quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sociedade ilimitada - MARTHA MEDEIROS



ZERO HORA - 15/05

Tenho um amigo que é inteligente, mas nunca desenvolveu o hábito de ler. Fui a primeira escritora que ele conheceu pessoalmente, então aproveitei para, devagarzinho, introduzi-lo nesse novo mundo, primeiro dando a ele livros meus (ora, ora), e depois sugerindo outros melhores.

Ele foi bastante receptivo, mas eu percebia sua dificuldade em se fixar na leitura, em realmente embarcar na história – lia três páginas num sábado, mais três na quinta-feira, e assim, nesse pinga-pinga, levava meses até chegar à última. Semana passada, conversamos e ele me contou, orgulhoso, que já havia lido seis livros desde o início de 2013.

Parece pouco para quem lê 40, 50, 60 livros por ano, mas se compararmos com a média nacional anual (quatro, sendo que apenas dois são lidos até o fim e estão incluídos a Bíblia e os didáticos), seis livros de ficção entre janeiro e maio é uma façanha. Meu amigo está lendo mais, e com mais voracidade. Ele até brincou comigo: “Pareço aqueles fumantes viciados que quando estão no finalzinho da carteira já precisam ter outra fechada aguardando”. Ele fuma apenas três carteiras por dia, ainda bem que não é um fumante viciado.

Seis livros e mais ampliação de horizonte. Seis livros e a mágica de começar a escrever melhor, a se desamarrar de ideias prontas, a descobrir como vivem e sentem outras pessoas. Seis livros e menos televisão, seis livros e menos conversa fiada, seis livros e mais autoestima, seis livros e emoções nunca antes experimentadas, seis livros e outros seis na sequência, e mais 10, mais 17, quantos forem necessários até criar em cada leitor a sensação de pertencer a uma sociedade aberta, culta e evoluída.

Escrevi agora sobre a sensação de pertencer e isso me remeteu ao Clube Social Pertence, conduzido por Sarita Zinger e Victor Freiberg, que há 13 anos trabalham com deficientes. É um projeto de socialização de jovens que possuem poucas oportunidades de deixar o convívio familiar, devido a suas necessidades especiais.

O clube programa saídas, em pequenos grupos, para cinemas, teatros, restaurantes, churrascos, jogos esportivos e outros eventos, a fim de que aqueles que possuem restrições físicas e mentais possam desenvolver múltiplas vivências e se sentir integrados. A experiência tem sido um sucesso, mas falta mais divulgação, então eis os contatos: www.clubesocialpertence.com.br e www.facebook/clubesocialpertence.com.br.

Nem todo vício é ruim. Nem toda dependência é danosa. Um livro emendado no outro. Uma pessoa contando com outra. O que parece prisão, é justamente o contrário.

O Estado laico e a pregação da intolerância, por Bruno Lima Rocha



A resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), datada de 14 de maio, obrigando os cartórios do Brasil a registrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, traz mais luz para um tema atravessado pelo obscurantismo e a ignorância sistêmica. Em tese o Estado brasileiro é laico. Apenas em tese.
Para nossa desgraça, o discurso do sagrado, imiscuindo intérpretes da fé dentro da vida privada, hoje marca as ações mais retrógradas na sociedade. Já escrevi isso antes e repito, porque parece piada, mas é tragédia.
No início do século XXI, o pensamento conservador desceu de andar da pirâmide social e caminha lado a lado do pior da política brasileira. Quem pensou nas seitas neopentecostais e a legião de tele-evangelistas dublês de políticos profissionais, acertou.
O problema da pregação reacionária utilizando mecanismos quase caricatos e reproduzindo a Teologia da Prosperidade é que esta legitima tanto a acumulação capitalista – e por consequência o consumo suntuoso – como as posturas de intolerância.
Os direitos homo afetivos, assim como os direitos reprodutivos – e a legalização do aborto – deveriam ser fatos consumados e não tabus insuperáveis.


