terça-feira, 27 de novembro de 2012

Um cômodo extra na Casa usando a Tecnologia.

Um cômodo extra na Casa usando a Tecnologia. Projeto permite que cômodos sejam escondidos. O Yo! Home ainda não possui um valor, porém não deve ser mais caro do que uma casa tradicional.  As casas com falta de espaço para mais um cômodo podem estar chegando ao fim. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o empresário Simon Woodroffe criou a Yo! Home, um projeto que permite trocar e esconder quartos e salas com apenas um botão. O projeto possui 12 peças, sendo elas, suíte master, quarto, sala de estar, cinema, sala de jantar, escritório, cozinha, sala de café da manhã, banheiro, salão de festas e adega, que saem do teto e do piso, podendo se moldar à preferência do morador. Além de estar rodeado de alta tecnologia e sensores eletrônicos, que devem, de acordo com o criador, facilitar a vida da família. O empresário ainda não revelou o preço de uma Yo! Home, que vai depender de cada design, mas informou que não pretende cobrar tão caro, a ponto de o cliente optar por comprar uma casa maior. Inspiração: Woodroffe se inspirou no layout do modo de vida japonês em grandes centros urbanos, onde as moradias são simples e adaptáveis, permitindo a realização de muitas atividades em um único local. Além disso, o empresário já trabalhou como designer de palcos de shows de rock, o que também contribuiu para o projeto. “A consagrada arquitetura do palco traz consigo os principais princípios básicos de contrapesos e partes móveis, permitindo o movimento seguro, fácil e de baixo consumo de elementos de grande porte, como cama e paredes”, explica Woodroffe.  

Veja o Video do Projeto Yo! Home.  

…E A DIGNIDADE SE FEZ PRESENTE



Ruth Esteves
Quando se pensa que a dignidade do cidadão está irremediavelmente perdida, sempre surge alguém, para demonstrar que ela existe e está bem viva.
No período que antecedeu o governo militar, alguns oficiais da Marinha Brasileira devolveram suas comendas do Mérito Naval, em protesto a está ter sido dada a pessoas indignas. Este foi o verdadeiro início foi o início do fim, do governo João Goulart.
O fato que estou relatando aconteceu há pouco menos de dois anos, todavia penso que não  teve a necessária divulgação. À aqueles que sabem servirá para reavivar a memória, e aos que não sabem, para que tomem conhecimento,  que  no país, dignidade não foi revogada. Veja o vídeo
“Bispo recusa comenda e impõe constrangimento ao Senado Federal Num plenário
esvaziado, apenas com alguns parlamentares, parentes e amigos do homenageado,
o bispo cearense de Limoeiro do Norte, Dom Manuel Edmilson Cruz, impôs um
espetacular constrangimento ao Senado Federal, ontem. Dom Manuel chegou a
receber a placa de referência da Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder
Câmara das mãos do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). Mas, ao discursar, ele
recusou a homenagem  em protesto ao reajuste de 61,8% concedido pelos próprios
deputados e senadores aos seus salários. ?A comenda hoje outorgada não
representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a,
porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos
os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma
atitude: recusá-la?. O público aplaudiu a decisão. O bispo destacou que a
realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar filas nos hospitais
da rede pública, contrasta com a confortável situação salarial dos
parlamentares. E acrescentou que o aumento é um atentado, uma afronta ao povo
brasileiro, ao cidadão contribuinte. Fere a dignidade do povo brasileiro que
com o suor de seu rosto santifica o trabalho diário”.
(2) Foto: Momento em que o bispo estava recusando a comenda que lhe fora dada.
(3) Enviado por Paulo Pereira.

POR QUE NÓS?



Ao longo dos séculos surgem povos que por meio de invasões criam bases geográficas às custas dos outros. Onde estão os sumérios? Os macedônios?  Os celtas espalhados por muitas nacionalidades. Os egípcios e os gregos e suas culturas originais? Os bretões e os catalões que se dizem dominados por culturas alheias à suas tradições.
Nestas grandes reviravoltas nós judeus sempre fomos um povo pequeno, sem ambições de  domínio, nos amoldando onde possível às culturas que nos hospedam, mas eternamente perseguidos quando isto é conveniente para o poder dominante.
O massacre do holocausto nazista foi meramente mais um.
Em 1290 foram expulsos por Eduardo I  da Inglaterra, onde haviam chegado com os romanos. Guilherme o Conquistador os encorajara a vir em maiores números em 1066, julgando serem muito úteis para o desenvolvimento. Cromwell os convidou de volta em 1656.  Em 1492 foram expulsos pelos espanhóis onde haviam estado desde muito antes de uma consciência nacional espanhola. Franco discretamente, sem alarde os convidou de volta quando ascendeu ao poder. Também levou em conta a prosperidade que traziam.
Nenhuma adaptação em outros países parece manter os judeus a salvo. Descendentes de convertidos após muitas gerações ainda acabam perseguidos por ter um judeu encarapitado na sua árvore genealógica.
A Alemanha parecia ser um lar afetivo para os judeus, assim como fora Sefarad  (a Espanha) e não obstante foi o palco do maior de todos os massacres.
Parece para nós incrível que surja tamanha grita quando Israel sob fogo de 1.000 ogivas do Hamas é criticada por ter de atacar pontos de lançamento de foguetes incrustadas em áreas coalhadas de civis.  Por outro lado atirar em civis israelenses é permitido.
Retornar à terra de origem dos judeus como foi a fundação de Israel não é aceitável para estes defensores do Hamas. Dispor de 15% do território brasileiro para 450 mil índios é tido como lógico. Dêem-nos direito ao menos à nossa reserva nativa judia. É um pedacinho de terra do tamanho de Sergipe, coisa pouca. Por que não podemos ter nosso torrãozinho?
Assim quando algum país europeu quiser efetuar a expulsão dos judeus novamente ao menos teremos aonde ir.  Não teremos de esperar as tropas alemãs invadir os lugares como a Holanda, Bélgica e França, onde alguns de nós havíamos encontrado guarida temporária, para depois nos enviarem aos campos de concentração.
(O  escritor não sabe se são seis milhões os mortos do holocausto, mas afirma categoricamente que perdeu duas avós, um tio, dois primos e uma tia no holocausto e que não sabe ao certo o número de outros parentes de seu sangue mortos, mas que passam de vinte. )

CINQÜENTÃO… OU VIAGRA NOS OLHOS.



