quinta-feira, 29 de maio de 2014

Artigo, Carlos Brickmann - Pasadena é só um troquinho


A estranha operação da Refinaria de Pasadena, se tudo o que se fala estiver correto, deu prejuízo de pouco mais de um bilhão de dólares. Coisa pequena: o Fundo Soberano do Brasil é mais caprichado, custou muito mais caro.

Fundo Soberano é um fundo de investimentos controlado por Governos nacionais, para aplicar em países estrangeiros. Seu objetivo é aproveitar sobras de recursos e, com os rendimentos, garantir projetos futuros. A Noruega, por exemplo, criou um Fundo Soberano para aplicar a renda do petróleo, com o objetivo de fortalecer a Previdência Social (com o envelhecimento da população, há mais gente para receber e menos para pagar) e garantir a prosperidade do país quando não houver mais rendimentos das jazidas petrolíferas do Mar do Norte.

O Brasil criou nosso Fundo Soberano em 2008, quando começou a crise da bolha imobiliária americana. Objetivo declarado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega: financiar empresas brasileiras que investissem no Exterior. E como foi usado até agora? Um bom exemplo: o Fundo Soberano do Brasil comprou R$ 12 bilhões em ações da Petrobras. Pagou R$ 29,65 pelas ações ordinárias, com direito a voto, e R$ 26,30 pelas preferenciais, sem direito a voto. As ações despencaram - azares de mercado. Mas, no momento em que atingiram seu nível mais baixo, dois anos depois, o Fundo Soberano vendeu tudo. Comprou na alta, vendeu na baixa e perdeu R$ 4,5 bilhões. Do seu, do meu, do nosso dinheiro.

É prejuízo de uns dois bilhões de dólares. De deixar Pasadena com vergonha.

Quem fez

O Fundo Soberano é chefiado por Arno Augustin, secretário do Tesouro. Sempre que a pressão para tirar Guido Mantega aumenta, surgem informações de que seu substituto será Augustin. Imediatamente Mantega passa a ser ótimo.

Cinismo - Miranda Sá


by 

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br 

De longe, a gente vê o Brasil com uma lupa. A minha experiência é antiga; sempre que estou fora do País enxergo as coisas com mais clareza, e agora que estou convivendo com uma realidade semelhante – o narco-populismo de Cristina K – me convenço de que o cinismo lulo-petista atingiu o auge...
Comprovei isto, assistindo as respostas dos MAVs às mensagens no Twitter mostrando fotos do relacionamento íntimo de Lula da Silva e da sua laranja presidencial, confraternizando com os fantasmas do passado Sarney, Collor, Renan. As marionetes mantêm os mesmos argumentos: “O PSDB e FHC tinham as mesmas relações...”
Silenciam, porém, quando aparecem os fantasmas do presente, mensaleiros corruptos presos na Papuda, o falsário Pizzolato na Itália, e os sempre sorridentes André Vargas, Padilha e Paulo Roberto Costa – companheiros de fé. Calam-se porque a companheirada nada tem a ver com o tucanato.
Vou usar um velho clichê: é um cinismo revoltante. Este cinismo nada tem a ver com os filósofos Antístenes de Atenas e Diógenes de Sínope, neo-socráticos, fundadores da Escola Cínica. Àqueles pregavam um retorno à vida austera dos gregos; os cínicos lulo-petistas, ao contrário, querem a volta da esbórnia politiqueira que o seu partido antes condenava.
O PT se igualou ao que havia pior na política brasileira. Emparceirou com os 300 picaretas denunciados por Lula da Silva quando fingia combater a corrupção, embora pelego da Volkswagen e, segundo Tuma Jr., alcagüete do Dops paulista, sob o codinome “Barba”.
Os iludidos (se os há) representam uma fração por um inteiro. A velha militância, que se afasta envergonhada, denunciando as descobertas, algumas tardias, das estripulias do pelego-mor e da pelegada que o acompanha; os que ficaram são os caranguejos da utopia socialista, andando para trás na busca de um passado obsoleto com as bandeiras desbotadas de uma ideologia defunta.
Os novos são arrivistas, carreiristas, mercenários e oportunistas. Quando não estão pendurados nas tetas da administração federal recebem algo por fora... São estes que foram recrutados pela hierarquia do partido interno para “agitar” as redes sociais. Além dos blogueiros chapas-branca – com o banner de alguma estatal – surgiram os MAVs, com direito a congressos e seminários para aprender a atuar no mundo da Internet.
Estão fadados ao fracasso. São bloqueados pela má-educação ou linguagem inadequada; ou isolados pela ignorância do mundo real na cegueira da propaganda enganosa do virtual País das Maravilhas.
Os MAVs nem sequer alcançam o cinismo profissional da pelegagem; ficam no andar de baixo (ou nos porões) formando a rede de imposturas e de exageros na dissipação do dinheiro público. São aqueles cachorrinhos da antiga propaganda da RCA Victor ao pé do alto-falante ouvindo a voz do dono.
 Felizmente não teem condições de iludir ninguém, a não ser os que querem ser iludidos ou tiverem interesse nisto. Nós, que lemos os pensamentos de Abraham Lincoln, sabemos que: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.”
Quando um cínico lhe provocar pergunte-lhe pela inflação. Ele calará porque a inflação é indisfarçável. Ele não pode usar a estatística maquiada do PT-governo, porque os números dos preços na feira não mentem jamais.
O Índice de Preços Gerais do Mercado (IGP-M) sobe mês a mês. No primeiro trimestre já superou os números do mesmo período do ano passado. E a maior pressão veio dos gêneros alimentícios. Esse é o retrato de corpo inteiro do dragão, que havia sido acorrentado nos subterrâneos da República pelo Plano Real.
A volta da inflação radiografa a incompetência do PT-governo, e de sobejo o cinismo do ministro Mantega e de Tombini, presidente do Banco Central. Eles amordaçaram os institutos sérios deste País, o IPEA e o IBGE sob protestos dos seus pesquisadores e técnicos, mas de nada adiantou.
O problema está longe de ser apenas a alta dos preços. Ela vem associada ao crédito, aos gastos públicos, à renda familiar e às leis do mercado. Está na intervenção política no câmbio e nos juros.
A política econômica de Dilma – o mamulengo de Lula – está fora dos eixos. Rebaixamentos da nota do Brasil pela Standard & Poor's apontam o excesso de gastos do PT-governo, o desperdício e a corrupção. Lápis, base, cremes, batom e blush da "contabilidade criativa” é uma maquiagem que já não trapaceia. 
E não é só a inflação econômico-financeira. É a inflação do cinismo.

