sábado, 28 de março de 2015

O reformado que durante 36 anos não sabia ter um Picasso de 15 milhões




Um reformado de Roma e uma escavação ilegal na zona de Lazio estão na origem da apreensão feita pela polícia italiana de uma pintura de Pablo Picasso, datada de 1912, e de uma escultura romana do século II ou III, que estariam prestes a ser exportados ilegalmente de Itália.
De acordo com o Ministério da Cultura italiano, citado pela imprensa local, a estátua, que segundo o diário italiano La Republicca, representa o deus solar Mitra a matar um touro, estava num camião rumo à Suíça e foi interceptada pela polícia em Fiumicino, localidade costeira próxima de Roma. Já Violin e boutille de bass, do período cubista de Picasso, tinha sido posta à venda por um aposentado de Roma por 1,4 milhões de euros na leiloeira Sotheby’s. Quando, na conferência de imprensa desta manhã em Roma, foi retirado o pano que cobria o Picasso, a pintura recebeu uma salva de palmas.
Um emoldurador diz ter recebido a pintura de 54 por 45 centímetros em 1978, relata a agência de notícias AFP, como um presente de um idoso em forma de agradecimento pelo facto de o agora reformado ter restaurado de forma gratuita o vidro partido pela sua empregada de um retrato da sua falecida mulher.
“O artesão guardou-a durante 36 anos sem cuidados especiais até ter descoberto, por acaso” a autoria da preciosa pintura, que está avaliada em 15 milhões de euros, “e quando via um catálogo do qual constavam outras obras do artista”, explicou o general Mariano Mossa na conferência de imprensa desta manhã. Decidiu então tentar vendê-la e foi ao pedir a emissão de uma autorização de livre circulação ao Gabinete de Exportações de Veneza que os alertas soaram e as autoridades apreenderam a pintura. O valor pedido, considerado baixo, foi o que motivou a intervenção policial, que suspeitava sim que se tratasse de uma falsificação.
 A sua proveniência, dizem, está ainda a ser investigada, embora o diário espanhol El País indique que teria sido roubada.
Já a escultura tem uma origem identificada – com um valor estimado em 8 milhões de euros, foi extraída na zona da Tarquinia e Vulci, a 90 quilómetros de Roma, numa escavação ilegal numa região povoada originalmente pelos etruscos. A imprensa italiana descreve-a como sendo particularmente rara na sua forma mas também no seu estado de conservação, e detalha que existem dois exemplares semelhantes em exposição no Museu do Vaticano, em Roma, e no British Museum, em Londres.
Já sob vigilância das autoridades, a estátua foi apreendida pelos carabinieriitalianos, que seguiam a camioneta onde se encontrava acompanhada por dois outros veículos, cujos ocupantes se puseram em fuga quando interpelados pela polícia.
 Além destas obras, foi também recuperado pela polícia um óleo do sécuilo XVIII da autoria do italiano Luca Carlevarijs que retrata a praça de São Marcos de Veneza.  

 Fonte: Público

A pintura, apresentada esta sexta-feira em Roma pela polícia
A estátua romana apreendida em Fiumicino
FONTE - http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/

CHARGE DO ELVIS


Novo comissário petista da Secom alega que não vai direcionar verbas oficiais de publicidade para aliados



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Já começa muito mal, com o velho e tradicional estilo petista "não sabia de nada", a gestão do novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, que perdeu a batalha para ser indicado como "Autoridade Pública Olímpica", o "comissário" Edinho Silva alega que não teve conhecimento do documento escrito por seu antecessor na Secom, Thomas Traumann, com críticas à condução da pasta. O texto é uma pérola: "A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele"


Edinho Silva será uma das correias de transmissão do grupo de um comissário petista ainda mais poderoso. Fará tudo que Ricardo Berzoini, Ministro das Comunicações, determinar. Proclamando que tem "um trabalho de primeira grandeza para fazer", Edinho deu uma entrevista ao jornal O Globo para tentar desfazer o que realmente motivou sua indicação para o estratégico cargo: "Estão dizendo que fui escolhido para o cargo para direcionar as verbas de publicidade. Só quem não me conhece pode achar que vou ocupar um cargo público para manipular recursos. Só quem não me conhece pode achar que vou ocupar cargo público para fazer algo que não seja de interesse da sociedade".

