quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Apartamentos menores e mais caros: Tendência de SP


 fonte: Exame

Um segmento crescente de paulistanos está escolhendo pagar mais caro para morar perto do trabalho em vez de manter residências grandes e bons carros

 : Apartamentos menores e mais caros: Tendência de SP
Construção de prédio em São Paulo: apartamentos cada vez menores, mas perto do trabalho – Paulo Fridman/Bloomberg
Um congestionamento de quatro horas em São Paulo, em dezembro, acabou convencendo Ricardo Tadeu Souza Valle que era hora de ir embora.
Vendeu seu apartamento de três quartos e 100 metros quadrados no bairro da Saúde, a 16 quilômetros de seu escritório, e comprou uma residência com menos da metade do tamanho.
Ele se muda para o novo lugar até outubro, reduzindo seu trajeto diário para o trabalho, na Chácara Santo Antônio, para uma caminhada de 10 minutos — e, em troca, está pagando 30 por cento a mais.
“O trânsito de São Paulo tem piorado muito, por isso resolvi morar perto do trabalho para não ter que pegar o carro”, disse Valle, paulistano de 32 anos que é sócio da consultoria financeira Conquest Brasil.
Valle faz parte de um segmento crescente de brasileiros que está escolhendo pagar mais caro para morar perto do trabalho em vez de manter residências grandes e bons carros.
Outras mudanças sociais também estão empurrando pessoas de classe média para apartamentos menores, como a disposição de abrir mão de uma empregada que more em casa e os filhos que deixam o ninho em vez de morarem com os pais até se casarem.
“Demografia, estilo de vida, emprego e crédito – essas são as razões da demanda por imóveis no Brasil”, disse Eduardo Muszkat, diretor-executivo da You Inc., construtora especializada em moradias compactas.
“E aí você vem para São Paulo, onde o transito é caótico, então morar perto do trabalho ou do metrô aumenta muito o valor percebido do prédio”.

Aquisição de terrenos

O afluxo para distritos comerciais como Itaim Bibi tem impulsionado os preços dos imóveis porque os terrenos estão se tornando escassos.
A oferta imobiliária já é limitada devido à densa população de São Paulo, que aumentou em 1 milhão de pessoas na última década, para cerca de 11,4 milhões de pessoas, espalhadas por 1.491 quilômetros quadrados.
“O terreno custa caro. Se eu fizer um apartamento grande, ele vai custar muito caro e não vai ser acessível”, disse Muszkat, em entrevista.
“A equação fecha com o apartamento pequeno muito bem localizado, com serviços de lavanderia e academia, etc., que a pessoa precisa que caiba no bolso”.
Essa mudança está levando construtoras como a Cyrela Brazil Realty SA a reduzirem o tamanho dos apartamentos que constroem. A Cyrela visa compradores que querem estar perto do trabalho, disse Piero Sevilla, diretor de desenvolvimento imobiliário da Cyrela, em entrevista, em São Paulo.

“O que é que traz esse produto mais reduzido? Se a gente pegar exemplos das grandes metrópoles do mundo, vemos que elas têm muito trânsito, têm dificuldade de locomoção”, disse ele.
O acesso a empréstimos e um incremento nos empregos formais ao longo da última década permitiram que os brasileiros financiassem residências que antes eram vendidas à vista, disse Muszkat, da You Inc.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 4,9 por cento em abril, contra 13 por cento em 2004.
Os empréstimos imobiliários subiram para cerca de 530.000 com um valor de R$ 109 bilhões (US$ 48 bilhões) em 2013, contra um total de cerca de 54.000 com valor de R$ 3 bilhões em 2004, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.

Região desejada

Os apartamentos de 40 metros quadrados em um novo edifício chamado Über no Itaim Bibi são vendidos por cerca de R$ 800.000, disse Roberto Sadão, corretor da construtora Grupo Canopus.
“Essa é uma região muito desejada”, disse Sadão, de pé no elegante apartamento-modelo do Über, que conta com uma varanda ampla e um cooktop de duas bocas. “Quem compra são os solteiros ou os executivos do interior que têm negócios aqui”.
Embora os paulistanos estejam estudando uma mudança, as vendas estão lentas por causa da inflação no Brasil, que em junho superou o teto da meta, de 6,5 por cento.
Essa situação se combina com as preocupações a respeito do rumo do país antes de a presidente Dilma Rousseff disputar a reeleição, em outubro, disse Sadão, o corretor do Über.
Dos 122 apartamentos do edifício, que ficará pronto no ano que vem, apenas em torno de 20 foram vendidos.
“As pessoas que comprariam aqui não estão comprando por causa das políticas da Dilma e da incerteza na economia”, disse Sadão.
“Temos uma inflação reprimida, todo mundo sabe disso, mas os que estão interessados em comprar voltarão logo, porque vão se tocar que daqui a pouco já não será possível construir prédios assim”.
Valle disse que seus amigos estão seguindo seus passos e encolhendo suas moradias para ficarem mais perto do trabalho.
Uma estação de metrô deverá ser aberta perto do seu apartamento no ano que vem, com conexão com o aeroporto internacional de Guarulhos.

