quarta-feira, 31 de outubro de 2012

NO SEGUNDO SEMESTRE, LANÇAMENTOS RESIDENCIAIS MAIS FOCADOS EM INVESTIDORES APRESENTARAM ALTA VELOCIDADE DE VENDAS




Os pequenos investidores do mercado imobiliário residencial voltaram ao setor com mais força neste segundo semestre, disse José Roberto Federighi, diretor da Brasil Brokers SP, durante a sexta edição da Conferência Cityscape Latin America, realizada esta semana em São Paulo.

Segundo Federighi, durante 2011 e início deste ano, os investidores acostumados a comprar geralmente duas ou três unidades por empreendimento, visando a uma valorização futura, haviam recuado. Mas, com a recente implantação da política de corte dos juros no País, informa o diretor, esses investidores retornaram ao mercado com mais poder de compra, acelerando a velocidade de vendas dos imóveis.

"A maioria dos projetos destinada a investidores teve grande sucesso de vendas e velocidade de comercialização acima do normal, como 10 dias ou uma semana", disse o diretor. "Temos exemplo disso em São Paulo, em Santos e no ABC", completou Federighi. Já condomínios para o cliente final têm atualmente 35% das unidades vendidas no lançamento, informou.

Alguns analistas acreditam que a formação de uma bolha imobiliária poderia ser iniciada justamente por conta desses investidores especulativos. Em artigopublicado em janeiro na revista Construção Mercado, o coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (NRE-Poli), João da Rocha Lima, afirmou que entre os "indutores de desarticulação" do mercado está a "forte presença de investidores desinformados, em certos casos também vestidos de especuladores". 

Fonte: PINIWeb

A lentidão do Judiciário



Bruno Dantas
O projeto do novo Código de Processo Civil, tão aguardado pela sociedade brasileira, alcançou a reta final de tramitação na Câmara dos Deputados. À medida que avança a tramitação, aqueles que se empenham para que tudo permaneça como está repetem, à exaustão, argumentos falaciosos com o intuito de artificialmente criar ambiente para o bloqueio da votação.
Entre as meias verdades que se propalam, está a afirmativa de que o único problema da Justiça brasileira é a falta de orçamento suficiente para contratação de mais juízes e serventuários. No entanto, os dados do Conselho Nacional de Justiça rechaçam essa falácia. Em 2010, o orçamento da Justiça estadual teve o expressivo aumento de 7% em comparação com 2009, saltando de R$ 22,3 bilhões para R$ 23,9 bilhões. Não obstante isso, a taxa de congestionamento na fase de conhecimento em primeiro grau, justamente aquela em que o juiz decide a demanda, cresceu 4%, passando de 56% para 60%.
Portanto, enquanto o orçamento do Judiciário cresceu acima da inflação e do produto interno bruto (PIB) nacional, a quantidade de processos encerrados em 2010 diminuiu em relação a 2009, alcançando a marca alarmante de 60% remanescentes em estoque de um ano para outro. A realidade dos fatos pode, portanto, ser inexorável para quem defende elevar os gastos da Justiça brasileira aos patamares dos países desenvolvidos como meio de superar a crise do Poder Judiciário. Uma posição disparatada que pretende impor aumento à já substancial carga tributária suportada pelo contribuinte.
Obviamente que a ampliação do orçamento é necessária em muitos casos e deve vir acompanhada da melhoria da gestão dos tribunais e das varas judiciais, como destacam todos os que lidam com a administração judiciária. No entanto, essas duas ações são insuficientes para resolver o problema da morosidade no Judiciário. Para resolver esse problema, é imprescindível substituir a legislação arcaica e formalista de 1973 por uma lei processual mais racional, concretizada no novo Código.
É por isso que o Plenário do Conselho Nacional de Justiça defende o projeto do novo Código, tendo aprovado por unanimidade nota técnica nesse sentido na última sessão. O Conselho entende que o texto do deputado Sérgio Barradas Carneiro, relator do novo Código, contém instrumentos que permitirão acelerar os julgamentos sem ferir a ampla defesa.
O Conselho tem investido no aperfeiçoamento da gestão dos tribunais e, simultaneamente, feito esforços para sensibilizar os governos, além do Parlamento, a fornecer recursos para o Judiciário se modernizar e desempenhar melhor sua missão constitucional. Aprovar o projeto do novo Código será grande contribuição do Poder Legislativo à construção de uma Justiça melhor e mais eficiente.
Bruno Dantas é  presidente da Comissão Permanente
de Articulação Federativa e Parlamentar do Conselho Nacional de Justiça.
(Artigo enviado por Mário Assis, trancrito de O Globo)