Deveríamos estar discutindo a natureza do poder e do exercício democrático, e não temas recorrentes como racismo e homofobia. Mas, a correlação de forças é outra. A simples presença do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara obriga-nos a seguir no debate.
Toda pregação intolerante reforça comportamentos idênticos, em todos os níveis. A violência contra homossexuais é retroalimentada pela linguagem violenta da pregação conservadora. Os pastores que pregam a intolerância são co-responsáveis por cada homem e mulher covardemente agredidos.
Se a homofobia fosse enquadrada como crime, nenhum dublê de político e apresentador de TV poderia usar este argumento como balela criacionista. É por isso que o texto do Projeto Lei 122 é tão importante. Infelizmente, é outra lei que caminha a passos lerdos e pelo visto não sai tão cedo.
O CNJ tomou uma decisão acertada, mas poderia ir além. Tanto o Conselho como o Supremo poderiam seguir os passos da Suprema Corte do Canadá. Lá, nenhum discurso bíblico – nem mesmo o escrito - pode ser usado contra a homossexualidade e quem o fizer é enquadrado no crime de ódio e assim é punido. A opção sexual é um direito individual e assim deve ser respeitado. O Estado laico tem de ser forçado a respeitar estes direitos e punir quem os ataca.

Bruno Lima Rocha é cientista político.
(www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)

New York, New York - Frank Sinatra



Quinze anos sem 'The Voice'

'Enganação não é democracia', por Ricardo Noblat


Ricardo Noblat - 
15.5.2013
 | 18h53m
COMENTÁRIO


A continuar nesse ritmo, somente amanhã, depois das 5h, a Câmara dos Deputados acabará de votar todas as emendas à Medida Provisória dos Portos.
O Senado só terá amanhã para aprovar a Medida, do contrário ela caducará à meia-noite.
De que adianta o Senado ser chamado a votar uma Medida Provisória se for mínimo, irrisório o tempo que dispuser para debatê-la?
Melhor então estabelecer o seguinte: Câmara e Senado ficam dispensados de votar qualquer coisa desde que o governo tenha maioria para aprová-la.
Não precisam, sequer, se reunir.
Sairá mais barato.
Democracia não combina com enganação. Se é enganação não é democracia.

CHARGE DO PELICANO

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Pelicano, hoje no Bom Dia (SP)

CHARGE DO ALPINO - ONU: comer insetos pode combater a obesidade



Sobe preço das grandes obras: vão faltar recursos



Pedro do Coutto
Reportagem de José Ernesto Credêndio e Dimi Amora, Folha de São Paulo, 13 de maio, a nova medida colocada em prática pelo governo federal alterando o modelo de contratação de obras públicas. Para os grandes empreendimentos, incorpora-se uma elevação automática sobre o orçamento inicial do projeto. Trata-se da Taxa Adicional de Risco, também chamada de Regime Diferenciado de Contratações.
Na sequência dessa reportagem, encontra-se uma outra, de Felipe Bachtold, acentuando que o RDC foi instituído para as obras vinculadas à Copa do Mundo de 2014, mas, como deveria estar previsto, alastrou-se pelo país.

A Taxa Adicional de Risco, calculada em torno de 17%, valor médio dos antigos termos aditivos adotados pelo DNIT, representa, diz a primeira matéria, de compensar os acréscimos tradicionais que desapareceram em 2011, consequência de uma série de suspeitas apontadas inclusive pelo Tribunal de Contas. Agora, em vez de aditivos no meio da execução dos trabalhos, as adições são feitas no início, mesmo não se sabendo se dificuldades ou obstáculos imprevistos vão ou não surgir no caminho das obras.

