quinta-feira, 24 de abril de 2014

REYNALDO-BH: “Que saibamos identificar – e evitar – os ‘postes’ de Lula neste 2014″


(Foto: Daniel Teixeira/AE)
Fernando Haddad: “em São Paulo, conseguiu o impossível: ser pior que Pitta e Maluf” (Foto: Daniel Teixeira/AE)
POST DO LEITORPost do leitor e amigo do blog Reynaldo-BH
Os postes. Ah, os postes. Alguns de madeira outros de concreto.
E aquela nova espécie, feitos de gente que se deixa usar pelos desígnios do imperador de Garanhuns.
O orgulho e empáfia de Lula que escolhe inexpressivos e despreparados atores para serem protagonistas dependentes do Senhor do PT.
Dilma e Haddad. Uma soma que, se efetuada, dá menos que zero.
Não são donos da própria voz. Repetem a voz do dono. Não são intelectualmente honestos. E são acima de tudo, falsificações assumidas de uma competência inexistente.
No Brasil, já sofremos os efeitos maléficos da super-gerente que não soube comandar uma loja de R$ 1,99. Que exibia em currículo qualificações acadêmicas inexistentes e que, na área onde era a czarina, assinou contratos sem ler.
Na cidade de São Paulo, Haddad conseguiu o impossível. Ser pior que o Pitta, Maluf e agregados. Nada do que prometeu foi cumprido. Criou cortinas de fumaça para esconder os usuários de crack. É ameaçado por sem-tetos. Lança planos impossíveis e projetos que nunca sairão do papel. Aumenta o IPTU a partir de critérios de zonas eleitorais, inovando bolivarianamente uma “justiça” ideológica.
Quantos postes serão necessários para que todos entendam que postes também podem ser… forcas? Sim, forcas, aqueles postes de onde pendem cordas em que pessoas são enforcadas ou se enforcam.
Agora lança Padilha no maior Estado do Brasil. Um ex-médico (renegou a tudo que deveria respeitar) envolvido em mentiras e planos mirabolantes desenhados por outros. Um programa, o “Mais Médicos”, de escravidão consentida e aproveitada com os médicos cubanos. A queda absurda dos índices de atendimento à saúde no Brasil. E a proximidade com André Vargas, o deputado-doleiro.
padilha agencia brasil
Padilha, o novo poste do PT (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Postes não se movem. Há sempre alguém que os coloca de pé.
Um ser humano que aceita ser poste e até se orgulha disto – em detrimento de méritos próprios ou de formação pessoal – merece minha eterna desconfiança à partida.
São menores do que a sombra do poste e sabem disto.
Dilma é um poste. Haddad a repetição do mesmo. Saíram da mesma forma. Do mesmo molde.
Lula se orgulha em ser o engenheiro dos postes que não iluminam e que atrapalham o cenário. Faz bem a megalomania congênita que marca este desvio de conduta que se tornou presidente.
Que saibamos identificar em 2014 – e evitar – os postes de Lula.

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO


“Vou continuar insistindo para ver se o convenço”
Rui Falcão, presidente do PT, defendendo a renúncia do deputado André Vargas (PR)


LULA E WAGNER TENTAM CALAR A BOCA DE GABRIELLI

O ex-presidente Lula e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foram acionados para tentar “acalmar” o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli. Irritado, ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff, então presidente do conselho de administração da estatal, “precisa assumir as responsabilidades dela” pela decisão de comprar por US$ 1,3 bilhão a refinaria norte-americana avaliada em US$ 42,5 milhões.

O MANDANTE

Lula anda preocupado porque decisões tão importantes, como comprar a refinaria, passavam por ele. E sabe que o caso impactará na eleição.

TIRANDO O CORPO

Após o caso ser denunciado, Dilma informou em nota que um parecer do ex-diretor Nestor Cerveró a induziu ao erro de aprovar o negócio.

MAU NEGÓCIO

Também irritou Gabrielli a afirmação de Graça Foster, que o substituiu na presidência da Petrobras, de que a refinaria foi um mau negócio.

ATÉ O PESCOÇO

Indicado por Jaques Wagner, Sergio Gabrielli presidia a Petrobras em 2006, quando foi fechado o negócio da refinaria de Pasadena.

GREVE POR ‘LUCRO’ DE ESTATAL QUEBRADA VIROU PIADA

Funcionários do sistema Eletrobras iniciaram à meia-noite uma “greve de advertência”, como esta coluna antecipou, exigindo “participação nos lucros”. Parece notícia de “1º de abril”, mas não é piada: a estatal registrou prejuízos de R$ 6,8 bilhões em 2012 e R$ 6,2 bilhões em 2013. Grevistas não mencionam “participação nos prejuízos” de mais de R$ 13,2 bilhões em apenas dois anos. Devem culpar o contribuinte.

IMPEACHMENT

O Movimento de Combate à Corrupção protocola hoje na Assembleia do RN pedido de impeachment da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

TREMEI, RUSSOS

Agora vai: após um mês e meio, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou moção pela “soberania territorial da Ucrânia”.

SALADA NO SOFÁ

Para combater a inflação, o governo federal vai tirar os alimentos do índice. Deveria começar pelo pepino, nabo, abacaxi e batata quente.

CHEGA DE ESQUIVAS

Após tentativas frustradas de notificar André Vargas (PT-PR) do seu processo de cassação, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP) decidiu publicá-la no Diário Oficial da União.

MARCO CIVIL

Na Câmara dos Deputados, “marco civil” deve ser o gesto de meter a mão no bolso do contribuinte desavisado: suas excelências deverão ganhar notebooks novinhos, da Lenovo, ao preço de R$ 23,7 milhões.

