terça-feira, 15 de julho de 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO


“O Brasil tem demorado muito para modernizar o seu Estado”

Presidente Dilma, após três anos e meio no poder, além dos oito anos de governo Lula



CPMI DA PETROBRAS É SÓ EMBROMAÇÃO

A CPI Mista da Petrobras nem se dá ao trabalho de fingir que funciona. Acumula 395 requerimentos sem votar porque os parlamentares não comparecem e, controlada pelo governo, a CPMI nem sequer quebrou sigilos de um dos principais acusados no esquema de corrupção: Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Tem outra sessão marcada para esta quarta (16).

QUADRILHA IMPUNE

A CPMI foi instalada para investigar o que a Polícia Federal chamou de “quadrilha instalada na Petrobras” para a prática da corrupção.

SUPERFATURAMENTO

Além do superfaturamento na refinaria de Pasadena, a CPMI deveria investigar corrupção na obra da refinaria de Abreu e Lima (PE).

CORDEIROS

O Planalto controla a CPMI por meio do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente, e do deputado Marco Maia (PT-RS), relator.

INSERVÍVEIS

Instalada em 28 de maio, a CPMI só ouviu depoimentos inócuos de Sergio Gabrielli e Graça Foster, ex e atual presidentes da Petrobras.

FOLGA REMUNERADA

Após a vagabundagem das semanas anteriores, a pretexto da Copa, quando as sessões deliberativas chegaram a ser formalmente canceladas, a Câmara dos Deputados seguiu a folga remunerada ontem, quando apenas 21 dos 513 deputados deram as caras. E olhe que havia convocação do presidente da Casa, Henrique Alves, para votar projeto de resolução destinado a derrubar o decreto presidencial que criou os chamados “conselhos populares”.

RESSACA?

Registrou-se ontem a presença de menos de 10% do mínimo de 257 deputados federais necessários para se abrir sessão deliberativa.

MP PENDURADA

Os deputados federais também estão devendo a votação da medida provisória 641, que altera regras de comercialização de energia.

LÁ VEM O RECESSO

Após enforcar o mês da Copa, o Congresso entra em recesso na sexta (18), a menos que não votem a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

FPM MAIOR

O presidente da Câmara, Henrique Alves, quer colocar votação nesta quarta (16) o aumento em 2% do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Cortesia com chapéu alheio em ano eleitoral.

COISA DE AMIGOS

Prefeitos andam irritados com Dilma, que renovou a isenção do IPI para carros, em mais uma ajuda ao setor que financia campanhas do PT. O IPI alimenta boa parte do Fundo de Participação dos Municípios.

SILÊNCIO CONIVENTE

Paulo André, ex-Corinthians, que ainda joga porque se mudou para a China, voltou a atacar a CBF, federações e clubes de futebol. Mas faz conveniente silêncio sobre a decisão do governo de retirar a prática esportiva do currículo das escolas, sufocando sonhos e vocações.

TRAQUEOTOMIA NA PISTA

Lula convocou prefeitos do PT paulista para acompanhá-lo em caminhada, nesta sexta (18), para tentar reanimar a nocauteada candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de SP.

ADICIONAL

O Senado promete votar quarta (16) a proposta que prevê adicional de tempo de serviço para magistrados e integrantes do Ministério Público, elevando-lhes os salário em até 35%. Chegariam a R$ 40 mil.

BESTEIROL

Dentre as alegações mais preconceituosas, sobre os estádios da Copa no Brasil, é a de que em cinco estados não há jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. O Santa Cruz, do Recife, bateu recorde de público quando disputava a Série D, e o Fortaleza na Série C, em 2013.

ACORDO

O senador Eunício Oliveira (PMDB) se convenceu de que a presidente Dilma Rousseff e o antecessor Lula não vão pôr os pés nas eleições no Ceará, onde o peemedebista enfrentará Camilo Santana (PT) ao governo.