Charge do Sponholz



Repressão teria torturado cerca de 100 presos em Petrópolis


Ex-agente conta à Comissão da Verdade detalhes sobre a “Casa da Morte”



Imóvel onde ficava a casa da morte em Petrópolis
Foto: O Globo - 22/06/2012 / Custódio Coimbra
Imóvel onde ficava a casa da morte em PetrópolisO GLOBO - 22/06/2012 / CUSTÓDIO COIMBRA
RIO - Em depoimento de oito horas à Comissão da Verdade, o sargento reformado Marival Dias Chaves do Canto, de 65 anos, ex-agente dos órgãos de informação do regime militar, disse nesta terça-feira que cerca de 100 presos políticos teriam passado pelo aparelho clandestino mantido pelo Centro de Informações do Exército (CIE) em Petrópolis, chamado na literatura dos anos de chumbo de "Casa da Morte". Marival confirmou a versão de que os presos, levados de diversas regiões do Brasil, eram assassinados depois de prestar depoimentos sob tortura.

Entre as vítimas da casa, Marival citou os nomes dos universitários Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier, que desapareceram em 1974, no Rio, quando militavam na Ação Popular Marxista Leninista (APML). No dia 23 de fevereiro, Fernando saiu da casa do seu irmão Marcelo para um encontro com os amigos e nunca mais foi visto. Ele teria sido capturado no apartamento de Eduardo. No depoimento, Marival disse que os estudantes foram presos por uma equipe do CIE liderada pelo então major Freddie Perdigão Pereira e, posteriormente, mortos em Petrópolis.
Marival, que deverá prestar novos depoimentos à comissão, abordando temas específicos, já é considerado um dos mais importantes testemunhos da guerra suja travada nos porões do regime. Ele serviu, como analista de informações, no Destacamento de Operações de Informações de São Paulo (DOI-SP), chefiado pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, e no CIE. Em entrevista à revista VEJA, há 20 anos, contou que ouviu de outros agentes, que estiveram na casa de Petrópolis, que os cadáveres eram esquartejados.
O sargento não confirmou as revelações feitas pelo ex-delegado capixaba Cláudio Guerra, de que alguns corpos foram incinerados na usina de cana Carahyba, em Campos dos Goytacazes. Admitiu, porém, a ligação de Guerra com Freddie Perdigão, considerado um dos mais frios e ativos torturadores do regime.
O depoimento também fez referências à morte de três dirigentes do PCdoB em 16 de dezembro de 1976, em São Paulo, no episódio que ficou conhecido como o Massacre da Lapa, em alusão ao bairro onde ocorreu. Agentes da repressão atacaram a casa onde o comitê central do partido fazia uma reunião secreta, matando os dirigentes João Baptista Franco Drummond, Ângelo Arroyo e Pedro Pomar. Marival disse que a ação não foi um ato isolado, mas uma política de Estado para eliminar o PCdoB do mapa.
O ex-agente confirmou, ainda, a existência de outra casa clandestina do CIE em Itapevi, São Paulo, e forneceu detalhes da chamada Operação Medianeira, uma emboscada comandada pelo CIE em Medianeira, cidade no sudoeste do Paraná, para atrair, no dia 11 de julho de 1974, um grupo argentino de militantes de esquerda e guerrilheiros, com a morte de sete deles.

Presidente do PT diz que partido não punirá mensaleiros


‘Quem aplica o estatuto somos nós’, diz Rui Falcão, que defende mandato para Genoino