Marc Aubert
O bom deste blog é a enorme quantidade de amigos delinqüentes geriátricos que temos. Não se incomode se não fizer parte. Se ainda não chegou lá, não vai demorar. Se você já passou dos cinqüenta, prepare-se porque, logo, logo, vai começar a sofrer de TPC. Para quem não está ligando o nome à coisa, “explico-lho”: TENSÃO PÓSCINQÜENTA. E preste muita atenção: eu disse Tensão. Só os homens sentem isso; porque mulher não faz cinqüenta nunca! No máximo, 49! Console-se; porque todo mundo um dia vai envelhecer. Lembra-se de quando você tinha vinte anos? Você sofria por bobagens, como ter que usar pomada Minâncora na acne? Agora tem que usar bálsamo Bengué para dor muscular. Ainda bem que inventaram o aerosol. Você se apaixonava e achava que o seu coração lhe maltratava? Experimenta subir correndo um lance de escada agora. O que é uma fimose diante de uma artrose? O que é um band-aid, diante de um emplastro poroso Sabiá ou Salonpas? O pior é quando você percebe que, ao invés de ter quatro membros flexíveis e um duro, passou a ter quatro membros duros e um mole! O problema maior já não é aquela primeira vez que você não consegue dar a segunda e sim a segunda vez que você não consegue dar a primeira! Agora, você nem se importa mais em tirar a roupa e não provocar desejo. Não provocando riso, já tá mais que ótimo! Aliás, sexo depois dos cinqüenta, se você conseguir, é que nem pizza… mesmo ruim, já tá bom demais! Os médicos dizem que fazer sexo depois dos cinqüenta é importantíssimo! Ajuda na circulação sanguínea, nos batimentos cardíacos e que deve ser praticado no mínimo três vezes por semana! Aí você pergunta: – Com quem? Se for solteiro e coroa, é difícil. Se você for casado, então, não existe a menor possibilidade que isso aconteça! E ainda dizem que depois dos cinqüenta o homem fica mais sexy. Só se for sex…agenário. Mas se você estiver solteiro, pode conseguir casar depois dos cinquenta e fazer sua lista de casamento: bem, numa farmácia. Dizem que a vida começa aos quarenta. Verdade! Só que em vez de um pediatra, você começa a freqüentar um geriatra. Em vez do teste do pézinho, vai ganhar o do dedinho: Um belo exame de próstata! Depois dos cinqüenta, o romantismo muda. Para reumatismo! Mas, você pode correr atrás do prejuízo. Corra numa esteira, num parque, não importa. DICA importante: Depois da corrida, tome um açaí com prozac e meio viagra. Sua depressão vai desaparecer na hora… se você não morrer

A REJEIÇÃO DOS PRODUTIVOS



Ralph J. Hofmann
Infelizmente as lições da história nunca permanecem na memória dos homens por muito tempo.
Imediatamente após a segunda guerra mundial o Partido Trabalhista inglês (Labour Party) instituiu o Estado Babá (    ) em que se pretendia que o governo tutelasse tudo do nascimento até a tumba. Para conseguir isto sobretaxou tudo, rendas, patrimônio, espólios (heranças), propriedades. Também nacionalizou o que podia.
O resultado foram algumas décadas de estagnação. Pode se dizer que a medicina pública foi o que melhor funcionou, mas houve incontáveis problemas. Um médico podia decidir que uma criança precisava tirar as amídalas aos cinco anos, mas sua vaga na fila poderia levá-lo a submeter-se à operação oito anos depois. Era tratada como uma cirurgia opcional e não como uma medida que poderia evitar o comprometimento de  sua saúde geral.
De resto o empreendedorismo que fizera da Inglaterra uma das economias mais sólidas do mundo desde os primórdios da revolução industrial até  os anos 1930 quase morreu. O governo regulamentava tudo e sugou através da intensa taxação as reservas que poderiam ser utilizadas para criar negócios novos ou expandir negócios maduros.
Margareth Thatcher, eleita a partir de 1979 levou onze anos como Primeira Ministra para reverter a situação. Os espíritos irrequietos e criativos da Inglaterra imediatamente voltaram a se manifestar, na certeza de que o governo não os espoliaria de tudo que ganhassem. A arrecadação aumentou na medida em que os impostos baixavam.
Mas o mundo, e especialmente os esquerdistas conhecidos como “liberais” nada aprendem. Isto é um dos problemas que afeta neste momento a Obamalândia. Lá estamos assistindo um intenso programa de aumentar a taxação, aumentar a regulamentação das atividades, efetuar gastos a fundo perdido em incentivos sociais que encorajam os desempregados a ficar em casa e não procurar emprego, cercear fiscalmente aos ativos, confiscar o capital e finalmente um dirigismo em que o governo freqüentemente escolhe projetos privados para financiar às vezes “coincidentemente” entre seus cabos eleitorais tais como os donos da Solyndra, empresa de energia verde falida após receber empréstimos garantidos pelo governo acima de meio bilhão e que não gerou mais de cem empregos permanentes (A Solyndra é apenas uma dessas empresas).
Grande parte das empresas e dos investidores, e com isto precisamos explicar que isto inclui empresas de tamanho relativamente modesto e investidores de porte idem, estão recolhidos, com enorme quantidade de recursos disponíveis mas sem incentivo para dar partida em expansões ou negócios novos em função da insegurança comunicada pelas plataformas de Obama e pela sua regulamentação. Lembra um pouco o período na história econômica do Brasil que precedeu o Plano Real. Era mais seguro aplicar dinheiro ou deixá-lo na poupança do que comprar um torno ou uma prensa e empregar pessoas que criavam um passivo previdenciário em potencial e implicavam em um risco de retração de mercado.
A própria interpretação do que é uma fortuna hoje e questionável. Um milhão de dólares? Cinco milhões de dólares? Cinqüenta milhões de dólares?
Voltamos à Inglaterra dos anos 40/50. Lembramos que em 46 anos os ingleses haviam participado de duas grandes guerras, com envolvimento total de sua população. Imaginemos uma família de proprietários de terras dedicadas à agropecuária. O chefe da família estaria com setenta anos e faleceria. O filho cairia nos combates nas trincheiras pouco tempo depois. O neto mais para o fim da guerra. Sobraria o bisneto que em 1939 teria vinte e cinco anos e j;a teria um herdeiro. O bisneto cairia em 1945.
Cada morte implicaria no pagamento de impostos sobre o espólio. Se esta família fosse rica em terras e pobre em dinheiro, pois seu negócio seria a agricultura  herdeiro após herdeiro teria de vender parte do capital para pagar os impostos. Em 1946 possivelmente (Sim, isto de fato ocorreu em muitos casos) o negócio morreria por ser inviável.  E isto num momento em que a agricultura se mecanizava e tinha ganhos de escala pela produção racional.
O governo gastou tudo em seus projetos de nacionalização de indústrias e suas atividades sociais e o empreendedor foi tocar noutra freguesia (veja o progresso de ex-colônias como a Austrália, Nova Zelândia e Canadá onde muitos desses “herdeiros” foram parar).
Poderão dizer que estou exagerando. Mas não. Obama pretende taxar os espólios superiores a um milhão de dólares em 55%.  Até agora era 35% para espólios acima de cinco milhões de dólares.
Imagine o caso de um rancheiro (ranch – propriedade dedicada à criação de gado). Sua propriedade tem aproximadamente 10.000 hectares. Quando seu avô faleceu dez anos atrás ele teve de pagar US$ 2 milhões de imposto. Teve de financiar este valor. Se ele falecer depois de 2013 seus filhos terão de pagar US 13 milhões.
O lucro anual deste rancheiro não chega ao salário do burocrata de nível médio de um ministério em Washington, ou seja, para seus filhos não deverá valer a pena manter a propriedade, ainda mais sendo mais de um filho.
Os admiradores da reforma agrária dirão que isto é ótimo. Menos um latifundiário. Nada disto. Seria louco um quem tentasse arrancar o sustento de criar gado numa parcela desta propriedade considerado o mero valor do investimento em terras e equipamento. Provavelmente quem a compraria seria uma grande corporação, que devido à extensão de seus negócios pode aceitar lucros ínfimos por hectare.
Ou seja, chega ao final um empreendimento familiar, possivelmente iniciado no século XIX e mais uma família deixa de produzir alimentos para empregar-se produzindo garfos de plástico.
Mas isto se aplica a um grande número de pequenas fortunas aplicadas em muitas coisas diferentes. E o dinheiro será consumido na gastança governamental desbragada sem que represente mais do que uma gota no universo da dívida americana que em quatro anos Obama multiplicou e segue querendo multiplicar.
E não vamos contar com uma Thatcher nem com um Ronald Reagan.

