terça-feira, 19 de novembro de 2013

VIDA BOA NA ITÁLIA: APOSENTADORIA DE PIZZOLATO RENDERÁ CERCA DE € 8 MIL AO MÊS


Deu no Estadão
(Murilo Rodrigues Alves e Andreza Matais)
Ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato recebe aposentadoria mensal de cerca de R$ 25 mil. Esse valor, convertido para a moeda utilizada na Itália, onde está foragido, chega a € 8 mil. Bem acima da média salarial daquele país, de 815 euros, o que irá lhe garantir uma vida bem acima dos padrões europeus, após a crise financeira internacional, segundo pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgada no ano passado.
A assessoria de imprensa da Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, informou que a instituição continuará creditando a aposentadoria na conta pessoal de Pizzolato e não a transferirá para outra instituição financeira em outro país, a não ser que haja determinação judicial para isso. No entendimento do Ministério Público, não é possível cassar o benefício do ex-servidor por ser de caráter privado. O que pode ocorrer é indisponibilidade dos bens para garantir o pagamento da multa aplicada juntamente com a restrição à liberdade.
O ex-diretor do BB foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros STF também estipularam o pagamento de multa de R$ 1,272 milhão. Amigos do ex-diretor do BB têm afirmado que ele enfrenta problemas financeiros devido aos altos custos dos advogados. Na carta divulgada após a fuga, o ex-diretor disse que tem uma vida “moldada pelo princípio da solidariedade que aprendi muito jovem quando convivi com os franciscanos”.
Pizzolato conseguiu se aposentar em 2005, após trabalhar mais de 30 anos no banco, no auge das denúncias do mensalão com o salário de diretor, na época de quase R$ 19 mil – o valor foi ajustado pela inflação.

PT SABIA E ATÉ TERIA AJUDADO NA FUGA DE PIZZOLATO


Cláudio Humberto
A família e até o advogado de Henrique Pizzolato podem ter sido surpreendidos com sua fuga para a Itália, mas não a cúpula do Partido dos TrabalhadoresDirigentes petistas não apenas sabiam como teriam ajudado na fuga, segundo alta fonte do próprio PT. O foragido ex-diretor do Banco do Brasil seria depositário de segredos caros a líderes do PT e os teria pressionado a ajudá-lo em troca do seu silêncio.
EXÍLIO DOURADO
Primeiro, Pizzolato pressionou o PT a livrá-lo da cadeia, ameaçando abrir o bico. Depois, negociou os termos de um “exílio” dourado.
ARAPONGAGEM
A área de Inteligência do governo federal também estava informada dos passos de Henrique Pizzolatoe informou o Palácio do Planalto.
A GENTE AVISOU
Pizzolato planejou sua fuga sem pressa, desde que obteve a cidadania italiana. Esta coluna, na época, alertou para a possibilidade de fuga.

O MALUF DO PT
Henrique Pizzolato é como Paulo Maluf: procurados pela Interpol, não podem deixar o País. Maluf por brasileiro, ele por ser ítalo-brasileiro.”