Mão na cabeça. O ex-ministro José Dirceu ao votar no primeiro turno: os petistas preferem não puni-lo
Foto: O Globo / Michel Filho
Mão na cabeça. O ex-ministro José Dirceu ao votar no primeiro turno: os petistas preferem não puni-loO GLOBO / MICHEL FILHO
BRASÍLIA e SÃO PAULO - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta terça-feira que não haverá punição e que o PT não tomará qualquer medida contra os políticos petistas condenados no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Falcão alegou que as condenações impostas a parlamentares e políticos do PT não fazem parte dos casos de punição elencados no estatuto partidário. O estatuto do PT, no inciso XII do artigo 231, prevê que a pena de expulsão do partido deve ser aplicada quando ocorrer “condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado”. Para Falcão, os casos dos companheiros condenados não se aplicam ao estatuto.
— Quem aplica o estatuto somos nós. E esse caso não se aplica — disse Falcão.
Além disso, Falcão, com o apoio de outros deputados do PT, defendeu nesta terça-feira que José Genoino, mesmo já condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo STF, assuma o mandato como deputado federal, no início de 2013. O presidente do PT negou, no entanto, ter conversado sobre isso com Genoino.
— Imagino que ele queira assumir. Ele tem mandato e é um direito dele — disse Falcão.
Genoino é o segundo suplente da coligação do PT e outros partidos, segundo resultado da eleição de 2010. Ele deve assumir o mandato em janeiro de 2013 porque o deputado Carlinhos Almeida, que se elegeu prefeito de São José dos Campos (SP), terá que renunciar. O primeiro suplente, Vanderlei Siraque, já está exercendo o mandato na vaga de Aldo Rebelo, que está no Ministério do Esporte.
Há dirigentes do PT defendendo até que Carlinhos renuncie antes de 31 de dezembro, para que Genoino tenha mais tempo no Congresso. Mas Genoino afirmou a interlocutores que ainda não decidiu se vai assumir o mandato. Ele se reuniu nesta terça-feira com seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, para tratar do assunto, mas não tomou nenhuma decisão. Assim que foi condenado pelo STF, ele pediu demissão do cargo de assessor especial do Ministério da Defesa.
— Ele se demitiu do governo porque achou que a condição de condenado poderia causar constrangimento à presidente Dilma. Ela não aceitou a demissão e ele teve de pedir em caráter irrevogável. Mas o mandato parlamentar é dele, foi obtido pelo voto — disse Pacheco.
Deputados querem evitar constrangimento
Colegas da base e da oposição admitem o direito de Genoino assumir como suplente, antes da publicação do acórdão da condenação pelo STF, mas defendem que o Supremo já decida sobre a perda do mandato dele e dos outros deputados condenados no mensalão, o que evitaria o constrangimento na Casa.
Líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE) disse que a decisão é de Genoino e lembrou que há outros deputados condenados com mandato na Casa. Afirmou, no entanto, que o PT deveria assimilar as decisões tomadas pelas instituições.
— Cada vez mais essa matéria diz respeito ao Supremo e não à classe política. Nesse caso, cito frase atribuída à ministra Gleisi Hoffmann. O PT tem que assimilar o resultado das instituições estabelecidas
O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), ex-petista, diz que o ideal seria o STF já decidir a perda do mandato de todos os deputados condenados na decisão final do julgamento:
— É um direito dele (Genoino), mas uma situação constrangedora até para ele, para a Câmara, para a sociedade. O Supremo deveria já resolver a situação, os ministros têm que se pronunciar sem deixar para a Câmara resolver. Se vier para a Câmara, temos que votar primeiro o fim do voto secreto, ou corremos o risco de o STF condenar e a Câmara absolver.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) também espera que a decisão do STF seja plena em relação ao mandatos dos condenados:
— Se Genoino voltar, e já temos outros três condenados na Casa, a depender das penas aplicadas, regime aberto, fechado, não há como negar o constrangimento.
Para o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) é preciso aguardar as penas que serão impostas a Genoino e aos demais deputados condenados.
— Imagino que ele sofrerá constrangimentos, mas não há ainda sentença, é preciso aguardar. Ele pode ficar no regime aberto e não ter o mandato retirado — disse Miro.
Para o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), não há como impedir a posse de Genoino.
— A Câmara, como qualquer instituição, deve cumprir a Constituição. E a Constituição dá a ele o direito de assumir o mandato. Não é uma decisão que cabe à presidência, à Mesa decidir.
Maia, no entanto, discorda da tese defendida por alguns deputados de que o próprio Supremo poderá, no acórdão, já definir a situação dos deputados condenados, evitando que a Casa tenha que tomar tal decisão:
— A Constituição é clara, a decisão tem que passar pelo plenário da Câmara. Quando foi votado, na Constituinte, esse artigo foi aprovado com 408 votos, entre eles os de Fernando Henrique, Lula e Serra. Foi feito pelo Jobim. E, teoricamente, a Câmara pode manter o mandato do deputado que for condenado.
— Se a lei permite, ele deve tomar posse. Não existe impedimento para que ele faça isso — disse o petista Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara.
Professor Luizinho e Rocha voltam à Câmara
Ex-presidente do PT, o deputado Ricardo Berzoini (SP) também defendeu o direito do colega e negou qualquer tipo de constrangimento:
— Genoino é um lutador, defensor do estado de direito e, na visão do PT, não cometeu nenhum crime. É vítima de um julgamento politizado em função das eleições.
Irmão de Genoino, o deputado José Guimarães (PT-CE) também defendeu o direito dele:
— Ele tem mandato dado pelo povo.
Enquanto a Câmara discute o caso Genoino, dois ex-deputados do PT absolvidos no julgamento do mensalão — Professor Luizinho (SP) e Paulo Rocha (PA) — reapareceram sorridentes nesta terça-feira na Câmara, e participaram do ato em comemoração às 5.000 edições do boletim informativo da bancada do partido na Casa, o “Informes PT”. Em clima de festa, foram efusivamente saudados pelos companheiros petistas.
Ex-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho, absolvido da acusação de lavagem de dinheiro, afirmou que está feliz com o resultado do julgamento, que tirou um peso de suas costas, mas que sua felicidade não é completa por conta da condenação de Genoino e de José Dirceu.
— Tirei um peso das costas, mas não todo. Foi um absurdo eu ter sido denunciado. Fui julgado, condenado e punido esses anos todos. Eu me sinto como um ex-presidiário. O que fizeram comigo não tem volta. Vi a minha honra e de minha família serem destruídas — disse Luizinho. — Mas estamos lamentando e tristes com o que estão fazendo com o Genoino e o Zé Dirceu. Pessoas que deram suas vidas ao país, que lutaram contra a ditadura e pela democracia.
Paulo Rocha preferiu não dar entrevistas. Argumentou que o julgamento ainda está em curso. Luizinho que deve voltar a atuar na direção do partido em Santo André, onde mora