OUTROS TEMPOS

O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), garante que não “há essa relação umbilical” entre o tucano José Serra e Gilberto Kassab (PSD): “Houve um afastamento depois que o Kassab se juntou a Dilma”.

GOVERNO CAMARADA

Isentada de IPI, a indústria automobilística continua dispensada de melhorar suas carroças e reduzir preços para aumentar as vendas.



PODER SEM PUDOR

TODO CUIDADO É POUCO

Costa Rego fez fama como jornalista no Rio de Janeiro e, nos anos 1920, voltou à sua Alagoas já na condição de governador eleito. Foi um governante austero, e com fama de mulherengo. Seu secretário da Fazenda era Epaminondas Gracindo, pai do ator Paulo Gracindo. Certa dia, ele tomava o café da manhã quando viu Costa Rego abrindo a porta de sua casa e ir entrando com a maior naturalidade.

- Espere aí, governador! - foi logo gritando Epaminondas - Com essa sua fama de garanhão, o senhor não pode entrar assim, em casa de uma família de respeito.

O governador deu uma risada e despachou com o secretário na calçada.

Responsabilidade fiscal nos clubes - MERVAL PEREIRA


O GLOBO - 15/07

A partir da discussão sobre o que fazer para reorganizar nossa estrutura futebolística, o primeiro passo parece ser a mudança a partir dos próprios clubes, que são a fonte de poder das federações estaduais, que, por sua vez, elegem a diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Não há como começar esse processo sem ser dessa base, dizem os especialistas pois, sendo uma entidade privada, a CBF não está sujeita a intervenções oficiais, protegida pela própria Fifa, que proíbe a interferência de governos e de tribunais que não sejam os da Justiça Esportiva.

Mesmo que a interferência do governo e dos políticos seja indesejável, será preciso repactuar as dívidas dos clubes com o governo para que reformulemos nossa estrutura clubística em novas bases.

Já existe na Câmara dos Deputados em Brasília um substitutivo, do deputado federal do PSDB do Rio Otávio Leite, que pode ser votado em breve, pois está pronto para ir ao plenário desde abril, depois de ser aprovado pelas comissões. Mas vem sofrendo a obstrução da base aliada do governo.

A proposta é ampla e representa importante avanço, a partir da renegociação da dívida dos clubes, mas com punições rigorosas, que podem chegar ao rebaixamento, para o não pagamento. O substitutivo já está sendo designado como Lei da Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), numa alusão proposital à Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada junto com o Plano Real, que limitou as dívidas dos estados e municípios e impôs aos entes federativos hábitos financeiros saudáveis que até hoje vêm sendo respeitados, a despeito de diversas tentativas de burlá-la.

Não haverá anistia nem perdão das dívidas, mas uma renegociação dos débitos com o governo: INSS, IR, FGTS, Timemania e Banco Central. O montante único dos débitos seria refinanciado em 25 anos com a taxa TJLP, usada pelo BNDES para seus empréstimos. O total da dívida, excluídas as trabalhistas e os empréstimos que não entrariam nesse refinanciamento, é de R$ 3,3 bilhões aproximadamente.

A União teria uma arrecadação anual estimada em R$ 140 milhões e, com a unificação dos débitos, haveria um documento único de arrecadação e a redução dos meios administrativos dos órgãos públicos que cuidam das dívidas.

O objetivo da LRFE de ter uma gestão transparente e democrática seria monitorado por várias medidas, como a apresentação obrigatória de Certidão Negativa de Débito (CND) ao início de cada competição, sob pena de rebaixamento.

Também o cumprimento regular de pagamentos dos contratos de trabalho dos jogadores e funcionários dos clubes seria fiscalizado. Os dirigentes seriam responsabilizados pessoalmente pelas dívidas dos clubes, e seria proibido o aumento do nível de endividamento depois da repactuação.