FAMÍLIA DE MENSALEIROS TEM QUE PEGAR FILA COMO PEGAMOS, DIZ MULHER DE PRESO


André de Souza(O Globo)
Mulheres de presos do Complexo Penitenciário da Papuda reclamaram nesta terça-feira da visita da mulher do ex-presidente do PT José Genoino, que pode encontrá-lo fora do período determinado graças à intervenção de parlamentares. Os dias de visitação na Papuda são quarta e quinta-feira, mas hoje algumas mulheres já estão acampadas para poder pegar as primeiras senhas. Se chegarem apenas amanhã cedo, elas correm o risco de ficar pouco tempo com seus parentes.
Os mensaleiros receberam amigos e parentes ontem e hoje, mesmo não sendo dia de visitas. Na tarde desta terça-feira, entrou no presídio uma van com vários deputados, entre eles Benedita Silva (PT- RJ) e Amauri Teixeira (PT-BA). Eles ficaram cerca de uma hora na Papuda, por volta das 17h40 até as 18h40. Eles não pararam para falar com jornalistas nem na saída nem na entrada. Como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) tem prerrogativa de entrar no local, ele levou a família de Genoino ontem para visita. Hoje, houve outro encontro da família com o deputado petista. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares também recebeu familiares. A regalia enfureceu parentes de presos que aguardavam na fila pela visita de amanhã.
- Errado isso. Ela (mulher de Genoino) tem que pegar fila como todos pegamos. Tem que passar pelas mesmas coisas que a gente passa. Pode ser até mulher do presidente, mas tem que passar pelo que a gente passa – disse Patrícia, que não quis revelar o sobrenome.
Patrícia vai passar a noite em uma barraca montada na entrada da Papuda. Ela será uma das primeiras a pegar senha que será distribuída a partir das 9h de quarta-feira. O horário de visita vai até 15h. Uma parte dos detentos recebe visita na quarta e outra na quinta-feira.
- Tem que ter condições iguais, a gente enfrenta sol e chuva. Eles chegaram e já podem visitar, deveriam entrar na fila e pegar senha- disse Mariana Gomes, mulher de um preso no regime fechado.
REVOLTA
- A gente se sente injustiçado, revoltado. A moça vem, visita o marido dela dois dias seguidos, enquanto a gente tem que estar aqui várias horas antes para conseguir entrar cedo e visitar nossos maridos – disse outra mulher, que não quis se identificar, acrescentando: – Elas não são melhores do que a gente por ter poder aquisitivo maior.
Segundo Mariana, cada família pode levar aos detentos 500 gramas de biscoito, que não pode ser recheado, seis frutas, dois rolos de papel higiênico, dois sabonetes, um desodorante roll-on, uma barra de sabão de coco e 500 gramas de sabão em pó. Elas passam o tempo conversando e fazendo as unhas. Às 18h é realizado um culto religioso. As mulheres dizem que, a cada seis meses, podem levar roupas novas aos detentos, limitadas a duas blusas, duas bermudas, seis cuecas, dois pares de meia, uma blusa de frio, uma calça, um par de tênis, uma toalha, um lençol e um cobertor.

Ou o PT é conivente com bandidos, ou não sabe indicar ministros do STF - RODRIGO CONSTANTINO


O humorista Danilo Gentili, falando sério, tocou em um ponto-chave da postura oficial do PT em relação à prisão dos mensaleiros:
Quando ficou comprovado todo esquema de corrupção, o PT, diferente de outros partidos, não expulsou Genoíno, Zé Dirceu, Paulo Cunha, Delúbio e cia. Ao contrário. Abraçou-os ainda mais. Se esses caras são criminosos condenados pela Justiça e ainda são membros do PT, significa que o PT concorda com os crimes desses caras, admite criminosos entre seus membros e portanto é uma instituição criminosa. A juventude do PT fez um jantar para arrecadar fundos para os mensaleiros. Eles amam ou não esse caras que cometeram crimes contra você? Após a prisão, o próprio Lula ligou pros caras e disse: “Estamos Juntos”. Ele é ou não um comparsa? Você vai engolir isso?
A vitimização dos petistas não se sustenta, por motivos muito simples: governam o Brasil há mais de uma década, a apontaram quase todos os ministros do STF. Quando um presidente indica um ministro para o Supremo, sabe que deve filtrar com base na ética, no notável saber jurídico, na isenção. A sabatina no Senado serve para dar o aval final.
Código de Ética da Magistratura, publicado em 2008, deixa claro em seu oitavo artigo:
Art. 8º O magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito. 
Abro um parêntese: como ficam os juízes criminais que resolvem brincar de Robin Hood com recursos alheios, ostentar fotos de guerrilheiros assassinos em seus gabinetes, segurar bandeiras de partidos da esquerda radical ou de invasores de terra nesse contexto? Seria o caso de mandar de presente para eles o próprio código da categoria, ou mesmo a nossa Constituição? Fecho o parêntese.
Eis o que temos: um governo do PT, governando o país desde 2003, que se diz vítima de “julgamento político” pelos ministros que o próprio partido escolheu, basicamente. E que reafirma seu apoio oficial aos corruptos julgados e condenados por esses ministros do STF.
Das duas, uma: ou o PT como um todo está declarando abertamente que não se incomoda com corruptos condenados e até mesmo presos em seu quadro partidário, em sua cúpula de poder; ou está confessando que não tem a menor condição de escolher ministros do Supremo, função básica e fundamental de qualquer governo.
Não há terceira opção disponível. Ou o PT assume ser conivente com o crime, ou admite publicamente que escolheu ministros que se recusam a ser imparciais e isentos, como devem ser. Em ambas as hipóteses, o partido deveria renunciar ao poder, por cumplicidade a bandidos condenados, ou por completa incompetência em tarefa tão importante como escolher ministros do STF.
Claro que o PT não fará isso. Vai optar pela cara de pau mesmo, pela hipocrisia, mentira, incoerência, contradição. Não fosse assim, não seria o PT, ora bolas!