CRÔNICA Cartas de Berlim: Uma passeata a favor da circuncisão



Tuvia Tenenbom tem uma história interessante. É jornalista e escritor... nasceu em Israel, mas morou a vida toda em Nova York. Seus pais são sobreviventes do Holocausto, por isso tem uma história com a Alemanha.
Fundou o primeiro e único teatro judeu em língua inglesa da cidade. Já publicou vários livros, entre eles alguns sobre a Alemanha e sua história. Sua especialidade são sátiras e crônicas, às vezes mexendo em feridas históricas. Digamos que pisar em ovos não é com ele, que perde o amigo judeu... mas não a piada. Detalhe: antes de se tornar escritor, ele já havia sido rabino ortodoxo.
Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ele tem uma coluna no semanário alemão die Zeit. E ao ler seu último texto, ri muito do seu humor sarcástico e politicamente incorreto, típico de comediantes judeus americanos. É o relato de sua última viagem a Berlim, e um resumo de sua relação de amor e ódio com a Alemanha.
Tudo começa já no voo Nova York-Berlim operado pela Lufthansa, a empresa aérea alemã que vez por outra entra em greve.
“As aeromoças da Lufthansa são as mais imponentes do mundo”, descreve, enquanto ouvia a pregação das moças para que assinasse uma petição a favor de reajustes salariais. “Peraí, mas vocês ganham quanto_”, pergunta Tenenbon, no que as aeromoças reagem como se ouvisse uma ofensa mortal. Tipicamente alemão.
O que mais odeia na Alemanha é a comida “incrivelmente deliciosa”. Em poucos dias, consegue engordar vários quilos, mas tem uma ideia incrível para emagrecer nesta viagem: participar de passeatas, “o esporte preferido do europeu”.
Por coincidência, acontecia em Berlim na ocasião uma manifestação de judeus e muçulmanos contra a medida que proibiria a circuncisão na Alemanha.
O punhado de gente que compareceu à passeata, ao contrário do que Tuvia esperava, não andou nem um metro. Ficaram plantados e ainda tiveram a cara-de-pau de vender bolos.
Desolado, reclama que “graças ao jeito do berlinense”, tem que esperar fechar o sinal para atravesssar a rua, o que, para um novaiorquino, é total perda de tempo. Lá, diz, se alguém atravessa no sinal vermelho, os carros naturalmente desaceleram ao ver o pedestre. Em Berlim, é diferente: “aí é que os carros apertam fundo e ameaçam passar por cima mesmo”.
“Quem desobedece a lei, merece a morte”, parafraseia uma amiga alemã, que jura ser paz e amor, odeia o exército e usa camisas do Che Guevara.
Ah, o paradoxo alemão! Obrigado, Tuvia Tenenbom. Virei sua fã.