Haverá uma expressa proibição de antecipação de receitas de qualquer natureza que ultrapasse o fim do mandato do dirigente. E os mandatos de presidente serão limitados a quatro anos, com uma única recondução. Haverá ainda um comitê de acompanhamento da execução das regras estabelecidas, formado por representantes dos clubes, dos jogadores, dos patrocinadores, da imprensa, do grupo de jogadores Bom Senso e do Poder Executivo.

A legislação prevê ainda a criação de um Fundo de Iniciação Desportiva na Educação, que teria recursos, entre outros, vindos de uma nova loteria e a instituição de um imposto sobre a venda de patrocínios da camisa da seleção.

A necessidade de dar resultados financeiros e ter transparência nos gastos para reformar as dívidas, mas, sobretudo, a responsabilização pessoal dos dirigentes obrigaria os clubes a uma profissionalização indispensável para uma nova etapa de reorganização do futebol brasileiro a partir de sua base, que são os clubes.

Nova Zelândia e Brasil: Breves lições do país menos corrupto do mundo


Por Eduardo Marques, publicado noInstituto Liberal
Em abril de 2014, resultado de estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostra que, entre 30 países, o Brasil é o que menos retorna serviços públicos ao contribuinte em relação aos impostos recolhidos. Igualmente preocupante foi o relatório de 2013 da Transparency International  – Organização Não-Governamental com sede em Berlim, na Alemanha, que tem como foco o combate à corrupção – que apontou o Brasil na 72° posição, dentro de 177 países, no índice de percepção de corrupção pela população. De acordo com os métodos de avaliação da organização, ficaram empatados na posição de “país menos corrupto do mundo” Dinamarca e Nova Zelândia.
Mesmo com um modelo assistencialista e um Estado de grande alcance, países nórdicos tradicionalmente mostram altos níveis de transparência no setor público e, consequentemente, baixa corrupção. O que torna curioso o resultado do levantamento é o fato de um país relativamente desconhecido como a Nova Zelândia, sempre à sombra de seu vizinho – a também ex-colônia britânica, Austrália –, trazer índices tão surpreendentes. Talvez nem tão curioso assim, afinal, os neozelandeses também ocupam a 4° posição no índice de liberdade econômica da Heritage Foundation em 2013.
Quanto à sua estrutura estatal, sobressaem-se da trajetória da Administração Pública neozelandesa as inúmeras reformas administrativas implementadas, até a consolidação do modelo atual: mesmo com 29 ministérios, há uma administração pública gerencial, de estrutura enxuta, altamente transparente, mecanismos burocráticos otimizados, foco na eficiência dos serviços públicos assumidos e, o mais importante de tudo, impessoalidade, traduzida em uma clara separação entre Administração e Política – característica fortalecida em governos liberais. Outro fator importante é a rigorosa observância ao que conhecemos como princípio da economicidade – tratam-se os recursos públicos como absolutamente escassos, visando o máximo aproveitamento dos mesmos, considerando o serviço público como seu produto final e o contribuinte como cliente do mais alto padrão de exigência.
É inegável que os fatores mais significativos para o atual padrão administrativo da Nova Zelândia sejam de índole histórica, política, sociológica e geográfica. Contudo, certos elementos nada mais são que boas fórmulas e escolhas acertadas em termos de institutos jurídicos e organização do Estado. Exemplo disso é uma das implementações da States Service Act of 1912 – uma das maiores referências do país em termos de reforma administrativa – a States Service Comission (SSC): entre outras funções, este ministério centenário é responsável pela uniformização da política pública de pessoal estatal – ou seja, a determinação de diretrizes para todo o funcionalismo público. Com foco neste âmbito, a SSC evita abismos salariais entre carreiras (sempre considerando também a realidade da iniciativa privada), além de priorizar e padronizar sistemas meritocráticos para ascensão funcional dos servidores. Isso reflete de forma muito positiva na produtividade dos servidores públicos, evitando a atuação sindical abusiva e, de outro lado, impedindo que o ente estatal favoreça determinadas carreiras a despeito de outras por razões políticas.
A States Service Comission é uma amostra do que deu certo e pode nos servir de modelo, claro, sem ignorar nossa realidade e com as devidas adaptações. Além de preencher posições tão preocupantes em rankings relacionados à eficiência dos serviços públicos e transparência, em pleno século XXI o Brasil ainda demonstra fortes resquícios do período colonial na condução da máquina pública, como nepotismo, paternalismo e patrimonialismo. Diante disso, exemplos atuais e pragmáticos de “como fazer melhor” são tão importantes, afinal, já é de conhecimento geral que a Administração Pública brasileira é extremamente resistente em termos de reformas que melhorem a atuação do Estado, em especial quando a otimização redunde em sua necessária diminuição.

