sexta-feira, 16 de maio de 2014

CHARGE DO DUKE




Esta charge do Duke foi feita originalmente para o

Marketagem transforma Lula no líder máximo do combate à corrupção para animar militância petista


Posted: 16 May 2014 05:38 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Merece o Oscar de Piada do Século o filmete que mostra Lula como o líder da maior campanha de combate à corrupção no Brasil. A peça foi ao ar ontem na propaganda partidária (nada gratuita) do Partido dos Trabalhadores. Definitivamente, a “fabricação de mentiras que podem se transformar em verdades” continua sendo a principal tática da propaganda petista. A esquizofrenia é a marca da marketagem no momento de aquecimento da militância petista para a grande guerra releitoral.

Foi patético ver Lula exigindo de uma multidão de militantes que recupere os princípios de “honestidade” que marcaram a criação do PT – que o falecido Leonel Brizola tão bem definia como uma “UDN de saias”. Mais hedionda ainda foi a filmagem de gavetas amontoadas, para indicar que, no passado, denúncias de corrupção eram engavetadas, mas, agora, sob governo do PT, tudo é apurado. O caso Petrobras, o Rosegate e os desdobramentos do Mensalão indicam que o arquivo petista ainda tem infinitas gavetas para encobrir o que não interessa ser mostrado.

A demagogia contida no vídeo de propaganda petista é um espetáculo de deslavada cara de pau. A pregação do locutor petista se assemelha à conversa do Diabo para se reeleger na presidência do Inferno, invocando divinas ações de falso moralismo político: “Nunca tantas pessoas foram investigadas e julgadas. Porque antes, quando eles governavam, sabe o que acontecia com as denúncias? Morriam, esquecidas na gaveta. O que você prefere? Avançar no combate a corrupção? Ou voltar ao passado?”

De novo, a estratégia do medo, ação sem originalidade repetida por todos os marketeiros de situação e por alguns de oposição, na maioria dos discursos de campanha eleitoral. Enquanto a propaganda petista dá um show de mistificação, nas ruas, recomeçam os protestos. Mais uma vez, patrocinados por movimentos organizados, com foco revolucionário, que fazem um jogo de morde e assopra com o petismo. A bronca pré-copa tendem a atrair para as ruas uma grande massa de insatisfeitos – junto com muitos baderneiros profissionais. O clima de caos pré-revolucionário, que tanto interessa também aos segmentos petistas, estará instaurado...

Até o momento, só acontece um fenômeno estranho – captado por uma pesquisa da empresa R18 Tecnologia, a pedido do jornal O Globo. O impacto da mobilização de ontem, com confusões em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, foi medido nas redes sociais (Twitter, Facebook e Instagram): “Diferentemente de 2013, as manifestações de ontem contra a Copa não foram o tema central nas discussões na internet. As greves roubaram a cena da discussão virtual, com 65 mil menções compiladas até as 17h. Os protestos tiveram quase três vezes menos citações (26 mil). Até a capilaridade diminui. Ontem, 64% das mensagens se restringiam a apenas três estados: Rio, São Paulo e Pernambuco”.

A radicalização tende a aumentar antes do começo da “Copa das Copas” (conforme propagandeada oficialmente pelo desgoverno petista). Mas a previsão é que, quando a bola rolar de verdade, como de costume, a massa bronqueada se transforme na grande torcida pela vitória da Seleção Brasileira da CBF. Por enquanto, bronca e agitação são ferramentas dos otários. Depois, os otários vão mergulhar no clima ilusionista da Brazil Fifa World Cup – que tem enorme chances de entrar para a História como um dos eventos mais desorganizados do mundo.

Sob a pele do demagogo


Em 17 de julho de 2005, o então presidente Lula deu esta entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, feita pela jornalista brasileira radicada na França, Melissa Monteiro. Desde aquela época, Lula dá provas de que, no discurso, é excelente no combate à corrupção.

Sob a pele


Scarlett Johansonn é uma alienígena que se alimenta se seres humanos na mais polêmica produção de ficção cientítica feita pelos britânicos.

