Vocês querem um exemplo de um país errado? Pois não! Sabem quem puxou a criação de empregos no ano passado? O funcionalismo público. Pode-se tentar dourar a pílula aqui e ali, mas o fato é que mais contratou quem não gera riqueza, mas a consome: o estado. A melancolia não é por acaso. Leiam o que vai na VEJA.com.
Na VEJA.com: O Brasil criou 1,49 milhão de vagas líquidas de trabalho em 2013, ou seja, já consideradas as demissões do período. Os dados constam da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), um banco de dados que as empresas são obrigadas a preencher anualmente e enviar ao Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). A diferença entre a Rais e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo MTE mensalmente, é que o primeiro engloba todas as vagas formais, incluindo celetistas (contratados no regime da CLT), estatutários (servidores públicos), temporários e avulsos. Isso significa que a Rais mostra um panorama mais fiel do mercado de trabalho.
O resultado de 2013 mostra que a criação líquida aumentou 29,7% em relação ao ano anterior. Mas, diferente de 2012 e dos anos anteriores, a alta foi garantida pela contratação de servidores públicos de níveis municipal, estadual e federal. Um total de 414,7 mil novas vagas, ou seja, 27,8%, são atribuídas ao setor público. O MTE mostra que, enquanto o emprego formal avançou 3,15% na comparação anual, o funcionalismo cresceu 4,85%. Já o regime celetista teve alta de 2,76%, com a contratação líquida de 1,075 milhão de pessoas. Apesar do avanço no ano passado, o MTE mostrou que se trata do segundo pior resultado em 10 anos, perdendo apenas para o de 2012, quando foram criadas 1,14 milhão de vagas.
O avanço do emprego por setor mostra que, entre os celetistas, a maior criação de emprego ficou em Serviços, com 558,6 mil postos de trabalho líquidos, uma alta de 3,46% em relação a 2012. Em seguia, há o Comércio, com a criação de 284,9 mil empregos. A Indústria de Transformação e a Construção Civil vêm em seguida, com a criação de 144,4 mil e 60,0 mil postos, respectivamente.
No caso da Indústria de transformação, alguns subsetores apresentaram queda do emprego já no ano passado, como a indústria metalúrgica, que cortou 3.646 vagas (queda de 0,44%) e a de calçados, com queda de 6.160 postos (-1,84%).
O marxismo serviu apenas para criar uma forma moderna de totalitarismo com base em uma doutrina contraditória, incoerente e ilusionista, que faz da omissão e da ausência de conhecimentos históricos e doutrinários dos não-comunistas o seu principal fator de força.
"Naturalmente, nós da ANL (Aliança Nacional Libertadora) também devemos e precisamos conspirar. Nós desejamos chegar ao poder; nós sabemos que só quando chegarmos ao poder, instalando o governo social-revolucionário, o governo da ANL, teremos a democracia e a emancipação do nosso país. E ao poder, nós o sabemos, só poderemos chegar pela luta armada, pela luta insurrecional".(Luiz Carlos Prestes, setembro de 1935, fls 80 do livro O Partidão, de Moisés Vinhas, que foi membro do Comitê Central do PCB)
As ações dos partidos comunistas que se apoderaram do poder são coerentes com as teorias de Marx? Essa é uma pergunta que exige reflexão, embora a teoria marxista seja contraditória: diz que na sociedade capitalista quando as forças produtivas tiverem alcançado o pleno desenvolvimento, produzir-se-á um choque violento de classes que conduzirá à revolução socialista e que é necessário que o capitalismo se desenvolva plenamente, pois o socialismo exige a industrialização plena e uma forte classe proletária, capaz de desempenhar o papel de redentora das massas.
Por outro lado, porém, já em 1848, antes, portanto, do capitalismo se desenvolver, Marx e Engels convocaram, no Manifesto do Partido Comunista, a união dos proletários de todos os países para fazerem a revolução - "proletários de todos os países, uni-vos".
Enquanto a teoria previa o advento do socialismo somente após o natural desenvolvimento das forças produtivas na sociedade capitalista, a prática concitava à unidade dos proletários de todo o mundo para a revolução socialista, abstraindo o estado em que se encontravam as forças produtivas na Europa de então.
Para apoderar-se do poder político, diz a teoria, é necessário que um grupo de revolucionários profissionais organize um partido - que necessariamente receberá a denominação de comunista - e que, sob o centralismo democrático, assumirá o papel de vanguarda do proletariado.
Segundo Marx, "a transformação das relações sociais" não surge de "mudanças tecnológicas", mas da "luta de classes". "Na base dessas relações modificadas desenvolve-se um modo de produção especificamente diferente, que cria novas forças produtivas materiais".
Portanto, o que muda primeiro, como resultado da luta de classes, não são as forças produtivas ou os instrumentos de produção, e sim a mentalidade das pessoas, as relações sociais.
Lênin em seu relatório apresentado ao X Congresso do partido (8 a 16 de março de 1921) sublinhou, por sua vez, que "o que é decisivo é a transformação da mentalidade e dos hábitos".
Cerca de 8 anos depois, Stalin em um discurso abordando as questões da política operária na URSS, em 17 de dezembro de 1929, no momento em que era iniciada a política de coletivização em massa no campo, declarou que"será necessário trabalhar muito para refazer o camponês-kolkoziano, para corrigir sua mentalidade individualista e fazer dele um verdadeiro trabalhador da sociedade socialista. E chegaremos mais rápido a isso na medida em que os kolkozes sejam providos de máquinas e tratores..."