A fração de 17%, entretanto, não é fixa. Varia de acordo com o grau de risco admitido pelo governo. Representa, como se constata, um valor extra destinado a compensar custos que eventualmente surjam durante a execução dos trabalhos. Cabe a pergunta: se empreiteiras vão devolver a parcela que receberam a mais? Claro que não. Assim, o novo sistema encarece as obras públicas e vai provocar a falta de recursos para as obras menores não incluídas no processo. Mas as pressões, através dos quadros políticos, se faz sentir. Porquê o adicional se restringe aos investimentos de porte? Obras para a construção de quadras esportivas e de creches, assinala Felipe, estão recorrendo ao modelo. Querem ser incluídas ,

FISCALIZAÇÃO DIFÍCIL
Para a Procuradoria da República, o modelo dificulta a fiscalização de como o dinheiro público é aplicado. A Procuradoria Geral questionou o sistema junto ao Supremo Tribunal Federal, instância para a qual o tema se deslocou. Começou destinado às obras da Copa e das Olimpíadas de 2016 no Rio, mas foi se expandindo. Um dos patamares atingidos foi o Programa de Aceleração do Crescimento.

Na visão oficial, não anunciar os custos na fase da contratação das obras impede as empresas de combinarem valores para assegurar um resultado comum. Mas a prática dá margem à transferência da responsabilidade sobre os projetos para o setor privado. A dificuldade não é apenas essa. O programa de investimentos públicos, página 4 do Diário Oficial de 5 de abril de 2013, está orçado em 110,6 bilhões de reais, vinte e conco por cento superior ao executado em 2012. Comparando-se o programa de aplicações de capital, reprodutivas por natureza, ao total do orçamento em vigor (2,2 trilhões), verifica-se que seu peso é de aproximadamente cinco por cento.

Muito pequeno para a dimensão do país e para implantar ritmo forte ao processo de desenvolvimento econômico. A Taxa Adicional de Risco, portanto, vai absorver inevitavelmente parte considerável dos recursos. E concentrá-los nas que visam a Copa e as Olimpíadas, em prejuízo das demais. O tema necessita ser melhor estudado. Se for ainda possível fazer isso.

Senado convida Gilberto Carvalho para explicar sindicância sobre Rosemary Noronha



 “Querem mesmo que eu fale???”
Gabriela Guerreiro (Folha)
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) terá que explicar, no Senado, acusação de que teria tentado impedir a realização de sindicância instalada pelo governo para investigar a atuação de Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo.
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado aprovou terça-feira convite para Carvalho falar aos senadores.
Aliado do governo, o presidente da comissão, senador Blairo Maggi (PR-MT) colocou o pedido em votação em uma sessão esvaziada – o que impediu a mobilização de governistas para impedirem a aprovação da convocação.
O pedido é de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do PSDB. Nunes pede, no requerimento, que Carvalho preste esclarecimentos sobre a “investigação paralela” conduzida pela Secretaria Geral da Presidência sobre a atuação de Rosemary. Segundo reportagem da revista “Veja” na semana passada, o titular da pasta teria agido para impedir investigações contra Rosemary, de quem é amigo pessoal.
A sindicância foi aberta pelo governo no ano passado para apurar a conduta de Rose, que é uma das investigadas pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, sobre um esquema de venda de pareceres e tráfico de influência no governo.
MÁXIMO RIGOR
Paralelamente à investigação criminal, o governo decidiu abrir uma comissão de sindicância, formada pela CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advocacia-Geral da União) e Casa Civil, para investigar administrativamente a conduta de Rose.
Indiciada por formação de quadrilha, ela foi exonerada do cargo em dezembro. Mesmo assim, o governo abriu uma comissão de sindicância para investigar administrativamente sua conduta.
A defesa da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo tenta demonstrar que toda nomeação depende de um “colchão de apoio político e institucional”.
“Quem sabe a CGU não vai desencadear novas sindicâncias contra outras autoridades, partindo dos mesmos critérios usados em relação a Rosemary?”, diz o advogado Fabio Medina.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Hoje, nem precisei escrever. Gabriela Guerreiro fez um bom trabalho. Ela só esqueceu de assinalar que o rigor aplicado pelo Planalto contra Rosemary (leia-se: contra Lula) não foi aplicado a nenhuma outra “autoridade governamental” acusada de corrupção ( e são tantas…). Esta é a verdadeira questão, conforme temos registrado aqui na Tribuna. (C.N.)

