sábado, 15 de setembro de 2012

MENSALÃO: ministros do Supremo podem transformar-se em referências morais num país sem os Grandes Brasileiros de outrora



O ministro Joaquim Barbosa (na foto, tendo à sua esquerda a ministra Cármen Lúcia) como figura-símbolo: novas referências morais numa terra de ninguém? (Foto: José Cruz / Agência Brasil)
Amigas e amigos do blog, talvez alguns de vocês ainda não saibam, mas ministros do Supremo Tribunal Federal — que como regra geral levam vidas discretíssimas, e dos quais a esmagadora maioria da população ignora até os nomes – vêm sendo reconhecidos e aplaudidos em restaurantes, shopping centers e parques públicos em Brasília. A começar, pelo que se poderia prever, pelo severo relator do caso, ministro Joaquim Barbosa.
O vento purificador que, até agora, vem soprando desde o Supremo Tribunal Federal no trato implacável que a maioria de seus ministros tem conferido ao processo do mensalão faz sentir seus efeitos.
Repito, para alguns leitores apressados: A MAIORIA de seus ministros. Não todos.
O país melhorou, mas ainda chafurda na miséria moral da impunidade
Não sei como terminará o julgamento. Ainda falta muita coisa — muitas acusações a serem comprovadas, muitos réus a serem escrutinados, muitas horas de trabalho dos ministros.
Mas, sem querer parecer otimista, ouso dizer que uma condenação rigorosa de altos figurões da República, como se esboça, possa ser um divisor de águas num país que há décadas vem melhorando em quase todos os setores, em quase todos os indicadores sociais e econômicos — mas que ainda chafurda na miséria moral da impunidade dos poderosos, no escárnio dos que roubam o dinheiro público, na empáfia de quem frauda e assalta o alheio sorrindo, de gente capaz de falsificar remédio para câncer a fim de ganhar dinheiro sabendo que não vai para a cadeia, ou de matar pelas costas uma ex-namorada, ser réu confesso e ainda assim, com advogadões, conseguir permanecer dez anos em liberdade após ser condenado antes de, finalmente, ser encerrado numa cela.
Sobral Pinto, Dom Paulo Evaristo Arns, e Dr. Ulysses Guimarães
Não temos mais figuras do porte de um Sobral Pinto, de um Dom Paulo Evaristo Arns -- vivo, mas doente -- ou de um Doutor Ulysses Guimarães
O país melhorou em muita coisa, e seria um absurdo negar. Na vida pública, no terreno moral, porém, estamos numa terra de ninguém, no rés-do-chão — e sem que milhões e milhões de brasileiros de bem tenham quem olhar para cima como exemplo.
Onde estão os Sobral Pinto, os Doutor Ulysses, os Dom Paulo Evaristo, os Raymundo Faoro de hoje?
Foi-se o tempo em que um brado libertário do advogado Sobral Pinto, solene e grave em seus inevitáveis trajes negros, uma invectiva do católico fervoroso que defendeu sem cobrar o líder comunista Luiz Carlos Prestes, fazia tremer os canalhas, era capaz (como diria Nelson Rodrigues) de derrubar Bastilhas e decapitar Marias Antonietas e acendia esperanças no coração dos que desejavam justiça.
Não temos mais um Doutor Ulysses Guimarães — o Doutor Ulysses Guimarães “Senhor Diretas”, não o político do PMDB — para, desarmado, desafiar os cães da ditadura militar, fulminar, com um discurso, os Três Patetas da junta militar que usurpou o poder, ou comparar o general Ernesto Geisel a Idi Amin.
Nem tampouco o hoje adoecido cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, incansável defensor dos direitos humanos, para, diante da mentira escandalosa do regime de que o jornalista Vladimir Herzog se “suicidara” nos porões do DOI-Codi, começar o culto ecumênico por sua alma, na superlotada catedral da Sé paulistana naquele dia negro de 1975, com a condenação claríssima, corajosa e terrível, tirada de textos sagrados:
– Maldito seja aquele que, com suas mãos, tirar a vida de um irmão.
Não temos mais Grandes Brasileiros como antigamente, figuras humanas que, embora falíveis justamente por isso, eram referências morais, pareciam aos cidadãos estar acima do bem e do mal: um pensador católico como Alceu Amoroso Lima, um mestre desassombrado do Direito e defensor das liberdades públicas como Goffredo da Silva Telles — da “Carta aos Brasileiros” –, uma figura veneranda como o jornalista e pensador nacionalista Barbosa Lima Sobrinho, um presidente da Ordem dos Advogados com a firmeza, o equilíbrio, a coragem e o desassombro de um Raymundo Faoro.
Grandes Brasileiros e também Grandes Velhos.
O caso dos juízes italianos
Na Itália de de governos apodrecidos pela corrupção e, mais recentemente, pelo longo reinado do corrupto, autoritário e dissoluto primeiro-ministro Silvio Berlusconi, vem tomando cada vez maior vulto um partido político fundado por ex-juízes que, justamente, fizeram a grande limpeza que foi a Operação Mãos Limpas, nos anos 90, a qual resultou no esfacelamento completo de todos os partidos políticos tradicionais, metidos até o pescoço no lodaçal da roubalheira, do tráfico de influências e em outros tipos de crime.
Os partidos desmoronaram, líderes foram parar na cadeia, fortunas terminaram sendo confiscadas. Quem escapou de penas pesadas acabou banido, na prática e para sempre, da vida pública.
Esses magistrados implacáveis, a começar por um dos juízes que teve mais visibilidade nesse processo, Antonio Di Pietro, fundaram posteriormente um partido denominado, exatamente, Itália dos Valores (Italia dei Valori), um partido moderado, de centro, cujo eixo central de atuação é a absoluta intolerância com a corrupção. Entre outros feitos, o novo partido já ganhou de forma esmagadora eleições para governar duas das cidades com instituições mais infiltradas pelo crime na Itália e, provavelmente, no mundo — Palermo, na Sicília, e Nápoles.
Não se trata de ter heróis — mas referências morais
Não acho que os juízes, no Brasil, devam fundar partidos políticos.
Mas, quem sabe, terminemos o julgamento do mensalão não apenas com um resultado exemplar e saneador para a vida pública brasileira, mas também obtendo de novo NÃO HERÓIS, mas algumas REFERÊNCIAS MORAIS, algumas figuras públicas em quem os jovens possam se mirar, capazes de serem dignas de admiração e instrumentos de fé na Justiça, nas instituições, em valores como a correção, a ética, a honestidade e o cumprimento da lei – e num Brasil oficial menos safado e hipócrita do que o que temos.