“Vou vender meu carro quando o metrô abrir”, disse Valle. “O metrô foi fator determinante. Eu poderei viajar para Londres a pé via Guarulhos, nem táxi eu vou precisar pegar”.

Fonte: Exame - Christiana Sciaudone, da  : Apartamentos menores e mais caros: Tendência de SP

CHARGE DO DUKE

Esta charge do Duke foi feita originalmente para o

Sobre deflação e inflação


Posted: 06 Aug 2014 05:35 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Bernardo Santoro
A ciência econômica possui escolas com as mais variadas definições do que é inflação e deflação. De modo geral, a população, e boa parte dos economistas, entendem inflação como aumento geral do índice de preços. Essa definição não ajuda a entender o que cria inflação de verdade, mas só sua consequência, que é o aumento do custo de vida.
Os preços de mercado estão vinculados a moeda. Somente essa moeda tem a força de interferir na generalidade de preços, sendo raríssimos os casos em que a escassez e utilidade de outro produto qualquer conseguirão interferir no mercado de maneira global. Podemos dizer então que a inflação é um fenômeno monetário.
A moeda é um bem econômico por ser escasso. Quanto mais escassa, mais se valorizará. Quanto menos escassa mais desvalorizada é. Governos costumam desvalorizar moedas expandindo a base monetária, ou seja, criando dinheiro do nada, com duas finalidades: (I) usar esse dinheiro novo para pagar contas públicas e (II) aumentar a oferta de crédito no sistema bancário para consumo popular.
Com isso, o Governo consegue bancar uma política fiscal perdulária e aumentar o nível de consumo do povo, ainda que à custa da poupança interna de quem se esforça para consumir de maneira sustentável, pois esse novo dinheiro ganha seu valor em cima da desvalorização do dinheiro velho que está na mão da população. Há uma transferência de renda do povo para Governo e bancos sem a necessidade de se expropriar dinheiro; um confisco disfarçado. No longo prazo, a falta de poupança interna destroi a capacidade de investimento e o aumento da produtividade nacional, gerando desemprego e pobreza. A desvalorização monetária é particularmente benéfica para os exportadores, pois os produtos nacionais se tornam mais baratos aos investidores estrangeiros, e reduz a quantidade de bens disponíveis ao cidadão brasileiro.
A deflação é a redução da base monetária, ou seja, o Governo retira dinheiro do mercado, aumentando seu valor unitário. A deflação funciona como um transferidor de renda do Governo para a população que poupa, mas reduz o acesso ao crédito insustentável em geral, o que gera sensação de pobreza dentro da população e insatisfação política. Contudo, uma moeda forte gera aumento da compra de bens importados, seja para fins de consumo, seja para fins de investimento em bens de capital, e força a quebra de investimentos nacionais insustentáveis, cujos recursos serão canalizados em projetos onde o país possua maior vantagem comparativa frente a outras nações.
A melhor política monetária seria a deixada em livre-mercado, sem interferência de um Banco Central, em um sistema conhecido em economia como “free-banking”, sem ganhadores e perdedores a priori, o que é uma visão muito distante da realidade brasileira. Na prática, dentro de um sistema não-ideal controlado monopolisticamente pelo Governo, políticas deflacionárias são custosas ao Governo e o perigo para a população seria apenas de curto prazo, enquanto políticas inflacionárias são lucrativas ao Governo e muito ruins para a população em médio e longo prazo.

Bernardo Santoro é Diretor do Instituto Liberal, Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ e Mestre em Teoria e Filosofia do Direito.

Só ações nas cortes de Nova York e Haia podem apanhar e punir crime organizado contra a Petrobras



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Excetuando-se a Operação Lava Jato, cujo inquérito e processo judicial podem render alguma punição a alguns culpados, toda a qualquer investigação sobre escândalos na Petrobras tende a dar em nada, enquanto os petralhas estiverem no poder. Quando saírem, já têm acordos costurados com a “oposição” para tudo dar em nada. Em condições de segurança jurídica e institucional, Dilma Rousseff seria alvo de um pedido de impeachment – e não a livre e faceira candidata à reeleição.

A única chance de punição nos crimes contra o patrimônio da estatal de economia mista é um processo judicial aberto no exterior, na Corte de Nova York ou no Tribunal de Haia – que julgam delitos econômicos com rigor. No Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita é praticamente nula a hipótese de cadeia e multas pesadas impostas aos membros da quadrilha que assalta a Petrobras, de forma sistemática e organizada. Investidores internacionais da Petrobras ameaçam entrar com ações lá fora. O poder econômico que acoberta as falcatruas em torno de negócios bilionários com a Petrobras tenta impedir que isto aconteça.

Soa como piada ouvir o presidente do Senado, Renan Calheiros, comunicar que abrirá um inquérito para investigar o vazamento (comprovado por gravações) de informações de dentro da CPMI da Petrobras para a empresa, fatalmente com a intermediação da cúpula do governo federal. A grave denúncia feita pela revista Veja, a partir de uma sofisticada espionagem ostensivamente praticada contra o governo e a Petrobras, só vai dar dor de cabeça aos dirigentes da estatal.