É evidente a contradição de Stalin com os escritos de Marx e Lênin, ao considerar que a passagem à coletivização não será resultante da "luta de classes" ou da "transformação das relações sociais", e sim do "emprego de máquinas e tratores" como forma de corrigir a "mentalidade individualista" dos camponeses.
Assim, de acordo com a concepção stalinista, não são os camponeses que se transformam graças à luta de classes, mas são transformados pelas máquinas e tratores.
Antes de assumir o poder, o partido é um ferrenho defensor das reivindicações das amplas massas. Depois de assumir o poder impõe, em nome do proletariado, a ditadura sobre o proletariado.
Se o país possui uma frágil economia, diz-se que é oprimido pelo imperialismo. Assim, os comunistas forjam a aliança da revolução proletária com movimentos de libertação nacional. Isto é, promovem o comunismo à custa do nacionalismo.
Nenhuma pessoa sensata é capaz de opor-se à independência nacional de seu país. Os comunistas, porém, ao se engajarem nessa causa nobre, nada mais fazem do que cumprir a primeira etapa da sua revolução. Tão logo assumem o poder político, hipotecam a independência nacional à União Soviética e ao Movimento Comunista Internacional. Quanto aos nacionalistas sinceros dos movimentos de libertação, basta conhecer um pouco de História para verificar quais têm sido seus destinos, tão logo vitoriosas as revoluções bolcheviques.
O PC utiliza o proletariado como força principal da sua revolução e busca atingir seus fins revolucionários fomentando, em favor do partido, a luta de classes entre o proletariado e a burguesia. Depois essa luta é ampliada, incluindo não apenas o proletariado, mas todos os trabalhadores, e logo a seguir, todo o povo, formando uma ampla frente.
Essa luta entre comunistas e não-comunistas é por eles denominada de luta de classes, conceito que é estendido indefinidamente.
Portanto, não importa se no país-alvo existem ou não uma classe trabalhadora e uma classe capitalista e em que nível se encontram as forças produtivas. Conquanto exista a vanguarda do proletariado - o partido - os comunistas continuarão enterrando os capitalistas em países onde não há capitalismo e a fazer a revolução proletária onde não exista uma classe operária, como na Rússia de 1917.
O Estado, segundo Marx, na ditadura do proletariado se iria enfraquecendo, até desaparecer no comunismo. No entanto, a Resolução Política aprovada na XVI Conferência do PCUS, posteriormente ratificada pelo XVI Congresso (1930), apela para a construção do socialismo, a concentração das forças do partido, da classe operária e, também, à concentração das forças do Estado. Assim, toma força a tese da "revolução pelo alto", expressão que Marx utilizou para descrever a política de Napoleão Bonaparte, executor da revolução de 1789, na França.
A propósito da "revolução pelo alto", consta na História do PCUS, aprovada pelo Comitê Central, que a coletivização forçada, iniciada em 1929, "tinha de original o fato de ter sido realizada pelo alto, sob a iniciativa do poder do Estado" .
Segundo Marx, após a revolução a burguesia seria expropriada e não haveria distinção entre trabalhadores intelectuais e operários.
No entanto, logo em 1920, Lênin estabeleceu a "não-limitação de salários dos técnicos e especialistas", a existência de um diretor único nomeado pelos aparelhos centrais, que seria o único responsável pela direção da empresa, bem como a "autonomia financeira", que permitiria à empresa dispor de uma parte de seus lucros.
Desenvolveu-se assim, menos de três anos da revolução bolchevique, uma nova burguesia, a Nomenklatura, nas empresas do Estado e do partido. Essa burguesia é de um novo tipo, pois embora não disponha da propriedade jurídica privada, nada a impede de dispor, de fato, dos meios de produção.
Para apoderar-se do poder político, os comunistas, historicamente, participam primeiro de um governo de coalizão e, como integrantes desse governo o paralisam e forjam contradições insanáveis, até assumirem o poder total. O novo regime passará a culpar, então, o imperialismo pela sua incompetência, e a retribuir, com apoio material e político, o auxílio recebido de organizações revolucionárias e mesmo de governos de países vizinhos, como ocorreu, por exemplo, na década de 80 com o regime sandinista, na Nicarágua.
Sob o manto do internacionalismo proletário a União Soviética sufocou as revoltas populares na Hungria, Polônia, RDA e Checoslováquia. Depois, fez o mesmo no Afeganistão. A China invadiu o Vietnam, e o Vietnam, por sua vez, anexou o Laos...
O social-imperialismo, o expansionismo armado, a subversão, a agressão e a anexação sempre foram palavras-de-ordem estratégicas do bloco comunista, que apesar de repudiado pela sua população, nas ruas, não desistiu de pintar de vermelho o mapa-mundi.
O marxismo sempre afirmou que a maior contradição de nossa época é a que existe entre o socialismo e o imperialismo e não se cansa de proclamar a força do campo socialista, da classe trabalhadora e do nacionalismo, afirmando que essas são as três grandes forças revolucionárias: o movimento comunista internacional, o movimento operário nos países capitalistas desenvolvidos e os movimentos populares de libertação nos países coloniais.