Os mensaleiros saberão em poucas horas que, no Brasil, sábado é o mais cruel dos dias para gente com culpa no cartório


Augusto Nunes

Como os sete ministros que perderam o emprego depois da aparição na procissão dos pecadores, mensaleiros graduados ─ e com eles os protetores e os comparsas ─ constatarão em poucas horas que, no Brasil, sábado é o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório. Não é pouco o que já se sabe sobre o maior dos escândalos. Mas não é tudo, gritam os segredos revelados na reportagem de capa de VEJA. Além de iluminar caminhos que conduzem a catacumbas ainda por devassar, o conjunto de descobertas confirma, detalha e amplia operações criminosas urdidas pela quadrilha desbaratada em 2005.
Demorou sete anos, mas o chefão do bando foi arrastado para o pântano. E os subcomandantes submergiram de vez.

- Charge do Paixão, via ‘Gazeta do Povo’.


Maestro! 



Batalha dos maçons



Pelo menos três senadores e o vice-presidente da República estão envolvidos na eleição para o grão mestre do Grande Oriente do Brasil, que detém orçamento de R$ 15 milhões anuais. Marcos José Silva tenta a reeleição com apoio de Romero Jucá (PMDB-RR). Gim Argello (PTB-DF) apoia o candidato da oposição, senador Mozarildo (PTB-RR).

TEMER É TERCEIRO
Jucá ajuda Marcos Silva visando enfraquecer Mozarildo Cavalcanti, seu adversário político local em Roraima. O vice Michel Temer (foto) apoia a candidatura de Benedito Ballouk, de São Paulo, a terceira via na disputa. ...


TURMA DO PODER
Além da briga parlamentar na disputa pelo comando maçônico, há a batalha pelo viés ideológico da instituição. A atual gestão preza pela neutralidade, já os dois opositores querem a Maçonaria com atuação mais política.