MÃE DOS POBRES

O Brasil vai emprestar R$ 18 milhões ao Quênia para comprar tratores, sem taxas de importação, aliviando produtores de cana de açúcar. De lá. E fazendo a festa de vendedores de tratores. De cá.

MARQUETEIRO

O candidato do PSDB ao governo do DF, Luiz Pitiman, fechou contrato com Chico Santa Rita, para tocar sua campanha eleitoral. Santa Rita foi marqueteiro, em São Paulo, de políticos como Orestes Quércia.

QUE PENA

Em Módena, para o aniversário da tomada de Montese pelo Brasil, em 1945, o embaixador em Roma, Ricardo Tavares, não encontrará a comitiva chefiada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que irá à cerimônia de santificação de João Paulo II e João XXIII, domingo.

DILIGÊNCIA

A Comissão de Direitos Humanos fará diligência na Papuda, para verificar eventuais regalias do ex-ministro José Dirceu. O ministro Joaquim Barbosa usa a suspeita como pretexto para manter na gaveta o processo que concede ao preso o direito de trabalhar durante o dia.

DOS MALES O MENOR

Com medo de cassação no plenário, Carlos Leréia (PSDB-GO), amigo do bicheiro Carlos Cachoeira, fez périplo ontem na Câmara para pedir aos deputados que aprovem apenas sua suspensão de 90 dias.

EMBRAPA, 41

A presidente Dilma foi convidada pelo presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, a participar nesta quinta (24) com o ministro Neri Geller (Agricultura), em Brasília, da comemoração dos 41 anos da empresa.

PENSANDO BEM...

...o deputado petista indeciso André Vargas é o Delúbio Soares amanhã. Só falta mesmo a Papuda.


PODER SEM PUDOR

OBRAS LIGEIRAS

Jânio Quadros, presidente da República, fazia uma viagem ao Recife. Aproveitando que o chefe não estava em Brasília, um assessor chamou um engenheiro da estatal Novacap para construir um canil no Palácio da Alvorada. Estava convencido de que o presidente iria adorar a surpresa.

Jânio já encontrou a obra pronta, ao retornar da viagem. Mandou chamar o engenheiro responsável:

- Quanto tempo o senhor levou para construir esta maravilha?

- Doze horas, excelência - gabou-se o homem.

Apontando para o canil, Jânio pôs fim à felicidade do engenheiro:

- Pois então tem exatas duas horas para botar tudo no chão. Tudo!

Feitiço contra o feiticeiro - MERVAL PEREIRA


O GLOBO - 24/04

Graças a um erro estratégico da presidente Dilma, o governismo, de maneira geral, abrangendo mesmo aqueles que não gostariam de ter que apoiar a reeleição da presidente, está tendo dificuldades para enfrentar os problemas políticos decorrentes do mau negócio que a Petrobras realizou comprando a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Digo erro estratégico porque até pouco tempo atrás todos os envolvidos na transação, inclusive a própria presidente, tinham a mesma versão de que a compra fora um bom negócio, justificável pelo plano estratégico da empresa. Mesmo que hoje se saiba que essa explicação não corresponde à verdade, foi graças à irritabilidade da presidente Dilma que ficamos sabendo disso, e com detalhes como as cláusulas omitidas no resumo técnico levado ao Conselho da Petrobras.

Muitos se espantaram com minhas críticas ao sincericídio de Dilma, como se estivesse criticando-a por ter falado a verdade. Minha crítica é mais extensa: acho que a presidente Dilma não tem condições políticas para esclarecer o caso, e tentou, com sua nota oficial de próprio punho, livrar sua responsabilidade no caso, como acentuou o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli.

Tanto é verdade que ainda presidente do Conselho, mas já sabendo que as negociações para a compra de Pasadena haviam sido omitidas, aceitou que o diretor responsável pelo relatório falho técnica e juridicamente fosse transferido para outra diretoria da Petrobras Distribuidora, com elogios formais do Conselho por sua atuação. E em nenhum momento fez críticas à atuação da diretoria da Petrobras.

A ministra-chefe da Casa Civil toda-poderosa conviveu com a diretoria da Petrobras, da qual discordava, sem criar marolas políticas, pois já estava trabalhando para ser a candidata oficial à sucessão de Lula em 2010. Portanto, o seu sincericídio , em vez de significar uma reação a uma maneira de fazer política empresarial da qual discorda, é muito mais um ato voluntarioso de uma pessoa que não está acostumada a ser contrariada, não tem maiores consequências na mudança de rumos da gestão da Petrobras.

Mas, voltando às dificuldades que o PT está tendo para justificar sua posição na crise da Petrobras, é bom lembrar que logo depois da eleição de 2006, em entrevista a Fernando Rodrigues, da Folha , o marqueteiro João Santana revelou que o debate sobre as privatizações fora utilizado como maneira de reavivar emoções políticas no imaginário do brasileiro comum.

Santana admitiu na entrevista que a impressão de que algo obscuro acontecera nas privatizações deveu-se a um erro de comunicação do governo FH, que poderia ter vendido o benefício das privatizações de maneira mais clara . O erro do PSDB fora, segundo ele, não ter defendido as privatizações como maneira de alcançar o desenvolvimento . No caso da telefonia, teve um sucesso fabuloso que não foi capitalizado pela oposição, dizia ele.

João Santana foi claro quando respondeu se não seria desonesto explorar sentimentos que ele sabia não exprimirem a verdade: Trabalho com o imaginário da população. Numa campanha, trabalhamos com produções simbólicas .