Manifesto da suprema cara de pau - RODRIGO CONSTANTINO


O que têm em comum Luiz Carlos Barreto, Fernando Morais, Marilena Chauí, Wanderley Guilherme dos Santos e Maria Victoria Benevides? São todos esquerdistas radicais? São todos camaradas dos petistas? São todos signatários de um manifesto contra o presidente do STF e a favor dos réus do mensalão, presos esta semana.
Redigiram uma obra de ficção, que pinta um quadro como se Joaquim Barbosa fosse a grande ameaça ao nosso regime democrático. Abusaram do sensacionalismo, como quando mencionam a saúde de José Genoino:
Mais que uma violação de garantia, o caso do ex-presidente do PT José Genoino é dramático diante de seu grave estado de saúde. Traduz quanto o apelo por uma solução midiática pode se sobrepor ao bom senso da Justiça e ao respeito à integridade humana.
Quase chorei! Alguém realmente acredita que o estado de saúde do mensaleiro é assim tão grave? Bom, se for, poderiam chamar um desses milhares de médicos cubanos que o governo do PT importou como se fossem gado bovino, não é mesmo? Devem ser ótimos, para que o governo gaste tanto com eles…
Conseguiram algumas assinaturas de gente mais moderada, de alguns juristas, para dar um verniz de seriedade àquilo que não passa de um ataque ao STF e seu presidente. Por fim, fecham o manifesto com o ápice da cara de pau:
Sugerimos aos ministros da Suprema Corte, que na semana passada permitiram o fatiamento das prisões, que atentem para a gravidade dos fatos dos últimos dias. Não escrevemos em nome dos réus, mas de uma significativa parcela da sociedade que está perplexa com a exploração midiática das prisões e temem não só pelo destino dos réus, mas também pelo futuro do Estado Democrático de Direito no Brasil.
Agora pergunto ao leitor: pode alguém que vem em defesa de Dirceu e Genoino falar em Estado Democrático de Direito?

Construída há 3 anos, creche de R$ 1 milhão só deve funcionar em 2014


Prefeitura de Cerejeiras, RO, diz que atraso se deve a construção de muro (Foto: Jonatas Boni/G1)Prefeitura de Cerejeiras, RO, diz que atraso se deve a construção de muro (Foto: Jonatas Boni/G1)
Uma creche construída na Rua Minas Gerais, Centro de Cerejeiras (RO), chama a atenção de quem trafega pela região. Concluída no ano de 2010, a obra, que custou mais de R$ 1 milhão, ainda não foi inaugurada pela prefeitura. Realizado em parceria com o Governo Federal, o projeto deveria estar atendendo crianças com idade de zero a três anos.  Quem mora no bairro e precisa pagar alguém para cuidar dos filhos se diz indignado com a situação.