Por Leandro Mazzini
Fonte: Jornal de Brasília - Esplanada - 14/09/2012

MILIONÁRIOS ALUGAM VILAS INTEIRAS NA EUROPA



LAZER&CULTURA     POR REDAÇÃO - 27/04/2012

Se você dispõe de pelo menos R$ 133 mil para gastar por dia e sonha em ter uma cidade da Europa só para você, uma ótima notícia: seis cidades da Áustria, quatro vilas na Alemanha e uma comuna na Suíça estão disponíveis no mercado para serem inteiramente alugadas. Isso mesmo – com todas as suas casas, ruas e praças incluídas no pacote.
De acordo com a empresa Rent-A-Village, responsável pelo aluguel, a ideia é oferecer um ambiente relaxante para os interessados esquecerem da rotina estressante das grandes cidades.
O pacote diário inclui trocar os nomes das ruas de acordo com o gosto do locatário e esculpir seu nome em colinas cobertas por neve e até fazer de um evento a sua própria cidade. A população local obviamente não faz parte do produto, mas a maioria trabalha com exclusividade para o hóspede durante sua estada.
Com um valor extra, é possível, ainda, alugar a infraestrutura do clube local para a festa de boas-vindas e contar com a graça dos artistas locais. Bebida e comida, porém, são pagas à parte.

Um apartamento jovem e brasileiro


Imóvel tem a cara da nova arquitetura nacional

02/09/2012 | POR FABIO DE PAULA; FOTOS FRAN PARENTE
  (Foto: Fran Parente)
Há algo de novo em curso no décor nacional. Não se trata de modismos ou estrangeirismos. Tampouco há alguma vanguarda estilística pintando no horizonte. O que se vê, especialmente nas grandes cidades brasileiras, são grupos de jovens arquitetos e designers projetando todo tipo de residência – de pequenos apartamentos a imensas mansões – sem pretensões de genialidade, mas com total atenção ao conforto e à praticidade e, de quebra, com um frescor genuinamente nacional.
Este apartamento no bairro dos Jardins, em São Paulo, é um representante desse movimento. As virtudes começam já no edifício em que está situado – uma autêntica obra do modernismo brasileiro, construído na década de 1950, com fachadas de pastilhas coloridas, janelões e pé-direito generoso. O projeto não apenas destaca essas qualidades, mas também amplia a visibilidade para detalhes originais de acabamento que continuam em voga.
  (Foto: Fran Parente)
A estrutura de concreto armado, por exemplo, tornou-se aparente com o descascar de paredes empreendido. Seu tom acinzentado injeta vigor no claríssimo ambiente, onde a sacada e a entrada de luz que se dá por ela são protagonistas. Esta é, aliás, uma das virtudes desse décor nacional – tirar proveito das qualidades ambientais da tropicalidade, como a temperatura, a luz e a ventilação.
Outro elemento original que se destaca na reforma é o piso de parquet. Ele foi inteiramente recuperado, ganhando um contraste cromático que direciona o olhar. Esquecido entre as décadas de 1970 e 1990, o taco, aliás, predomina nestes projetos de interiores, que valorizam a brasilidade, sobretudo por seu aspecto de beleza e por seu infalível acolhimento.
  (Foto: Fran Parente)
Dentro de um contexto como este, no qual as paredes ultrabrancas complementam o concreto e a madeira, a integração de ambientes se faz necessária. A cozinha, por exemplo, juntou-se à sala, que, por sua vez, perdeu paredes. O ambiente único serve de cartão de visitas para os demais espaços do apartamento: duas suítes, uma delas usada como quarto, e a outra, como escritório.
A decoração, por sua vez, é leve, explora tons de cinza que não comprometem o conjunto, especialmente na ala social e nos setores de serviço. O branco volta nos tecidos e revestimentos do quarto, reforçando a importância de visuais puristas, mas não menos funcionais. A arte – presente por meio do painel de azulejos Panacéia Phantástica, de Adriana Varejão –, junta-se a este décor, que tão bem representa os novos ares do design de interiores genuinamente jovem e brasileiro.
  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

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  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

  (Foto: Fran Parente)

Menos é mais na casa de Eugeni Quitllet


Designer abre sua morada em Barcelona

13/09/2012 | POR REDAÇÃO; FOTOS NACHO ALEGRE

casa eugeni quitllet (Foto: Nacho Alegre)