Edinho Silva também tentou florear seu papel na nova missão: " A presidente Dilma foi direta. Pediu que eu estabeleça o diálogo com os veículos (de comunicação). A prioridade é estabelecer o diálogo com os veículos para que a informação chegue à sociedade. Este governo conduziu o Brasil em momentos difíceis. Este governo tem credibilidade para dizer que os ajustes são necessários para o Brasil voltar a crescer e continuar gerando renda e emprego".

O novo ministro-chefe da Secom até tirou onda, ao alegar que o fato de ter sido tesoureiro da campanha presidencial de Dilma, em hipótese alguma, irá prejudicá-lo, muito pelo contrário: "O financiamento da campanha da presidente não tem problema algum. É transparente e legal. Foi aprovado por unanimidade. O financiamento da campanha é algo que me credencia como homem público. Eu me orgulho".

A mídia amestrada por verbas oficiais que se prepare, pois os comissários petistas têm pressa na salvação do governo sem a menor condição moral de continuidade...

Milagre da Multiplicação


Golpe contra a Receita Federal


O Sindifisco Nacional vem alertando à sociedade sobre o ataque que a RFB (Receita Federal do Brasil) tem sofrido por meio das emendas 40 e 41, da MP (Medida Provisória) 660/14, que dispõem sobre o compartilhamento de atribuições dos Auditores Fiscais com cargo auxiliar, comprometendo a atuação do órgão e onerando, em milhões, os brasileiros.

Mobilização


Onde investigar

Do médico Humberto de Luna Freire Filho um comentário sarcástico, curto e grosso, sobra a bomba que estourou no PT:

"Bomba explode em uma das sedes do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade de São Paulo. Resta saber se a decisão foi tomado na sede do próprio partido ou no Instituto Lula. Essa quadrilha pensa que nós somos todos idiotas".

Toffoli suspeito


Rachel Sherazade cobra que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, peça a suspeição ou o impedimento de Dias Toffoli para participar do julgamento do Petrolão na segunda turma do Supremo Tribunal Federal.

Conclave de Washington


Olavo de Carvalho foi um dos participantes do Conclave de Washington, no dia 21 de março, no National Press Club, para denunciar fraude eleitoral no Brasil e uma estratégia de ação contra o Foro de São Paulo.

Dilma e o impeachment


Paulo Eduardo Martins, do Movimento Brasil Livre, detona Dilma

Sem Goleada


O Consulado Honorário da Alemanha Ribeirão Preto, a Câmara Brasil-Alemanha (AHK) e o Instituto de Ensino Brasil-Alemão (IEBA), realizaram, no dia 24 de março, no auditório do edifício New Century, em Ribeirão Preto, o evento “Brasil e Alemanha: Investir para Crescer”.

O encontro reuniu representantes de entidades de classe, o Cônsul Honorário da República Federal da Alemanha, Rudolf Schallenmüller, o vice-presidente executivo da Câmara Brasil-Alemanha, Thomas Timm e empresários da cidade e da região.

Na foto: Júlio César Soncini (ACIRP), José Paulo Figueiredo (TGM), Rudolf Schallenmüller (Cônsul da Alemanha), Alberto Borges Matias (USP), Celso Cassiano (ABIMAQ) e Thomas Timm (Câmara Brasil Alemanha) 

Direito e Justiça em Foco


Laércio Laurelli entrevista o ex-deputado José Roberto Faria Lima sobre bastidores do mundo político

Apagão de Memória




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 28 de Março de 2015.

