terça-feira, 26 de janeiro de 2016

“NÃO É DESONESTIDADE, NÃO” - Augusto Nunes


Augusto Nunes

Augusto Nunes
Augusto Nunes

Na mais recente missa negra celebrada no Instituto Lula, com um bando de blogueiros de joelhos caprichando no papel de coroinha sabujo, Lula comunicou no meio do sermão que é ele o detentor do título de campeão brasileiro de honestidade. “Se tem uma coisa que eu me orgulho neste país é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu”, louvou-se o pregador. “Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da igreja católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual. Mais, eu duvido”.

Uma consulta a qualquer dicionário informa que só leva a sério o palavrório de Lula gente que acharia muito justa a vitória do seu colega Marcola no concurso que elegeu o Presidiário Modelo. O verbete ensina que o adjetivo honesto só é aplicável a alguém que seja 1) honrado, probo; 2) consciencioso, sério, digno de confiança; 3) justo, escrupuloso; 4) imparcial; 5) veraz; 6) decente, decoroso, virtuoso; 7) casto, pudico, recatado. Nem Marilena Chauí ousaria enquadrar seu santo padroeiro numa das sete opções.

O ex-presidente nasceu desprovido do sentimento da honra, nunca rimou com seriedade, inspira tanta confiança quanto um hipnotizador de circo mambembe, desconfia que escrúpulo é nome de inseto, é mais parcial que torcida organizada, mente como Dilma Rousseff, é tão virtuoso quanto Rosemary Noronha e acha que decência é coisa de otário. Para o homem que liderou a execução do projeto criminoso de poder, o único pecado mortal é perder eleição. A eternidade no poder é o fim que justifica todos os meios – do furto do cofrinho da bisavó à venda da mãe em suaves prestações.

Se os dicionários berram em coro que Lula não é honesto, o vídeo acrescenta que nunca foi. Os 22 segundos iniciais reproduzem a discurseira em que o camelô de empreiteira revelou aos blogueiros estatizados que será aprovado com louvor no Juízo Final. Os 68 segundos restantes registram o momento mais assombroso da conversa ocorrida em 25 de março de 2004 entre o então presidente e um faxineiro que, dias antes, havia devolvido ao dono a sacola com 10 mil dólares que encontrara no banheiro do aeroporto de Brasília.

Graças ao exemplo de honradez, o faxineiro Francisco Basílio Cavalcante conseguiu alguns minutos de notoriedade e um encontro com Lula no Palácio do Planalto. O visitante lutava pela sobrevivência permanentemente acossado por contas atrasadas. O anfitrião já entrava sem bater no clube dos milionários. Era o chefe supremo de um partido com os cofres abastecidos por dinheiro público ou negociatas com empresários generosos. E já havia pacificado o Congresso com a farra do Mensalão, que só seria descoberta em meados de 2005.

– Você acha que tem muitos brasileiros que fariam o que você faz? – pergunta Lula de saída, com a expressão de quem contempla uma esquisitice nativa.

– Tem – responde Francisco sem titubeios. – Tive alguns amigos que me disseram para ficar com o dinheiro, mas esse é o lado desonesto.

– Mas nem é desonestidade, não – discorda o presidente. – Quem acha um dinheiro assim, sem dono, pensa em melhorar de vida. Os que têm a consciência muito forte como você são muito poucos.

Ele nunca esteve entre esses “muito poucos”. Se fosse ele o faxineiro, o dono da sacola nunca mais veria a cor do dinheiro. Lula faria com os 10 mil dólares o que fizeram com os bilhões da Petrobras os canalhas que escolheu e apadrinhou.



Até quando seremos reféns de uma Elite omissa, uma Zelite rentista e da oligarquia de políticos corruptos?



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O grande bandido a ser combatido é o ente fictício chamado Estado Brasileiro sem controle pela sociedade. Ele é o "Pai" de todos os bandidos. Os demais sujeitos, principalmente políticos, são perigosos coadjuvantes, que se reproduzem no ambiente e no modelo em vigor. Por isso precisa ser radicalmente mudada a estrutura Capimunista Rentista tupiniquim - centralizadora, cartorial, cartelizada e corrupta. Ela é a "Mãe" e matriz estrutural das sacanagens brasileiras.

Repita-se por 13 x 13: o Brasil precisa ser refundado sob uma nova matriz constitucional federalista, realmente republicana, que garanta o controle do direto do cidadão sobre a máquina estatal. Só uma inédita Intervenção Cívica Constitucional - que começa a ser debatida a partir das redes sociais - tem condições de colocar o Brasil nos eixos corretos. Se isto não acontecer, o Brasil não tem jeito: continuará aquela colônia de exploração, potencialmente rica, porém mantida artificialmente na miséria, por interesses transnacionais, pela ignorância da maioria esmagadora do povo, pela senvergonhice das Zelites e pela omissão ou fraqueza das Elites (os que deveriam liderar os processos efetivos de mudança).