Pois hoje a exploração das produções simbólicas no imaginário da população está causando graves problemas para o governismo, acusado pela oposição de ter privatizado a Petrobras para um grupo político. O governo ainda tenta sair das cordas acusando a oposição de estar fazendo uma campanha contra a Petrobras , mas a falta de sentido dessa acusação não encontra eco no cidadão comum, que está vendo a crise na Petrobras como uma grave falha do governo.

Aliás, o PT no poder tem como hábito assumir o papel do Estado brasileiro, e, quando sua atuação é criticada, seus líderes atribuem as críticas a uma campanha contra o país . O ex-presidente Lula já se cansou de acusar o ex-presidente Fernando Henrique de falar mal do país em suas conferência internacionais. A presidente Dilma Rousseff volta e meia diz que tem gente torcendo para o país dar errado .

Na verdade, tanto Lula quanto Dilma se referem a oposicionistas que criticam a atuação do governo, e não o país. Um governo representa o país, é fato, mas pode representar mal e merecer críticas. Assim como críticas à gestão de uma empresa não representam campanha contra ela.

As quatro leis da entropia petista - JOSÉ SERRA


O Estado de S.Paulo - 24/04

Arrumando meus papéis, encontrei transcrições completas dos debates em rede nacional da campanha presidencial de 2010. De forma um tanto masoquista, li todas elas e lembrei de um juízo que formei na época e disse a uma assessora: "Dilma Rousseff tem o dom de empregar o máximo de palavras para expressar o mínimo de pensamento (*). Mesmo assim, um mínimo errado".

Ao longo desses debates, eu tinha duas preocupações essenciais. A primeira, como é óbvio, perder no segundo turno, não tanto pelo desempenho de Dilma, mas pela avaliação do governo Lula: no período entre junho e setembro, mais de 75% das pessoas achavam o governo ótimo ou bom e 85% o aprovavam. As vendas a varejo cresciam a 11%, a massa real de rendimentos, 8%, e a supervalorização cambial chegava ao seu ponto máximo, subsidiando o consumo importado e o turismo no exterior - naquele ano, o dólar valeu em média R$ 1,7. Precisava mais?

A outra preocupação era com o futuro do Brasil em si, independentemente de minha participação no processo. Estava convencido de que o boom econômico capotaria logo, de que a herança de Lula seria bastante adversa e de que, se fosse eleita, Dilma Rousseff faria um governo atrapalhado e ruim, pisando no acelerador do atraso. Passara a campanha mostrando que não conhecia os problemas brasileiros e que não tinha nenhuma qualificação especial como administradora pública. Pelo contrário.

Uma coisa é fazer uma previsão pessimista, outra é vê-la se cumprir, ver a intuição virar razão: quando isso ocorre, não fico exatamente surpreso, mas sou tomado de certa estupefação.

A lei do máximo de palavras para um mínimo de conteúdo está acoplada a três "antileis" afins, a começar pela que estabeleceu que a menor distância entre dois pontos não é uma linha reta, mas alguma curva tridimensional e espiralada, teorema antieuclidiano que o governo Dilma segue à risca. Outra "antilei" sagrada tem origem na volta ao geocentrismo, ou seja, à ideia de que o sol e os planetas giram em torno da Terra, que é o centro do universo. A presidente Rousseff e o PT se comportam como se fossem o centro do universo brasileiro, em torno do qual tudo e todos têm de girar: o conhecimento, a moral, a ética, a Justiça, a imprensa e todos os políticos e seus respectivos partidos.

Por fim, adotaram a "antilei" que afeta o funcionamento da economia: a da inépcia inovadora, segundo a qual as facilidades não devem ser aproveitadas, mas tornadas em dificuldades. Por exemplo, se o modelo anterior de concessão na exploração de petróleo funcionava bem, para que aproveitá-lo no pré-sal? Não! Preferiu-se um novo método, que não traz mais dinheiro ao País e ao Fisco, mas colabora para quebrar a Petrobrás.

Houve bastante originalidade nos erros do governo Dilma, mas quase nada que não pudesse ter sido previsto em 2010, seja pelo que já estava se fazendo no governo Lula (com forte participação da então ministra), seja pelo que ela já anunciava na disputa eleitoral. Suas intervenções na campanha presidencial daquele ano preconizavam a conversão das quatro leis citadas em verdadeiro método de governo. Ilustro com dois exemplos eloquentes.

Volto aos meus papéis e vejo como é fácil banalizar com conversa mole e discursos balofos ações que dizem respeito à vida de milhões de pessoas. Afirmou, por exemplo, a então candidata petista: "No caso da segurança pública, nós iremos apostar nisso que está dando muito certo que são as Unidades de Polícia Pacificadora já implantadas no Rio de Janeiro". Ou ainda: "(Para combater o tráfico de drogas) compramos veículos aéreos não tripulados, chamados Vants, que são aqueles que policiam as fronteiras e permitem que a gente localize o tráfico. Os Vants chegaram em setembro e até o final do ano mais dois vão chegar, e eu pretendo transformar esse policiamento das fronteiras num policiamento sistemático, com mais 14 Vants".

Como se sabe, as UPPs não foram implantadas Brasil afora e, em setembro de 2010, não havia nenhum Vant em funcionamento. Neste ano, 2014, só há dois voando de fato nas fronteiras do País, apesar dos 14 anunciados pela candidata.

Das alturas cerúleas para as profundezas da Terra, mais uma fala da candidata Dilma: "Com o pré-sal, eu vou poder ter no Brasil mais milhares de equipamentos para controlar a fronteira... Mas não se pode deixar de olhar que a questão do pré-sal é fundamental. Quando eu coloco o problema da privatização, eu estou preocupada com o quê? Com esses recursos do pré-sal, que, segundo o candidato Serra, só vão chegar no final da década. Mas ele é mal informado. Os recursos do pré-sal já começaram".