Venda do imóvel durante o contrato de locação



Uma das maiores dores de cabeça para quem aluga um imóvel é ter de devolver o imóvel locado em caso de alienação “venda” do mesmo a terceiro, enquanto o contrato locatício está em curso. 

Falamos aqui dos casos em que o locatário não quer exercer o direito de preferência, seja ele, por falta de dinheiro ou qualquer outro motivo. 

Neste caso específico, onde foi dado o direito de preferência e o locatário não exerceu, existe algo que possa ser feito para que o novo adquirente seja obrigado a respeitar o contrato de locação vigente?

A Lei nº 8.245, de 1991, conhecida como Lei do Inquilinato, trata das locações de imóveis urbanos. Nela estão previstas diversas situações que podem ocorrer na locação, dentre as quais, a possibilidade de o imóvel ser vendido durante a locação. O artigo 8° é que nos interessa nesse momento. 

Bem, a regra geral é que o contrato vincula apenas quem dele participa.

Sendo assim, se o imóvel é alienado (vendido) durante a vigência do contrato, o adquirente não estará obrigado a respeitar o contrato de locação em vigor. 

Entretanto, essa obrigação existirá se, concomitantemente:

a) O contrato de locação estiver por prazo determinado;

b) O contrato de locação contiver cláusula de vigência em caso de alienação;

c) O contrato de locação estiver averbado junto à matrícula do imóvel.

Ou seja, o locatário deve verificar se o contrato de locação assinado contém essas disposições e, se for o caso, averbar o contrato junto à matrícula do imóvel imediatamente.

Dessa forma, você terá a segurança e tranquilidade de permanecer no imóvel locado até o final do prazo contratual.

Sugestão de texto para a cláusula de vigência:

“Nos termos do disposto no art. 8° da Lei nº 8.245, de 1991, se o imóvel for alienado, a qualquer título, durante o período de vigência contratual, o novo adquirente, deverá respeitar a vigência estipulada na Cláusula ___. O presente contrato será averbado, às expensas da LOCATÁRIA, junto à matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis competente.”

Fonte: Portal Busca Certa imóveis - www.buscacertaimoveis.com 

Nunca antes na história deste país se roubou e mentiu tanto. #ForaDilma #ForaPT