A estratégia comunista de promoção da revolução mundial é conhecida, mas recordá-la não faz mal a ninguém: consiste em criar um ambiente internacional favorável aos comunistas e aumentar o seu poderio econômico e militar para apoiar e sustentar mais eficientemente os movimentos revolucionários em todo o mundo.
Finalmente, o que hoje se observa é que o marxismo que, segundo seu criador, constituiria a sociedade sem classes, serviu apenas para criar uma forma moderna de totalitarismo com base em uma doutrina contraditória, incoerente e ilusionista, mas que, apesar disso, faz da omissão e da ausência de conhecimentos históricos e doutrinários dos não-comunistas o seu principal fator de força.
Norberto Bobbio, marxista italiano escreveu em seu livro Qual Socialismo?, editora Paz e Terra, 1983, que "o problema da conquista do poder pelo movimento operário seja a condição preliminar para a destruição da sociedade capitalista e para a instauração de uma sociedade diferente, fundada sobre a coletivização dos meios de produção, pode ser considerado ponto pacífico.
O que não é, de forma alguma, pacífico, depois do que ocorreu na União Soviética e nos países onde o socialismo foi importado do exterior, é que o problema da conquista do poder passe a ser isolado completamente do problema do seu exercício ou, em outras palavras, pelo modo pelo qual o poder é conquistado nada tenha a ver com o modo como será, em seguida, exercido.
Transferir para depois da conquista do poder o problema do Estado, da organização estatal, produziu o seguinte efeito: o partido, para o qual se voltaram todas as atenções como órgão de tomada do poder, terminou por tornar-se, ele mesmo, o Estado".
O desespero bate à porta dos petistas e desaninha os tucanos. Dilma Rousseff é ainda mais candidata a perder a reeleição. As pesquisas iniciais, post mortem de Eduardo Campos, já são fúnebres para a Presidenta. A Datafolha já indica que, nas condições atuais, em eventual segundo turno, Dilma perderia para a “viúva” Marina: 47% a 43%. Um dado agravante: Dilma tem 34% de rejeição. Aécio (18%) e Marina apenas 11%. A dúvida agora é se Marina, turbinada pela comoção gerada pela morte de Eduardo, vai se sustentar. A pesquisa indica que Marina entra na disputa com 21% - empatada tecnicamente com Aécio Neves (20%). Dilma continua liderando com 36%. Porém, o dado mais preocupante do levantamento para os petistas é a tendência derrotista de Dilma – caindo mais que avião... Além disso, a entrada de Marina na disputa afasta aquela esperança de vitória petista no primeiro turno. O único consolo para o petismo é que, em um eventual segundo turno contra Aécio, Dilma venceria por 47 a 39%. A forçada saída de cena de Eduardo Campos atrapalhou Dilma e, na prática, prejudicou Aécio – que não consegue decolar com facilidade. Em tese, Aécio seria o beneficiado, se conseguisse polarizar com Dilma. Curiosamente, quem tende a conseguir isso é Marina – uma política de discurso pseudoteista ecológico, sempre radical chic e que tem DNA petista. Ou seja, nesta reeleição, o nazipetralhismo parece brigar contra si mesmo e suas variações. A “oposição” funciona bem como um jatinho estolando... Agora, vai começar a temporada de caça a Marina Silva. Os petistas apostam que ela não aguentará as pancadas. Os tucanos, perdidos, parecem mais para pombo do que para falcão... Enfim, o jogo eleitoral está recomeçando... Apelando ao Tio Sam
Finalmente, apareceu uma alternativa para turbinar as investigações relativas ao cartel do metrô de São Paulo. Havendo disposição política, poderão matar dois coelhos de uma só cajadada. Não só poderão apurar profundamente os ilícitos que originaram a CPMI como também mandarão o mais ameaçador recado às transnacionais que praticam o maior dos crimes contra a economia popular: não formem cartéis para explorarem o consumidor brasileiro porque vocês serão investigados também pelas temíveis autoridades norte-americanas.
Basta que os petistas – que vivem esbravejando que querem ir fundo na apuração dos fatos (o que, segundo eles, atingirá fortemente as administrações tucanas) – exijam o cumprimento do Acordo Brasil-EUA cujo objetivo é a colaboração das autoridades econômicas das duas partes. O probleminha é que, se por acaso tiverem coragem para tal ato, os petistas também podem se complicar. A turma do Tio Sam, que sabe de tudo sobre os negócios deles com a administração pública, também pode revelar um oceano de escândalos na CPI da Petrobras.
Novamente, quem dá esse caminho das pedras é o engenheiro João Vinhosa, antipetista que já teve inúmeros artigos sobre o assunto publicados no Alerta Total. A seguir, a íntegra da carta encaminhada por Vinhosa ao embaixador dos EUA nesta segunda-feira (18):
Senhor Embaixador dos EUA,
Recentemente, o Congresso Nacional instalou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de investigar o “Cartel do Metrô de São Paulo”.
Formado por diversas transnacionais (Alstom, Siemens, Bombardier, etc.), referido cartel tem sido investigado por vários órgãos, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Além disso, o Ministério Público de São Paulo, já denunciou o caso à Justiça, envolvendo 30 executivos de 12 empresas.