O "candidato Serra", como ela se referiu a mim, não dizia nada que o "indivíduo Serra" não pudesse sustentar. A ideia de que o óleo do pré-sal iria proporcionar "milhares de equipamentos" para controlar a fronteira é emblemática não só da ignorância desmedida de quem preparou as fichas nas quais a então candidata acreditou, mas também da ligeireza com que se tratava algo tão sério: observem que se acusava o candidato da oposição de pretender privatizar o pré-sal e acabar com os recursos que seriam destinados ao narcotráfico... Um completo despropósito. Note-se à margem que a produção de petróleo no governo Dilma estagnou, a proclamada autossuficiência não aconteceu, jogaram-se muitos bilhões de dólares na aventura das refinarias, nada sobrou para o controle das fronteiras nem para a Petrobrás, que hoje é a empresa não financeira mais endividada do mundo, tendo perdido 50% do seu valor de mercado.

Poderia me estender aqui com dezenas de exemplos, mas esses dois, que saltaram primeiro à mão ao mexer nas minhas anotações, são bastante eloquentes. Essas "antileis" - ou as quatro leis da entropia petista - não são uma questão corriqueira, que se resume ao discurso. Elas têm consequências práticas na vida dos brasileiros e no futuro do País. Formam os alicerces do atraso, que sustentam um projeto de poder.

(*) Referência ao que dissera Winston Churchill sobre o primeiro-ministro Ramsay MacDonald.

APROVADO NA CÂMARA PROJETO QUE AUTORIZA EXECUTIVO A DECIDIR SEM OUVIR O CONGRESSO SOBRE TRÂNSITO E PERMANÊNCIA DE FORÇAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2014/04/aprovado-na-camara-projeto-que-autoriza.html

O misterioso projeto de lei segue agora para votação no Senado
Discretamente, já no crepúsculo desta quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei do Executivo que não deixa de ser muito estranho, principalmente pelo fato de que quem está no Governo é o PT que, por suas vez, é o dirigente do Foro de São Paulo, a organização que articula o movimento comunista na América Latina e que foi fundada por Lula e Fidel Castro em 1990.
Recentemente, o governo da Dilma repassou mais de R$ 1 bilhão de dólares para financiar o porto de Mariel, em Cuba, com o carimbo de secreto. Nem se sabe exatamente quanto de dinheiro do Brasil está sendo encaminhando para as ditaduras comunistas na América Latina e África. Essa gigantesca movimentação financeira que drena recursos do erário não passa pelo crivo do Congresso Nacional. 
É por isso mesmo que uma pesquisa aberta aos internautas no próprio site da Câmara sobre o assunto mostra que mais de 80%  dos que votaram são contra o projeto que dá poderes imperiais para o Executivo que poderá decidir, por exemplo, sobre o estacionamento de forças militares cubanas em território brasileiro, sem quem ninguém fique sabendo. Um avião cubano ou venezuelano pode pousar no Brasil e desovar as temíveis "Avispas Negras", corpo de combate especial cubano que atualmente age na Venezuela em apoio ao chavismo.
E o incrível é que o projeto foi aprovado por 270 votos a 1. Espera-se agora que a Oposição no Senado analise detidamente o projeto. Caso contrário, qualquer hora dessas a Dilma se transforme na versão brasileira de Fidel Castro, ou na melhor das hipóteses, num tiranete como Nicolás Maduro. 
Vejam o que informa o site da Câmara dos Deputados:
O Plenário aprovou, por 270 votos a 1, o Projeto de Lei Complementar276/02, do Executivo, que permite ao presidente da República delegar ao ministro da Defesa a concessão de permissão para o trânsito e a permanência temporária de forças estrangeiras no Brasil sem autorização do Congresso Nacional, nos casos previstos.
Aprovado na forma de uma emenda substitutiva apresentada pelo deputado Lincoln Portela (PR-MG), a matéria deverá ser votada ainda pelo Senado.
O QUE PREVÊ
O Projeto de Lei Complementar 276/02, do Executivo, autoriza o presidente da República a delegar ao ministro da Defesa e aos chefes das Forças Armadas a permissão para forças estrangeiras transitarem pelo território nacional ou permanecer temporariamente.
Essa permissão vale para os quatro casos em que o presidente da República tem competência privativa para permitir que forças estrangeiras transitem ou permaneçam no território nacional, independentemente de autorização do Congresso Nacional. Esses casos, previstos na Lei Complementar 90/97, são os seguintes:
- execução de programas de treinamento e missão de transporte de pessoal ou carga coordenada por instituição pública brasileira;
- visitas oficiais ou não, programadas por órgãos do governo;
- atendimento técnico, para abastecimento, reparo ou manutenção de navios ou aeronaves estrangeiras; e
- missão de busca e salvamento.
Fora desses casos, o Congresso Nacional deve sempre ser ouvido para a autorização.
Descentralização
O objetivo do projeto é desburocratizar o andamento dessas autorizações, ao delegar poder ao ministro da Defesa. Essa prática já ocorre em diversos países.
Segundo mensagem enviada pelo Executivo, é frequente a demanda de sobrevoo e pouso de aviões militares de países vizinhos. No início da década passada, época em que o projeto foi apresentado, a média era de 800 pedidos por ano de sobrevoo. Além disso, mais de 50 navios de forças armadas estrangeiras ingressavam anualmente em águas brasileiras.
Tramitação
A proposta foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, em 2002; e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em 2003, na forma de substitutivo. Desde então, o texto aguardava votação em Plenário.
Íntegra da proposta: PLP-276/2002