O SUSPENSE AUMENTA: TUMA JR. VAI OU NÃO VAI LANÇAR O NOVO LIVRO ANTES DAS ELEIÇÕES



Carlos Newton
O jornalista Polibio Braga, um dos blogueiros mais influentes do Rio Grande do Sul, anuncia que, depois de vender 100 mil livros, o ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, está mesmo escrevendo “Assassinato de Reputações II”.
Ainda segundo Polibio Braga, o delegado aposentado da Polícia Federal “quer fazer o lançamento às vésperas das eleições de outubro, e prometeu revelações ainda mais bombásticas sobre os bastidores do governo Lula”.
O fato é que, em seu primeiro volume, Tuma Jr. deixou o PT, o governo e o ex-presidente Lula totalmente na defensiva. Fez denúncias pesadas sobre perseguições do governo a políticos de oposição, com preparação de dossiês fraudulentos. E culminou a série de acusações dizendo que Lula era informante do DOPS, com o codinome “Barba”, e operava diretamente com o pai dele, o célebre delegado Romeu Tuma, depois eleito deputado e senador.
SILÊNCIO ABSOLUTO
Como não foi processado por ninguém e como também Câmara e Senado não quiseram ouvir suas revelações, com a base aliada impedindo sua convocação pelas comissões temáticas, Tuma Jr. avisou que as denúncias que reservara para Justiça e Congresso irão para o novo livro.
Nesse ínterim, o delegado deu uma bombástica entrevista no programa Roda Viva. Reafirmou  ter provas de tudo, inclusive do envolvimento de Lula com a ditadura. E anunciou que iria escrever a continuação do livro, sob o título “Assassinato de Reputações II”, anexando as provas.
De lá para cá, com os escândalos da Petrobras e com a realização da Copa do Mundo, o assunto de Tuma Jr. ficou adormecido, somente voltando agora ao noticiário.
Bem, se o livro for lançado antes das eleições, como é a intenção, com toda certeza fará um grande estrago na campanha do PT. Vamos aguardar,