NO RS, VIDEO DA CORRUPÇÃO NO ANDAR DE BAIXO DA PETROBRÁS. HOMEM DA BR DISTRIBUIDORA PÕE NA MEIA A PROPINA QUE RECEBEU DO DONO DO POSTO


CLIQUE AQUI para ver o video da propina.

2 mil empregados da Petrobrás são investigados pelas empresas de auditoria contratadas pela estatal e por seus órgãos internos. Além disto, os três diretores mais importantes e que estão ou já estiveram na cadeia - Duque, Costa e Cerveró - além de gerentes como Pedro Barusco, são funcionários da Petrobrás. Não há polítrico na direção da estatal. Essa gente montou um sistema de corrupção junto com empreiteiras e PT para roubar dinheiro da estatal, corromper-se e corromper eleitores, políticos e Partidos.

A Petrobrás precisa ser privatizada imediatamente ou refundada.

A seguir, exemplo de corrupção no andar de baixo:

Se alguém tinha dúvida de que a Petrobrás está podre de cima a baixo, deve examinar o video que a rfevista  Época publicou: as imagens do dono de um posto de gasolina no Rio Grande do Sul pagando propina a um assessor da BR Distribuidora.

É um episódio minúsculo perto daquele investigado pela Lava Jato, mas mostra como a Petrobras está podre de cima a baixo.

FONTE - http://polibiobraga.blogspot.com.br/2015/03/no-rs-video-da-corrupcao-no-andar-de.html

Há muita gente torcendo pelo Brasil - O ANTAGONISTA


Renato Janine Ribeiro disse quehá muita gente torcendo pelo Brasil.
É verdade.
Neste momento, segundo a pesquisa do CNT, 59,7% dos brasileiros querem o impeachment de Dilma Rousseff. É muita gente torcendo pelo Brasil.

Joaquim Levy diz que Dilma é ineficiente - O ANTAGONISTA


Joaquim Levy disse que Dilma Rousseff é ineficiente, mas bem-intencionada.
A declaração foi dada alguns dias atrás, em inglês, numa reunião com ex-alunos da Universidade de Chicago. A Folha de S. Paulo conseguiu uma cópia da gravação e publicou-a hoje.
O trecho completo é:
"Acho que a presidente realmente quer acertar. Nem sempre da maneira mais simples... do jeito mais eficiente, mas há um desejo genuíno".
É melhor Joaquim Levy sair de férias por uma semana.

Consultorias do ex-ministro teriam sido usadas para desviar R$ 100 milhões ao PT. Agentes da PF relacionam intermediação de petista à doação milionária à campanha de Dilma em 2010


Claudio Dantas Sequeira
e Mário Simas Filho

IstoÉ
A pedido da Procuradoria Geral da República está em curso na Justiça Federal do Paraná uma investigação sobre a participação do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci Filho, no esquema do Petrolão. Entre os alvos principais do processo estão contratos feitos entre a Projeto – consultoria financeira pertencente ao ex-ministro – e empresas que fizeram direta ou indiretamente negócios com a Petrobras. Com base em delações premiadas, documentos apreendidos e até na prestação de contas feitas pelos partidos, procuradores e delegados da Operação Lava Jato calculam que consultorias feitas por Palocci possam ter sido usadas para desviar cerca de R$ 100 milhões do Petrolão para os cofres do PT. “Vamos demonstrar que, assim como o ex-ministro José Dirceu, Palocci trabalhou para favorecer grupos privados em contratos feitos com a Petrobras e canalizou ao partido propinas obtidas a partir de recursos desviados da estatal”, disse um dos procuradores na tarde da quarta-feira 25.