DEVASSA NAS CATACUMBAS DA PETROBRAS PODE TRAZER À LUZ UM COLOSSAL ACERVO DE MARACUTAIAS, REVELA JORNALISTA

BLOG DO ALUIZIO AMORIM


quinta-feira, abril 24, 2014

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O jornalista Augusto Nunes não é de jogar palavras fora. Aliás, tem o mérito de de usá-las de forma sui generis, fato que lhe confere o privilégio de produzir os melhores textos da imprensa nacional. 
Além disso é um dos jornalistas mais bem informados. Assim sendo, nesta nota que postou nesta quinta-feira em sua coluna, concluiu-se que neste final de semana pode surgir coisa grande. Normalmente, a revistaVeja costuma fazer emergir a verdade dos fatos em sua edição que chega às bancas todos os sábados. Leiam: 
Na segunda-feira, André Vargas renunciou à renúncia. Para desconsolo dos Altos Companheiros, o despachante de doleiro gostou da ideia de agonizar na Câmara dos Deputados. E se lhe bater a vontade de afundar atirando?
Na terça, os promotores italianos não viram nada de errado no julgamento do mensalão e recomendaram que Henrique Pizzolato seja extraditado para o Brasil. Para aflição dos sacerdotes da seita lulopetista, o bandido fujão não está feliz com o tratamento que lhe dispensaram o PT e o Planalto. E se contar o que sabe sobre o Banco do Brasil?
Nesta quarta-feira, a ministra Rosa Weber decidiu-se pela instauração de uma CPI destinada a investigar exclusivamente as patifarias que jorram na Petrobras. Para desespero dos inventores do patriotismo em barris, vai começar a devassa das catacumbas que ocultam o colossal acervo de maracutaias. A insônia de Dilma Rousseff começou faz tempo. E Lula vai perder a voz de novo.
Ainda faltam quinta e sexta. Fora o sábado, que por aqui é o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório. O que vem por aí vai convencer muita gente de que, neste ano, agosto chegou em abril. Da coluna de Augusto Nunes

Cartas de Nova Iorque: Uma cidade desaparecendo, por Luisa Leme


Portas pequenas com o sinal dizendo aberto ou fechado dão lugar a pés direitos enormes com catracas e seguranças. Madeira não há mais, somente mármores gigantes. O “olá” de conhecidos vendedores, que ligam para avisar quando aquele produto chegou, transforma-se em “next” perto das caixas registradoras. Muitos turistas na porta. A Nova Iorque dos livros, filmes e das memórias está sumindo.
Recentemente, a cidade perdeu um tesouro, a livraria Rizzoli. Por trinta anos, a Rizzoli fiicava na rua 57, entre outros arranha-céus que ali chegaram e alguns prédios menores e históricos também com muita história para contar. Mas agora acabou: a livraria fechou no último dia 11 de abril e o prédio será demolido.
A nova empreitada no local terá com certeza mais de 300 metros, com grandes lojas embaixo e fileiras intermináveis de escritórios nos andares de cima. Prédios que conseguem tapar a luz do sol.
Nova Iorque sofre com o mercado imobiliário que assusta qualquer empreendedor e outras livrarias, lojas de disco, e pequenos negócios não aguentam mais o aluguel em Manhattan.
São muitas as lojas queridas dos nova-iorquinos que estão fechando nos últimos meses, e o último dia da Rizzoli teve direito até a passeata em frente à livraria. Uma das notícias especulando o possível fim de outra casa de livros independente de grandes corporações, a Shakespeare and Co., fala de um aluguel supostamente chegando a 50 mil dólares. Triste.


A Rizzoli tinha dois andares, tetos pintados, lindas escadas no centro. O prédio é de 1919 e não tinha o interior original, razão para a cidade não tornar o local patrimônio histórico. Rizzoli tinha uma variedade de estilos e editoras, e livros em espanhol, francês e ás vezes em português - o que é muito raro encontrar fora da internet nos Estados Unidos. Hoje, os donos ainda não sabem onde vão abrir o negócio de novo em Nova Iorque.
A rua 57, entre as Quinta e Sexta Avenidas, costuma ser um refresco para quem anda em Midtown, já que alguns prédios antigos, com lojas tradicionais nova-iorquinas como a Rizzoli, ainda lutam contra os arranha-céus invasores.
Ao sair do trabalho, entre a rua 68 e a Avenida Park, as vezes escolho ignorar o primeiro buraco de metrô da área e andar por ali. O caminho é plano, simples e constante até o Central Park e o Plaza Hotel, perto do lado Oeste de Midtown.
O passeio conta com lojas de pianos como a Steinway & Sons, o Carnegie Hall, alguns hotéis antigos…e agora as portas da Rizzoli fechadas. O caminho ficou com certeza menos original, “pasteurizado” com marcas e lojas conhecidas. Será que Nova Iorque vai ser forte para conseguir se reinventar?

Luisa Leme é jornalista e produtora de documentários. Passou pela TV Cultura e TV Globo em São Paulo, e pelas Nações Unidas em Nova York. Mora nos Estados Unidos há sete anos e fez mestrado em relações internacionais na Washington University in St. Louis. Escreve aqui sempre às quintas-feiras. Mantém o blog DoubleLNYC com imagens e impressões sobre Nova York. Twitter: @luisaleme

Agentes do terrorismo mudam o nome da rua Marechal Floriano para Iara Iavelberg em Porto Alegre.

http://polibiobraga.blogspot.com.br/2014/04/agentes-do-terrorismo-mudam-o-nome-da.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+JornalistaPolibioBraga+(Jornalista+Polibio+Braga)

Sem autorização alguma da Câmara de Vereadores de Porto Alegre e sem sanção do prefeito José Fortunati, o nome da rua Marechal Floriano mudou para Iara Iavelberg, a terrorista paulista que foi morta por tropas federais quando fugia com seu amante, o capitão Carlos Lamarca.

