sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Charge do Duke (O Tempo)



O general americano que queria derrubar Fidel a qualquer preço



Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)
“Heroi de guerra”, “hábil diplomata”, “mestre em planejamento”. Estes foram alguns dos elogios feitos pelo jornal New York Times em 1988 no obituário que dedicou ao general de quatro estrelas Lyman Lemnitzer, morto aos 89 anos.
 Um plano diabólico contra Cuba…
Mas há um outro lado de Lemnitizer bem menos admirável. Lemnitzer foi chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, o posto mais poderoso da hierarquia militar americana. Ele estava neste cargo quando Kennedy assumiu a presidência, em 1961.
Lemnitizer desprezava Kennedy. Achava-o um fraco, uma presa fácil para os soviéticos na Guerra Fria. Ele o comparava a Neville Chamberlain, o premiê britânico que fracassou ao lidar com Hitler e acabou trocado por Churchill.
Lemnitizer temia que o comunismo triunfasse nos Estados Unidos. Para ele, programas sociais advogados por Kennedy eram passos perigosos rumo à socialização da economia. (É mais ou menos o que pensa Mitt Romney.)
Cuba, sob a órbita soviética, era uma ameaça enorme para o general. Então ele planejou uma ação que só se tornaria conhecida 40 anos depois, quando documentos secretos foram liberados.
Era a Operação Northwoods. Declarar guerra a Cuba era complicado interna e externamente. A invasão da Hungria pelos soviéticos, em 1956, estava fresca na memória do mundo. “Não podemos fazer de Cuba a nossa Hungria”, afirmava Kennedy.
Lemnitzer tinha uma saída. Com seus homens do Estado Maior, ele planejou um golpe perfeito. Os Estados Unidos realizariam uma série de atentados terroristas e os atribuiriam ao regime de Fidel Castro.
A base militar americana de Guantánamo seria atacada. Cubanos anticomunistas seriam mortos nos Estados Unidos. Um avião seria sequestrado e derrubado. Americanos morreriam, e assim estariam criadas as condições para uma guerra contra Cuba.
A opinião pública dos Estados Unidos clamaria por retaliação. E ficaria claro para o mundo que não se tratava de uma repetição da tragédia da Hungria.
Tudo isso é tema de um fascinante livro chamado “Body of Secrets”, Corpo de Segredos, do jornalista americano James Bamford. Foi Bamford quem descobriu os documentos nos arquivos dos serviços de inteligência americanos.
Não se sabe se o plano do general chegou até Kennedy. O que é certo é que ele foi passado para o secretário da defesa de Kennedy. O projeto foi, enfim, recusado. Ainda na gestão de Kennedy Lemnitzer foi afastado de sua posição. Pouco depois, ele assumiria o comando militar da Otan na Europa.
A descoberta do plano, quatro décadas depois de ser abortado, acabaria atiçando a imaginação dos adeptos da teoria conspiratória segundo a qual o 11 de Setembro foi tramado pelos próprios Estados Unidos.
Pessoalmente, entendo ser uma tolice essa teoria. Mas Lemnitizer, o “heroi de guerra” saudado pelo NY Times, acabaria passando para a história como um símbolo do jeito americano de ver o mundo e cuidar de seus interesses.

CRM para o IMOBILIÁRIO: Um Relacionamento Vitalício para Maximizar Vendas


No acompanhamento, relacionamento com os clientes é onde está a verdadeira fonte das “ dicas “ e as vendas do amanhã – sustentabilidade do negócio imobiliário, dependendo do sistema de retenção, tratamento e gestão da informação. Todas as situações de compra e venda têm uma explicação e um acompanhamento e essa entrega fará crescer a confiança dos prospects e aumentar o banco de dados.

Nenhuma situação mais demorada pode ser ignorada. O acompanhamento tem de ser feito mesmo passados os segundos noventa dias após o contato de interesse na compra da solução imobiliária, e a mesma atenção para os terceiros e quartos noventa dias. Cada agregado familiar ou indivíduo tem o seu processo de tomada de decisão de compra; uns mais demorados que outros, mas nunca se poderá pensar que desistiram da solução imobiliária oferecida pela imobiliária.