Procuradoria reage e diz que Polícia Federal quer monopólio da investigação



Fausto Macedo (O Estado de S. Paulo)
O Ministério Público Federal (MPF) reagiu às críticas do superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, delegado Roberto Troncon Filho, que, em debate na sede paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), na semana passada, defendeu a PEC 37, Proposta de Emenda à Constituição que alija promotores e procuradores do poder de investigar crimes. “Não é o Ministério Público Federal que quer o monopólio da investigação, a polícia é que está atrás”, afirma o procurador da República Hélio Telho.
Especialista em combate ao crime organizado e à corrupção, Telho foi indicado pela Associação Nacional dos Procuradores da República para rebater os argumentos de Troncon, que condenou a “campanha articulada em nível nacional por parte do Ministério Público, que carece de fundamentos técnicos jurídicos, mas tem sido bastante eficaz no convencimento das pessoas que não são do mundo jurídico, por usar uma prática maniqueísta condenável”.
Hélio Telho, o procurador, disse que não foi sua instituição quem propôs a PEC 37. “O Ministério Público não é contra a PEC 37 por se considerar melhor, ou acima do bem e do mal. É contra porque a PEC 37 restringe a um único órgão a investigação, pressupondo que esse órgão é a polícia, capaz de estar acima do bem e do mal. Achamos que tem que ser realizado um trabalho conjunto. Precisa haver uma conjugação de esforços no combate à corrupção.”
Ele assegura que o delegado federal está equivocado ao dizer que o Ministério Público se acha o único que pode combater a corrupção. “Nós não achamos isso. Em Goiás, por exemplo, temos diversas unidades da federação envolvidas no combate a desvios. Cada um tem a sua função. Não se combate sozinho esse tipo de ilícito. Não é assim, com um herói, com uma única pessoa. Tem que ter transparência, controle interno e externo das ações. A gente tem isso em mente.”
Hélio Telho disse que, de fato, o Ministério Público já tem poderes para requisitar abertura de inquérito policial e diligências, mas faz uma ressalva. “O Ministério Público tem que ser atendido, só que na prática os administradores públicos aprenderam a utilizar a chamada reserva possível. Existe a obrigação de fazer, mas alega-se que não há efetivo disponível, que não há recurso nem estrutura suficiente. A polícia atende as nossas requisições de acordo com as prioridades dela. Muitas investigações, por exemplo, têm início atrasadas, a obra suspeita já está sendo concluída. Ora argumentam deslocamentos de quadros para o Jogos Panamericanos, ora para a visita do Papa. Por isso, as investigações andam devagarzinho.”
BUROCRACIA
O modelo do inquérito policial, avalia o procurador, está ultrapassado. “Você só vê atos burocráticos. Pedem prazo, concedem prazo, e reiteram ordens de missão, mas o resultado é quase zero. A diligência mesmo, ouvir depoimento da testemunha, fazer uma perícia, a campana, a vigilância, praticamente não existem. Porque o inquérito policial é extraordinariamente burocratizado.”
Na avaliação do procurador Hélio Telho, apenas 15% a 20% do teor dos inquéritos referem-se exatamente à investigação. “Perde-se muito tempo com procedimentos burocráticos, quando poderiam trabalhar na obtenção das provas. Barrar a possibilidade de o Ministério Público ir atrás das provas para instruir uma ação penal é castrar a instituição.”
O procurador é taxativo. “A Constituição diz que o Ministério Público é o titular da ação penal e tem que provar o que está alegando na acusação. Se for instalado o monopólio da investigação na polícia, o Ministério Público só vai levar à Justiça o que a polícia diz que apurou. Não se pode ficar refém do trabalho da polícia ou do interesse de quem manda na polícia, que é o governador. Tem criminoso do colarinho branco que até tem o número do celular do governador, ‘e aí meu chapa, como é que é?’ Às vezes acontece até do governador ligar pro cara e dar parabéns para ele. Não pode ser assim.”