Liberdade e tutela


DENIS LERRER ROSENFIELD
Agrande expectativa de conquista da Copa do Mundo e o seu fiasco, assim como outro campeonato, o das pesquisas de intenção de voto, terminaram por ofuscar outros problemas que continuam atormentando a sociedade brasileira. A liberdade de escolha, um dos pilares de Estados democráticos, continua, cada vez mais, submetida à tutela estatal. Os cidadãos são tratados como se fossem menores de idade, incapazes de decidirem o que é melhor para si.
Claro que tudo isto não é feito em nome do autoritarismo, mas, supostamente, em nome do bem da cada um, como se fosse missão do Estado exercer uma espécie de monopólio da virtude. Contudo, a associação entre o anticapitalismo e o autoritarismo do bem (pró-saúde, geralmente) não é nada saudável.
Em São Paulo, a marcha autoritária avançou ainda mais na limitação das liberdades, visando a diminuir a influência dos pais sobre seus filhos. A Câmara de Vereadores dessa cidade aprovou recentemente em segunda discussão o projeto de lei que proíbe a venda casada de alimentos, lanches e ovos de Páscoa acompanhados por brinquedos, pelas redes de fast-food, lanchonetes ou qualquer estabelecimento comercial.
O projeto aprovado ainda depende da sanção do prefeito Fernando Haddad. Até o momento, a prefeitura não indicou qual será o desfecho. Vale lembrar que o autor do projeto, Arselino Tatto, é petista e líder do governo na Câmara de Vereadores.
O vereador disse em entrevista que se baseou em uma reportagem de TV para propor a proibição. Segundo ele, "eles incentivam o consumo quando colocam brinquedos dentro dos alimentos. É um pouco para trazer esse debate à tona para que os pais tenham essa preocupação. Se transformar em lei, eles podem vender esses produtos, mas sem os brinquedos dentro porque isso não atrairia muito as crianças".
Soa leviano propor (e aprovar) uma lei com base em um programa de televisão. Entretanto, para os defensores da tutela, esta também poderia ser aplicada a eles. Talvez fosse prudente a população, como ato de defesa, propor uma lei para limitar as horas a que os parlamentares têm direito em frente aos televisores. Programas sem a supervisão de pessoas responsáveis podem incentivar a proliferação de leis descabidas.
Ademais, justificou o projeto apelando para a existência de "estudos". Disse ele: "Mas há estudos que mostram que o consumo é incentivado quando brinquedos são colocados dentro de alimentos. Tem a ver com a obesidade e acaba sendo um alerta para os pais."
Note-se que são sempre "estudos", normalmente meras hipóteses de trabalho, que são considerados como se fossem "verdades". Embora possam mesmo ser verdadeiros, não caberia, de modo algum, ao Estado tomar o lugar dos pais na educação de seus filhos. Ao Estado caberia, isto sim, informar os cidadãos sobre os malefícios de determinados produtos, deixando às pessoas a decisão de seguirem ou não essas orientações.
Trata-se, mais uma vez, da tentativa de restringir a liberdade de escolha das pessoas. O exemplo mais paradigmático diz respeito às restrições cada vez mais abusivas em relação ao fumo, seja com limitações à opção individual, seja em relação ao aumento de impostos favorecendo o contrabando. Processo semelhante está também em franca expansão no que concerne às bebidas alcoólicas.
Nada disto é muito novo, senão a arbitrariedade de cunho autoritário que o orienta. As justificativas para esse tipo de legislação apelam para um cidadão incapaz, isto é, um sujeito anódino que precisa ser tutelado. Uma sociedade que renuncia à liberdade perde o seu bem mais precioso: a liberdade de escolha.
O senso crítico ainda em formação nas crianças entra no debate como argumento de ocasião. Não é o senso crítico das crianças que está em disputa, mas o dos pais. São os pais que perdem a autonomia ante a benevolência estatal. São os pais que, segundo a ótica do legislador, não possuem senso crítico para decidir o que é melhor para seus filhos e nem são capazes de estimular em seus filhos o senso crítico. O significado é óbvio: os pais não possuem autonomia, autoridade ou capacidade para educar seus filhos.
Nesta toada, sempre haverá algum legislador ou governante que não queira, amanhã, proibir a propaganda de brinquedos ou diminuir o seu estímulo de compra como se isto fosse um malefício da sociedade capitalista. O politicamente correto pode ser aqui o seu instrumento.
Nessa toada, o certo seria proibir algumas personagens do mundo infantil bem como proibir alguns tipos de brinquedos. A Barbie, segundo inúmeros movimentos feministas, representa um ideal feminino exagerado que impõe às meninas um padrão de beleza inalcançável. Para o suposto universo infantil masculino, há armas e outros brinquedos que estimulam a agressividade. Os projetos de proibição são o que menos falta.
Afinal, se é permitido proibir um produto por seu suposto alto teor de sal ou de gordura, o que impede a proibição dos doces, que causam cáries? Nada. Pois o projeto de lei 5043/13, do deputado Alexandre Roso, do PSB do Rio Grande do Sul, proíbe a propaganda de refrigerantes e alimentos de baixo teor nutritivo nas escolas de ensinos fundamental e médio, sejam públicas ou privadas. Já o projeto 6.283, de 2013, do deputado federal Luiz Gonzaga Patriota, do PSB de Pernambuco, proíbe a venda de refrigerantes a menor de 18 anos e de alimentos com alto teor calórico e níveis reduzidos de nutrientes em estabelecimentos de ensino, e dá outras providências. Entre as outras providências está a proibição de venda desses alimentos em um raio de duzentos metros em torno das escolas. Por enquanto, evidentemente.
O tipo de lei relativo às crianças não difere das que limitam a liberdade de escolha dos adultos. O ímpeto é o mesmo. A suposta fragilidade das crianças é apenas o subterfúgio palatável do autoritarismo. O recado é claro: você não tem o direito de viver conforme suas convicções, você deve viver conforme o plano que o Estado desenha para você.
Publicado no globo de hoje. Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Negócios de petistas com gigantes chineses da construção jogam empreiteiras brasileiras na oposição a Dilma