TIRO NO PÉ




Charge de Roque Sponholz e Texto de Ancião
Já não bastasse os dois ministros do Supremo atuarem mais como advogados dos petistas condenados, agora vem o ministro da justiça (continua merecendo só minúsculas) falar bobagem. O PT está há 10 anos no poder, e o que fizeram para melhorar o sistema? Foi um tiro no pé, onde mostrou a incomPeTência e indiferença com o assunto. Agora estão preocupados onde os amiguinhos vão ficar? Me poupem. Espero que o Dirceu e o Genoíno também prefiram morrer do que ir para a cadeia. Como se não bastasse, o bandido do Zé Rainha, do MST Movimento dos Sem Terra, vai fazer um protesto contra a prisão dos quadrilheiros. Alguma dúvida que o protestante também faz parte?
Nesse sentido, João Bosco Rabello, comentarista político de Brasilia, comenta no artigo Cardozo e as dores da prisão:
“Não resta qualquer dúvida sobre o acerto do diagnóstico do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em relação ao sistema prisional brasileiro. Da mesma forma, não há dúvida de se tratar de uma daquelas coisas que só contaram a ele e…à torcida do Flamengo.
A novidade, portanto, não está na informação sobre nossos presídios, mas na solução formulada pelo ministro: “eu preferiria morrer”. Simples assim. Como ministro da Justiça, responsável maior pelo sistema que condena, Cardozo passa à sociedade não mais a sensação, mas a certeza da impotência, ao apontar a morte como saída. Como quem começa a medir no minuto seguinte a bobagem dita, apressa-se na emenda que sai pior que o soneto: ‘Falo como cidadão, não como ministro’. Como as duas condições – a de cidadão e de ministro – são indissociáveis e também não mudam a realidade carcerária, Cardozo deve ao distinto público algo melhor. Até porque, nada foi mais notório em sua gestão à frente do ministério do que a infeliz frase proferida como cidadão. Ou seja, não se tem conhecimento de qualquer esforço do ministério da Justiça , sob a gestão atual, para atenuar o problema, ainda que se reconheça que ele é uma construção de décadas e que não seria justo culpar este governo pelo drama. Mas o aspecto que parece mais relevante, e que torna mais impróprio o diagnóstico, é o desdobramento do raciocínio do ministro. Ao eleger como foco principal do problema as penas estabelecidas pelo Judiciário, com base na legislação vigente, Cardozo torna inevitável a associação entre sua fala e a condenação dos principais dirigentes do PT,  José Dirceu e José Genoíno. Como ministro da Justiça, Cardozo não fizera desabafo semelhante, o que autoriza a leitura de que o cidadão da palestra de ontem falou motivado pela solidariedade aos correligionários, cujas condenações consternam seus pares e imobiliza o partido, refratário à aplicação das penas previstas em seu próprio estatuto aos que se encontrarem na situação de Dirceu e Genoíno. …’É preferível um sistema com penas bem dosadas, que funcionem, do que um com penas muito severas’, disse. Difícil não ver na dosimetria aplicada pelo Supremo Tribunal Federal aos réus do mensalão a motivação para a manifestação súbita do ministro,especialmente quando parece pinçar do inconsciente a palavrinha chave – dose. É, sem dúvida, uma inversão de prioridade: se o sistema carcerário agride os direitos humanos – e agride – enfrentar essa distorção deve preceder a revisão de leis e critérios de apenação. Embora a legislação precise ser melhorada e melhor aplicada, no cenário atual qualquer tempo na cadeia em regime fechado ou aberto, já representa risco ao condenado. De nada adianta penas mais bem dosadas, quando um dia de prisão pode ser suficiente para transformar uma sentença judicial em pena de morte. O diagnóstico que nivela nossas prisões ao inferno está correto, mas simplesmente fazer seu registro, como ministro responsável pela área, não é válido se a constatação não vier acompanhada de algum sinal de vontade política de enfrentar o drama. A legislação é insana ao sentenciar usuários como traficantes, entre outros tantos absurdos que produzem a superlotação das prisões, misturando criminosos de alta periculosidade com praticantes de pequenos delitos sem consequência direta para a sociedade. Isso depende também do bom senso dos juízes no julgamento desses casos e na aplicação das penas. Mas diante da circunstância das condenações decorrentes do julgamento do mensalão, fica a impressão de que ao ministro a dosimetria que incomodou é a da hora – a aplicada aos dois líderes do PT. A fala do ministro Cardozo, como percepção, é  tardia. Como constatação,  inócua. Como  desabafo de cidadão, tem relação de causa e efeito temporal: ocorre 24 horas após as penas estabelecidas para os dirigentes históricos do PT,  num tom de indignação que não merecera, até aqui, a população carcerária brasileira. Da qual ambos farão parte, sem regalias especiais, como presos comuns”.
Os itálicos são meus