Quem não tem curiosidade para dar uma espiada na casa dos grandes nomes do design mundial? Se os móveis e objetos criados por eles já enchem os olhos, o lar onde vivem segue a mesma linha. Ou não. Um exemplo é a casa do designer Eugeni Quitllet, que trabalha para marcas como KartellMagis Flos. A residência segue a linha do “menos é mais”, um tanto diferente das cadeiras e objetos de sua autoria, que abusam das cores e formas arredondadas e geométricas.
Depois de viver entre as ilhas Baleares e Paris – onde trabalhou com Philippe Starck –, Eugeni se mudou com a esposa e a filha para Barcelona. “Escolhi a cidade porque ela é como o subúrbio de Paris ou algumas ruas de Nova York, pois transmite energia positiva, graças a seus mercados, à simplicidade das pessoas, à praia e ao modo de vida descontraído”, relata.
x (Foto: Nacho Alegre)

No novo apartamento, localizado em um prédio histórico no coração da capital catalã, Quitllet preferiu o minimalismo. No lugar de excessos, a morada é repleta de espaços vazios, poucos móveis, paredes brancas e grandes janelas com vistas privilegiadas da cidade, incluindo o edifício Casa Milà, mais conhecido como “La Pedrera”, construído em 1912 por Antoni Gaudí.
Com luz natural e espaços amplos, o imóvel é composto por dois dormitórios e amplas salas integradas, sendo que a de jantar também funciona como escritório. Ali, cadeiras assinadas por ele convivem com ícones do design.
“Eu não queria que a casa tivesse muita informação visual. Por isso, mantive espaços livres e paredes limpas, como uma tela de cinema em branco, para projetar as ideias. A casa é o meu ‘observatório’, um paraíso em branco”, relata Eugeni, que também usa a morada como local de trabalho. “Quando gosto de um lugar, não há diferença entre vida e trabalho. Eu amo tanto desenhar quanto cozinhar, por exemplo”, completa.
Quitllet decidiu deixar a TV em um canto, no chão da sala, e escolheu peças assinadas por ele próprio – como as cadeiras Silk e Masters Chair (projetada em parceria com Starck) – e por outros designers e parceiros. Entre elas, duas poltronas brancas da coleção Ghost, de Paola Navone para a Gervasoni; a cadeira rosa dos irmãos Bouroullec, da Vitra; e a luminária de mesa, de acrílico, do parceiro Philippe Starck. “Não estou interessado na função de um objeto. O que eu busco é a alma, ou seja, o valor emocional que o caracteriza”, conclui.
  (Foto: Nacho Alegre)

  (Foto: Nacho Alegre)

  (Foto: Nacho Alegre)

  (Foto: Nacho Alegre)

  (Foto: Nacho Alegre)

  (Foto: Nacho Alegre)

Décor do dia: prática cozinha no sótão


Falta de espaço e luz? Para tudo, dá-se um jeito

16/07/2012 | POR REDAÇÃO
   (Foto: Magnus Persson / permagnuspersson.com)
Quando o único espaço disponível para montar a cozinha de uma casa é estreito, com teto baixo e iluminação não muito eficiente, o que fazer? O desespero não é uma opção – encontrar soluções para áreas e ângulos não convencionais faz parte da escolha por morar em um apartamento no sótão do prédio, como é o caso deste em Estocolmo. Sorte do proprietário, que pôde contar com os prestimosos serviços do decorador local Jimmy Schonning, capaz de oferecer boas respostas à nossa pergunta inicial. O uso dos metais (em cadeiras, armário abaixo da janela, pia e coifa) e dos tons de azul-petróleo (em parede, mesa e pastilhas) unifica todos os elementos da cozinha debaixo do mesmo guarda-chuva, evitando que alguma peça destoe e chame a atenção para o pouco espaço. A luz que entra pela janela é logo reforçada por um pendente que, além de iluminar, quebra (junto das plantas) o ar excessivamente industrial do ambiente, harmonizando a combinação.

NA “CAPELLA SISTINA”



Charge de Roque Sponholz e Texto de Magu
O mordomo laico do papa, no Vaticano, Paolo Gabriele, está sendo processado por revelar correspondência papal.
Mas na verdade, nosso editor em Belluno tem um amigo que trabalha na cúria, e que o informou que a verdadeira razão do processo é que o encarregado da manutenção da capela sistina tinha de informá-lo das coisas, antes do papa ser comunicado. Na última restauração, o especialista revelou que havia descoberto o primeiro esboço do afresco que Michelangelo havia aprontado, como se pode ver na ilustração. Paolo ordenou que removesse o último e expusesse o primeiro. O papa descobriu, ficou puto, mudou a ordem e deu um pé na bunda do mordomo

AINDA HÁ ESPERANÇA?