Posted: 15 Jul 2014 10:44 AM PDT

Jeguice tupiniquim: negociando para acabar assimilada pelos chineses

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A soberania do Brasil (praticamente perdida) e a reeleição de Dilma Rousseff (com altas chances de derrota) ficam sob alto risco graças a um mega-acordo de US$ 30 bilhões de investimentos em infraestrutura que os petistas estão fechando com os parceiros capimunistas da República Popular da China, aproveitando a reunião dos Brics, em Fortaleza, no Ceará. Os chineses condicionam o fechamento do negócio, que deve render polpudas comissões aos “companheiros” da Dilma, se as empreiteiras chinesas tocarem as obras mais importantes, usando operários chineses, que serão importados para cá junto com tecnologia, equipamentos e insumos.

O acordo com os chineses, para ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, desagrada as empreiteiras brasileiras – maiores financiadoras de campanha dos petistas e sua base amestrada. As transnacionais brasileiras da construção – que lucram alto e fácil no rico setor de concessões e parcerias público privadas – não querem a concorrência interna com os chineses. O descontentamento com tal acordo sino-petralha tende a levar para o cofrinho da oposição os mais fortes investidores financeiros da campanha reeleitoral de Dilma. Por sua vez, os chineses vão soltar muita grana para ajudar a petralhada a vender o Brasil a preço de banana.

O Brasil é um alvo prioritário da estratégia geopolítica da China. A República Popular Capimunista já nos come pela beirada no comércio internacional. Pretende engolir o Brasil, principalmente, no setor energético. Explicitamente, querem empreender em geração e distribuição de energia elétrica. Nos bastidores, organizam uma aquisição gigantesca de ações ordinárias da Petrobras e Eletrobras (aproveitando as cotações em baixa), junto com a compra da dívida dessas empresas no mercado secundário. Outro alvo deles é a aquisição indireta de empresas produtoras de alimentos. Estas são jogadas manjadas dos investidores chineses – que de comunistas só têm o autoritarismo ideológico.

A China pretende repetir aqui a mesma estratégia feita em Angola e Moçambique. Na África, os chineses engoliram o mercado – principalmente da construção pesada. O próximo passo é tomar dos angolanos e moçambicanos a rica produção mineral. Ao mesmo tempo, a China exporta chineses para os países onde tem planos de conquista de hegemonia econômica. Quando esta se consolidar, parte-se para a etapa de ocupação. Não é à toa que os jovens chineses recebem refinada formação em mandarim, inglês, matemática e uma língua estrangeira (preferencialmente alemão, japonês e português). O domínio do idioma germânico e nipônico é para estudar tecnologia. O português se presta à ocupação e aos negócios com os brasileiros e africanos.