Restrição dos poderes do Ministério Público é boicote à democracia



Carla Kreefft
A aprovação da proposta que retira do Ministério Público o poder de fazer investigações é mais do que um retrocesso. É, praticamente, um golpe. Causa indignação a concordância do Poder Legislativo com a proposta, justamente, no momento em que a transparência se coloca como prioridade na pauta nacional.
O Ministério Público tem como uma de suas funções prioritárias a investigação. E essa prerrogativa está na Constituição. A questão é que o Poder Legislativo parece dar pouca importância para a Carta Magna. Os motivos para que isso ocorra é o cerne da questão. Com a restrição do poder de investigação do Ministério Público, apurar e comprovar crime de corrupção vai ficar cada vez mais difícil. Quem será beneficiado com mais essa dificuldade? Certamente, não será a população.
Ainda existe uma outra questão a ser analisada. É preciso entender porque as polícias querem tanto a exclusividade das investigações. Se o sistema de segurança pública brasileiro contasse com polícias extremamente competentes, bem equipadas e com tempo de sobra para atender suas demandas, seria até possível dizer que não haveria motivo para o Ministério Público se ocupar com investigação. Mas é notório que não é esse o perfil das polícias brasileiras.
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POLÍCIA INCAPAZ
Muito possivelmente, a população brasileira e, especialmente a paulistana, já ficaria bem satisfeita se as polícias conseguissem conter a onda de violência em São Paulo, onde, aliás, são policiais e seus parentes que têm sido alvos da violência.
Essa proposta está na contramão da integração. Ministério Público, Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e as polícias deveriam trabalhar de forma coletiva. A troca de informações e ações conjuntas deveriam ser ações rotineiras. E mais do que isso, o Ministério Público que, como todos os outros Poderes, merece críticas também merece congratulações pelo trabalho que está fazendo.
Há ainda uma última questão que precisa ser ressaltada. A independência do Ministério Público é um dos pilares da democracia. E, exatamente por isso, está na hora de se repensar o sistema de eleição dos procuradores gerais. A escolha pelo chefe do Executivo, a partir de uma lista tríplice de nomes eleitos diretamente, pode ser aperfeiçoada. Talvez uma simples inversão, da seguinte forma: o Poder Executivo indicaria um nome para concorrer com outros dois candidatos espontâneos da categoria e o vencedor seria o mais votado na eleição direta.
Uma coisa é certa: é momento de ampliar a participação popular, de aumentar a transparência e o controle social, reforçar as instituições democráticas e, principalmente, eliminar todas as tentativas de boicote à democracia.
(Transcrito do jornal O Tempo)

A BATALHA DO APOCALIPSE VAI SER AQUI



Ralph J. Hofmann
Não é que o Brasil não seja um país sério. É sério sim. Se não fosse teria apenas parasitas, e todos andaríamos descalços e maltrapilhos. Há suficientes pessoas sérias no Brasil para garantirem com suas atividades produtivas, que acabam gerando 36% do PIB de impostos,  o bem estar dos agraciados com bolsas e as atividades dos nobres barões assinalados (1) que das margens do Paranoá partem para a conquista do seu quinhão no botim nacional.
Mas às vezes parece que estamos num mundo de revista em quadrinhos. Não ficaria surpreso se a NASA viesse ao Brasil à procura de alguns quilos de criptonita verde que estariam faltando nos seus cofres fortes. Clark Kent(2) anunciou a semana passada que se aposenta do Planeta Diário depois de mais de quarenta anos de atividade. Consta que um Office boy brasileiro foi visto esfregando uma pedra verde nas galochas de Clark na semana anterior.  Só pode ser isto.
Isto indica que potencialmente há muita criptonita verde nas mãos de brasileiros. Os americanos da NASA já estavam suspeitando Isto. Primeiro os superpodereres de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares parecem estar esgotados. Não ficou claro que pôs pó de criptonita verde na vitamina de banana deles, algum agente de Roberto Jefferson ou do publicitário careca vilão favorito de nove entre dez observadores.  O temor deles é que parte da criptonita seja contrabandeada de volta para os Estados Unidos e usada contra Hillary Clinton e Obama.
Mas a esta salada oriunda do desenho Super-homem veio se juntar-se a obra literária de Ira Levin, especificamente o romance que veio a gerar o filme “O Bebê de Rosemary”.  Estarão lembrados de que Rosemary fica grávida após ter um branco de memória e descobre no fim do livro/filme que espera um herdeiro do capeta.
É absolutamente impossível que isto nada tenha a ver com os acontecimentos da semana passada que comprovaram que Rosemary Novoa de Noronha e seu “tio” Zinácio, “o capeta” na visão de muitos. Ainda mais considerando que Ira Levin também escreveu um livro chamado “The boys from Brazil” (Os meninos do Brasil) sobre clones de Adolf Hitler sendo criados em chocadeiras no Brasil. Muito sinistro isto. Dilma e Zinacio apóiam Ahmadinejahd, o herdeiro espiritual de Adolf Hitler.
Conclamo todos a se munirem de água benta, cruzes, estrelas de David, estacas de madeira, balas de prata e resmas e mais resmas de alho. Abandonem a goma de mascar e ocasionalmente arranquem e masquem um dente de alho da resma que passem a portar em torno do pescoço.
A Batalha do Apocalipse é aqui mesmo em Pindorama.
(1)Vide os Lusíadas – “As armas e os barões assinalados que da Ocidental praia lusitana…
(2) Identidade ostensiva do Super-homem