É o caso da doméstica Tânia Pereira Silva, que espera uma vaga na creche há mais de um ano. “Enquanto vou trabalhar fora, preciso pagar alguma babá para ficar com o meu filho. Essa despesa pesa no orçamento mensal”, afirma. Tânia mora a uma quadra da Escola Infantil Isabel Oliveira de Almeida. Segundo a mãe, por diversas vezes a Secretaria de Educação anunciou em carro de som o inicio das atividades da creche, em agosto deste ano. “Fui lá, fiz a inscrição e até agora estou esperando”, diz.
 
Obra foi iniciada em 2009 (Foto: Jonatas Boni/G1)Obra foi iniciada em 2009 (Foto: Jonatas Boni/G1)
Jane Faustino também vive este mesmo dilema há quase seis meses, quando o município pediu para os pais fazerem a matricula de seus filhos. “Eles disseram que iriam funcionar em agosto. Até agora estou na expectativa, pois não consegui colocar ele em nenhuma das outras duas creches existentes na cidade”, afirma. Mãe de um menino de dois anos de idade, Jane afirma precisar pagar alguém para ficar com o filho, enquanto sai para trabalhar de doméstica.
Segundo a vice-prefeita de Cerejeiras, Lisete Marth, a escola infantil não começou a funcionar por conta do muro que precisa ser construído entorno do prédio. “A gente havia aberto licitação para as empresas, mas o setor jurídico da prefeitura deu parecer contrário para a empresa vencedora. Ao ser negado, a construtora decidiu recorrer na justiça e isso demorou”, afirma. Ao G1, a vice-prefeita afirma que no local precisa ser feito o alambrado e a implantação da jardinagem.
Segundo Marth, a justiça não deu liminar favorável para a primeira construtora inscrita na licitação, sendo repassada agora para a segunda empresa. “A ideia é começarmos as atividades no inicio de 2014, pois já estamos encerrando mais um ano”, conta. A Secretaria de Educação municipal já fez um levantamento do número de crianças moradoras do bairro. As famílias inscritas serão avaliadas por assistentes sociais, segundo a prefeitura.
Para evitar depredações ou pichações ao prédio, a prefeitura colocou vigias para ficar em tempo integral na creche. Durante o dia, apenas uma pessoa ficou responsável pelo monitoramento. Durante a noite, dois homens se revezam.
As obras da creche foram iniciadas em setembro de 2009 e foram concluídas em maio de 2010.

Não se entusiasmem: em março, Lewandowski será o presidente do STF e Barbosa vai “pedir as contas”. Se for para ser vice de Aécio é uma boa!


Do CoroneLeaks:

Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, sairá da presidência da Corte em março próximo. Assumirá o cargo o ministro Ricardo Lewandowski. Sim, o indicado de Lula, que funcionou muito mais como advogado dos mensaleiros do que como ministro no julgamento do Mensalão. Não deu um único voto decisivo contra os criminosos petistas.

Dizem que Lewandowski entra por uma porta e Joaquim Barbosa sai por outra. O atual presidente tem diferenças inconciliáveis com o ministro mais próximo de Lula e do PT. O acusou, entre outras coisas, de promover chicanas durante o julgamento do Mensalão. Assim, Barbosa pediria aposentadoria e abriria uma vaga para indicação de Dilma. De Dilma não. De Lula.

Os petistas arrependem-se amargamente das indicações feitas para o STF. Inclusive a do primeiro negro, feita por Lula, para ganhar popularidade e para ter em troca a fidelidade de um escravo. Não levou. O negro Joaquim Barbosa não aceitou o pelourinho de Lula e do PT. E nem poderia, pois só uma mente doente como a de Lula poderia engendrar tal objetivo. Hoje o ministro é vítima de sórdidos ataques racistas feitos pela militância de esquerda nas redes sociais. Até mesmo por artistas e jornalistas a soldo.

Sai Joaquim e entra quem? O PT, na sua falta de ética e de vergonha na cara, não vai errar de novo. Vai indicar um militante ainda mais comprometido do que José Antônio Dias Toffoli, ex-assessor de José Dirceu, um sem currículo, a não ser, claro, o de afilhado do chefe da quadrilha do Mensalão. Há vários possíveis candidatos. Um deles, por exemplo, é o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Já pensaram?