A Petrobras é alvo de escândalos tão ou mais graves que o caso Pasadena. Merecem investigação séria e isenta vários alvos: BR Distribuidora, PFICO (braço financeiro internacional da companhia), Fundo BB Millenium 6 (e outros menos votados), a refinaria Abreu e Lima (também a mais votada entre outras que merecem investigação por superfaturamento), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (que corre o risco de ser tudo, menos petroquímico), as caixas pretas das Sociedades de Propósito Específico, firmadas com transnacionais brasileiras e estrangeiras, com destaque para o caso Gemini e o aluguel de plataformas), os contratos de terceirização de mão de obra (que podem ser fontes milionárias de mensalões), sem falar nos claros conflitos de interesse entre governo, membros dos conselhos de administração e empresas que fazem negócios com a Petrobras. Ah, tem também a capitalização da Petrobras - um show de contabilidade criativa com detalhes que, se forem investigados a fundo, podem render bilhões em problemas.

Se tudo isso for investigado com rigor, a República Sindicalista do Brasil cai de podre. Lula e Dilma só se livram dos problemas na Petrobras porque o Brasil é o Pais da impunidade. A regra é claríssima. Como a Petrobras é uma empresa controlada pela União, o Presidente da República, sua diretoria e conselheiros administrativos e fiscais são os responsáveis diretos por seu sucesso ou fracasso de gestão. Por isso, o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff, junto com o conselho diretor da estatal de economia mista, têm de responder, individualmente, na Justiça, por prejuízos gerados por tomadas de decisão com característica de má gestão ou comprovada corrupção.

Basta uma denúncia contra todos eles em um Judiciário independente e livre de suas influências, como a Corte de Nova York ou o Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, para a casa desabar. Se isto não acontecer, continuará tudo como dantes na petrolífera do Abrantes. Os escândalos na Petrobras, lesivos ao Estado brasileiro, à sociedade brasileira e aos investidores nacionais e internacionais, merecem uma rigorosa apuração, para uma revisão ampla, geral e irrestrita do sistema de governança pública e corporativa no Brasil. Sob domínio do governo do crime organizado, o País está inviabilizado e condenado ao permanente subdesenvolvimento.


Pesca da Sardinha


Depois da eleição...




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 6 de Agosto de 2014.

Como ser um vencedor! - Luciana Gomes


07AGO
Como ser um vencedor!

Hoje li um artigo interessante sobre sucesso e senso de urgência. Engraçado como todos nós queremos o sucesso, mas quase ninguém está disposto a pagar o seu preço.
Lembrei-me das minhas aulas na turma de Gestão Empresarial. Dentro do tema, sempre trato de assuntos referentes à carreira, motivação e sucesso, e volta e meia estou falando sobre senso de urgência, sobre as prioridades que damos a nossa vida,  o que temos colhido com as escolhas atuais, e o que queremos colher daqui para frente.
Quando peço para todos que querem o sucesso levantarem a mão, a turma inteira se levanta. Mas quando cito alguns exemplos de sacrifícios que estariam dispostos a viver em nome desse sucesso, boa parte fica inerte.
O artigo que li é interessante pois traz uma situação hipotética:
“Pense nas três pessoas que você mais ama em sua vida. Pensou? Agora, imagine a seguinte situação: elas foram picadas por um inseto que possui um veneno mortal cujo único antídoto é você realizar uma tarefa que há bastante tempo tem protelado porque a considera muito difícil, como passar num concurso, cumprir uma meta de vendas desafiante ou iniciar com sucesso seu projeto dos sonhos.
Perguntas óbvias, mas nem tanto como parecem:
1. Você as deixaria morrer ou faria o que fosse necessário para salvá-las?
2. O que aconteceria com seu senso de urgência nesta situação?
3. Como seria sua nova organização de prioridades na hipótese apresentada? Você gastaria seu tempo da mesma forma?
4. Mesmo considerando que os momentos de diversão sejam importantes em nossa vida, como você organizaria seu lazer dentro de seu novo senso de urgência?
5. Você tem conduzido sua vida hoje com a mesma determinação que conduziria na situação hipotética apresentada?”
Quantas pessoas eu ouço dizendo que querem vencer, chegar lá, ter um lugar ao sol, porém, ao invés de assumir as rédeas da sua vida e carreira, deixam a vida conduzi-los para onde ela bem entender. Falar é fácil.
Vencer requer alguns sacrifícios e algumas escolhas. No texto, o autor revela que as pessoas que mais amamos não estão envenenadas, mas diante do exemplo, qual o senso de urgência que temos dado ao nosso sucesso, aos nossos sonhos, para não sermos mais um na multidão?
Para fracassar, basta não fazer nada, pois a vida é implacável com aqueles que se deixam seguir pelo fluxo da boiada. Mas para conseguirmos o antídoto desse veneno, depende muito das escolhas que fazemos e decisões que tomamos. Somos donos do nosso destino, podemos viver com brilho, chegar aonde quisermos, fazer a diferença nessa sociedade de gente especialista em dar desculpas e sentirem-se vítimas das circunstâncias.
Mudar só depende de você.
Boas vendas!
Suce$$o!