Para o PT a história sempre se repete, por Marco Antonio Villa



Marco Antonio Villa, O Globo
Uma nova operação da Polícia Federal atingiu o Partido dos Trabalhadores. Não é a primeira vez. Mesmo com todo o estardalhaço causado pelo julgamento do mensalão, parece que nada detém a ânsia de saquear o Erário. Agora, uma das acusadas é a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, que teria negociado pareceres técnicos fraudulentos.
Os agentes da PF foram ao escritório chefiado por Rosemary para a devida busca e apreensão de documentos. Indignada, a funcionária não fez o que seria considerado plausível: entrar em contato com seu advogado. Não. Buscou algo superior: o sentenciado José Dirceu. Isto mesmo, leitor.
E veja como o Brasil continua de ponta-cabeça. A funcionária petista ligou para Dirceu, com quem tinha trabalhado durante 12 anos, em busca de proteção. O amigo, que, como é sabido, está condenado a dez anos e dez meses de prisão, nada pode fazer.
Em seguida, ela tentou falar com o ex-presidente Lula, de quem é amiga. Mas o antigo mandatário está fora do país. Restou Gilberto Carvalho, o onipresente para assuntos deste jaez, mas que também não pode ajudá-la.
A sequência dos contatos e a naturalidade são indicativas de como os petistas pouco estão se importando com o clamor popular em defesa da moralização. Continuam se considerando acima do bem e do mal. E, principalmente, acima da lei.
Para piorar — e reafirmar o desprezo pela ética na política e na administração pública — o segundo homem na hierarquia da Advocacia Geral da União, José Weber Holanda, está sendo acusado de fazer parte deste grupo (a expressão correta, claro, deveria ser outra). Fica a impressão de que na administração petista tudo pode, que o governo está à venda.
Frente às denúncias, a presidente Dilma Rousseff vai agir da forma já sabida: exonera o acusado da função, diz que não admite malfeitos e nada vai apurar. Foi este o figurino nestes quase dois anos de governo.
Isto explica a sucessão de escândalos. Se o procedimento tivesse sido o de apurar uma denúncia de corrupção, os casos não se sucederiam. Mas o governo sabe que conta com o tempo e o esquecimento. O leitor lembra da primeira denúncia de corrupção? Sabe se foi apurada? E o acusado foi processado? Alguém foi preso?
As últimas denúncias só reforçam o entendimento da lógica de poder do PT. O controle do Estado é um instrumento para se perpetuar no poder. Transformaram o exercício de uma função pública em meio de vida.
Vimos no processo do mensalão como o sentenciado José Dirceu resolveu o problema de uma das suas ex-mulheres. Ela queria porque queria um apartamento maior (e quem não quer?). O então todo-poderoso ministro da Casa Civil transferiu o clamor para Marcos Valério, que, prontamente, atendeu a ordem do chefe.
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, em um dos seus votos, destacou este ponto, de como uma “sofisticada organização criminosa” resolvia também problemas pessoais dos seus membros. A história se repetiu: a senhora Rosemary queria fazer uma cirurgia. Resolveu, de acordo com a denúncia, recebendo um suborno. Queria fazer uma viagem em um cruzeiro. E fez. Como? Da mesma forma como realizou a cirurgia.
Nada indica que os detentores do poder vão mudar sua forma de agir. Farão de tudo para manter este estilo — vamos dizer — despojado de tratar a coisa pública. É como se o Estado brasileiro fosse propriedade partidária. E pobre daquele que se colocar no meio deste caminho nada luminoso. Será atacado, vilipendiado, caluniado.
Porém, não podem controlar tudo, todos os poderes da República. Ainda bem. Hoje, o maior obstáculo para a transformação completa da coisa pública em coisa petista é o Poder Judiciário.
É sabido — e eu já escrevi sobre isso — que o Judiciário tem muitos problemas e defeitos. É verdade. Mas na quadra histórica que vivemos é o único poder que não é controlado plenamente pelo petismo. Daí o ódio manifestado diuturnamente pelos seus porta-vozes (e não faltam línguas de aluguel), como ainda é possível observar no julgamento do mensalão.
A sucessão de derrotas — com as condenações dos réus petistas — deixou transtornados os petistas. Basta ler declarações racistas contra o ministro Joaquim Barbosa, as pressões para a nomeação de um novo ministro “companheiro” — na vaga aberta pela aposentadoria de Ayres Brito — ou simplesmente ter observado o descaso da presidente Dilma Rousseff quando da posse do novo presidente do STF.
O novo passo para sufocar o Judiciário é o projeto, com apoio do PT, que está tramitando na Câmara dos Deputados que retira do Ministério Público o poder investigativo. É uma evidente retaliação.
Há uma relação direta entre o julgamento do mensalão, a brilhante denúncia apresentada pelo procurador Roberto Gurgel e a consequente condenação dos petistas e seus asseclas, e esta nova investida. É como se o Ministério Público tivesse cometido uma traição ao produzir provas que levaram a liderança petista de 2005 à cadeia.
Nada indica que o PT vai aceitar a prisão dos seus líderes, apesar do devido processo legal, do amplo direito de defesa, da transmissão de todas as sessões do julgamento pela televisão. Vai fazer de tudo para “melar o jogo”. Criar situações de desconforto político e até, se necessário, uma crise institucional.
Suas principais lideranças nunca admitiram a existência de qualquer obstáculo às suas pretensões de exercer o poder sem qualquer prurido. A máxima petista é a de que o bom poder é aquele que é exercido sem qualquer limitação legal.

Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos

MOCINHO E BANDIDO


          Percival Puggina
             No meu tempo de infância, em Santana do Livramento, o passatempo preferido das crianças do sexo masculino, superando de longe o futebol em número de adeptos, era brincar de mocinho e bandido. Tratava-se de uma reprodução das perseguições e tiroteios típicos do gênero de filme que mais animava as platéias nas sessões dominicais - o bom e velho bangue-bangue. O resultado era sempre previsível. O sorteado para o papel de bandido enfrentava todos os outros e acabava preso.
             As notícias das últimas semanas sobre a exasperação da violência em São Paulo me fez pensar naqueles folguedos infantis. Ao fim e ao cabo, também no Brasil real, todo bandido que não morre antes, um belo dia acaba preso. Mas na manhã seguinte se apresenta de novo para brincar. Prenderam e soltaram. Vamos deixar essa frase assim, na base do sujeito oculto porque, de hábito, os responsáveis pelo soltar jogam a culpa uns sobre os outros. Em novembro de 2010, quando o Rio de Janeiro iniciou a ocupação dos morros com apoio das Forças Armadas, escrevi um artigo - "O Rio espana o morro" - afirmando que a bandidagem, como o pó submetido à ação do espanador, saía dali, mas iria posar em outro lugar. Li, recentemente, no Estadão, que o Primeiro Comando da Capital (o PCC paulista) está abrigando criminosos do Rio, ligados ao Comando Vermelho (o CV). Segundo a matéria, essa interação das duas organizações começou, de fato, com a ocupação do Morro do Alemão e com a subsequente construção de quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no local.
             O fato me leva a algumas certezas. Primeira, fracassará irremediavelmente toda política de segurança pública que não incluir a ampliação dos contingentes policiais e a construção de estabelecimentos prisionais em números suficientes para atender a demanda. Segunda, o mero controle de território e a simples pressão sobre tal ou qual atividade criminosa apenas fazem com que os agentes do crime migrem para outro local ou para outro ramo. Terceira, será infrutífera toda legislação que desconhecer o fato de que a cadeia é o lugar onde os bandidos devem estar. Carência absoluta de penitenciárias é o sonho sonhado por todo delinquente.
                       A insegurança de que padecemos tem muito a ver com a ideologia da luta de classes e com o ressentimento da esquerda que nos governa desde 1995 (FHC cabe aí dentro, sim senhor) em relação à atividade policial e de segurança pública. Para essa mentalidade, polícia civil, polícia militar, repressão ao crime é tudo aparelho direitista contra os oprimidos. Duas décadas dessa mentalidade nos levaram à situação atual. Não há presídios, os quadros policiais estão esvaziados, as leis penais e processuais têm mais furo do que queijo suíço, e o crime compensa. Sim, o crime, no Brasil, virou um negócio de escasso risco e enorme rentabilidade. E, pior de tudo, sob uma proteção legal e institucional que se impõe à vontade dos próprios agentes da lei.
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Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.