Plínio Zabeu
Depois de denunciado e comprovado o maior esquema de corrupção da história do Brasil – quiçá do mundo – o  povo passou a ter esperança de uma nova era política com  seriedade, ética, patriotismo e responsabilidade de governantes.  Mesmo às pressas e com limite de tempo, afinal aconteceu o julgamento durante período eleitoral e as primeiras condenações já representaram o esperado alívio.  Não se sabe se tudo acabará em  condenação de verdade, com penas impostas aos criminosos, ou se as “penas” ficarão para depois ou permanecerão no papel.  Para fortalecer as ditas esperanças,  o Poder Judiciário conseguiu que o senador cassado e o juiz condenado  por desvio de  dinheiro público, com ajuda da justiça internacional, fossem obrigados à devolução,   pelo menos em parte,  dos valores roubados. O ex senador vai devolver perto de meio bilhão enquanto  o ex juiz devolverá perto de 10 milhões.
Alegria e esperança. Afinal poderemos iniciar uma nova era em que crimes políticos passem a não compensarem.
Mas nem tudo está correndo como se esperava. Isso porque, além de envolvimento de valores, a parte suja da política produz o famoso “toma lá dá cá”.  Exemplos: A CPI Cachoeira, criada por ordem do ex e, de certa forma, presidente para comprometer um governador, acabou sendo interrompida para ser reiniciada depois das eleições. Isso porque  tudo indicava que, além do governador alvo de Lula outros dois -  um do PT e outro do PMDB, partidos aliados – certamente estão também envolvidos.  Então,  “deixa pra lá”…
Mas outro fator importante obrigou ação imediata do super presidente. Como ele havia escolhido um candidato próprio para a prefeitura de São Paulo, candidato que, como ministro mostrou alta incapacidade, contrariou a senadora Marta cujo objetivo era retornar  ao posto que perdera para  o PSDB.  Ela foi enfática: “Não apoiarei o candidato Haddad”.  Lula foi procurar o Maluf (adversário de Marta), chamou Erundina,  mas percebeu que  a coisa não andava bem. Então, para  “comprar” o apoio dela, mandou que Dilma demitisse a ministra da Cultura  e nomeasse  a senadora para o cargo.
Como ministra do turismo, Marta foi um total desastre.  Então agora Lula ganha novo reforço. Marta já se engajou na campanha do indicado por Lula. Além disso,  a vaga no senado foi para um do PR, que vinha mostrando certo apoio ao Serra, do PSDB que também vai mal nas pesquisas.
O  “Lucro” foi efetivo afinal.  Lula com todo seu prestígio, conta com apoio de Maluf, de Marta, da Erundina e do vereador paulistano – agora senador – para reforço do candidato dele.
Para mais reforço de campanha, Dilma  vai baratear o custo da energia elétrica,  coisa que  já deveria ter feito há muito tempo já que os encargos no consumo da energia vêm crescendo assustadoramente nos últimos 15 anos. Qualquer valor destinado à melhoria da energia era cobrado como “imposto  extra” na conta de luz.   Não foi uma diminuição de imposto e sim  uma correção de erros cometidos.
Fica então a impressão que pouco ou nada mudará em matéria de seriedade política no Brasil.

PROCURA-SE UM LÍDER



Ancião
Não me canso de repetir as palavras de Platão, filósofo grego, 428 a 347 a.C. “O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado pelos incapazes e corruptos!” Mas, pensando bem, o melhor grego a ser citado seria Diógenes, 404 a 323 a.C. que, com uma lanterna, procurava um homem que vivesse segundo a sua essência, superando as exterioridades exigidas pelas convenções sociais como comportamento, dinheiro, luxo ou conforto, o que justificaria melhor o título do artigo.
Uma significativa parcela do povo brasileiro esclarecida e consciente, está refém de outra parcela, que não pode ser chamada de povo e sim de povão, pois é composta de brasileiros alienados e sem discernimento próprio, por falta de educação e conhecimento, e que está subjugada pela propaganda enganosa dos últimos governos, que usam a máxima totalitária de quanto pior melhor.
As forças vivas desta nação, que ainda não se dobraram ou se venderam à propaganda enganosa dos últimos governos, necessita encontrar dentro dos 190 milhões de brasileiros, um lider autêntico que possa devolver a esta nação sua dignidade perdida, pelo caminho da democracia de verdade dos países de primeiro mundo e não nesta democracia de fachada em que já se transformou descaradamente este país.
Hoje nós temos no Supremo Tribunal Federal um lider autêntico e corajoso, que está levando seus pares a condenar com destemor os mensaleiros corruptos, que estavam acobertados por forças retrógradas e poderosas e que foram desmascaradas e encontram-se em pânico.
Este lider negro necessita ser convocado pelos “homens livres e de bons costumes” e atender ao apêlo desta nação que se encontra à deriva como uma nau sem rumo!
(1) Ilustração: Diógenes.