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Até a semana passada, os procuradores observavam com lupa seis contratos da empresa de Palocci e nas próximas semanas deverão recorrer ao juiz Sérgio Moro para que autorize a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro. Os documentos e depoimentos que mais têm despertado a atenção de delegados e procuradores dizem respeito às relações do ex-ministro com a WTorre Engenharia e com o Estaleiro Rio Grande. De acordo com os relatos feitos por procuradores da Lava Jato, em 2006, após deixar o governo Lula acusado de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa (leia quadro na pág. 38), Palocci teria intermediado a aquisição do Estaleiro Rio Grande pela WTorre. Meses depois da negociação e sem nenhuma expertise no setor naval, a empresa venceu uma concorrência para arrendamento exclusivo do estaleiro à Petrobras. Em seguida, a estatal fez uma encomenda para a construção de oito cascos de plataformas marítimas, em um contrato de aproximadamente US$ 6,5 bilhões. “Não é comum que uma empresa sem nenhum histórico no setor vença uma concorrência bilionária”, afirma um dos procuradores da Lava Jato. Os indícios encontrados pelo Ministério Público, porém, vão além do simples estranhamento.
Investigações promovidas pela Operação Lava Jato indicam que, por orientação de Palocci, o Estaleiro Rio Grande buscou parcerias internacionais para poder cumprir o contrato com a Petrobras. Uma das empresas procuradas para tanto foi a holandesa SBM, já relacionada como uma das mais fortes pagadoras de propinas no esquema do Petrolão. Os documentos em poder da Operação Lava Jato mostram que, no início do ano passado, um ex-executivo da SBM, Jonathan Taylor, procurou a Receita e o Ministério Público da Holanda e revelou que empresa destinara US$ 102 milhões para o pagamento de propinas no Brasil, em troca de contratos para o fornecimento de navios e plataformas a Petrobras.

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Passados quatro anos, a parceria do Estaleiro Rio Grande com a SBM não se concretizou, embora o contrato para o fornecimento dos oito cascos permanecesse em vigor. Com isso, a Petrobras passou 48 meses sem receber os cascos contratados. Agora, os procuradores investigam quais os pagamentos efetuados pela estatal ao estaleiro durante esse período. “Temos informações de que o estaleiro usou dinheiro pago pela estatal para investir em plataformas, mas não entregou nada a Petrobras”, disse na sexta-feira 27 um dos agentes da PF que atuam na Lava Jato. De acordo com dados preliminares obtidos pela Lava Jato entre 2006 e 2010 a estatal teria repassado anualmente ao Estaleiro Rio Grande cerca de R$ 25 milhões.
Em 2010, meses antes de assumir a coordenação de campanha presidencial de Dilma Rousseff, Palocci e sua consultoria voltaram a operar em favor do estaleiro. O ex-ministro, segundo os procuradores da Lava Jato, trabalhou ativamente na venda do Estaleiro Rio Grande da WTorre para a Engevix – outra empreiteira já envolvida no Petrolão – em parceria com o Funcef, o fundo de pensão dos servidores da Caixa Econômica Federal. Um dos interlocutores de Palocci na negociação foi o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, atualmente preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, apontado pelo Ministério Público como um dos principais corruptores do Petrolão. Depois de comprar o estaleiro, a Engevix obteve da Petrobras um contrato de US$ 2,3 bilhões para a construção de três navios sonda. Em janeiro desse ano, Almada admitiu aos procuradores da Lava Jato que fez pagamentos de propinas a “agentes da Petrobras” para que pudesse ganhar os contratos e na semana passada, o empresário manifestou o interesse de aderir à delação premiada. Para que seja feito o acordo, porém, o Ministério Público Federal vem insistindo para que o empreiteiro revele detalhes do envolvimento de Palocci e sua empresa na venda do estaleiro. Como boa parte dos contratos de consultoria permite o sigilo, caso o vice-presidente da Engevix não colabore, os procuradores não descartam a possibilidade de recorrer ao Judiciário para obter cópia da documentação. 