PEREMPTÓRIO GOVERNADOR PETISTA TARSO GENRO NÃO TEVE ESCAPATÓRIA, FOI OBRIGADO A MANDAR DEMITIR O DIRETOR-GERAL DO DAER



Posted: 26 Nov 2012 07:00 PM PST
Vitor Vieira (VideVersus)

O arquiteto José Francisco Thormann, que estava no cargo de diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) desde setembro de 2011, foi defenestrado do cargo nesta segunda-feira. O governador do Estado, o peremptório petista Tarso Genro, decidiu pela exoneração no começo da tarde desta segunda-feira, sem outra saída, depois de publicação de matéria pelo jornal Zero Hora, que comprovou que o funcionário do DAER aceitou mordomias de empresa privada. A divulgação do fato foi uma vingança do PT. Um dos pivôs da saída do deputado federal Beto Albuquerque da Secretaria de Infraestrutura e Logística, Thormann teve uma viagem à Suíça paga por uma empresa subcontratada pelo governo do Estado para obras na Rota do Sol e tinha uma procuração de amplos poderes para atuar em nome de uma consultoria privada. A partir de uma troca de e-mails de Thormann com a gerente da empresa Geobrugg AG no Brasil, surgiu a oportunidade para o diretor ir à Suíça com as despesas pagas pela companhia. Thormann se ausentou do trabalho entre os dias 17 e 27 de junho. Antes de ir à Suíça, ele passou por Lisboa, em  Portugal. Além das atividades no Daer, Thormann é "procurador" de uma empresa de consultoria financeira chamada Globalmeta. Ele nega que esteja usando a procuração, mas o documento, registrado no 4º Tabelionato de Notas de Porto Alegre está ativo e lhe confere amplos poderes para representar a empresa, o que é proibido pelo Estatuto do Servidor do Rio Grande do Sul. Desenvolvedora de tecnologias de contenção de desabamentos, a Geobrugg foi subcontratada pela construtora que venceu a licitação para executar as obras de contenção de encostas na Rota do Sol, que liga a Serra ao Litoral Norte. O Daer, hoje sob o comando de Thormann, foi o licitante e o contratante da obra de R$ 14,6 milhões. A correspondência eletrônica da Geobrugg fez referência ao “intuito de dar continuidade à parceria técnica que estamos desenvolvendo no projeto Rota do Sol” e, logo depois, emendou o convite para que Thormann viajasse à Suíça entre os dias 18 e 21 de junho com todas as despesas pagas, incluindo passagens, alimentação e hospedagem. No decorrer de quatro dias, ele participaria de testes contra queda de rochas e visitaria a fábrica da empresa. O diretor respondeu no mesmo dia. Agradeceu por um jantar que havia sido oferecido antes, manifestou aceitação à viagem e convidou a Geobrugg para ser parceira do 16º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária (Enacor), que será realizado no Estado em 2013. A empresa ainda ofereceu a alteração do roteiro caso Thormann optasse por passar em outras cidades ou estender a estada no velho continente. As passagens confirmam que o diretor-geral do Daer ainda passou por Lisboa, onde participou de outro evento, depois de ir à Suíça. Ele se ausentou entre os dias 17 e 27 de junho. Um documento assinado pelo governador Tarso Genro e pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, autorizou a viagem “sem quaisquer ônus para o Estado”, exceto os vencimentos e demais vantagens. No Diário Oficial, o ato foi ratificado em 22 de junho. Ou seja, o peremptório Tarso Genro sabia que seu subordinado tinha sido convidado para viajar com tudo pago. O Ministério Público abriu investigação preliminar para apurar possíveis irregularidades na conduta do diretor-geral do Daer, o arquiteto José Francisco Thormann. O secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira, explicou no final da tarde desta segunda-feira, que a decisão de exonerar o diretor-geral do Daer, José Francisco Thormann, teve como base a preocupação do governo em preservar o andamento dos trabalhos do departamento. "Foi o governador Tarso Genro que definiu o afastamento de Thormann. As denúncias têm peso razoável. Quando falei para ele da decisão do governador, ele optou por pedir a demissão, que foi aceita", explicou Caleb. O governo Tarso Genro faz água a olhos vistos, envolvido em crescente onda de desordem política e administrativa,  e não consegue reencontrar seu eixo. O governador parece preferir escrever artigos, ensaios e livros, viajar para o Exterior, em vez de governar o governo.

HOCUS&POCUS



Ralph J. Hofmann
Caros Drs. Hocus & Pocus
Por que existe a expressão “Navegar na Maionese”.
Inocêncio di Carpaccio
Caro Inocêncio
Apesar de alegações ao contrario “Não navega na Mayonnaise” (Recusamo-nos a escrever maionese. Se profiteroles são profiteroles, se chantilly é chantilly, por que mayonnaise seria maionese?), não se originou num programa de TV da rede Globo.
Foi uma expressão cunhada pelo navegador Normando-Viking Leif du Gourmand  quando estava na costa da Islândia no ano 1.000 da era comum. Após 35 dias no mar encontrou uma tremenda tempestade pela frente, com ondas enormes que ameaçavam afundar sua nave.
No porão do navio Leif levava muitas ânforas de azeite de oliva, barricas de suco de limão e dúzias de ovos imersos em gordura de ganso  com o que fazia suas saladas de cebola gaulesa como bom apreciador da cozinha que era.
O movimento violento das ondas rompeu as ânforas e as barricas e apesar do cuidado milhares de ovos se romperam.  O mesmo movimento misturou os três ingredientes. As ondas que quebravam sobre o costado do navio se encarregaram de adicionar sal à mistura.
Os marinheiros bombeavam água do porão para que o navio não afundasse e começaram a notar que um líquido denso e amarelado saia e ao cair no mar sendo que  o seu conteúdo oleoso diminuía a ação das ondas e fazia com que o navio deslizasse suavemente sobre elas.
Dentro em breve a tempestade amainou e os tripulantes com fome começaram  a preparar seus sanduíches de  lingüiça  e pão amanhecido. Um  pão caiu no que restava da gosma amarela no fundo do porão que o encharcou. Esfomeado o marinheiro não deu bola. Quando mordeu o pão estava com um excelente sabor, nunca antes experimentado por ninguém. Preparou um sanduíche assim para o Capitão Leif. Este experimentou a iguaria e por motivos que nunca desvendaremos ao certo (talvez porque amaynasse as ondas)  chamou aquilo de mayonnaise, um manjar dos deuses que também fazia reduzir o impacto das ondas.
Navegadores posteriores constataram que não era necessário usar azeite de oliva e  ovos para reduzir a ação das ondas, bastando um óleo, quanto mais espesso melhor  e os antigos  então diziam:  “Para sobreviver não é necessário navegar na mayonnaise.”
No século XX a expressão ganhou novo uso. Com as restrições ao colesterol os médicos passaram a proibir a mayonnaise.  Os médicos diziam : “Se queres sobreviver não navega na mayonnaise.”
Finalmente passou a ser aceito que comer  mayonnaise, pelo perigo de entupimento de artérias era um verdadeiro ato tresloucado. Assim quando alguém dizia uma total tolice  tornou-se usual dizer:  “Não navega na mayonnaise.”
Como a mayonnaise comercial hoje contém essencialmente amido, extrato de óleo de citronela e algum óleo de plantas estranhas que jamais comeríamos se as víssemos em folha ou grão  deve surgir uma nova expressão de rejeição aos inimigos:  “Espero que mergulhes nesta mayonnaise! “
Esperamos ter claros nesta exposição algo árida e comprida
Hocus & Pocus

Charge do Duke (O Tempo)



CLASSE MÉDIA?