*I Sleep in Hitler's Room: An American Jew Visits Germany, é o ultimo livro de Tenembom 


Tamine Maklouf é jornalista e ilustradora nas horas vagas. Mora na Alemanha desde agosto de 2009, onde se encontra na “ponte terrestre” Dresden-Berlim. De lá, mantém o blog www.diekarambolage.wordpress.com 

O mensaleiro condenado quer esperar na Câmara a chegada do camburão



Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal, além de enquadrado por falsidade ideológica pela Justiça Federal de Minas Gerais, José Genoino foi assaltado por um surto de sensatez e, surdo aos apelos da presidente Dilma Rousseff, manteve a decisão de demitir-se do cargo de “Assessor Especial do Ministério da Defesa”.
Neste domingo, animado com a derrota imposta a meia dúzia de jornalistas pela tropa de jagunços que o escoltou até a seção eleitoral, retomou a rotina da insanidade. E quer esperar no Congresso a fixação do tempo em que dormirá na cadeia.
Reduzido a suplente pela eleição de 2010, o companheiro que presidia o PT quando o escândalo foi descoberto agora reivindica a vaga aberta na Câmara pela saída de Carlinhos Almeida, eleito prefeito de São José dos Campos .”O Genoino é o suplente e vai assumir sem problema nenhum”, endossa Rui Falcão, presidente do PT.


“Genoino precisa recuperar a sua cidadania política”, avaliza o deputado paulista Paulo Teixeira, feliz com o regresso iminente do parceiro que manteve um gabinete por lá entre 1982 e 2002.
Derrotado por Geraldo Alckmin na disputa pelo governo paulista, ele teria reincidido em 2006 se a repercussão da roubalheira descoberta um ano antes não o aconselhasse a conformar-se com mais uma temporada no Legislativo. Eleito com menos de 100 mil votos, não foi além da suplência quatro anos mais tarde. Sonhava com um desempenho menos pífio na próxima quando foi atropelado pelo Código Penal.
Na Mansão dos Horrores, o deputado Genoino vai sentir-se em casa. Primeiro, porque conhece todo mundo.
Segundo, porque na Câmara da Era Lula folha corrida vale muito mais que currículo, e o prontuário do companheiro condenado é bem mais impressionante que a biografia. Desde que foi condenado, por exemplo, ele recita que a Corte Suprema do Brasil democrático tem obrigação de inocentá-lo por ter lutado nos cafundós do Araguaia pela implantação da ditadura comunista. Esse argumento só recomenda uma internação no hospício.
Bem mais convincentes são as anotações na capivara. Um quadrilheiro corrupto não é um deputado qualquer. Merece esperar a chegada do camburão na presidência da Câmara.

Projeto em cobertura cria dois níveis distintos para potencializar ambientes


Espaços comportam proposta de lazer e funcionalidade em apartamento em Porto Alegre

A ambientação desta cobertura, em formato de L e com 50 metros quadrados, coroa um apartamento com área total de 260 metros quadrados, dentro da proposta de lazer e de funcionalidade desejada pela moradora. O projeto paisagístico privilegia a vista do Guaíba do 18º andar do prédio no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

Omar Freitas / Agência RBSCom 7,45 metros quadrados e 1m de profundidade, a piscina da cobertura tem borda infinita, arrematada pelo fechamento de vidro original do prédio
Como solução, a arquiteta paisagista Evelise Vontobel, do escritório Tellini Vontobel Arquitetura de Exterior, dividiu visualmente a área em dois ambientes alocados em diferentes níveis.

Omar Freitas / Agência RBS

"A solução dos patamares cria espaços definidos e de usos específicos. Além disso, é possível dar visibilidade e integração a todo o espaço", explica Evelise.

Omar Freitas / Agência RBS

O primeiro ambiente, sob um pergolado com 16 metros quadrados de área na extensão do espaço fechado, conta com um toldo para proteção extra. Esse refúgio desfruta de estrutura metálica e cobertura de ripado de madeira e vidro a 3,90m do piso. Ali está a área de refeições, com a churrasqueira móvel, em substituição à original, de alvenaria, disposta ao lado da pia de apoio e da mesa de madeira com oito cadeiras.