Qualifique os prospects durante o contato telefônico ou físico, colocando perguntas de identificação, localização atual, qualificação de recursos, autoridade de compra, necessidades, motivações, aspirações, tamanho da família, profissões, tempos livres e tempo de decisão, enviando posteriormente um relatório das soluções imobiliárias de acordo com a sondagem efetuada, perspetivando o comprometimento do prospect com a imobiliária e o acompanhamento competitivo e vitalício antes e depois da efetivação da venda.   
           
O segredo do comprometimento até ao dia da visita ao escritório da imobiliária ou estande de vendas para efetivar a compra está na qualidade do acompanhamento – uma presença permanente em casa do prospect através de contatos telefónicos (com mensagem convincente, nada cansativa, persuasiva e de impacto), informação escrita e folhetos de suporte à decisão de compra e uma garantia de um serviço único com diferenciais irrecusáveis no processo de compra e venda do imóvel. Marque a diferença, honre o acordo, agradeça a confiança e seja o primeiro da sua área de atuação a ser preferido nos serviços imobiliários de compra e venda de imóveis. 

Por : ÁLVARO MONTEIRO (*)

(*)Professor (DR/PhD – Eng,Manag&Mkt – Lond); carreira acumulada de 30 anos em posições de Assessor TOP Management; Executivo e Liderança Projetos Corporativos em Multinacionais e Empresas de Grande e Médio Porte; Acadêmico Associado e Diretor Programas Executivos Pós Graduação na Europa desde 1992 até 2010; Consultor, COACH, Membro do Comitê Científico do Instituto Brasileiro de Coaching, IBC; Palestrante, Escritor. Desde 1988 a capacitar profissionais imobiliários é Autor dos Livros NEGÓCIO IMOBILIÁRIO (2002); DOMÍNIO DA VENDA IMOBILIÁRIA (2005); Co-Autor/Tradutor da Obra Curso GESTION INMOBILIARIA – Esine – Módulo MARKETING INMOBILIARIO (Edição ENERO 2002) adaptado para a versão portuguesa MARKETING IMOBILIÁRIO – 2004; Autor da linha editorial do CECOA – NEGOCIAÇÃO E VENDA DE IMÓVEIS – 2007; Autor de mais de 30 publicações e mais de 200 artigos corporativos. Co-autor de SER+ com EQUIPES de ALTO DESEMPENHO e SER + com SAÚDE EMOCIONAL. Presidente AG de uma ONG (Unesco/ONU) e Embaixador no Brasil da mesma ONG. – www.alvaromonteiro.com.br 

MENSALÃO OU PODRIDÃO?



Plínio Zabeu
O STF encerrou o julgamento depois de quase  3 meses de atividades quando os ministros – dois deles deveriam se declarar suspeitos já que são intimamente ligados aos principais réus – discutiram e colocaram suas conclusões. A imprensa ainda  livre (sempre devemos usar o termo “ainda” já que os atuais  mandantes não deixam  de lutar pela volta da censura) permitiu o acompanhamento dos detalhes pela  parte da população realmente interessada em conhecer os bastidores da política brasileira. Foi possível avaliar a realidade dos fatos e a incrível  desfaçatez da parte ruim dos dirigentes governamentais nos últimos anos.
As acusações foram comprovadas, alguns  réus foram   absolvidos,  ficando a condenação para os que sempre comandaram a operação da mais alta corrupção na história do país como “nunca antes”.
Um deles, mais ativo no setor dinheiro,  recebeu uma pena  ainda  provisória de 40 anos de cadeia mais uma multa de mais de um milhão.  Dá para prever qual será a do principal articulador e executor do mensalão.
Os ministros esperavam a conclusão total para antes do segundo turno das eleições municipais.  Mas, ao que tudo indica, não haverá tempo suficiente para isso.  São muitos réus e cada um terá que ser condenado diante dos fatos julgados.  Além do mais, uma condenação completa poderia, de alguma forma,  influir nas eleições.
Como sempre acontece no Brasil, falta muito para uma conclusão final quanto às penalidades e o cumprimento delas.  Sabemos que, pela Constituição, a decisão do Supremo é definitiva e não caberá nenhum recurso embora os réus digam sempre que vão continuar lutando para provar a inocência.
Só que, de inocência, não existe nada mesmo.  Foram provadas tantas falcatruas, tantos atos ilegais, inclusive aqueles que, por serem comuns  tornaram-se de certa forma “legais”, como o chamado “caixa 2”.
Na verdade estamos diante de uma dúvida: Vamos continuar chamando tudo isso de mensalão ou seria melhor mudar o termo para podridão?  Essa gente se apossou do dinheiro público, manipulou dados, desrespeitou as leis, os direitos legais transformando tudo numa atividade corrupta  “como nunca antes” no Brasil.
Sejam quais forem as penas impostas,  quando tudo acabar o que precisa ficar definida será uma transformação total no modo de gerir o país em todas as esferas sejam federal, estaduais ou municipais.  Algo de bom certamente acontecerá e quem sabe uma nova era baseada na honestidade, na sinceridade, na ética   e principalmente  no respeito à nação e aos brasileiros em geral.  O dinheiro que essa gente roubou e dividiu entre eles é originado dos altíssimos impostos que o brasileiro paga  à custa do seu trabalho diário. Se a lição for entendida e bem aplicada, ninguém  mais poderá dele se apossar,  fazendo  o que vem ocorrendo principalmente de 2003 para cá.
Uma nova fase poderá se iniciar e então  não teremos mais nem podridão, nem mensalão.  È o que os brasileiros conscientes esperam.