Acontece, Excelência, que o crime de formação de cartel já mereceu uma especial atenção dos governos do Brasil e dos Estados Unidos da América. A atenção foi tanta que os dois países chegaram a firmar um Acordo objetivando a cooperação de suas autoridades de defesa econômica para combater tal tipo de crime. Tal Acordo foi promulgado pelo Decreto nº 4702, de 21 de maio de 2003, e ainda se encontra em vigor.
Relativamente à troca de informações entre as partes, o Acordo é categórico: uma parte se compromete a notificar a outra sobre investigações que estiver realizando contra cartéis cujos integrantes atuem nos dois países. Assim, diante da existência de citado compromisso formal, lícito torna-se supor que o Brasil já notificou os EUA sobre as investigações aqui realizadas contra o Cartel do Metrô de São Paulo. Porém, tal suposição pode não ser correta. Afinal, não dá para ser desconsiderado um forte fator complicador: as desencontradas interpretações feitas por nossos operadores de direito sobre o compromisso de notificar previsto no artigo II do Acordo.
Para melhor avaliar o entendimento das autoridades brasileiras a respeito do compromisso de notificar previsto no Acordo, será apresentado a seguir um breve histórico do acontecido no caso do “Cartel do Oxigênio”, que, assim como o Cartel do Metrô, é integrado por diversas transnacionais que atuam tanto no Brasil como nos Estados Unidos.
No final de 2004, a Procuradoria Geral da República (PGR) instaurou um processo para apurar denúncia segundo a qual – por não notificar as autoridades norte-americanas a respeito das investigações aqui realizadas sobre o “Cartel do Oxigênio” – o Brasil estava descumprindo o Acordo.
O Relator de citado processo, Procurador Pedro Nicolau Moura Sacco, decidiu arquivá-lo, afirmando que, segundo o Acordo, a notificação era incabível. Foi a seguinte a interpretação do Procurador Pedro Nicolau: “O tratado apenas obriga as partes soberanas a notificarem uma à outra a respeito de investigações que coletem indícios de que os cartéis apurados também atuam no território da contraparte”.
Diante de referida decisão, foi interposto Recurso à PGR. Tal Recurso foi indeferido em abril de 2010, homologando-se o arquivamento, conforme proposto no Voto do Subprocurador-Geral da República Paulo de Tarso Braz Lucas, que entendeu “não merecer reparo o despacho de arquivamento”.
Em abril de 2011, o entendimento da PGR (as investigações realizadas no Brasil sobre um determinado cartel só têm que ser notificadas às autoridades norte-americanas se forem coletados indícios que seus integrantes também praticam o mesmo crime nos Estados Unidos) foi submetido à apreciação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dando origem ao processo OAB 2011.18.03263-01.
O Relator do processo Welber Oliveira Barral, em seu voto, cometeu um erro impressionante: partiu da falsa premissa segundo a qual a denúncia havia sido baseada em um irrelevante caso ocorrido em “licitações realizadas por dois hospitais localizados em Brasília”. E tal falsa premissa levou à falsa conclusão segundo a qual as investigações não eram relevantes para as autoridades norte-americanas.
Segundo Barral, por terem nossas autoridades determinado que as investigações sobre o Cartel do Oxigênio não eram relevantes para os EUA, a notificação só seria obrigatória se ficasse comprovado que integrantes do cartel estavam praticando o mesmo crime em território norte-americano. E devido ao fato de as investigações aqui realizadas não terem coletado indícios da prática de cartel nos EUA, a notificação foi considerada incabível por nossas autoridades, o que foi avalizado pelo relator Barral no âmbito da OAB.
Em Recurso interposto junto à OAB, ficou comprovado, de maneira absolutamente inequívoca, que a denúncia não tinha nada a ver com os citados “dois hospitais localizados em Brasília”; ela era muito mais ampla, e era da maior importância para os EUA.
O relator do Recurso, Cezar Britto, sequer contestou qualquer das onze razões apresentadas para comprovar que as investigações aqui realizadas eram da maior relevância para os EUA. Ele usou uma terceira e diferente razão para justificar a “não notificação”: o desinteresse dos EUA em ser notificado.
Ao indeferir o Recurso, o relator Britto afirmou que as autoridades norte-americanas estavam cientes do Cartel do Oxigênio, e “mesmo cientes de tais fatos, essas autoridades decidiram por não solicitar qualquer esclarecimento ou informação sobre o caso através de uma consulta. Adotar entendimento divergente do adotado pelo próprio Estado estrangeiro interessado em ser, quando cabível, notificado, não faria sentido”.
Excelentíssimo Embaixador, ninguém pode ter qualquer dúvida sobre a gravidade da afirmativa do relator Cezar Britto. O desinteresse das autoridades norte-americanas em informações sobre o “Cartel do Oxigênio” é altamente suspeito. Não devemos nos esquecer que os valores financeiros envolvidos são gigantescos, e “ter autoridade corrupta” não é exclusividade do Brasil.
Como não se interessar, considerando que as transnacionais integrantes do cartel e suas controladoras dominam, além do mercado brasileiro, os mercados dos EUA e mundial?
Como não se interessar, considerando que duas das quatro transnacionais envolvidas são de capital norte-americano?
Como não se interessar, considerando que o fato de tais transnacionais e suas controladoras já terem sido processadas e condenadas na União Européia, na Argentina e no Chile permite inferir que é altamente possível e, até mesmo, provável que tais empresas também estejam atuando de forma cartelizada em território norte-americano?