Para isso, a extraterrestre assume a forma de uma mulher bela e sensual para devorar homens, com sua sexualidade voraz.

Under The Skin, dirigido por Jonathan Glazer, já é considerado pela crítica um dos melhores filmes do ano.

Copa dos Vexames




Argolo ou Argola?


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Maio de 2014.
Posted: 16 May 2014 05:33 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto Sardenberg

Os países da Zona do Euro, mais a Inglaterra, sendo democracias — e boas democracias — entraram num intenso debate para encontrar um programa de saída da crise, aquela de 2008/09. A coisa ficou ainda mais complicada porque, ao problema do momento, somaram-se as dificuldades estruturais do modelo europeu — gasto público excessivo, inclusive com previdência, muitos impostos para pagar, exagerada presença do Estado a inibir o setor privado, custo alto de produzir por lá etc.

Não por acaso, o debate se prolongou. E as críticas tornaram-se constantes. Dizia-se: além de tudo, os europeus estão num impasse político que bloqueia as decisões.

Era verdade, mas foi o então primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, quem colocou o dilema mais claramente. Ele perdeu a paciência no debate e saiu-se com esta: “Ora, todo mundo aqui sabe o que precisa ser feito; o que ninguém sabe é como ganhar as eleições depois.”

O pacote de maldades — como aplicá-lo de modo que o eleitor perceba que aquilo é para o bem do povo e mantenha seu voto? —, eis a questão com a qual os líderes políticos se defrontam com frequência.

Não é fácil. Aplicar a seco as medidas de ajuste, com frequência, provoca uma grande resistência popular que, numa democracia, leva à derrota no Parlamento e nas eleições.

Aí não adiantou nada, nem para o governante nem para a população. O ajuste não só se interrompe pelo caminho, como fica amaldiçoado.

O medo de cair nessa situação leva ao imobilismo governante menos esclarecido e determinado. Ele trata de empurrar com a barriga, adiar medidas o máximo possível — e esse é o caminho certo para mergulhar numa crise cada vez pior.

Esse tipo de governo, de direita ou esquerda, cai numa sequência de improvisos: aumenta um imposto aqui, corta outro que suscitou mais protesto, eleva o preço da energia elétrica, segura a gasolina, corta investimento, aumenta gasto com salários, atrasa obras, concede mais benefícios, sobe juros para uns, diminui para outros e assim vai.

A política econômica perde eficiência, a insatisfação se generaliza.
Reconheceram? Pois é.

Também é comum uma outra tentativa: o candidato sabe o que precisa ser feito, não diz para não perder votos, mas trata de fazer depois de eleito.

Em geral, é um conselho de marqueteiros. Por exemplo: pessoal do entorno da presidente Dilma comentou que ela não vai fazer “sincericídio”. Com isso, se queria dizer que ela também sabe que o país precisa de ajustes, mas que não vai sair por aí anunciando “medidas impopulares’’. Mais que isso: sua estratégia será a de dizer que a oposição prepara essas maldades.

Se for assim, não vai dar certo. No curso desta campanha, Dilma também precisará dizer que não vai fazer aquilo que, dizem, consideraria necessário para depois. De certo modo, ela já está fazendo isso, ao deixar para depois das eleições medidas como aumento do preço da gasolina e do imposto da cerveja.

Ou seja, ela cai num “mentiricídio”. Não dá para ganhar a eleição assim e depois dizer que, bem, brasileiras e brasileiros, vamos precisar de algum sacrifício... Dizem que seria seu último mandato, o que a liberaria para as maldades. Não é assim: o governante não é só ele, é ele mais a sua turma, que vai continuar aí.

Tudo considerado, é mínima a chance de a presidente Dilma, ganhando, mudar o curso de sua política econômica.

E como a oposição lida com esse dilema? Fica para a próxima.

ITAQUE... WHAT?

Imagina um croata que veio ao Brasil ver a Copa. A seleção dele faz um jogo de honra, a estreia contra o Brasil, em São Paulo.

O ingresso oficial da Fifa informa que a partida será na “Arena de São Paulo”.
Não existe isso, diz o porteiro do hotel ou o taxista ou o voluntário da Fifa: “O jogo é no Itaquerão.”