CÃES E GATOS



Charge de Roque Sponholz e Texto de Ralph J. Hofmann
A candidatura Haddad hoje não precisa de cabos eleitorais. Precisa providenciar divisórias nos palanques para evitar que cães e gatos se ataquem mutuamente.
A única coisa que os une em torno de Haddad é a pura e ostensiva mania de controle de Lula. Para tanto estão sendo sacrificadas todas as máscaras que encobriam a hipocrisia PTista.
O exercício da força bruta de Marta Suplicy dirigido para obter um novo ministério às custas de Ana Buarque de Holanda não deverá passar despercebido no meio artístico que sempre tem usado viseiras para com o PT.
Mesmo insatisfeitos com a Ministra demitida ela essencialmente era um deles, membro de uma família de pedigree impolutamente esquerdista e foi sacrificada para acomodar alguém de quem nada construtivo se espera em ternos de gestão cultural tendo já ocupado outros cargos com notória falta de sucesso e com menos ainda empatia.
Sua gestão na pasta sofrerá frituras constantes e me atrevo a dizer que haverá escassez de intelectuais e artistas para subir ao palanque de Haddad.
A Martur pode ser  uma carrocinha de cães e gatos rumo ao abate.

OS NEGROS NO BRASIL E O SEU GRANDE LEGADO



Adauto Medeiros (1)
Devemos começar este artigo mencionando a contribuição dado pelos negros, na época da miséria escravocrata, para o nosso desenvolvimento nos engenhos de açúcar e em seguida na mineração, especialmente, nas Minas Gerais.
Quando os ingleses descobriram a máquina a vapor a mão de obra escrava foi aos poucos sendo substituída e quando em Manchester houve a criação do tear mecânico veio a necessidade de criar uma mão de obra assalariada para comprar os produtos industrializados. Esse fator capitalista acelerou ou contribui enormemente para a abolição dessa chaga condenável chamada escravidão.
Apesar de ter a maioria da população favorável a colocar um ponto final na escravatura no Brasil, apareceu um negro de nome José do Patrocínio que foi fundamental para a libertação dos escravos em nosso país. Interessante é que o primeiro estado brasileiro a libertar os escravos foi o Ceará em 1884, e por isto recebeu a justa homenagem de José do Patrocínio, chamando o Ceará de “Terra da luz”.
Devemos reconhecer que no futebol depois da derrota humilhante e vergonhosa para o Uruguai na copa do mundo de futebol em 1950, ficamos com o complexo de vira-lata dito por Nelson Rodrigues e amarelávamos em partidas decisivas.
Em 1958 foram mais dois negros que nos livraram deste complexo terrível, que foram Didi e Pelé. Na decisão final em 1958 contra a Suécia, a dona da casa, tomamos um gol no inicio do jogo. Parecia mesmo que era a maldição dos deuses do futebol. Didi apanhou a bola no fundo das redes, e a levou lentamente até o meio de campo e disse aos jogadores brasileiros: “não tenham medo destes galegos que eles não são de nada e vamos ganhar o jogo”. Ganhamos por 5X2 e fomos campeões do mundo de futebol.
Pois bem, estes 11 jogadores, 11 homens liderados por dois negros mudaram o futebol brasileiro e nos livrou do nosso complexo de vira-lata, ou melhor, do nosso complexo de inferioridade.
Agora outro negro estar mudando o Brasil – e o mais bonito – dentro da lei da democracia. Este negro se chama Joaquim Barbosa, Ministro do Supremo Tribunal Federal.
A nação brasileira encontrou nele o seu ídolo no combate a corrupção dos políticos e asseclas que tanto infernizam e desmoralizam os bons brasileiros que trabalham honesta e honradamente. Senhor Ministro, depois do julgamento do Mensalão o Brasil será outro país, muito melhor e mais digno. A nação brasileira agradece. Parabéns Ministro Joaquim Barbosa.
(1) Engenheiro civil e empresário. adautomedeiros@bol.com.br