Como não se interessar, considerando que, por sua participação no “Cartel do Oxigênio”, a líder do mercado brasileiro – cuja totalidade de quotas pertence à norte-americana Praxair Inc. – recebeu a incrível multa de R$ 2,2 bilhões?
Como não se interessar, considerando que há uma inegável evidência da harmonia de procedimentos da Praxair Inc. e sua controlada no Brasil? O mais evidente exemplo é a ascensão funcional do Vice-Presidente Executivo da Praxair Inc nos EUA, Ricardo Malfitano: ele iniciou sua carreira na controlada brasileira, trabalhou algum tempo na Praxair nos EUA, retornou ao Brasil como Diretor da controlada brasileira, voltou para os EUA como Presidente da Praxair – New York, retornou ao Brasil como Presidente da controlada brasileira, deixando tal cargo para ocupar a posição de Vice-Presidente Executivo da Praxair nos EUA.
Como não se interessar, considerando que empresas controladas por grupos norte-americanos foram condenadas por participarem de um cartel que pratica, entre outros, o hediondo crime de fraudar licitações públicas para superfaturar contra os miseráveis hospitais públicos brasileiros?
Ante a realidade acima exposta, Senhor Embaixador, venho solicitar que, pondo a autoridade de seu cargo em defesa da reputação das autoridades norte-americanas e dos consumidores dos dois países parceiros no Acordo, encaminhe cópia desta carta às autoridades de defesa da concorrência que representam os Estados Unidos da América no Acordo, a saber: o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio.
Cumpre esclarecer, nesta altura, que, cópia desta carta será formalmente encaminhada ao Procurador Geral da República Rodrigo Janot, ao Presidente da OAB Marcus Vinicius Coelho, ao Ministro Marco Aurélio Mello (relator do processo do Cartel do Metrô de São Paulo no STF), ao Promotor Marcelo Mendroni (responsável pelo caso no Ministério Público de São Paulo) e ao relator da CPMI no Congresso Nacional.
Finalizando, Excelência, informo que as controversas interpretações da PGR e da OAB foram categoricamente criticadas em dezembro de 2013 por meio do vídeo intitulado “O cartel do metrô de São Paulo e o Acordo Brasil-EUA para combater cartéis”, que foi dividido em duas partes, e tem seus links apresentados a seguir.
Pegou mal a foto dos três filhos mais velhos do Eduardo Campos fazendo aquele sinal do punho esquerdo cerrado, socando o ar para o alto, dos comuno-fascistas... Ficou mais grave a simbologia do gesto - que já tinha sido feito por José Genoíno e José Dirceu quando foram presos pelo Mensalão – porque os jovens vestiam uma camisa amarela, com a frase que seria um jargão do falecido Eduardo na campanha: “Não vamos desistir do Brasil”... Tudo indica que a velha esquerda caviar – e os petralhas de canhota – não desistirão mesmo... Petistas não têm jeito... Antes da morte do Eduardo Campos, a companheira Marina era até tolerada pelos petistas. Desde que a viúva verde herdou o posto do falecido, os “companheiros” de ontem agora começam a meter o pau nela, encontrando mais defeitos na Marina que a turma do agronegócio que a detesta... A sugestão é que, na campanha, Marina olhe para os 13 lados antes de atravessar a rua, só viaje de avião de carreira... Hipocrisia política no velório
Editorial do Jornal do Brasil on Line resume bem a farsa da politicagem encenada ontem no velório e sepultamento de Eduardo Campos, em Recife:
A hipocrisia política atormenta a cabeça do povo brasileiro. O acidente que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos realmente faz com que a solidariedade humana seja indispensável. Não faz, contudo, com que seja indispensável também a hipocrisia política. O que se vê no velório do ex-governador chega a ser hilariante.
Opositores eternos de Campos, homens que fizeram campanhas violentas e ataques ferozes contra ele, no cenário nacional e no próprio estado de Pernambuco, homens que não o aceitavam como ministro do governo Lula e Dilma, hoje, estão ao lado do caixão e da família do político, como se fossem históricos amigos ou simpatizantes de Eduardo Campos.
O sepultamento e o velório são sagrados, momentos em que têm que imperar o respeito e o sentimento. Um tipo de solidariedade que sirva de publicidade pela imprensa ou como faturamento político é abominável. Se a solidariedade, de arrependimento ou reconhecimento, daqueles que sempre foram seus opositores realmente tiver que acontecer, que seja na intimidade sigilosa para que possa ser respeitada.
Esses que neste momento de dor, fundamentalmente da família - mãe, filhos, mulher e verdadeiros amigos -, tentam se aproveitar merecem do povo brasileiro desprezo e nojo.