. Ambos eram dirigentes da VPR.

. Iara Iavelberg foi companheira de armas quando ambas militaram em grupos terroristas brasileiros e foram integrantes da mesma organização.

. As placas com o nome de Iara estão na esquina com a Rua dos Andradas, a principal do centro de Porto Alegre, conforme se vê na foto ao lado, desta manhã.

CLIQUE AQUI para saber quem foi a terrorista de extrema esquerda.

Excelente Texto do Miranda Sá - Chamem Floriano!



by Miranda Sá

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Nos primeiros anos da República, o marechal e presidente Floriano Peixoto, enfrentou os saudosistas da monarquia.  Sob o pretexto de enfrentar o autoritarismo dele, que o povo apelidara de “Marechal de Ferro”, surgiram várias revoltas contrárias ao seu governo.
A maior das insurgências foi a “Revolta da Armada” pelo apoio que obteve de altos oficiais da Marinha; este motim criou atritos diplomáticos e, além de abalar a governabilidade, ameaçou a própria unidade nacional conquistada no Império.
No Rio de Janeiro, então capital federal, estavam sediadas muitas empresas e bancos que representavam os interesses estrangeiros no País. Por esta razão, aproveitando a divisão interna, forças navais européias e norte-americanas fecharam a saída da Baía de Guanabara com navios de várias bandeiras.
Por delegação das nações interventoras, uma comissão inglesa desembarcou e pediu uma audiência ao presidente Floriano Peixoto que a recebeu. No encontro, os ingleses indagaram como seria recebido o desembarque de tropas para garantir propriedades dos súditos estrangeiros. Floriano, curto e grosso, declarou: “Será recebido à bala!”
De lá para cá, o Brasil tem mudado para pior. Assistimos um vácuo de patriotismo, e a forte presença da traição nacional pelo desbaratamento da economia e alienação patrimonial do povo brasileiro. Isto nos leva a pensar que é chegada a hora do espírito da nacionalidade gritar: “Chamem Floriano!”
Entre os desmandos impatrióticos, assistimos que os ocupantes do poder, não satisfeitos em doar ilegal e amoralmente nossas riquezas para ditadores africanos e narco-populistas latino-americanos, de submeter à legislação do País à suspeitíssima entidade internacional FIFA, os governantes lulo-petistas promovem a invasão do país por militares estrangeiros.
O PT-governo, numa maquinação antipatriótica urdida nos porões do Foro de São Paulo, enviou à Câmara Federal o Projeto de Lei Complementar 276/02, que delega ao ministro da Defesa a permissão para trânsito e permanência de forças estrangeiras no País, sem autorização do Congresso Nacional.
É vergonhoso constatar que tal monstrengo foi aprovado quase à unanimidade pelos deputados, por 270 votos a 1; e que a matéria deverá ser levada ao Senado para votá-la com urgência como ocorreu com o Marco Civil.
Temo que se repita o que ocorre na Venezuela chavista com a presença de tropas cubanas para sufocar os anseios de liberdade do povo. Sinto que passo a passo, a marcha totalitária do Partido dos Trabalhadores segue em direção à ditadura narco-populista.
Não é por acaso o desarmamento da população contra a vontade nacional; o sucateamento da Polícia Federal, e nem a impostora campanha em favor da desmilitarização das polícias militares.
Com isto, o lulo-petismo mostra obediência à cartilha onde o usurpador Hugo Chávez e seu tresloucado herdeiro, Nicolás Maduro, aprenderam. Ali se ensina a experiência ditatorial implantada por Fidel Castro em Cuba.
A desmilitarização das PMs, ao contrário do que defendem os seguidores do Foro de São Paulo, inoculados pelo vírus da doença infantil do comunismo, deixará a população desarmada, desprotegida, ao sabor do crime organizado ligado às Farcs, braço guerrilheiro do narco-populismo.
E assim entrará em cena a polícia especial petista, a chamada Força Nacional de Segurança, para a qual se planeja recrutar 500 mil homens armados que ficarão ao arbítrio do PT-governo e certamente serão usados contra a população.
Foi noticiado semana passada que o PT-governo trará policiais moçambicanos, os mais violentos da África, para garantir a Copa que Lula e a FIFA trouxeram para garantir o festival de roubalheira que se viu e ainda se vê.
Se o Senado aprovar a Lei Complementar 276/02, passada a Copa do Mundo e às vésperas de uma eleição em que certamente o PT será derrotado, virão os destacamentos militares cubanos.
Não consigo imaginar o que pensa a jovem oficialidade das Forças Armadas, do aquartelamento, da prontidão em respeito à Bandeira, das ordens-do-dia e do respeito à hierarquia, sobre este ultraje à soberania nacional.
Espero que não acompanhem a ideologia dos folgados adidos militares no Exterior ou dos membros de comissões de porra nenhuma que por ilusão ou oportunismo foram cooptados pelo PT-governo. Que chamem Floriano!