OBRA-PRIMA DA SEMANA - PINTURA O Bandolim Azul (1930): Semana Georges Braque



Em plena Paris de hoje podemos ver o Bateau Lavoir, na rue Ravignan, uma das mais antigas ruas da colina de Montmartre. Até a Primeira Guerra Mundial, essa casa, antiga fábrica de pianos, serviu de abrigo e local de trabalho para vários artistas que ali fundaram uma colônia. Viveram e trabalharam ali Gauguin, Renoir, Picasso, Braque, Modigliani, Juan Gris... e muitos outros:


Quando Braque e Picasso eram rapazes e travaram amizade, a boêmia artística de Montmartre era composta essencialmente por jovens ansiosos por romper com o meio burguês. Compartilhando condições de vida muito modestas com as classes operárias, tinham ideias políticas semelhantes (esquerdistas e anarquistas) e gostavam de frequentar os mesmos ambientes.
Nem todos tinham as mesmas origens, mas entre os cubistas isso era quase a regra. Braque era um desses, filho de um pintor de paredes. Picasso não passara pelas mesmas privações, mas era um estrangeiro em Paris e não era rico.
Muitos indícios testemunham essa identificação real com as classes populares. Nenhum dos cubistas usava o avental comum aos pintores: Picasso gostava do macacão azul dos operários e Braque do macacão do mecânico, das calças do carpinteiro ou do boné do peixeiro.
Todos chamavam seu marchand, Daniel-Henry Kahnweiler, de Patrão e para se divertir gostavam das mesmas coisas: circo, café-concerto, cinema, esportes como o boxe, o ciclismo, e de dançar.


Músico amador, Braque muitas vezes desenhou e pintou temas musicais. No quadro que apresentamos hoje vemos um bandolim e um prato de frutas ao lado de uma partitura. As múltiplas perspectivas dos objetos sobre a mesa sugerem ritmo e repetição, lembrando uma experimentação musical.
As largas e amplas curvas do bandolim evocam a energia da música e da dança, enquanto as letras na partitura soletram a palavra “valse”.
De temperamento oposto ao de seu amigo Picasso, Braque muitas vezes foi deixado em segundo plano nas referências à criação do Cubismo. Mas sua importância é inversamente proporcional a essa omissão.
Quer se goste ou não, quer se aprecie ou não a criação desses dois gigantes da pintura, o que é inegável é que depois deles, a Arte de Pintar tomou um rumo inteiramente diferente: foram revolucionários!
Georges Braque viveu praticamente recluso os últimos anos de sua vida, mas não deixou de trabalhar em sua arte: produziu uma imensa quantidade de quadros, gravuras, esculturas, todas imbuídas da mesma qualidade.
Faleceu em Paris no dia 31 de agosto de 1963, aos 81 anos.
Em ‘O Bandolim Azul’ o artista aplicou grande quantidade de areia à tinta, o que dá uma aparência de textura real que contrasta com as ilusões que queria transmitir ao espectador.
Dimensão: 116.8 x 88.9 cm

Acervo: Saint Louis Art Museum, St. Louis, Missouri, EUA

Tarifário de Bordel em 1923 (ITÁLIA)