Morto muito vivo... Já que o negócio é apelar para os falecidos, que tal relembrar o imortal João Ubaldo Ribeiro falando mal do Lula e da Dilma no programa Roda Viva? Nome sempre ideal
Piadistas maranhenses, com o apoio dos companheiros petistas bem humorados, já lançam a proposta de José Sarney para vice de Marina Silva... A primeira vantagem é que o cabra Sarney é imortal... A segunda é que, se a cabeça de chapa cantar para subir, Sarney já está treinado como vice prontinho para assumir a Presidência... Hipertraumatizada
Nada mais cômodo para o racista politicamente correto, que quer praticar seu racismo na frente de todo mundo, mas não quer correr nenhum risco legal ou social com isso, do que uma tragédia como a que aconteceu durante o último mês nessa infeliz Faixa de Gaza. Foi uma grande oportunidade para o crime perfeito. Como o Exército de Israel despejou sobre Gaza foguetes que destroem tudo o que encontram pela frente, incluindo gente de carne e osso, contra um restinho de terra onde 1,7 milhão de pessoas se apertam num miserável espaço de 360 quilômetros quadrados, só poderia haver um resultado: sangue, lágrimas, crianças mortas e feridas, hospitais e escolas que viram entulho, ruínas e todas as desgraças da guerra. As cenas desse horror aparecem todos os dias. Quem pode aprovar as imagens de pais e mães em desespero, carregando nos braços seus filhos ensanguentados? Ninguém que tenha um grama de compaixão dentro da alma. Entra rapidamente em cena, a essa altura, o praticante do racismo seguro: enfia-se na armadura moral fornecida pelo sofrimento dos inocentes, e dentro dela, com toda a segurança e conforto, põe para fora suas secretas convicções raciais contra os judeus.
É claro que muitas pessoas bem-intencionadas podem manifestar sua indignação ética e política contra o bombardeio de Gaza e, ao mesmo tempo, não carregar dentro de si nenhum traço de antissemitismo; espera-se, até, que sejam a maioria dos que criticam Israel no momento. Mas também é 100% certo que o ódio contra os judeus, seja de altos teores, seja nas modalidades light, aproveitou o escudo oferecido pelos foguetes israelenses para mostrar a sua cara no Brasil e no mundo. Trata-se de sentimentos que estão aí há 2 000 anos; podem estar anestesiados, mesmo porque não são aceitos nas sociedades democráticas, mas não vão embora. No caso, sua existência fica comprovada pela prática aberta do preconceito – antes de examinarem qualquer fato, ou admitirem que a tragédia de Gaza tem mais de um lado, os antissemitas escondidos no armário vêm para fora afirmando que Israel está empenhado em exterminar fisicamente a população palestina em sua fronteira. Atribuem aos judeus, historicamente perseguidos, a conveniente posição de agressores cujo objetivo estratégico seria sobreviver à custa de um “genocídio”.
Isso é simplesmente falso, a começar pelo fato de que genocídio é outra coisa. É possível, sem dúvida, ter simpatia pela gente eternamente sofrida da paupérrima Faixa de Gaza – mas quem se sente assim não tem o direito de ignorar a verdade dos fatos e das realidades. O problema começa com a recusa de pensar por cinco minutos numa evidência pouco mencionada, mas indiscutível: a tragédia de Gaza só existe porque se disputa ali uma guerra, atividade que exige no mínimo duas partes. Como se sabe perfeitamente, não há guerras boas, ou justas, ou éticas, ou criteriosas, ou “proporcionais”, como gostaria a presidente Dilma Rousseff. De que jeito pensar em bons modos numa guerra, quando a sua meta principal é a prática do homicídio? Guerras exigem que os combatentes cometam assassinatos, por mais legais que sejam considerados; eles recebem ordens superiores para matar, e são obrigados a obedecê-las, sob pena de acabarem numa corte marcial. Aliás, quanto mais seres humanos matarem, melhor – vão receber medalhas, promoções e diploma de heróis da pátria. Que moralidade pode haver diante dessa insânia?
É excluído da discussão, também, o fato de que Israel está em guerra com os palestinos de Gaza porque responde aos ataques sistemáticos de foguetes lançados a esmo contra seu território. Não é sua culpa se, por defender-se com mais competência, mata 2 000 inimigos e suas baixas ficam limitadas a cinquenta ou sessenta pessoas. Qual a alternativa? Matar seus próprios cidadãos para equilibrar a conta, já que o comando palestino não consegue fazer isso? Recusar-se a responder à agressão também não é uma alternativa – nem evitar a morte de civis do outro lado, num território sessenta vezes menor que o de Sergipe e onde os chefes usam hospitais e escolas como arsenais, com o único propósito de transformá-los em alvos militares e gerar as imagens que chocam todo o mundo. Não se sabe, enfim, como os judeus poderiam esperar uma negociação, quando o outro lado exige a extinção do Estado de Israel para baixar as armas – aberração que muitos dos indignados com o desastre de Gaza insistem que os judeus deveriam aceitar para que se obtenha a paz.
Sabem que não pode dar certo nunca. É isso mesmo que esperam.
Internet é isto mesmo: um território livre onde se trocam informações, críticas e insultos. É raro uma pessoa pública nela encontrar apenas elogios. E raro um texto sobre ela que não desperte comentários sacanas. Wikipédias, desciclopédias, com informações truncadas, dizem o que querem e, se as pessoas acreditassem firmemente no que leem na rede, ficariam paralisadas caso encontrassem um personagem dos verbetes, o médico e monstro. Suas reações seriam como as de Alec Guines no Dr. Strangelove, de Stanley Kubrick: os gestos desmentiriam as palavras, o abraço se transfiguraria num soco, e vice-versa.
Num prefácio para o livro do treinador Rômulo Noronha sugeri a natação como uma das táticas para enfrentar comentários negativos. Você os lê, mergulha e, nos primeiros cem metros, começa a achar que não foram tão graves assim. Nos 400 metros, já admite que talvez possam ajudar você de alguma forma, na autocompreensão ou na aceitação do mundo.