País cai para 69º em ranking de acesso à tecnologia


  • Brasil perde nove posições em lista com 148 nações, segundo relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial

O Brasil caiu para 69º — nove posições abaixo do resultado de 2013 — num ranking global de 148 países, que mede a capacidade de uma nação usar a tecnologia da informação para estimular a competitividade e o bem-estar. O dado consta do Relatório Global sobre Tecnologia da Informação 2014, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a escola de negócios Insead, e divulgado ontem.
No topo do ranking estão Finlândia, Cingapura, Suécia, Holanda, Noruega e Suíça. Entre os dez primeiros, Estados Unidos (7º), Hong Kong (8º) e Coreia do Sul (10º) avançaram. Já o Reino Unido (9º) caiu.
Se a leitura tiver como foco a América Latina, o Chile é o país mais bem colocado, em 35º lugar, apesar de ter perdido uma posição na comparação com 2013. Antes do Brasil, vêm ainda Porto Rico (41º), Panamá (43º), Costa Rica (53º) e Colômbia (63º). Entre os Brics, a Rússia (50ª) tem o melhor desempenho. A China vem na 62ª posição; a Índia, na 83ª.
O relatório mostra que há pouco progresso no esforço para superar a distância digital entre as nações mais conectadas e o resto do mundo. Essa estagnação é preocupante sobretudo em países emergentes. Essas nações, diz o estudo, correm o risco de não conseguirem se beneficiar do impacto positivo que as tecnologias da informação podem trazer. Avanços em inovação, competitividade econômica e inclusão social estão entre eles.
Na América Latina, avalia o relatório, o desafio continua sendo melhorar a conexão digital. Uma das conclusões é que o sistema de apoio ao empreendedorismo e à inovação impede que os países da região consigam capitalizar investimentos em TI. E isso resulta em nova exclusão digital entre as nações que evoluem nos planos social e econômico e as demais.
O cálculo do índice que compõe o ranking leva em conta uma série de fatores ligados ao uso de TI, como custo de acesso; uso por governos, empresas e pessoas; ambiente de negócios e inovação; cenário político, impactos econômicos e sociais. Há resultados que pesam na posição do Brasil no ranking geral. O número de dias necessários para abrir um negócio, por exemplo, chega a 108, contra 19 no Chile ou 22 em México, Panamá e Porto Rico.
O estudo mostra que o aporte em tecnologia de informação, sozinho, não basta para garantir competitividade aos países. Para chegar lá, o caminho é investir ao mesmo tempo em inovação, empreendedorismo e infraestrutura.


Auditoria mostra que US$ 10 milhões saíram de conta de Pasadena com autorização verbal


  • Operação estava programada e analisou o controle, a gestão e a comercialização do estoque de óleo da refinaria
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Refinaria Pasadena da Petrobras, no Texas, nos EUA
Foto: Divulgação
Refinaria Pasadena da Petrobras, no Texas, nos EUA Divulgação
BRASÍLIA - Uma auditoria realizada pela própria Petrobras na refinaria de Pasadena, no Texas, descobriu um saque de US$ 10 milhões feito apenas com uma autorização verbal, sem qualquer registro em documento, como mostra relatório confidencial obtido pelo GLOBO. A auditoria estava programada e analisou o controle, a gestão e a comercialização do estoque de óleo da Pasadena Refining System Inc. (PRSI).
O pente-fino da Gerência de Auditoria de Abastecimento da Petrobras revelou a existência de um saque de US$ 10 milhões em 5 de fevereiro de 2010, sem documento que o autorizasse. Naquele ano, as sócias Petrobras América e Astra Oil, companhia belga, travavam uma disputa judicial sobre a aquisição, pela empresa brasileira, dos 50% remanescentes das ações. A joint venture original foi firmada entre as empresas em 2006.
A compra de Pasadena, que resultou em um gasto total de US$ 1,2 bilhão, e a afirmação da presidente Dilma Rousseff de que se baseou num parecer “falho e incompleto” para aprovar a aquisição, desencadearam uma crise no governo e uma movimentação pela instalação de CPI no Congresso. Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras na ocasião da compra.
O relatório de auditoria sobre o estoque de óleo é o R-1111/2010, elaborado pela Gerência de Auditoria de Abastecimento, com data de 29 de março de 2011. O episódio do saque está descrito no item 3: “Falta de autorização documental para saque em corretora”. Os US$ 10 milhões foram retirados da conta da refinaria numa corretora, a MF Global, que entrou com pedido de falência em 2011.
“A falta de documentação prejudica o controle e acompanhamento de transações”, cita o relatório. “A autorização verbal, conforme informação da unidade, não encontra amparo em norma interna nem nas boas práticas de controle interno”, conclui.
Os auditores recomendam, então, que a gestão da refinaria de Pasadena passe a formalizar e arquivar a documentação referente aos saques feitos em contas mantidas em corretoras. Conforme a resposta da PRSI, incluída no relatório, ficou acordado com a área financeira que não haveria mais “nenhuma autorização de pagamento ou movimentação financeira de forma verbal”. Para a movimentação de dinheiro da conta da refinaria, passaria a ser necessária uma formalização por meio de documentos de suporte ou comunicação por escrito.
O documento confidencial da Petrobras não detalha quem fez o saque nem o destino e a finalidade do dinheiro. O GLOBO questionou a Petrobras sobre os responsáveis pelo saque e sobre a recorrência da prática de movimentação de dinheiro na refinaria de Pasadena apenas com base numa ordem verbal. Por meio da assessoria de imprensa, a estatal disse que aguarda a conclusão dos trabalhos da comissão interna instaurada neste ano para investigar as condições da aquisição da refinaria. Enquanto isso, a empresa não faz nenhum comentário sobre as irregularidades detectadas.
A compra dos estoques de óleo de Pasadena alimenta suspeitas sobre as condições do negócio, que passou a ser investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas da União, pela Controladoria Geral da União e pela própria Petrobras. Somente os estoques de óleo custaram US$ 343 milhões à estatal brasileira, levando-se em conta os valores desembolsados nas duas etapas da compra. Toda a refinaria saiu por US$ 1,2 bilhão. A Astra adquiriu o empreendimento em janeiro de 2005 por R$ 42,5 milhões, valor contestado pela Petrobras.
A auditoria se concentrou na gestão dos produtos. Entre janeiro e agosto de 2010, conforme o levantamento, o faturamento chegou a US$ 2,2 bilhões, equivalentes a 4,2 bilhões de litros de óleo. A investigação analisou a movimentação de petróleo, gasolina e óleo diesel. “O grande número de processos e rotinas manuais, e a utilização de sistemas não integrados, são pontos críticos de controle quanto à qualidade das informações relativas aos estoques. As divergências nessas informações têm ocasionado uma série de lançamentos de estornos que podem prejudicar a gestão da atividade na companhia”, registra o relatório.
Segundo os auditores, práticas internacionais estabelecem que os tanques de armazenamento de produtos devem ser arqueados (medidos, para que se saiba a quantidade de produto armazenada) em intervalos de dez a 15 anos, ou após reparos. Alguns tanques da refinaria de Pasadena tiveram a última arqueação nas décadas de 1970 e 1980. Um deles foi arqueado em abril de 1970, 40 anos antes da realização da auditoria. “A situação pode causar prejuízo à informação de estoques e incertezas nas medições para faturamento, havendo risco de perda financeira para a companhia”, cita o documento.
"Divergência de US$ 2 milhões"
Outro problema detectado é a existência de operações simultâneas de recebimento e envio de produtos, supostamente em razão da falta de espaço para armazenamento. A prática dificulta medir o volume movimentado pela refinaria e impossibilita apurar “de forma consistente” eventuais perdas ou sobras de óleo. A lista de problemas no controle do estoque da refinaria é ainda mais ampla: não há integração entre os sistemas de faturamento, estoque e registro das contas a receber. Assim, não é possível emitir relatórios automaticamente.
Os auditores detectaram uma “divergência” de US$ 2 milhões no estoque referente a maio de 2010, em razão de um lançamento incorreto. Conforme o relatório, 23 mil barris de petróleo oriundos da empresa armazenadora foram considerados como estoque em trânsito. Após a transferência, o volume deixou de ser considerado como em trânsito, mas sem registro da entrada no sistema. “A quantidade foi lançada incorretamente como sobra de produção e impactou a valoração do custo de produção do mês”, diz o relatório.