A verdade é que a maioria contra os desmandos petistas, que por vezes ainda pulsa no STF, acabará de vez. Teremos um STF bolivariano. Com a futura aposentadoria de Celso de Mello, em novembro de 2015, o governo petista, se reeleito em 2014, dominará completamente a Suprema Corte. E o Brasil mergulhará no caos jurídico, com ameaças diárias ao Estado de Direito.

Dizem que Joaquim Barbosa sai em março para ser candidato presidencial. Não deveria. Ainda não. Não tem traquejo, nem apoio para um voo solo. E não há partido disponível que combine com a sua independência e a sua consciência. Mas há algumas saídas.

Uma delas é que, entendendo o risco institucional que o Brasil corre, Joaquim Barbosa aceite ser o vice de Aécio Neves, pavimentando a sua própria candidatura para 2018. Se a eleição for vencida pelo PSDB, pelo menos teremos equilíbrio. Um Executivo republicano defendendo o país de um STF bolivariano. Porque os dois Poderes nas mãos do PT não há Constituição Federal que resista.

TRIBUNAL DE EXCEÇÃO, NO PAÍS DO PT?, por Magu


Alexandre Garcia fez um comentário ontem, no Bom Dia Brasil, justinho, como sempre. Pena que este redator ignorante não sabe tirar a cópia do vídeo do site. Ele disse:
images“Henrique Pizzolato, condenado por peculato por 11 a zero, afirmou que iria buscar na Itália um novo julgamento. Além de Pizzolato, os ex-dirigentes petistas Dirceu, Genuíno e Delúbioalegam que são prisioneiros políticos, condenados por um tribunal de exceção. Mas oito dos onze ministros do Supremo foram nomeados por Lula e Dilma, e com isso dizem que o Brasil, governado pelo seu partido deles, tem presos políticos, como Cuba.”
Se quiserem ler a triste missiva do coitadinho do Pizzolato, um bilhete tipo despedida de suicida, e que, com esse ato,  acaba confirmando que ele acumulou uma boa grana, senão como iria se manter lá fora,  nosso amigo Ricardo disponibilizou a carta no seu blog Toma Mais Uma.
O negrito é meu.
ppizzol+inicenteEnquanto isso, nos sites petralhas, a coisa é assim:

DISCURSO PARA PETRALHAS, por Anhangüera


O texto é de Ruy Fabiano, publicado pelo papa Berto, no Deu no Jornal. A matéria de Ruy está tão boa que não vou dividir a página. Fica tudo na primeira…
images“A representação da Justiça na figura de uma mulher com os olhos vendados, uma balança numa das mãos e uma espada na outra, tem significação universal conhecida.
A venda representa a impessoalidade em relação ao réu; a balança, o equilíbrio, a justiça propriamente dita, com a garantia do devido processo legal, que pressupõe ampla defesa; a espada, a execução. A Justiça, para ser justa, aplica-se não importa a quem, tendo em vista tão somente o fiel da balança, culminando o processo com a espada, o cumprimento da pena. Simples e complexo. Nas duas primeiras figurações, resume-se todo o processo judicial, que, no Brasil, pode levar anos, ao ponto da prescrição da pena ou mesmo da morte dos réus. O processo do Mensalão foi típico quanto à demora. Está em seu oitavo ano e ainda inconcluso. Foi atípico não apenas quanto à qualificação dos réus – o que, no Brasil, configura ineditismo, embora não em democracias mais consistentes -, mas também quanto a seu desdobramento. De início, o símbolo da Justiça desvestiu-se da venda. Alguns juízes, sim, demonstraram constrangimento diante do status político de alguns dos réus. O ministro Luís Roberto Barroso, por exemplo, não poupou elogios a um deles, o deputado José Genoíno, antes de acatar embargos infringentes que tentam demover-lhe uma das penas. Jogou a venda da estátua, que ornamenta a fachada do prédio do STF, no lixo. O ministro Ricardo Lewandowski, desde o primeiro momento, agiu no sentido de esticar ao máximo o julgamento, interpondo questões de ordem desnecessárias, atendo-se a firulas retóricas e contribuindo para que, ao longo do processo, a composição inicial do tribunal mudasse, de maneira favorável às suas teses.
Logo na primeira sessão, defendeu o fatiamento do processo, que remeteria à primeira instância réus que hoje não têm a prerrogativa do fórum privilegiado, reservado a autoridades em exercício. Ficaria de fora logo o principal deles, José Dirceu.
Lewandowski consumiu toda a primeira sessão com sua questão de ordem de duas horas, defendendo algo contra que tinha votado em sessão anterior. Sim, ele já tinha sido contra o fatiamento do processo, mas, misteriosamente (ou muito pelo contrário), mudou de ideia. Dois ministros – Carlos Ayres Brito e Cezar Peluso -, que se vinham comportando de maneira coerente com o símbolo da Justiça, aposentaram-se em meio às protelações do processo, as “chicanas”, como as denominou o ministro-relator, e hoje presidente do STF, Joaquim Barbosa. Os que os substituíram – Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso – coincidentemente associaram-se às ações protelatórias, com votos altamente questionáveis, que se desdobraram em novas e intermináveis sessões. Zavascki é o responsável pela espantosa teoria de que, mesmo os pedidos de embargos infringentes por parte dos que não têm o direito de pleiteá-los, por não disporem dos quatro votos mínimos favoráveis na votação que os condenou, devem ser examinados em sessão própria, com o contraditório da defesa. Imagine-se quantas sessões consumirão esse exame absurdo e desnecessário, além do fato de que estimula manobras desonestas por parte da defesa, que se sentirá no dever de propor embargos não autorizados pelo Regimento. Cria-se assim uma jurisprudência profana, que agora se estabelece. Não é possível que Zavascki, com seu currículo, desconheça o disparate de sua tese, no entanto acolhida. O resultado concreto é o prolongamento indefinido do julgamento. Eis, então, que alguém, o ministro Gilmar Mendes, com a autoridade de quem já presidiu a Corte – e que tem respeitabilidade técnica e moral para fazê-lo – indigna-se contra “o ridículo” das manobras de alguns de seus pares e denuncia o que vem ocorrendo desde o princípio do julgamento: uma tentativa de não permitir que avance e se insista em mantê-lo andando em círculos. A fala do ministro Gilmar Mendes é uma peça histórica, que ficará como testemunho de um tempo em que se tenta destruir a credibilidade das instituições. Não obstante a quase indiferença da mídia em relação às suas palavras, foi, até aqui, o ponto alto de todo o julgamento, mais expressivo que as palavras de Celso Mello, quando considerou os réus políticos golpistas. Mais importante porque ousou falar de – e para – seus próprios colegas. Não procurou culpados do lado de fora, mas na própria Corte, alertando-a para o “ridículo” que protagoniza. Falou para a História – e a Corte o ouviu em significativo silêncio. Foi, por ironia, voz solidária a Joaquim Barbosa, seu desafeto. Barbosa, ao longo do julgamento, fez os mesmos reparos, mas, em face de seu temperamento mercurial, deu brechas a que seus pares, a pretexto da forma, ignorassem o relevante conteúdo de seus protestos e se ativessem a seus termos, nem sempre protocolares. Gilmar e Barbosa formam uma inesperada – e indispensável – dupla em julgamento que a História julgará.”
Vejam o discurso do Gilmar Mendes em: http://www.youtube.com/watch?v=sArbHRCk1X8