CORSÁRIOS/PIRATAS



Ralph J. Hofmann
Há uma grande diferença ente piratas e corsários.
Os piratas eram bandidos sem pátria. Não eram financiados por nenhuma coroa. Suas tripulações eram compostas da escória de todas as nações. Singravam os mares sob a bandeira negra da caveira e das tíbias cruzadas. Também havia os bucaneiros mais especificamente piratas das Caraíbas. Os bucaneiros surgiram entre fugitivos que se esconderam nas ilhas pouco habitadas e cruzaram com índias. Para sobreviver caçavam e defumavam carne sobre um ‘boucan’ que é nada mais nada menos que o moque dos índios brasileiros. Com o tempo atacaram navios e passaram a dedicar-se à pirataria.
Os governos, e no caso, especialmente a Rainha Elizabete I emitiam Letras de Corso, ou seja, alvarás dando permissão a um capitão de armar navios para combater os inimigos do país. Dali o nome corsário. Mas havia corsários espanhóis, franceses, holandeses  e ingleses.
Naturalmente os mais citados são os ingleses como Frobisher e Drake e o holandês Piet Hein. E aqui nas Américas são vistos como flagelos quase demônios (vide Cem Anos de Solidão de Garcia Marques)  porque várias vezes tomaram as frotas de tesouro do governo espanhol que estavam em guerra com os países da reforma.
A rainha Elizabete I tinha direito a um quinto das rendas dos corsários a título de imposto, mas também tinha investimentos pessoais nas suas atividades. Nos navios corsários havia uma escala de percentagens. Tantos por cento para o capitão, tanto para os investidores, tanto para os oficiais e tanto a ser dividido entre a tripulação até o mais humilde grumete.
Com isto a Marinha de Guerra inglesa era muito menor do que teria de ser para defender o país. O comando da defesa da Inglaterra contra a Grande Armada Espanhola foi assumido por Drake que era corsário e que pôs ao mar tanto os navios de sua majestade como toda a frota de comandantes corsários.
Curiosamente a pratica de emitir letras de corso chegara ao fim no início do século XIX, mas os únicos sucessos navais franceses de alguma nota sob Napoleão Bonaparte foram obtidos por Surcouf, um corsário de Marselha.
Por outro lado como sabemos há pirataria hoje nos Chifres da África, assim como no Mar da China e regiões em torno de Bornéu Sumatra e das Filipinas.
O último pirata ativo no Atlântico Dom Pedro Gibert foi enforcado em 1835 em Boston nos Estados Unidos.  Curiosamente originalmente, antes de se tornar pirata,  fora Corsário com Letra de Corso do governo Colombiano.
(1) Fotomontagem: O corsário Francis Drake e o pirata Barba Negra

MEDICINA?



Hélio GarciaMeus caros. Estou realmente desacreditando na Medicina do Pró-Álcool e na Medicina Forense. Vejam o que nos aprontou a nórdica psicobacalhaulogia. Recebi informações de lá que já se criou uma puta polêmica, com o estudo norueguês que sugere que o filho mais novo teria o QB (quociente de beleza) maior do que o mais velho. A pesquisa é muito ampla, feita com 241 milhões de rapazes do mundo todo. Indica 2,3 pontos de diferença no QB.
É uma diferença consideravelmente significativa. Os pesquisadores ainda sugerem que a diferença se estende para o AQ – Awesomeness Quocient (ao pé da letra, quociente de grandiosidade), que mede o grau de interesse que a pessoa desperta nas outras. Este último dado foi estudado com o apoio de Barney Stinson, uma verdadeira lenda viva na área. Ele afirma que o simples uso de um terno não tão simples assim aumenta imediatamente o AQ.
Bem, isso parece ser um indício de que acabaram-se as coisas sérias para eles estudarem, lá no Noruega. E a minha fonte ainda me passou por email uma foto que serviu de um dos parâmetros para o estudo. Sei não, mas ele disse que é um brasileiro, provavelmente o caçula da família Pimenta.