (traduz: Antiga Pinacoteca), em Munique.


François Boucher (1703-1770)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cedo se revelou artista de carreira promissora, embora se creia que o pai não o estimulasse muito na continuação desta actividade.

Biografia
Aos dezessete anos ingressou no ateliê de François  Lemoyne, ficando ali somente três meses, quando começou a trabalhar com Jean-François Cars. Lemoyne e Antoine Watteau foram suas primeiras influências pictóricas. Todos se impressionavam como a técnica e o estilo vigoroso e brilhante do pintor, a quem, três anos mais tarde, foi concedido o prestigioso Prémio de Roma. Embora não conhecendo a Itália, o nome do artista já ecoava pela Europa mais ecléctica. Quatro anos após receber o estimado prémio de incentivo a novos artistas vai finalmente para a Itália, onde tomou contacto directo com o Classicismo. Em Roma começou a estudar e, curiosamente, tal como Peter Paul Rubens, empenhou-se no estudo minucioso dos frescos deMichelângelo na Capela Sistina no Vaticano, em particular, e as obras memoráveis que a Renascença havia deixado para trás. 
A inspiração para o seu trabalho provinha de Antoine Watteau e de Peter Paul Rubens. Das obras de Watteau absorveu a tranquilidade da natureza e de Rubens os volumes, as cores, o estilo solene e perspicaz. No retrato da Madame de Pompadour as duas influências são bastante claras. 

Marquesa de Pompadour era sinónimo de exuberância, exagero, teatralidade, elegância, riqueza, ostentação, requinte e, portanto, do estilo bem rococó. Esta era grande admiradora da arte de Boucher e, é nos retratos desta cortesã francesa onde o artista exibe mais notavelmente o seu verdadeiro estilo. De forma até bastante concisa.

De volta à França, em 1731, foi admitido na Academia Real de Pintura e Escultura. Chegou mesmo a tornar-se reitor da dita academia e director da Real Confecção de tapetes. O que lhe sucedeu foi que tornou-se rapidamente um pintor da moda: em 1765 o Rei, contente com seus serviços, nomeou-o pintor da Corte e pintor da Câmara. A partir desse momento concebeu numerosas obras-primas em que retratava variados membros das cortes francesa e italiana, e até mesmo de famílias reais. Celebrizou o retrato da real 
amante, a Madame de Pompadour, retrato notável hoje exposto na Antiga Pinacoteca de Munique, na Baviera.

Além de pintar, Boucher concretizou figurinos para teatros, tapetes e ficou célebre como decorador. Ajudou na decoração dos palácios de VersaillesFontainebleau e Choisy.

Denotou o seu estilo irresistivelmente sensível e ao mesmo tempo bravo e farto de erotismo, que em nada contrasta com os retratos de odaliscas. Entre estes é de notar Rapariga em repouso. Julga-se que a cara da odalisca a da esposa de Boucher e o traseiro pertence a Madame de Pompadour



No mínimo, curioso... O próprio Diderot acusou Boucher de estar a prostituir a própria esposa.
François Boucher morreu em 1770, em Paris. Ocupava então o cargo de primeiro pintor do rei 
Luís XVI de França. Pintou sobretudo cenas idílicas, povoadas por personagens mitológicos e 
pastores, geralmente em poses sensuais e quase desnudados.
Obras
  • Rinaldo e Armida (Louvre)
  • O Descanso na Fuga para o Egito
  • Diana Saindo do Banho
  • Retrato de Marie-Louise O'Murphy (Pinacoteca Alte)
  • A Visita de Venus a Vulcano
  • Cristo e João Batista quando Crianças
  • Pastorale
  • Naiades e Tritão
  • Triunfo de Vênus
  • Venus Consolando Amor


Rococó
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa "concha", associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais como por exemplo a técnica de incrustação de conchas e pedaços de vidro, usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas. Foi um movimento estético que floresceu na Europa entre o início e o fim do século XVIII, migrando para a América e sobrevivendo em algumas regiões até meados do século XIX.

O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 10,70 como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado no período de Luís XIV

Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra.

Da França, onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, com importantes centros de cultivo na AlemanhaInglaterraÁustria e Itália, com alguma representação também em outros locais, como a Península Ibérica, os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo às Américas.

O rococó é um movimento artístico europeu, que aparece primeiramente na França, entre o barroco e o Arcadismo. Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. Literalmente, o rococó é o barroco levado ao exagero de decoração.


História
A expressão "época das Luzes" é, talvez, a que mais frequentemente se associa ao século XVIII. Século de paz relativa na Europa, marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o Século das Luzes 
começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do Neoclassicismo dominava a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó.

Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais.

O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o século XVIII.

Em Portugal aparece na numismática a cerca de 1726 e prolongou-se até 1790 nos principais domínios artísticos. Na corte e no Sul do país desaparece mais cedo, dando lugar ao neoclassicismo. 

É nas províncias do Norte, particularmente Noroeste, que se encontra a versão mais original do património artístico rococó metropolitano, graças à talha dourada de formas «gordas» de certas igrejas do PortoBragaGuimarães, etc., executada por notáveis artistas na segunda metade do século XVIII  (Fr. José de Santo António VilaçaFrancisco Pereira Campanhã, etc.) e na escultura ganítica, que decora numerosos edifícios religiosos e profanos na área: igreja da Ordem Terceira do Carmo (1758-68) por José Figueiredo Seixas, Capela do Terço (1756-75); em Viana do Castelo, a capela dos Malheiros Reimões, etc.

Os pintores mais representativos foram François BoucherAntoine Watteau e Jean-Honoré Fragonard.

No Brasil o estilo revelou-se tardiamente, pois já no início do século XIX, na escultura de madeira e de «pedra-sabão», na pintura mural e na arquitectura, com José Pereira AroucaFrancisco Xavier de BritoManuel da Costa Ataíde e António Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Características
O rococó tem como principais características:

  • Cores claras;
  • Tons pastel e douramento;
  • Representação da vida profana da aristocracia;
  • Representação de Alegorias;
  • Estilo decorativo;
  • Possui leveza na estrutura das construções;
  • Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
  • Texturas suaves;
  • Hedonismo;