Acredite se quiser: Ministro da Justiça diz que Brasil não pode mudar maioridade penal



Karine Melo (Agência Brasil)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira (15) que qualquer tentativa de alteração da maioridade penal é inconstitucional. Segundo ele, esta é uma cláusula pétrea da Constituição e, portanto, não pode ser alterada.
“Mesmo que a questão jurídica fosse superada, você colocar um adolescente preso com adultos só vai agravar o problema. Só vai servir para organizações criminosas captarem gente”, disse. Como alternativa, o ministro defendeu a discussão de outras medidas como, por exemplo, o agravamento da pena para quem usar menores em ações criminosas.
Durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado,o ministro fez críticas ao sistema penitenciário. “As condições do sistema prisional brasileiro são péssimas. As organizações criminosas nascem dentro dos presídios”, disse. O ministro defendeu a aplicação de penas alternativas para crimes menores. “O modelo atual não só não recupera como deixa a pessoa pronta para praticar delitos ainda maiores”.
As cláusulas pétreas são limitações ao poder de reforma da Constituição. No caso brasileiro, o Artigo 60 diz que “A Constituição poderá ser emendada mediante proposta”, mas “não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais.

O PRINCÍPIO DE DILLINGER



Ralph J. Hofmann
O Brasil inovou bastante nos últimos dez anos. Criou entre outras coisas a cueca para  transporte de valores com capacidade para transporte de quantias realmente impressionantes.
Agora surge um novo desafio.  Criar colchões com travas eficientes onde o cidadão possa guardar seu dinheiro.
Tarso Dillinger
Tarso Dillinger
No andar da carruagem o colchão  um cofre enterrado na praia (como faziam os Piratas do Caribe) ou efígies religiosas de madeira  ocas  recheadas com ouro em pó serão os únicos locais e formas seguras para depositar os valores.
Se o dinheiro virar objeto de registro formal vira presa.
Isto comprovou-se quando do confisco das contas bancárias por Collor e agora volta a ficar em evidência quando o governador do Rio Grande do Sul se apropria de 4.2 bilhões de reais em depósitos judiciários valores que nada tem a ver com a coisa pública e sim de propriedade de litigantes em processos.
A vingar esta medida os contratos que hoje normalmente rezam em suas disposições gerais “quaisquer disputas serão resolvidas no foro  de  (….. algum município brasileiro)“  passarão a ser “quaisquer disputas serão resolvidas no foro  de (cidade e país que não o Brasil).”
Logicamente os depósitos judiciais também deverão ser feitos em tais países.
O caso é que no Rio Grande do Sul aplica-se o Princípio de Dillinger talvez aprendido por Tarso Genro durante o período em que estava escondido no Uruguai e observava (de longe e em absoluta segurança) seus companheiros assaltando bancos no Brasil.
John Dillinger, “inimigo público número um”  dos Estados Unidos durante o auge do banditismo perguntado por que assaltava bancos respondeu: “É porque lá é onde está o dinheiro”.
Tarso Genro anotou essa lição.

MESMO ESTANDO EM CASAS DIFERENTES…



…AMBAS VEM DO MESMO PENICO
Giulio Sanmartini
Cristina Kirchner manipulação e adultera de forma grosseira a realidade econômica do país. As estatísticas econômicas oficiais viraram piada. A inflação anual oficial foi de apenas 10%. O valor real é 24%, com a projeção de bater em 30% no fim de 2013. O crescimento do PIB do ano passado não passou de 0,7%, oficialmente chegou aos 1,9%, mais que o dobro da realidade. As reservas internacionais não passam de 3º bilhões de dólares, um histórico índice negativo, oficialmente está em 41 bilhões.pinoquias
Dilma Rousseff faz igual, mas com menos habilidade. No final do ano passado, fez uso de uma série de artifícios para melhorar as contas públicas, culminando com um pacote baixado no último dia útil do ano.
Não fossem a atenção de analistas e até mesmo a sofisticação da contabilidade pública brasileira, o “jeitinho” para fazer o superávit primário de 2012 formalmente atingir a meta de 3,1% do PIB teria passado despercebido.
Do pacote constaram dois decretos, uma medida provisória – assinados, portanto, pela presidente Dilma – e quatro portarias do Ministério da Fazenda, de responsabilidade de Guido Mantega.
Pouco antes, foram transferidos R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano com o mesmo objetivo de inflar o superávit primário, como se fosse dinheiro derivado de corte de despesas ou acréscimo de arrecadação.
Outra coisa em comum, é que os penicos das duas estão transbordando.