Omar Freitas / Agência RBS

Ao ar livre, no segundo ambiente – disposto em um deque com nível de 75cm acima do pavimento convencional – se sobressai a piscina com mobiliário estofado próprio para área externa no entorno. Com 7,45 metros quadrados e 1m de profundidade, o equipamento tem borda infinita, arrematada pelo fechamento de vidro original do prédio. Revestida inteiramente com pastilhas de vidro na cor verde, a piscina segue proposta diferenciada.
"Queríamos fugir da ideia das piscinas azuis e optamos por um projeto mais conceitual que rompesse essa fórmula", revela a arquiteta paisagista.
Detalhes do exteriorA madeira pínus tratada, mantida na cor natural no deque da piscina e na mesa – executada pela Lucianne Design, desenvolvida pelo escritório Tellini Vontobel Arquitetura de Exterior – e o tampo em travertino romano bruto da pia conferem ar moderno e clean ao espaço, sem abdicar de personalidade.
Plantadas em vasos, as frutíferas – como oliveira, jabuticabeira, limão siciliano, cerejeira e araçá – permitem desfrutar do sabor da terra a qualquer hora. Além disso, o herbário, com temperos como manjerona, louro, manjericão e alecrim torna ainda mais prazerosa a lida gastronômica, um dos hobbies da moradora.

Omar Freitas / Agência RBS

O ventilador de piso ou de mesa Wind, de 1997, criado pelo designer londrino Jasper Startup, com acabamento em fibra trançada, arremata o estilo elegante da área externa e ainda é a solução para os dias escaldantes.
Chaises estofadas e pufes da coleção Float, do designeritaliano Francesco Rota, têm revestimento impermeável 100% acrílico no tom fendi. Sua estrutura não-rígida, formada por esferas de poliestireno, modela o corpo e garante o conforto necessário. Observe a caixa de som com design que se integra à proposta externa, no degrau da piscina, dentro da sonorização de todo o espaço.

HUMOR A Charge do Amarildo




O STJD agoniza, por Nando Gross



31 de outubro de 2012
O presidente do STJD não poderia ter aceitado o pedido do Palmeiras por uma razão muito simples: o gol de Barcos foi marcado com a mão. Mas o futebol não está muito preocupado com isso.
O argumento que levou Flávio Zveiter a impugnar a partida teria sido o depoimento de uma repórter de que o Delegado da partida teria perguntado a ela e outros colegas de imprensa se o gol teria sido marcado com ou não com a mão.
Ora, até posso imaginar que alguém possa ter olhado na TV. Mas ninguém assumiu. O quarto árbitro Jean Pierre trouxe para si a responsabilidade, ponto final.
Agora, imaginar que um árbitro iria anular um gol porque o delegado teria se valido de um rápido depoimento de uma repórter gaúcha que ele não conhecia e que naquele momento favorecia um time do Rio Grande do Sul, convenhamos.
Talvez isso realmente chame atenção para o que acontece no futebol brasileiro. Um tribunal que se presta a isto não precisa existir. O STJD vem atrapalhando o futebol brasileiro há muitos anos e agora chega ao absurdo de acatar um pedido imoral destes e que não está à altura da história do Palmeiras.

OBRA-PRIMA DO DIA - ARQUITETURA Obelisco de Luxor (13º sec a.C.): Semana dos Monumentos



A Praça da Concórdia é a maior praça pública de Paris. Situada ao longo do Sena, quando foi inaugurada, em 1763, foi batizada de Praça Luís XV e em seu centro colocaram uma estátua equestre do rei.
Ela é a intersecção de dois eixos monumentais: a Via Triunfal, que numa linha reta vai de leste a oeste, saindo do antigo palácio real (hoje Museu do Louvre), passa sob o Arco do Triunfo do Carrossel, corta os jardins das Tulherias, sobe os Campos Elíseos até o Arco do Triunfo, que atravessa, e sempre em linha reta, vai até o Grande Arco da Fraternidade, no subúrbio de La Défense, obra recente, de 1989.
O outro eixo, menor, é formado pela linha que sai da Praça da Madalena, desce a rua Royale, corta a Via Triunfal e vai dar no Palácio Bourbon, a Assembléia Nacional da França, depois de cruzar o Sena sobre a Ponte da Concórdia.