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PROPINODUTO
Ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco afirmou que a construção de navios-sonda, cujo negócio teria sido intermediado por Palocci, envolveu o pagamento de
R$ 60 milhões em propina, sendo R$ 40 milhões para o PT
Com a quebra do sigilo bancário de Palocci, os procuradores da Lava Jato esperam checar informações já passadas por Almada e descobrir se houve ou não a participação do ex-ministro na elaboração do contrato de US$ 2,3 bilhões com Petrobras. Em delação premiada, o ex-gerente de serviços da estatal, Pedro Barusco, afirmou que esse negócio envolveu o pagamento de R$ 60 milhões em propinas, dos quais R$ 40 milhões teriam abastecido os cofres do PT. “Temos indícios de que durante anos o Estaleiro Rio Grande serviu como um poderoso braço para canalizar propinas do Petrolão e que essa parte do esquema seria comandada pelo ex-ministro Palocci”, disse um dos procuradores na manhã da quinta-feira 26.
Ao aprofundar as investigações sobre as relações de Palocci com o Estaleiro Rio Grande, os procuradores e delegados da Operação Lava Jato confirmaram importantes revelações feitas pelos maiores delatores do Petrolão e nas últimas duas semanas começam a traçar a participação do ex-ministro em uma ligação direta entre o propinoduto da Petrobras e recursos para a campanha eleitoral de 2010. Em um de seus depoimentos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, assegura que Palocci teria pedido e intermediado a remessa de R$ 2 milhões para a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff. Na semana passada, ao analisarem a prestação de contas do PT, agentes da Polícia Federal identificaram uma doação oficial de R$ 2 milhões feita pela WTorre Engenharia ao diretório nacional do partido. O dinheiro, segundo os documentos, foi entregue em duas parcelas de R$ 1 milhão. “É muito provável que essa doação esteja ligada a venda do Estaleiro Rio Grande da WTorre para a Engevix”, afirma um dos procuradores.

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O negócio intermediado por Palocci movimentou R$ 410 milhões e foi concluído dois meses antes do primeiro repasse de R$ 1 milhão feito ao comitê financeiro nacional do PT, em 24 de agosto de 2010. O outro R$ 1 milhão caiu na conta do comitê em 10 de setembro. Para a WTorre, a venda do estaleiro foi um excelente negócio. A empresa declara ter investido cerca de R$ 170 milhões nos quatro anos em que esteve à frente das operações e vendeu o empreendimento por R$ 410 milhões. A Engevix também se deu bem, pois assumiu o estaleiro com uma encomenda de mais de US$ 2 bilhões e ainda assinou outro contrato com a Sete Brasil para o fornecimento de plataformas à petrolífera brasileira. Para a Petrobras, o negócio significou um prejuízo, segundo os procuradores da Lava Jato, ainda não calculado. O atraso na entrega das plataformas consumiu o período de 10 anos que a estatal tinha de exclusividade sobre o estaleiro e ainda a obrigou a encomendar novas plataformas da China para atender sua demanda. Além do Estaleiro Rio Grande, o ERG 1, entrou no pacote da Engevix o direito de exploração das áreas adjacentes, batizadas de ERG 2 e ERG 3.
Longe das plataformas marítimas, mas também pelas mãos de Palocci, segundo os procuradores da Lava Jato, a WTorre teria conseguido um outro negócio exclusivo e bilionário com a Petrobras. Com um investimento de aproximadamente R$ 600 milhões, a construtora ergueu no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, um moderno complexo de quatro edifícios envidraçados e, sem que houvesse qualquer tipo de licitação, assinou um contrato de locação com a estatal válido até 2039 pelo valor de R$ 100 milhões, reajustáveis anualmente. Os prédios e o contrato de locação deveriam dar lastros para a criação de um fundo imobiliário com o qual a empresa previa obter R$ 1,2 bilhão no mercado. Com tantas construtoras no País chama a atenção dos procuradores o fato de que a Petrobras, para locar uma nova sede no Rio de Janeiro, tenha optado justamente por aquela que tinha Palocci como consultor.