É FÁCIL



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Gastaram-se milhares de resma de papel e toneladas de tinta, tentando explicar os problemas em que o país está envolvido na “administração” Dilma Rousseff.
Mas aí, num período de três linhas com 51 palavras, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), disse tudo.CHARGE-SPONHOLZ-31
“Eles instrumentalizaram o estado brasileiro; o estado é todo petista. O Brasil hoje é um país profundamente medíocre, uma mediocridade generalizada, não é feito um debate sério, não se discutem as coisas mais sérias do país. Ao PT e à presidente Dilma não interessa nada disso, só interessa a picuinha eleitoral”.

O seu dinheiro jogado na rua


Posted: 14 May 2013 04:22 AM PDT
POR JORDI CASTAN

Há uma queixa, principalmente dos técnicos do IPPUJ, de pessoas que se consideram injustiçadas pelo pouco reconhecimento e até pelas críticas ao trabalho que desenvolvem. Chegam a posar de perseguidos, frente ao que não é mais que uma simples comprovação estatística  É importante que esse trabalho seja reconhecido e é a isso que nos propomos  neste texto.

Acompanhem as imagens (o primeiro conjunto de fotos se refere a obra realizada há poucos dias na Rua Padre Antônio Vieira). É evidente que a obra foi mal planejada, a rampa não atende à legislação sobre acessibilidade, o material é reaproveitado, a execução é péssima e o acabamento não deveria ser aceito se houvesse algum tipo de fiscalização. O pior é o perigo que representa o obstáculo criado, para os veículos que trafegam pela citada rua.


Clique para ampliar as imagens

O segundo conjunto de imagens, tomadas menos de uma semana depois de inaugurada a obra-mestre da nossa engenharia de tráfego, mostra que mais de um veículo já bateu nela, passou por cima do canteiro, quebrou o meio fio e que precisará ser refeita ou reformada. Alguém será responsabilizado? O mais provável é que não e que a obra seja reformada frequentemente.

Enquanto os contribuintes continuarem pagando a preço de ouro por obras de pessima qualidade e sustentando a incompetência que tem se instalado no país, seguiremos presenciando este tipo de obras mal feitas, um dreno de recursos públicos que, por mal usados, acabam sendo sempre escassos.

O prefeito Udo Dohler terá muito trabalho, com a equipe que tem se quiser mesmo cumprir o que veementemente afirmou no seu discurso de posse, quando afirmou: "Não permitiremos o desperdício de um único centavo do dinheiro público".


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A melhor parte da obra é o toque que proporciona o canteiro de flores de amor perfeito. Alguém imaginar que um canteiro de flor possa prosperar com 10 cm de barro sobre o asfalto mostra o nível de ignorância e incompetência que por aqui viceja e não acaba. É a cereja do bolo. 

O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE - Há, entre a maioria da população, a percepção que as obras públicas projetadas e executadas em Joinville estão longe do ideal, tanto no que se refere à qualidade do projeto, quanto na contratação, fiscalização e execução.

É importante entender cada um dos passos. O projeto define o que será feito, onde será feito e de que forma será executado. Os projetos das obras públicas, em Joinville, são responsabilidade do IPPUJ. Depois do projeto pronto, a contratação compete à Secretaria de Administração, ao Ittran. Ou pode também ser responsabilidade da Fundema ou da Fundação Cultural, entre outros órgãos da administração pública que elaboram os processos licitatórios para contratar a empresa ou as empresas que executarão a obra ou serviço.