Itaque... what?

Ele confia e pega o metrô indicado. A sinalização manda que ele desça na “Arena Corinthians’’.

Pelo menos já apareceu a palavra “Arena”, que consta do ingresso. Ele desce, começa a caminhar e topa com placas oficiais, da Fifa World Cup, indicando o “Itaquera Stadium”.

“Qual é o problema?”, diria o ministro do Esporte. No Iraque nem placa tem...


Carlos Alberto Sardenberg é Jornalista. Originalmente publicado em o Globo em 15 de maio de 2014.

TORTO BRASIL


Raphael Curvo
Raphael Curvo

Raphael Curvo


Torto Brasil

Este Brasil não é sério, isso foi dito pelo presidente Charles de Gaulle nos anos 60 e teremos que engolir isso sei lá por quantos anos mais. A CPI do Senado Federal é um circo montado pelo governo Dillma para buscar salvar seus erros na presidência do Conselho de Administração da Petrobras. É inacreditável que um terço dos membros desta fajuta CPI é composta de senadores que receberam grandes benefícios monetários, pecuniários ou dinheiro, como queiram, de grandes fornecedoras da empresa investigada, ou seja, a Petrobras. Será que todos nós brasileiros somos imbecis, idiotas, dementes e por aí vai, para o Senado e governo, na cara dura, montar este circo e acreditar que é moral, ético e decente?

Semana passada o grande chefe declara em Portugal que o mensalão não existiu, foi uma grande farsa. Não satisfeito com essa deslavada e inconseqüente declaração, embute nela a suspeição da credibilidade da maior corte da Nação, o Supremo Tribunal Federal – STF ao afirmar que o julgamento das falcatruas e furtos do dinheiro público para pagar deputados foi 80% política e 20% jurídica. Só ele conhece a fonte desses dados. Não bastasse, na cara limpa e deslavada, nega serem os presidiários da Papuda, pessoas de sua confiança. Como disse Ferreira Goulart em seu artigo para a Folha de São Paulo, foram os que assumiram a culpa para livrar Lulla.

Em programa político do PT, a dupla Lulla e Dillma, mentem descaradamente de que foram eles os “feitores deste novo Brasil”. Os avanços sociais pregados são de programas estabelecidos pelos governos anteriores de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, caso do Plano Real que estabilizou a economia brasileira e tornou possível o controle da inflação. Foi esse Plano Real, com a estabilização da inflação, que permitiu ao povo brasileiro ter maiores ganhos e ver seu salário valer no final do mês, o que ultimamente já não está sendo mais possível.

Os programas sociais que o Lulla recebeu do FHC tinham como meta dar capacidade de crescimento a melhor condição de vida ao cidadão sem, entretanto, tirar dele a possibilidade de crescer profissionalmente, de estimular a freqüência dos filhos das famílias pobres na escola. Não era a compra do povo, mas de apoio ao povo. Tanto o Plano Real como os programas sociais criados pelo FHC, juntados todos pelo Lulla como Bolsa Família, sofreram no período de sua implantação, sérios ataques do PT, principalmente do Lulla que dizia que esses programas eram para iludir o povo na compra do seu voto. Disse o Barba (Lulla) analisando a condição do cidadão brasileiro: “ o povo brasileiro vota com o estômago”, ou seja, a bolsa alimentação é que daria a população a orientação do seu voto. Qualificou o povo de incapacitado para pensar e votar.

Além de todas essas barbáries que tratam a população como massa de manobra, distribuindo casas e dinheiro para se manterem no governo, não conseguem realizar nada de útil ao desenvolvimento do Brasil. Em tudo que o PT mete a mão, quando não desvia recursos, não consegue terminar nada. A única grande obra dos 12 anos do governo petista foi terminada em Cuba. O que conseguem fazer com maestria é destruir com o que de bom existia, caso Petrobras, energia, transportes, estradas e infraestrutura. Mesmo gastando seis vezes mais do que o inicialmente previsto, não conseguem terminar, como é o caso da refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco cujo orçamento de 2 bilhões já está em 22 bilhões e muito ainda por fazer. A transposição do São Francisco não é preciso nem falar, de 2,5 bilhões já passou dos 7 e ainda não correu uma gota de água.