Algo muito grave acontece quando os ataques nascem num computador do Palácio do Planalto, sede do governo federal. É o caso das inserções feitas na biografia dos jornalistas Carlos Sardenberg e Miriam Leitão.
Como sempre, o governo reagiu, a princípio, dizendo que era difícil rastrear a origem das notas, os dados foram desmanchados – a mesma tática usada para as gravações das câmeras naquele problema de Dilma Rousseff com uma diretora da Receita Federal. A segunda explicação também é clássica: o Wi-Fi do Planalto é usado por visitantes, pode ter sido alguém de fora – de preferência, da oposição.
Às vezes paro para pensar: por que o PT faz tanto mal a si próprio? Deixo o campo estritamente moral para raciocinar apenas de uma forma política. O caso do Santander é típico: uma nota realista sobre o comportamento do mercado provocou uma grande reação, sua autora foi demitida e o banco, forçado a se derreter em desculpas.
O mercado deve ser livre para fazer suas previsões. E arcar com as consequências. O mercado tinha uma visão negativa no primeiro mandato de Lula. E errou, pois o País iniciou um processo de crescimento.
A pressão contra o Santander, além de sugerir censura, amplificou a análise do banco, que em outras circunstâncias ficaria restrita aos clientes especiais. Assim mesmo, aos que se orientam politicamente por cartas bancárias. O governo conseguiu transformar uma simples análise num debate nacional, o que era um consenso entre analistas de mercado se tornou uma consistente crítica à política econômica de Dilma.
A julgar pelo digitador do Palácio do Planalto, as coisas estão pegando aí, na política econômica: os dois jornalistas atingidos são críticos das medidas do governo com base nas evidências.
No universo político, a artilharia sempre foi comandada pelos blogueiros mantidos por empresas do Estado. Eles cuidam de nos combater com dinheiro público e racionalizam essa anomalia com a tese de que uma verba muito maior é usada pelos meios de comunicação que criticam o governo.
Os intelectuais dissidentes em Cuba dão de barato que o governo os vigia, os boicota e promove campanhas para assassinar sua reputação. Mas é uma ditadura.
Num país democrático, essas práticas, além de condenáveis, não são eficazes. Todo este universo de rancor acaba se voltando contra os agressores, que, como dizem os orientais, sempre se desequilibram no ataque. Os nove jornalistas atacados, nominalmente, por um dirigente do PT tiveram a solidariedade internacional, uma nota de apoio da organização Repórteres sem Fronteiras.
O PT sabe que existe um nível de rejeição ao partido nas grandes cidades – em Vitória os petistas já não usam estrelas e bandeiras vermelhas, talvez nem barba. O que parece não perceber é como seus movimentos autoritários aumentam a rejeição. É como se um partido abrisse mão de seduzir e se focasse apenas em intimidar.
Esse é um jogo muito perigoso. Em primeiro lugar, porque há muitos homens e mulheres que não se intimidam. Em segundo, porque envenena uma atmosfera que já é medíocre com atos de campanha sem graça, muitos bebês no colo, Dilma comendo cachorro-quente. Come cachorro-quente, pequena. Olha que não há mais metafísica no mundo, senão cachorro-quente.
O PT conseguiu construir uma linguagem própria. O verbete aloprado é um descoberta para se distanciar de seus combatentes da guerra suja. Digo com conhecimento de causa. Depois das eleições de 2006, interroguei todos os chamados aloprados. Era estranho que aloprados tivessem coletado mais de R$ 1 milhão. Mais estranha, ao longo dos interrogatórios, a recusa em responder, a frieza matemática em usar os mecanismos legais em sua defesa. Aloprados?
Se um dia aparecer o aloprado do computador do Planalto, observem como se esquiva, como é difícil achar nele algum traço que o defina como aloprado, como resiste às provocações. Ele é resultado de uma cultura que domina a política brasileira desde 1992. A constante tentativa de liquidar o outro é uma arma típica de ditaduras. Infelizmente, para uma grande parte da esquerda, a democracia ainda não é um valor estratégico.
Não sei qual será o resultado das eleições. Mas acho que o PT faz tudo para merecer uma derrota, algo que lhe dê pelo menos a chance de refletir sobre o período sombrio que acabou instalando no Brasil.
Uma força verdadeiramente democrática, à esquerda, seria boa para o futuro.
Será que é preciso que Cuba desmorone, que a Venezuela fracasse mais claramente, para que os petistas se convençam de que esse não é o caminho?
Sei que assim procedendo me exponho ao Twitter de todos vocês. Mas é preciso combater essa cultura de ressentimento e mediocridade que leva um digitador do Palácio do Planalto a dedicar sua tarde ao ataque a jornalistas na Wikipédia.
Não é um aloprado, mas um caso extremo e talvez cristalino: revela, em toda a sua profundeza, o abismo em que nos lançaram.