A fiscalização pode ser própria, da Prefeitura, ou contratada a terceiros. É responsabilidade da fiscalização garantir que a obra seja executada de acordo com o que foi projetado, verificando a quantidade e a qualidade dos materiais e acabamentos, para que o resultado final seja exatamente o projetado. Cabe à empresa contratada executar a obra de acordo com o projeto, nos prazos estabelecidos no contrato e pelo preço contratado.

Numa leitura rápida, fica claro que há uma boa possibilidade que o processo não funcione como o previsto e assim o resultado da maioria das obras públicas - não só em Joinville, mas em praticamente todas as cidades brasileiras - pode ser classificado entre ruim e péssimo. O maior problema, além de todos os incômodos que ocasionam estas obras mal projetadas, mal contratadas, pouco fiscalizadas e pior executadas é o desperdiço de recursos públicos. Dinheiro seu, meu, nosso, que corre pelo ralo. E além de gerar aditivos e sobrepreços exagerados na fase de construção, ainda exigem reformas e retrabalhos antes de ser inauguradas, e revitalizações ou reformas estruturais pouco tempo depois de entrar em uso.

Se nos concentrarmos em Joinville, não há uma obra pública de porte executada nos últimos 10 ou 15 anos que fique a salvo desta análise. Seja o Centreventos Cau Hansen, a Arena, a Passarela Charlot, o Megacentro Wittich Freitag na Expoville, qualquer um dos Parques do Fonplata ou das obras maiores de pavimentação e drenagem. A nível nacional a quantidade de obras que entrariam na lista é logicamente maior e os volumes envolvidos são quantiosos, desde a transposição do Rio São Francisco, passando pelas obras dos Jogos Panamericanos, sem esquecer as duplicação da BR 101 e tantas outras que com certeza estão ainda na memoria do leitor mais atento. A lista é, lamentavelmente inesgotável.

Se imaginava que a nova administração mudaria o cenário e que Joinville entraria numa fase em que a qualidade e a correta aplicação dos recursos públicos seria prioritária, então é bom tirar o cavalinho da chuva, porque a tônica é a mesma que em governos anteriores ou pior.

EU SÓ TRABALHO AQUI



Eu não acreditava no que estava ouvindo!
Eu perguntei à pessoa que atendeu uma coisa, duas coisas, três coisas a respeito da empresa e da loja, dos produtos que vendia. Ela não sabia quase nada! Quando disse a ela que ela parecia não conhecer muito sobre a própria empresa, ela respondeu:
“- Eu só trabalho aqui…”
Parece mentira mas há pessoas que realmente são colocadas na loja,  e não recebem sequer um mínimo de treinamento. Quando muito são “adestradas” em dizer “bom dia” ou “boa tarde”. Ou mesmo no uso de um equipamento telefônico,  mas não se lhes é explicado o que é a empresa, a loja, qual a sua linha completa de produtos ou serviços, o que ela realmente faz, quem são seus principais clientes, quem são as pessoas com as quais mais se relaciona, quem são os principais fornecedores, etc.
As pessoas são colocadas a trabalhar sem que passem por um treinamento de integração com os demais funcionários, o que a empresa ou loja pretende ser no futuro, se faz ou não parte de uma cadeia de lojas, de franquia. Se franquia ou filial, quem é o franqueador, de onde vem, como é nos outros lugares, etc., etc.. Se é uma empresa que tem franqueados, quem são esses franqueados. Se tem filiais, onde estão, como são, etc. Não são apresentadas formalmente à própria marca, não fazem degustação ou experimentam os produtos que a empresa fabrica e comercializa. São simplesmente jogadas em situação de trabalho e por isso não sentem-se comprometidas com a empresa e só podem dar a resposta que a atendente me deu:
“- Eu só trabalho aqui…”
E é assim que realmente se sentem. Não vêm a hora em que o expediente acabe para ir embora. Não se interessam por nada, pois que não sabem sequer pelo quê deveriam se interessar. Ficam como verdadeiros autômatos que no final do dia vão para casa e no final do mês recebem um salário.
E aí o patrão reclama, a patroa reclama dizendo: “Não se faz mais empregados como antigamente…”. A verdade é que antigamente as pessoas sabiam mais sobre a empresa, sobre a loja em que trabalhavam, os produtos eram em menor número, os concorrentes também. Hoje o número de concorrentes, produtos, marcas, fornecedores é imenso. Tudo mudou!
Sempre ouço que os funcionários de hoje não são comprometidos com a empresa, com a loja e nem mesmo com o cliente. Muitas vezes isso é realmente verdade. Há funcionários ruins mesmo. Mas por que são tão ruins? Será só má vontade? Muitas vezes os patrões inferem que os subordinados saibam as mesmas coisas que eles patrões sabem. Isso é um grande erro. O patrão, o lojista, o empresário, o dono ou dona, tem contatos o dia todo que seus funcionários não têm. Têm um nível e gama de informação que seus funcionários não têm. Sem comunicar constantemente essas informações, visão de futuro, etc., aos seus funcionários, como exigir que eles se comprometam?
Para que seus funcionários sejam realmente comprometidos é preciso que sejam treinados, treinados e treinados. Do contrário você terá em sua empresa um time que “só trabalha lá” e que dará a seus clientes “momentos trágicos” ao  invés de “momentos mágicos”.
Pense nisto. Sucesso!