O Brasil é uma Republiqueta baseada em conceitos errados e equívocos cometidos propositalmente, com fins corruptos. Enquanto o barril de petróleo despenca no mundo inteiro, por aqui nossa zelite e nossos governantes alertam que é necessário aumentar ainda mais os preços dos combustíveis para equilibrar as finanças públicas. Mesmo com estas chuvas torrenciais e os reservatórios cheios, não se desligam as termoelétricas e o preço da energia elétrica continua altíssimo.
O desemprego é avassalador e nossos governantes só apresentam novas formas de aumentar ainda mais o achaque fiscal e continuam a aterrorizar as empresas em busca de receitas para sustentar as bilionárias e inescrupulosas mordomias dos donos do poder. Agora querem arrumar garantias via FGTS para que os bancos emprestem a trabalhadores sem emprego e sem renda. Assim, aquecendo o consumo via dívidas, eles esperam ganhar algum fôlego. Pelo menos até as eleições municipais.
As prefeituras, falidas e mal administradas, não conseguem manter o nível mínimo de qualidade para o atendimento à população. A saúde no Brasil – pública e privada – está falida e sem perspectivas. A falta de segurança no Brasil está mais para um país em guerra civil do que qualquer outra coisa. Inútil analisar em outra direção. Que o digam as nossas quase 60 mil vítimas assassinatos por ano... Perdão, elas não podem dizer nada. Já morreram. Mas nós ficamos aqui como mortos-vivos, sobreviventes na agonia.
As privatizações e concessões de estradas e portos, ao invés de servir de promoção do desenvolvimento ou de solução de problemas estruturais da economia brasileira, viraram fontes de receitas para os governos. Os leilões buscam levantar dinheiro diretamente. Depois, indiretamente, os vencedores da disputa ficam obrigados, por negociatas ou pela via das gestapos fiscalizadoras, a pagar propinas para tocar os negócios. Sobem as tarifas, e socializam o pagamento da sacanagem com a sociedade.
Tudo o que as nossas zelites, nossos burocratas e nossos políticos apresentam como solução para a crise brasileira é apensas uma forma de arrecadar mais dinheiro para os cofres dos governos. Dinheiro que eles querem só serve para manter as estruturas corruptas e os privilégios corporativistas tão em foco neste momento. Mesmo com as massas desempregadas ocupando as ruas, cada vez em maior número, nossos governantes parecem não saber lidar com a gravidade da situação.
Não querem entender que a crise atual é causada por uma estrutura de estado perdulária, corrupta, ineficiente e que promove todo tipo de injustiça para justificar sua própria existência. Nos discursos vazios, insistem em mentir para a população, alegando que as crises são "conjunturais" ou "culpa de problemas mundiais". Persistem na famosa lei da tecnocracia: criar dificuldades para vender facilidades.
Os brasileiros estão cansados desse sentimento de impotência. Por mais que tentem, pacificamente, as zelites insistem em não ouvir. O pragmatismo cínico delas, no mais canalha e burro raciocínio rentista, só enxergam a manutenção das vantagens no curto prazo, custe o que custar para os outros, é claro! Os brasileiros, cidadãos-eleitores-contribuintes, novamente assistiram, neste início do ano, a toda uma fúria de aumentos em impostos, taxas, tributos, além de todo tipo de achaque fiscal possível de ser praticado.
Inconformados com a dificuldade de fazerem os desempregados contribuírem com esta farra fiscal, o Bando Central quer ressuscitar a CPMF, que atinge a todos inclusive aqueles sem emprego. Para não falar nos aposentados. Nisso a CPMF é justa: atinge a todos mesmo. Até quando a o povo brasileiro aceitará ter sua vida e da sua família maltratada por gente tão inescrupulosa?
Calma... A hora da reação nunca esteve tão próxima... Desta vez, a crise estrutural vai desandar... Conchavos oligárquicos não conseguirão conter a ira de um povo pt da vida...

Releia o artigo de domingo: Dilma, se liga na Cármem Lúcia...


Por que é importante mexer na Dívida Pública?


Quem não viu, vale refletir sobre a palestra da Maria Lucia Fattorelli.

Malvada Dilma


Recesso acabando...


Altos e baixos


Além das medidas


Reação burra



© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Janeiro de 2016.