Empreendimento com apartamentos de 19m² tem todas as unidades vendidas em um dia


by Felipe R. Magalhães
Empreendimento com apartamentos de 19m² tem todas as unidades vendidas em um dia.
19m
O primeiro projeto de microapartamentos multifuncionais do Brasil foi lançado na semana passada e teve todas as unidades vendidas em praticamente um dia, segundo informações do CEO da Vitacon, uma das empresas responsáveis pelo projeto, Alexandre Lafer Frankel.
Comercializado por cerca de R$ 266 mil e com aproximadamente 19 m², o apartamento será construído na Rua Quatá , em um dos bairros mais valorizados da capital paulista, a Vila Olímpia, sendo que o metro quadrado do empreendimento está em torno de R$ 14 mil.
Se comparado ao preço médio do metro quadrado dos apartamentos anunciados na cidade, divulgado em outubro no índice FipeZap, o empreendimento da Rua Quatá é 83,46% mais caro, visto que o metro quadrado na cidade no mês passado girava em torno de R$ 7.631. Já em relação aos apartamentos anunciados na própria Vila Olímpia, ainda segundo o FipeZap, a diferença é de 30,06%, pois o metro quadrado no bairro era de aproximadamente R$ 10.764 em outubro.
De acordo com Frankel, o alto preço pode ser explicado, entre outros fatores, pela série de atributos que o empreendimento oferece e pelo fato do custo de produção de um imóvel compacto ser maior do que o de outros tipos de imóveis.
EmpreendimentoPrevisto para ficar pronto no primeiro trimestre de 2016, o VN Quatá será construído pela incorporadora e construtora Vitacon, com projeto da Basiches Arquitetos. O prédio terá 18 andares, com 86 unidades, que vão até 51m².
Entre os diferenciais, os moradores poderão contar com um café com entrada na calçada, que poderá ser visitado tanto pelos moradores quanto pelo público em geral; car-sharing; bike-sharing, entre outros.
Além disso, quem quiser, poderá adquirir um kit que facilitará a usabilidade do apartamento. O preço dos kits variam de R$ 25 mil a R$ 40 mil, conforme o vídeo abaixo. A Vitacon informa que pretende lançar outro empreendimento do gênero na cidade de São Paulo ainda este ano.
Entre para o Mercado Imobiliário com a Coldwell Banker Brasil emhttp://www.cbdobrasil.com.br
Fonte: Infomoney

Investidor agora busca ganho com imóvel ‘encalhado’


fonte: Folha

O taxista Emerson Pavão, 40, retrata a mudança de perfil do investidor imobiliário

No pico do boom do setor entre 2010 e 2011 -quando o preço dos imóveis chegou a dobrar nas áreas mais cobiçadas de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo-, Pavão comprava unidades na planta para revender a preço maior antes mesmo da entrega das chaves.
No ano passado, porém, viu seu lucro cair em razão do ritmo menor de crescimento dos preços. Então, para aumentar o retorno, passou a comprar imóveis que incorporadoras ou corretoras têm dificuldades para vender.
noticias compra  : Investidor agora busca ganho com imóvel encalhado
Editoria de Arte/Folhapress
“Como compro várias unidades no mesmo empreendimento, consigo desconto de até 40% no preço”, afirma.
No cenário atual de acomodação de preços, o desconto ajuda a elevar o retorno do investidor, diz Celso Amaral, diretor da Geoimovel, empresa de informações imobiliárias.
“Os descontos também favorecem a incorporadora, pois reduzem a necessidade de investir na busca pelo cliente”, acrescenta.
Também tem havido, afirmam consultores, o retorno ao mercado do investidor que adquire o imóvel para viver do aluguel -e não aquele que comprava para revender mais caro rapidamente.
Mas o foco, agora, são bens de proprietários que compraram na planta para morar, mas que, sem conseguir honrar o financiamento, precisam revendê-los -além das unidades de construtoras com dificuldade de venda.
CUIDADOS
De qualquer forma, antes de aproveitar o que pode ser uma boa oportunidade de negócio, é preciso fazer contas para verificar se o desconto vale a pena, diz o economista Samy Dana, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
“O investidor precisa comparar o preço com o de outras unidades no mesmo prédio ou bairro, por exemplo.”
O imóvel, no Brasil, é muito associado a segurança e solidez financeira, diz Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site de comparação de custos de financiamentos.
Ele afirma, porém, que esse tipo de bem deve ajudar a diversificar os investimentos, mas não ser a única opção do pequeno investidor (veja vantagens e riscos no quadro).
Fonte: Folha - DANIELLE BRANT