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Também pesam contra o ex-poderoso ministro de Lula e de Dilma Rousseff as delações feitas pelo doleiro Alberto Youseff e o testemunho de empresários da Camargo Corrêa que colocaram o setor energético na mira da Operação Lava Jato. Os procuradores tentam detalhar a participação de Palocci em favor da CPFL, a maior distribuidora de energia elétrica do País, que tem a Camargo Corrêa como principal acionista privado. O ex-ministro teria atuado junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para conseguir a aprovação de uma norma que liberou o uso de medidores de energia inteligentes para redes de alta tensão, como indústrias. Com a licença, a empresa conseguiu instalar os medidores em 25 mil unidades de consumo de oito distribuidoras em São Paulo e na Região Sul, num negócio que envolveu cerca de R$ 215 milhões. Os equipamentos garantiram privilégios à companhia como maior eficiência energética, com redução de perdas e economia na manutenção. A Companhia também teria obtido posteriormente, com auxílio do consultor, autorização do Ministério de Minas e Energia de projetos eólicos de sua subsidiária CPFL Energias Renováveis. Os procuradores querem saber se houve alguma contrapartida financeira da Camargo Corrêa ao PT em troca da ação de Palocci na Aneel. “Há indícios de que Palocci seja um dos principais elos entre os empresários envolvidos no Petrolão e o PT”, afirma um dos procuradores. Em delação premiada, o doleiro Youseff, principal operador do esquema, revelou que de fato era o ex-ministro Palocci o contato do partido com o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal. A empresa tem cerca de R$ 4 bilhões em contratos com a Petrobras e Camargo já fez várias delações. “Estamos finalizando alguns cruzamentos de dados para definir melhor a suposta participação do ex-ministro nos esquemas ligados à área energética”, afirmou um dos procuradores. 

Há ainda uma equipe da Operação Lava Jato que analisa a atuação parlamentar de Palocci, a partir de 2007, quando já trabalhava paralelamente como consultor. O então deputado petista teve papel destacado em todos os projetos relacionados a Petrobras que foram à votação na Câmara. Palocci foi o primeiro relator do polêmico projeto de capitalização da estatal e também nos projetos que instituiu o modelo de partilha para exploração do pré-sal, criou o Fundo Social e a empresa pública Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA). Com o primeiro, aprovado depois de longa discussão no Congresso, o governo Dilma conseguiu injetar na estatal mais de R$ 120 bilhões, sendo que R$ 74,8 bilhões saíram do BNDES. Como não tem foro privilegiado, toda a investigação que envolve o ex-ministro será acompanhada pela Justiça Federal no Paraná e caberá ao juiz Sérgio Moro a palavra final sobre os próximos passos a serem dados pelos procuradores e delegados da Lava Jato.
Na tarde da sexta-feira 27, por intermédio de seu advogado, José Roberto Batochio, o ex-ministro informou que seu relacionamento com a WTorre se restringe a palestras proferidas ao corpo diretivo da empresa. Palocci também afirmou que nunca teve contato e desconhece a existência da Engevix e que jamais foi contratado pela CPFL para qualquer assunto. A WTorre informou que desconhece qualquer investigação e que nunca utilizou a intermediação do ex-ministro em seus negócios. Sobre o estaleiro, a empresa afirma que em 2006 participou de concorrência organizada pela Rio Bravo Investimentos S/A DTVM, administradora de um Fundo de Investimento Imobiliário que tinha o objetivo de construir um estaleiro que seria alugado posteriormente para a Petrobas. “A WTorre venceu a concorrência, construiu e entregou o estaleiro para o Fundo Imobiliário. A Petrobras tinha a prerrogativa de devolver o estaleiro ao cabo de um período de 10 anos de uso. Foi este direito que a WTorre vendeu para a Engevix”, registra a nota encaminhada pela empresa. Sobre as doações para a campanha de Dilma, a empresa afirma que fez tudo de acordo com a legislação.


                                         28.Mar.15

fonte http://resistenciademocraticabr.blogspot.com.br/2015/03/as-operacoes-de-palocci-na-lava-jato.html