A previsão dos chineses é que, em 2015, eles sejam a maior potência econômica mundial. Resta saber se o Brasil Capimunista vai ajudá-los neste plano que caminha para concretização.

Brasileiros divididos?

Recente pesquisa Pew Research Center indica que os brasileiros estão divididos sobre a China.

44% dos entrevistados no Brasil revelam ter uma visão positiva da China.

Curiosamente, 44% também afirmam ter uma avaliação negativa.

Entendendo nada...
41% dos pesquisados avaliam que é ruim para o Brasil o crescimento da economia chinesa.
Outros 39% consideram que seja bom para nós, aqui da terra do pibinho petralha, que os chineses cresçam.
Por enquanto, os chineses figuram como grandes compradores de commodities exportadas pelo Brasil, mas o plano futuro deles é se tornarem donos ou sócios majoritários das empresas que hoje lhes vendem produtos primários.
Desconfiança
Em visita ao Brasil para o encontro dos Brics, o líder chinês, Xi Jinping, é visto com desconfiança por 66% dos brasileiros.
Apenas 13% afirmaram que confiam em Xi.
Outros 21% admitiram que sequer o conhecem...
Risco Capimunista

Capimunismo é um arremedo de sistema baseado no aparelhamento do Estado por uma oligarquia política e na intervenção estatal sobre a atividade econômica, com regramento excessivo, impostos extorsivos e crédito caro e de risco, tendo um discurso social demagógico, um engodo ideológico coletivista contra a individualidade e uma prática clientelista-patrimonialista que corrompe os cidadãos de baixa renda.

A China pratica tal sistema, de forma mais autoritária, porém com mais competência gerencial e educacional, que pode lhe colocar no topo da hegemonia mundial, caso os EUA não consigam reagir e superar tantos erros que vêm sendo induzidos a cometer nas últimas décadas.

O Brasil executa o capimunismo em sua forma mais burra e canalha que só vai nos manter na periferia, na vanguarda do atraso, como rica colônia de exploração endividada, subdesenvolvida e mantida artificialmente na miséria.

O triste é que a superação do “Capimunismo” não figura na pauta dos candidatos à Presidência da República nesta eleição de 2014.





Transmissão secreta para Copa de 2018



Por medo das vaias, Dilma fez com que fosse “secreta”, fechada, a cerimônia oficial de passagem da Copa de agora para a Copa de 2018, que será sediada na Rússia.

O medinho de Dilma transformou em um mero ato burocrático aquela que deveria ser uma festa, aberta e transmitida ao vivo para o público presente ao Maracanã.

Escondidinha



Mesmo assim, a propaganda petista alega que fizemos a copa das copas, embora não tenhamos levado a taça.

Resta o anticonsolo: Dilma levou vaias e xingamentos...

Presidentro da Futebras



Sempre pronto para pisar na bola, Lula daria um técnico ideal para nossa seleção de peladeiros

Nova Bandeira da CBF



Negócio da bola

No embalo do tetracampeonato conquistado pela Seleção Alemã no Brasil, a Adidas fechou ontem um acordo de 750 milhões de libras (US$ 1,3 bilhão), para se tornar a fornecedora oficial de material esportivo do Manchester United, da Inglaterra, durante 10 anos, a partir de julho de 2015.

Os ingleses mandaram para escanteio a Nike, que, durante 13 anos, pagou 450 milhões de libras (US$ 778,5 milhões) para fornecer uniformes, bolas e etc.

Maior vencedor de campeonatos na liga inglesa, o Manchester United é um clube empresa controlado pela família norte-americana Glazer.

Promessa de retorno



O tal troco só não vai acontecer porque Dilma não vai se reeleger...

Nota da Dona Lúcia





© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 15 de Julho de 2014.