Magu
Ruth de Aquino, colunista da revista Época, escreveu o seguinte: “Lula, o presidente carismático, continua com poder e seria injusto chamá-lo de eminência parda. Quase mudo, por doença e estratégia, Lula promete ‘iluminar o país de poste em poste’. (Santa periquita, que promessa tétrica!). É o ‘cara’ por suas qualidades de articulação, pelo tino político, por entender as necessidades do povo e, talvez agora, da classe média emergente”.
Partindo desse intróito, comento: um dos maiores golpes publicitários de todo o planeta, no início do século XXI, foi perpetrado pelo Molusco Falante (apud Ancião) quando, por decreto, ampliou os parâmetros que definiam, ordinariamente, as classes sociais em Pindorama. Não vou me estender sobre o assunto, já que existem muitos escritos a respeito, espalhados principalmente em revistas e, a meu ver, encomendados pelo desgoverno. Tal me parece o caso de O Maior Fenômeno Sociológico do Brasil,
redação típica “oficial”, trasvestida de estudo sério.
Na mesma revista, a opinião do editor chefe, em Acendeu a Luz Amarela: …Depois de dois anos com altíssimas taxas de popularidade – merecido fruto de sua capacidade de dar confiança à população em tempos de dificuldade econômica e de tratar a política com seriedade – , a presidente dá sinais preocupantes de que não conseguiu enfrentar problemas urgentes.
Na área da infraestrutura, prometeu no passado que nunca mais haveria apagões e que projetos de desenvolvimento, especialmente no âmbito do PAC, seriam feitos com rapidez e eficiência. Hoje, o país enfrenta cada vez mais problemas com uma regulação canhestra do setor de energia, a Petrobras parece não dar conta das próprias ambições no setor da exploração e distribuição de petróleo… …Na política…  …em torno do pré-sal, nada avançou num conflito que já paralisara o governo anterior. …ela mostrou-se uma eficiente administradora da esperança de que, a partir de 2012, o país pudesse crescer em torno de 4% e não 2%, como acontece desde 2011. Agora, acendeu a luz amarela. A esperança precisa se tornar realidade.
Pois é! Como a língua é mole, promessas são fáceis de fazer. Administrar esperança também é fácil. Cumprí-las já são outros bilhões de reais. Um trabalho de Hércules, onde um partido composto por anões não tem capacidade de fazê-lo.
Num grande esforço de reportagem, nosso editor conseguiu a foto abaixo que demonstra claramente o que é a “nova classe média”.

Neuromarketing: entenda o comportamento do comprador de imóvel


mprador de imóvel


O estudo da neurociência do consumo pode trazer dados que estão enraizados no inconsciente do cliente.


As estratégias para captar o consumidor e convencê-lo da compra do imóvel estão indo além da pesquisa de mercado. É preciso entender também a biologia do comportamento do consumidor e que reações podem incentivar (ou não) o cliente a comprar o imóvel.Para compreender este processo, empresas do mercado começam a utilizar técnicas de “neuromarkerting”, campo do marketing que faz uso da aplicação de métodos neurocientíficos para analisar e entender o comportamento em relação às marcas e produtos. Como aplicá-la no mercado imobiliário? 



Sobre este assunto, conversamos com Pedro Camargo, consultor e autor do blog biologia do comportamento do consumidor, neuromarketing e autor de livros, como: Neuromarketing: decodificando a mente do consumidor, publicado em Portugal; Neuromarketing: a nova pesquisa de comportamento do consumidor (será publicado pela Editora Atlas, em 2013).

Quais os impactos das técnicas de neuromarketing no mercado?

O impacto é diretamente na pesquisa de comportamento do consumidor. As pesquisas tradicionais nesta área nos trazem respostas por questionários, entrevistas ou focus group que não são suficientes para entender o comportamento na pesquisa qualitativa, porque não representam o que o consumidor realmente pensa. De 85 a 95% das informações que temos armazenadas estão no inconsciente e as pessoas respondem as perguntas com o consciente, portanto não há como obter o real sentimento do cliente ou consumidor, fazendo perguntas ou observando eles comprarem e consumirem. O estudo da neurociência do consumo pode trazer dados que estão encravados no inconsciente do sujeito, pois escaneia-se as áreas que se ativam enquanto ele tem uma atividade cerebral. Portanto, o impacto é enorme. Mas veja bem, o neuromarketing sozinho também não dá respostas definitivas, pois ainda tem o estudo da endocrinologia comportamental que deve ser levada em conta. O primeiro só detecta as áreas que estão ativas no momento da ação, mas não detecta os níveis de hormônios, que são os nossos impulsores comportamentais que nos fazem agir.

Quais estratégias de comunicação as empresas do mercado imobiliário podem utilizar para incentivar o cliente na compra do imóvel, baseado nesses princípios?

São várias as recomendações. Uma delas é nunca colocar o sujeito em um outdoor, folheto ou anúncio olhando para as pessoas, mas sim para a foto ou ilustração do empreendimento ou para a chave do imóvel, pois nosso cérebro tem o padrão de buscar a intenção dos outros. Não compramos objetos e sim o que os outros compram. Os neurônios espelho vão ativar-se para perceber a intenção do sujeito da foto e se ele olha para o consumidor, o consumidor vai olhar para ele e ponto. Agora se o modelo estiver olhando para a foto, o consumidor vai perceber sua intenção e olhar também. É padrão de processamento cerebral. Outro erro enorme é não colocar pessoas nas propagandas. Como disse compramos intenções, ações dos outros e não objetos. Outro ponto é que o stand de vendas ou o apartamento modelo deve ter cheiro de algo novo, como se faz em carros. O cheiro ajuda a memória. Outra coisa que ajuda e promove a memória é a dopamina (um neurotransmissor) e o nível de dopamina pode ser aumentado com a cafeína. Portanto servir café é fundamental.

Como atrair a atenção do consumidor no momento da compra?

Atenção é fundamental e para isso devem-se usar todos os sentidos superiores (olfato-cheiro, visão- cor e pé direito do stand-, sensações táteis, a música). São os sentidos que vão promover a atenção. Mas para usá-los, é preciso ter conhecimento em neurociência que pesquisa os sentidos, as provocações ambientais e os efeitos no consumidor.