Pela mudança no sistema prisional

ARTIGO

by mirandasa08

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )
Para livrar os quadrilheiros do Mensalão da cadeia, seus defensores apelam para o problema da super lotação das prisões. Mas, quando se tratava de condenados comuns, não se lembraram de fazer as mudanças que o sistema prisional exige.
A situação presidiária do País é realmente infernal. Talvez só seja um pouquinho melhor do que as masmorras da Turquia como vimos no “Expresso da Meia-Noite”. Até a China – tão mal falada – apresenta mais sensatez do que no Brasil.
Anos atrás, minha memória infantil gravou uma cena de prisioneiros arrancando ervas na rua de paralelepípedos com forquilhas de aspas de metal que embalavam barris e caixotes naquele tempo. Ganhavam alguns tostões para isto.
Isto ocorre com presos conservando estradas, plantando verduras ou colhendo frutas conforme assistimos em filmes hollywoodianos; na Suécia, fecharam cadeias, mas ainda existem 51 prisões divididas em seis categorias, das mais seguras até as abertas; em todas elas há trabalho ou estudo para os detentos.
As unidades prisionais no México, onde se encontram perigosos chefes do tráfico de drogas, são isoladas, mas os presos prestam serviços; lá, as cadeias comuns oferecem um programa de reabilitação através do trabalho; e na França, que nos traz à lembrança da histórica Bastilha e da bárbara Ilha do Diabo, também aplicam atualmente programas humanitários que ligam o preso à produção.
Porque atualmente os prisioneiros no Brasil ficam ociosos? Será que é porque isto é ‘politicamente ‘correto’? A situação é entristecedora: em vez de trabalho para os criminosos cumprindo sentenças, conferem-se vantagens, tratando-os como ‘coitadinhos’...
O INSS oferece um benefício reclusão e o PT-governo criou uma Bolsa para as mulheres, na maioria cúmplices dos maridos em criminosas transações. Assim, é triste reconhecer que um criminoso, assaltante, estuprador ou latrocida tenham proveitos iguais e até superiores ao salário mínimo.
Agora se assiste no País uma situação de especial circunstância, bem esclarecida pelo noticiário do Correio Braziliense na edição de sábado, dia 16: "Prisão de políticos e banqueiros quebrou, no Brasil, a tradição de que apenas pretos e pobres cumprem pena atrás das grades”.
Milhões de brasileiros se regozijaram com isto. A grande maioria da população, cuja expressão de apoio está bem enunciada pelo editorial do Estadão, também do sábado, “Prisão Inevitável: STF deu resposta aos que se sentiam afrontados pela desfaçatez e empáfia de alguns condenados”.
Esta conjuntura impede varrer-se para debaixo dos tapetes luxuosos do Ministério da Justiça e dos tribunais, a desigual condição carcerária, e creio que é possível agora acordar o mundo político para a necessidade de uma mudança no sistema prisional.
Não será a atuação deleitosa das ONGs penduradas em verbas públicas, portanto de atuação submissa à política, nem a assistência religiosa compassiva e proselitista, que resolverão o problema que interessa a todos, principalmente quando líderes do partido no poder vestirão o macacão listrado.
É forçoso que se exija igualdade de tratamento para todos os condenados por crimes praticados. Branco, preto, indígena, oriental ou gringo devem receber a mesma estrutura física e idêntico tratamento humano. E, acima desses procedimentos, receberem o castigo e pagar à sociedade pelos delitos praticados.
Em vez de benesses, trabalho do preso para pagar a manutenção e fazer uma poupança para seu sustento após o cumprimento da pena. É como percebo a questão, vacilando como fazem os versados na ciência do Direito: “Salvo melhor juízo...”