Bem na intersecção desses dois eixos, está o Obelisco de Luxor, que reina na praça parisiense depois de muita História. Decorado com hieróglifos que relatam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés III, o obelisco é um dos monolitos em granito rosa que marcavam a entrada do templo de Amon em Luxor (foto abaixo), uma das quatro cidades que formavam Tebas.


Quando o exército de Napoleão penetra no coração do Egito e chega a Luxor, aqueles homens se extasiam diante de tanta beleza. Por eles, teriam levado tudo para a França...
Mas foi só em 1829 que esse desejo foi realizado. O vice-rei do Egito ofereceu ao povo francês os Obeliscos de Luxor e começou então a saga de transportar um deles para Paris. O monolito pesa 230 toneladas, mede 22m83 de altura: na base criada para sustentá-lo está gravada toda a saga da viagem e chegada à França e detalhes da inauguração na Praça da Concórdia.

A instalação se deu em 25 de outubro de 1836, diante de mais de 200 mil espectadores e da família real. Um engenheiro da Marinha francesa comandou a operação de soerguimento e instalação do obelisco, o que levou três horas.
O Obelisco de Luxor ocupa o exato lugar onde, durante a Revolução Francesa, revolucionários em fúria instalaram a guilhotina após arrancarem a estátua de Luiz XV. Entre 1793 e 1795, mais de 1300 pessoas foram decapitadas naquele exato local, incluindo Luis XVI, Maria Antonieta, Danton e Robespierre.
Após esse período sangrento, a praça sofreu várias reformas e muitas mudanças de nome até se fixarem no nome definitivo, Praça da Concórdia, para simbolizar o fim de uma era tumultuada e a esperança de um futuro melhor.
O Obelisco é um belíssimo monumento, que sobrevive há 33 séculos, mas que sofre mais com a poluição causada pelo tráfego do que jamais sofreu. 
François Mitterrand, num 'grande gesto' nos anos 90 do século 20, agradecido, disse aos egípcios que a França abria oficialmente mão do segundo obelisco, o que ainda está em Luxor... 
Abaixo, detalhe de alguns hieróglifos e do topo do monumento. 

 

Praça da Concórdia, Paris

MEDO DE VOMITAR



Giulio Sanmartini
Sempre, desde suas existência, os integrantes de Partidos dos Trabalhadores PT, tentam enganar a todos o tempo inteiro. Isso não constitui novidade, haja vista que é o hábito de grande maioria dos políticos brasileiros.
Mas os petista, ultrapassando todos os limites, já estão a insultar descaradamente a inteligência humana. Com o mensalão, esse insulto passou para a perigosa área do surrealismo.
Eles se valem para explicar o inexplicável, de uma realidade criada por eles e totalmente inexistente.
A fase surrealista foi inaugurada pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, ao afirmar que o escândalo, passado um tempo, seria encarado como uma piada de salão. Lula entrou na fase mórbida, quando depois de ter pedido desculpas à nação pelos atos criminosos  de seu colaboradores  mais próximo, num surto de loucura, passou a negar veementemente o existência do mensalão.
Depois vieram José Dirceu e José Genoino, querendo que suas penas fossem abrandadas, em memória de suas lutas contra a ditadura militar e a tentativa de implantar um regime democrático, quando todos sabem, que ele queriam na realidade substituir uma ditadura de direita por outra de esquerda e ainda dizem, que vão recorrer a tribunais internacionais, pois foram condenados por uma justiça viciosa.
Até aí, ainda dá para fingir que não se ouvem todos esses despautérios, mas uma notícia veiculada nessa segunda feira passada, mostrou que a coisa é muito séria e não pode ser tratada com tolerância.
O condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, assessor do ministério da Defesa, José Genoino, nas eleições de 2010 candidato a deputado federal, mas não teve votos suficientes, ficando como suplente do partido. Agora com o apoio do PT ele quer assumir em 2013 o cargo de deputado federal, pois o petista Carlinhos Almeida, deixará a vaga, pois foi eleito  prefeito de São José dos Campos (SP).
O presidente do PT Rui Falcão, que tem a capacidade de dizer a pior coisa na pior hora, afirmou: “O Genoino é o suplente e vai assumir. Sem problema nenhum (sic)”.
Vou parar aqui, pois tenho medo de vomitar no teclado de meu computador.
(1) Fotomontagem: O juiz de paz e futebol Ricardo Salvador Levianodowski Dali, com um novo adereço que fez em homenagem ao surrealismo petista.