OBRA-PRIMA DO DIA (ARQUITETURA) O Castelo de Chapultepec e a história do México

Blog do Noblat
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
24.4.2014
 | 12h00m

Localizado no alto da colina do mesmo nome, coberta por um magnífico bosque, o Castelo de Chapultepec representa o papel de eterna testemunha da História do México.

Do terraço do castelo, o bosque com a cidade do México ao fundo

Chapultepec foi um local cultivado desde tempos pré-colombianos, pois ali existiam santuários; os astecas acreditavam que havia duas entradas para o inferno, uma na cidade de Mitla, na província de Oaxaca, e outra numa caverna na colina de Chapultepec, um pouco escondida mas ainda visível na face sul da colina.
Além do lado mágico, havia o pragmático: as inúmeras fontes de água doce que atendiam à sempre populosa Cidade do México. Depois de conquistado por Cortés, o México passou a fazer parte da Nova Espanha e sua capital era a sede do Vice-Reinado; ergueram ali um castelo como sede e residência do vice-rei. A Espanha teve 61 vice-reis durante 286 anos, até que em 1821 o México se tornou independente.


Todos esses fatos foram testemunhados pelo castelo que sofreu com a ação do tempo, guerras, revoltas, bombardeios, explosões, falta de interesse do governo central em restaurá-lo, conquistas e derrotas, traidores e herois, até que, em 1862, Napoleão III, imperador da França, atendeu aos pedidos do Partido Conservador Mexicano e se envolveu na nomeação do arquiduque Maximiliano da Áustria como Imperador do México.
Casado com Carlota, filha do rei Leopoldo I da Bélgica, o novo imperador restaurou e ampliou o castelo, cuja decoração foi toda feita para atender ao gosto da Imperatriz e às necessidades da Casa Imperial.

                                               Salão de entrada decorado com malaquita

Quarto da Imperatriz

Casa Imperial que não durou muito – dois anos depois a França não pretendia mais ajudar, retirou subvenções e o exército que ajudava a manter Maximiliano no trono.
Carlota (1840-1927), desesperada, parte para a Europa para tentar convencer Napoleão III a continuar a manter o império mexicano. Com a recusa francesa, ela vai a Roma pedir ao Papa que a ajude. Lá tem uma crise nervosa, é examinada por um médico austríaco e considerada insana, é internada num asilo na Áustria, onde viveu até morrer.
Sem o apoio francês, Maximiliano foi preso, julgado e fuzilado em 19 de março de 1867.
A beleza arquitetônica do castelo, as pinturas, tapetes, lustres, mobiliários, painéis, encantam quem o visita, mas ao saber da triste história de seus moradores, fica a pergunta: valeu a pena?
Com a República, o castelo foi Observatório Astronômico e mais tarde residência oficial dos chefes de Estado até 1939.
Desde então é sede do Museu de História Nacional do México.

                                                                  Diego Rivera

                                                              José Clemente Orozco
  
David Alfaro de Siqueros

Acima paineis dos grandes muralistas mexicanos, David Alfaro de Siqueros, José Clemente Orozco e Diego Rivera, que enriquecem sobremaneira as paredes de Chapultepec, ao contar episódios da história do país.