Agora, ainda mais importante que a atenção é o engajamento emocional do comprador, porque se ele se atentar, mas não engajar-se, a compra não se efetiva. Chega na hora H o sujeito não compra. O consultor acha que fez tudo certo e pode até ter feito o seu possível, mas existem influências inconscientes que ele jamais saberá se não tiver as técnicas de neuromarketing e endocrinologia comportamental. Nós somos alertados por provocações ambientais, como uma campanha ou um consultor de vendas, mas não criamos engajamento se não houver condições químicas internas que nos levem a agir. Agimos muito de maneira automática e somos criaturas de hábitos, porque nosso cérebro economiza energia, se não soubermos quebrar estes hábitos, nada acontecerá.

Qual a influência das mídias sociais no processo de decisão de compras do consumidor?

Não existe uma pesquisa especifica sobre o assunto, mas eu tenho hipóteses. Nós somos animais sociais, vivemos em bando e o grupo nos influencia de maneira ímpar, não é à toa que milhares e milhares de pessoas assistem vídeos que nem acham graça, mas assistem, pois o bando o fez. Se somos criaturas sociais, não podemos ficar fora do bando. Nosso cérebro tem áreas específicas que se ativam nestas ocasiões e isso nos faz agir. As mídias sociais são um fenômeno mundial que modificam comportamento e podem sim influenciar uma decisão de compra. Assim é a moda, assim pode ser o mercado imobiliário.

Conhecimento da técnica de neuromarketing é fundamental antes de elaborar estratégias para atrair o cliente. Que ações são comumente vistas no mercado que podem proporcionar o efeito contrário?

O neuromarketing, e vou ainda adiante, a endocrinologia comportamental (influência dos hormônios no comportamento) são fundamentais para entender comportamento. Antes de sermos seres sociais somos seres biológicos. A partir de agora, tudo o que não levar em consideração análises biológicas, o que eu intitulo de “biologia do comportamento do consumidor” não está analisando o consumidor de maneira integral e verdadeira e, portanto fadada ao risco. E campanhas assim como vendas são muito caras para corremos riscos.

Fonte: Redimob



A foto que está chacoalhando as mulheres do mundo árabe



Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)
Uma imagem de mulher jovem está provocando uma formidável controvérsia mundial no Facebook. É uma foto banal e ao mesmo tempo extremamente provocativa.
A foto que está chacoalhando as mulheres do mundo árabe Dana, com os cabelos à mostra
Banal porque não há nudez nem completa e nem parcial, a não ser que você considere braços de fora alguma coisa no gênero. Provocativa porque a foto é de uma síria de 21 anos, Dana Bakdounis. Dana postou há poucas semanas uma foto sem véu num grupo criado no Facebook por mulheres árabes em busca de igualdade de direitos.
Nela, segura sua identidade e um bilhete manuscrito que é um pequeno manifesto, intitulado “A primeira coisa que senti quando tirei meu véu”. Nele afirma: “Estou com o Movimento de Liberação da Mulher Árabe porque, ao longo de 20 anos, não me permitiram sentir o vento em meu cabelo e em meu corpo”.
A foto, ninguém sabe explicar por que, foi uma sensação instantânea. Em pouco tempo, atraiu 1 600 likes, foi compartilhada 600 vezes e foi objeto de 250 comentários.
Com isso, o grupo ganhou uma visibilidade que ainda não tinha. Os debates se acirrariam ainda mais pouco depois, quando o Facebook simplesmente tirou a foto do ar, sem explicações, e também bloqueou a conta pessoal de Dana.
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PROTESTOS
Censura? Um ataque à liberdade de expressão? Os protestos tomaram a página do grupo no Facebook, hoje com 70 000 integrantes e transformado num fórum vivo de debates de jovens mulheres ávidas insatisfeitas com sua situação. Uma delas disse: “Se vocês fazem este tipo de censura então não podem reivindicar os méritos pela Primavera Árabe.”
O Facebook acabaria, depois de idas e vindas, liberando a foto, e também a conta de Dana. “Minha vida mudou depois que tirei o véu”, diz ela. “Recebi muitas manifestações de solidariedade de outras mulheres com véu. Elas diziam ter vontade de fazer a mesma coisa, mas acrescentavam que faltava a audácia que tive.”
Meses atrás, quando o então presidente da França Nicolas Sarkozy iniciou na França uma cínica e eleitoreira caça às burcas sob o argumento de que estava ajudando as mulheres árabes, escrevi que era uma falácia. Todos os movimentos históricos de conquista de direitos nasceram das próprias vítimas de injustiça, e não de tutores.
Sempre foi assim, das sufragettes, as mulheres inglesas que lutaram pelo direito ao voto no começo do século passado, aos negros americanos que combateram por sua inclusão social, para ficar em apenas dois casos.
A foto de Dana pode ser um sinal de que as mulheres árabes estão efetivamente decididas a batalhar, elas também, por sua própria Primavera. Se for isso, a imagem entrará para a história da humanidade.

OBRA-PRIMA DO DIA - OBJETOS DE ARTE Catarina II, a Grande - (Semana das Bengalas)


Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
27.11.2012
 | 12h00m

Quanto mais o século 18 avançava, mais os bastões para caminhadas tornavam-se comuns na Europa Ocidental e na Rússia.
A maioria era feita de cana-da-índia, daí “cane” ou “canne” ser a palavra alternativa parawalking stick e que veio a ser comumente adotada.
Mas os fabricantes se valiam de outros materiais diferentes para criar bengalas que atraíssem seus clientes, especialmente os nobres, que davam o tom da moda.
Junco, tartaruga, marfim, madrepérola, chifre, presas de animais de grande porte, e uma grande variedade de madeiras. Normalmente tinham uma ponteira em metal.
No alto, perto do cabo, algumas recebiam uns furos por onde passavam fitas que tinham dois objetivos: facilitar o transporte da bengala e decorá-la com cores que tivessem um simbolismo para o proprietário (por exemplo, a fita com as cores do brasão da família, ou de uma Ordem ou Comenda).
Na bela e interessante coleção do Hermitage, as mais valiosas são as bengalas de Catarina, a Grande (1729 - 1796).


A parte à qual os artesãos mais se dedicavam, depois do exame minucioso da flexibilidade e resistência do material que serviria de corpo para a bengala, naturalmente, era o topo e nesse quesito as da temida e impressionante imperatriz eram muito luxuosas, cuidadosamente refinadas. Pobre do artesão-ourives que não fizesse bem feito seu serviço...
O par de bastões de caminhada que apresento abaixo, ao que tudo indica, pertenceram à imperatriz. São do final do século 18, foram fabricados em São Petersburgo. Medem 135.5 cm e 75.5, respectivamente.
O material é o junco claro. O cabo é em ouro, esmaltado e decorado com diamantes. Na parte plana, o monograma de Catarina II – E II, encimado por uma coroa.


Acervo Museu Hermitage, São Petersburgo