O incrível do programa petista foi a presidente prometer reforma política e tantas outras como um novo mundo a surgir no horizonte. Só esqueceu que o mesmo dito foi mote de campanha em 2010, mas nenhuma reforma se viu, aliás, não se viu nada do prometido em campanha passada, estão aí os hospitais, a educação com suas escolas sem professor e carteiras para os alunos, assaltos e saques da população, tudo é prova de que o Brasil está mal e vai piorar porque não há capacidade no governo capaz de reverter tal quadro. Essa é a razão de que cerca de 61% dos brasileiros não admitem o voto obrigatório e 57% rejeitariam votar se existisse essa opção.  Isso quer dizer, “descrédito no governo”, nas Instituições.

Tenho para mim que o voto não é obrigatório. Há sanção que é o pagamento de multa. O eleitor vota se quiser. A multa (R$ 3,50) é relativa, na sua essência, a desobediência de uma ação exigida e, salvo melhor juízo, não há um fato consumado ilegal, passível de condenação judicial. Paga a multa, tudo está quites. É assim, o torto Brasil.

Rapphael Curvo

Jornalista e Adv. Rapphael Curvo

raphaelcurvo@hotmail.com

Adv. Ellen Maia Dezan Curvo

OAB/SP 275669

ellendezan@hotmail.com

www.xprospector.com.br

FORTE MAS VERDADEIRO


A. Raad

Ênio Mainardi

Ênio Mainardi


Já recebi por diversas vezes o texto abaixo, atribuído a uma postagem que Diogo Mainardi teria feito em seu feissebuqui… que não recebe qualquer atualização há anos. Pesquisando no Pai dos Burros atual, o Google, descobri no site da Organização de Combate à Corrupção (OCC) que o texto seria de seu pai, Ênio Mainardi. Outro site afirma, sem qualquer sombra de dúvida, que é do Diogo. Enfim…

O texto é tão bom que se não for de nenhum dos dois, podem espalhar por aí que é meu.


“O impeachment, na minha visão, funciona como o botão que se aperta para dar descarga na privada. Você já fez… o que precisava ser feito e não precisa mais olhar os seus dejetos, misturados ao papel higiênico usado.

E se tudo ainda não for pelo buraco adentro, engolido pelo jorro de água, você aperta o botão de novo. Simples, o impeachment. Hoje, milhões de brasileiros apertaram o botão que deveria fazer sumir essa bosta de governo petista. Há um misto de repugnância e exasperação nas pessoas.

Digamos – para continuar com a imagem escatológica – que estamos sofrendo uma insuportável prisão de ventre que faz doer a barriga, em espasmos.

Nossos intestinos estão cheios, empanturrados com fatos e verdades não só sobre as mazelas do Planalto. Mas o Congresso…meu Deus, três bandidos condenados na Comissão de Justiça? O Renan, julgado corrupto, decidindo o que serve para nós, povo brasileiro?

Os congressistas, deputados federais, a maioria sendo processada por “malfeitos”, para usar a expressão do FHC? Seriam eles o nosso purgante salvador? Nem pensar.

Mais da metade desses indivíduos nem eleitos foram. Eram vice, pagaram as despesas de campanha, o titular se retirou para alguma “boca” combinada previamente e o agora premiado senador senta sua bunda na cadeira para fazer negócios. Concorrência pública?…quem dá mais comissão leva. Esses caras exageraram, canalhas contumazes, viciados por anos e anos de impunidade.

Eles tem alçadas de poder, verbas de tudo quanto é jeito, sinecuras – e agora preparam seus filhotes para lhes suceder na boca rica. O nepotismo corre solto.

Não há o que se esperar deles, não virá de lá nenhuma atitude cívica – como votar o impeachment da Dilma. Pois eles também deveriam ser “impichados”. Vale o mesmo sentimento para com a Justiça, que a imprensa todo dia mostra como um vulgar balcão de negócios e interesses.

