quinta-feira, 7 de março de 2013

A DEMOCRACIA BOLIVARIANA



Giulio Sanmartini
A jornalista venezuelana Carmen Andrea Rengifo, da emissora de televisão RCN, em agosto do ano pasado teve uma discussão com  Hugo Chávez, quando houve a explosão de uma refinaria no estado de Falcon. ( leiaExplosão em refinaria na Venezuela causou 39 mortos e 86 feridos).  Na ocasião, Carmen disse ao presidente que moradores da região relataram ter sentido um forte cheiro de gás dias antes da explosão. Chávez questionou a repórter, afirmando que a informação era pouco ética.
Carmen depois de ter sido agredida
Carmen depois de ter sido agredida
Ao que tudo indica, esse fato a anatematizou junto aos chavista, pois na terça, enquanto cobria a reação de simpatizantes de Hugo Chávez nos arredores do Hospital Militar de Caracas, onde morreu o presidente venezuelano, junto com o cinegrafista, foi brutalmente agredida por estes.
“Chegamos ao local, começamos a fazer imagens e estava tudo tranqüilo, de repente alguém começou a gritar ‘são um canal golpista’, e as pessoas começaram a ficar agressivas, nos deram tapas, socos, nos bateram com paus”, relatou Carmen (foto)  e continuou: “Atingiram-me na cabeça, mas estou bem. O cinegrafista tem arranhões e marcas no corpo. Ele caiu duas vezes e continuaram a golpeá-lo, mas também está bem”.
A RCN informou também que a jornalista e o cinegrafista que a acompanhava foram ameaçados e obrigados a deixar o local.
Outra emissora colombiana, Caracol, e o jornal espanhol ABC haviam sido rotulados de fascistas na última sexta-feira pelo vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, por “fazer uma campanha contra a estabilidade da Venezuela, mentindo sobre a saúde de Chávez”.
O governo venezuelano acusou nos últimos dias a imprensa internacional em geral de manipular informações para desestabilizar o país.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, indiferente a esse cerceamento de liberdade prestou homenagens ao liberticida presidente morto decretando luto oficial.
Bem, não se podia esperar nada melhor de um governo que acolhe como herói o assassino italiano Cesare Battisti.