Artigo publicado no jornal O Estadão em 15/08/2014
Num dancing é mais difícil pela chuva ácida dos reflexos, íris hipnótica e sentidos desfolhados na viagem circular absoluta pela pista. Mas o século 21 preservou ainda as bibliotecas, sistema de sistemas que nos permite pressupor que em sua bolsa convivam, como dois faunos se encarando, Lancôme e La Celestina. Mas bibliotecas são também esforços infinitos, fluxos imparáveis, luminescentes, olhos em zig-zag, vibração de mãos pousando em páginas antigas, com mandíbulas de bolor, e todos os relâmpagos que há nisso. Um derradeiro "motivo" seria o da Jovem Em Um Carro Veloz Falando Ao Celular; clausura móvel onde soletrar palavras de amor e perder tudo, manipular as intermitências do desejo (e perder tudo), imolar violetas retardatárias. O planeta também imola seus retardatários. Entre operários na calçada, no frio, aguardando a sirene da mudança de turno? Talvez, talvez. De certo modo ela se parece cada vez mais com o que escreveu o seu poeta favorito: "Piccolo, sempre piú piccolo. Pigmeo, sempre piú pigmeo." Por isso nem dancings, nem bibliotecas nos bastam. Nem a balada do automóvel insone. Isso, e nem a cama alta onde agora, contudo, sorri esse shakespeariano animal que logo existe.
Carlos Eduardo Barbosa de Azevedo, ouCarlito Azevedo (Rio de Janeiro, 4 de julho de 1961) - Além de poeta, é crítico literário e editor da revista de poesia Inimigo Rumor. Com seu livro de estreia, Collapsus linguae, ganhou o Prêmio Jabuti. Publicou também As banhistas, Sob a noite física e a antologia Sublunar, que recebeu o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional. Publicou recentemente Monodrama.
Vai viajar de carro no interior do brasil? Não passe pelas terras dos índios… petralhas.
Eita pedagiozinho caro e sem nenhum amparo legal. Como diria nossa governanta: E o governo não faz nada!
Não é lenda interiorana. Gravado no local e disponibilizado no youtube. Cinegrafista pagando 100 reais para ir, depois mais 100 reais para voltar, numa estrada asfaltada com o dinheiro da viúva…
Alô, ministro da juspiça petralha, tá fazendo oque?
Há pouco mais de um ano eu havia postado um artigo informando sobre vantagens das gravações telefônicas. Agora, temos mais uma novidade: os e-mails também podem servir como prova judicial.
A utilização da gravação telefônica se tornou muito comum no meu dia-a-dia, pois passei a me beneficiar dessa ferramenta tecnológica. Em determinadas situações, por impossibilidade de anotar algumas informações ou recados importantes, recorro aos áudios para, em momento oportuno, fazer as devidas anotações e registros.
Além da facilidade apresentada acima, a gravação de conversas telefônicas podem servir de prova em favor de quem a executa, quando não expõem informação sigilosa ou invasiva do interlocutor que não tem ciência da gravação. Ou seja, em alguns casos, a justiça vem reconhecendo como prova lícita, a gravação telefônica, mesmo quando um dos interlocutores não sabe que sua conversa está sendo gravada.
A gravação de conversas, realizada por um dos interlocutores, pode ser utilizado como prova em favor de quem a efetua, conquanto não diga respeito a conteúdo sigiloso ou invasivo da intimidade daquele que não tem ciência do expediente. Dito de outro modo, “a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação não é considerada prova ilícita” (STF, AI 578.858 AgR/RS. Rel. Min. Ellen Gracie). Na espécie, as conversas relatadas apenas dizem respeito ao negócio jurídico que pretende o recorrente fazer prova, o que encerra sua admissibilidade. A simples autorização de venda autoriza a cobrança de comissão de corretagem, desde que evidenciado que o corretor de algum modo participou efetivamente do negócio, aproximando as partes. No caso, sem olvidar que a venda do imóvel ocorreu com intervalo superior a três anos, e por valor significativamente superior ao inicialmente autorizado ao recorrente, não foi demonstrada a efetiva participação no negócio, senão em sua fase inicial, nos termos da autorização então conferida. De outro vértice, a ausência de exclusividade na venda não inibe o proprietário de fazê-lo diretamente ou por interposta pessoa que não o nominado corretor, hipótese em que não é devida a comissão (STJ, Resp 555.929/RS, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito).
Recentemente, precisamente no dia 22 de agosto de 2013, foi publicada decisão do TST – Tribunal Superior do Trabalho – confirmando validade de e-mails como valor de prova maior que depoimentos testemunhais, melhor descrito no link que segue:http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/turma-confirma-validade-de-e-mails-em-detrimento-de-prova-testemunhal. Essa decisão se deu na área trabalhista, mas já é um avanço. Por isso, se um cliente entrar em contato interessado em visitar um determinado imóvel disponível à venda ou locação, solicite que envie e-mail informando horário, dia e localização do imóvel e, em seguida, você responderá o e-mail confirmando ou reagendando visita. Lembro, mais uma vez, que é de suma importância que o corretor possua autorização de anúncio do imóvel, termos de visita assinados pelos clientes que visitaram o imóvel. Mas, mesmo tendo todas essas precauções, por vezes, surgem proprietários ou compradores de imóveis que tentam encontrar algum percurso diferente para se livrarem do compromisso firmado com o corretor.
Assim, a gravação telefônica e e-mails podem servir como prova de que o corretor teve participação direta numa possível negociação.
Diretor Comercial da Baroli Imóveis, Administrador de Empresas, habilitado em Marketing (nível superior), Corretor de Imóveis e Membro: NAR of Realtors® USA (Corretor de Imóveis Internacional).