Preços de imóveis ao redor do Castelão sobem mais do que em outras áreas.


Estádios da Copa valorizam os Imóveis.

 
venda de imoveis


Com a proximidade da Copa do Mundo e a confirmação de que Fortaleza será uma das seis cidades-sede dos jogos da Copa das Confederações, que acontecem em junho de 2013, os preços dos imóveis na capital dispararam, especialmente aqueles localizados na área ao entorno do estádio Castelão.

Atualmente, o valor do metro quadrado na área pode variar entre R$ 2.400 a R$ 4.000, de acordo com Paulo Angelim, sócio-diretor da Viva Imóveis. Segundo ele, os terrenos e imóveis situados naquela região, tiveram uma valorização anual de 10% acima da média verificada em outras regiões da cidade, o que é muito.

"Essa valorização deve permanecer de acordo com o uso que se der ao Castelão, se for um uso sustentável, com a implantação de shoppings centers, com equipamentos paralazer e eventos vai continuar valorizada mesmo depois dos eventos".

Para Paulo Angelim, o processo é mais intenso na área mais nobre ao entorno do Castelão, como o bairro Passaré. Segundo ele, outras áreas interessantes para quem quer comprar imóveis são Messejana, Parangaba e Itaperi. "A expansão nomercado é para toda cidade de Fortaleza, e as regiões no País que receberem infraestrutura para a Copa serão beneficiadas também", diz Paulo Angelim.

Valorização em Etapas:
venda de imoveis


O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis Ceará (Creci-CE), Apollo Sherer, diz que o processo de valorização ao entorno do Estádio ocorreu em três etapas.



Na primeira, quando Fortaleza foi anunciada como cidade-sede da copa, houve um pequeno aumento no preço dos imóveis e muitos aproveitaram para investir na área. No segundo momento, quando as obras de infraestrutura e mobilidade foram anunciadas, aconteceu uma supervalorização. "Podemos considerar esse momento como o ápice. Nesse período a valorizaçãochegou a surpreendentes 100%".

A terceira etapa é o momento atual. Agora, segundo Apollo Sherer, os preços dos imóveis estão estabilizados e a possibilidade de um novo aumento no preço dos imóveis é muito pequena. 

"Após a copa do mundo, é possível que haja uma nova valorização por causa da infraestrutura instalada, com metrô, hotéis e shoppings". Para ele, os bairros localizados no entorno do Castelão são muito agradáveis, e a tendência é de que haja uma procura maior por essas áreas.