A Petrobrás, o BNDES, as estatais…tudo aparelhado pelo Lula e sua quadrilha.

A Dilma preside esse lupanar (palavra antiga, puteiro seria melhor) com seu beicinho arrogante, perpetrando absurdos com a cumplicidade de seus 39 (trinta e nove) ministros.

Nem vou listar os despautérios, quem não é analfabeto, do MST ou boia-fria sabe de cor que aquela senhora Dilma extrapolou. Ela, no passado, conseguiu até falir uma lojinha de badulaques chineses, seu maior empreendimento até ser guindada a ministra pelo pior dos brasileiros vivos, essa desgraça chamada Lula.

Então é o seguinte: hoje, as manifestações apertaram o botão da privada, coletivamente, num ato de dignidade e consciência política. Mas lá dentro da privada a merda rodou, rodou – e não foi embora.

Falta um balde de água. Falta uma mudança total, de tudo. Falta uma greve geral que tenha a força de liquidar essa quadrilha do PT, incrustada no poder. Falta o impeachment da Dilma.

Quem será essa pessoa que vai salvar os restos deste país?”

Nossas limitações

João Bosco Leal


Nossas limitações

Freud disse: "A morte é o alvo de tudo que vive" e, portanto, ficar velho e cheio de rugas é o natural. É impossível ser eternamente jovem, pois a vida passa a cada segundo; em poucas horas mais um dia já se foi e que restou dele foram apenas lembranças, boas ou ruins, mas só.

Assim, não adianta mentir ou enganar-se com toques e retoques, pois a cada instante estamos mesmo, cronologicamente, envelhecendo e isso vem ocorrendo desde o nosso nascimento. O que sempre nos restará, é viver cada dia e um futuro incerto, se houver.

Com essa consciência, a virada de páginas ou fases é fundamental para que o passado se torne apenas passado e não nos machuque com as dores que já não poderão ser curadas e, por isso, devem ser deixadas em sua época.

Outro dia li algo hilário, mas bastante realista, de um homem que disse à sua esposa: "me use, estou acabando". O mesmo ocorre com tudo o que estiver à nossa volta: estará acabando e por isso devemos viver, intensamente, todas as nossas amizades, paixões, amores e tudo o que for possível, pois também serão finitas.

Há poucos dias, fiz uma viagem de moto de aproximadamente três mil e quinhentos quilômetros entre a ida e a volta e, anos atrás, já havia realizado outra em que, juntamente com minha esposa à época percorremos, durante vinte e oito dias, praticamente o triplo desta distância por quatro países.

Entretanto, nesta, percebi nitidamente a diferença que fisicamente estes seis anos entre uma e outra me provocaram. Fiz a primeira com uma disposição incomparável em relação a esta. Agora, ao final de cada dia, estava exausto e só queria chegar ao hotel, tomar um banho e dormir.

Lembro-me perfeitamente que no último dia da primeira, percorremos duzentos quilômetros a mais que o previsto só para concluí-la, pois estávamos com disposição para tal e chegamos ainda bastante dispostos.

Em uma rede social onde vinha postando fotos sobre a viagem que agora realizava, li um comentário de minha filha sobre isso, dizendo que, apesar de feliz por ver o pai fazendo o que gosta, estava com "o coração na boca". Ela se referia ao fato de eu já haver sofrido um acidente de moto que me levou a diversas cirurgias e para a cama por dois anos. Meu filho também já fizera diversos comentários insinuando que eu certamente poderia optar por um hobby menos arriscado.

Era o que precisava para despertar em mim uma série de questionamentos sobre aquela minha aventura. Meu tempo de viajar de moto acabara e eu não havia reconhecido isto. Estava causando preocupações em meus filhos e - tinha de reconhecer - meu corpo já não tinha a mesma destreza e disposição quanto na viagem anterior.

Muitos dizem que moto foi feita para cair, que é perigosa e etc..., mas nada disso havia me chamado tanto a atenção como o fato de ver meus filhos preocupados com a possibilidade da repetição de algo que já havia ocorrido e que, realmente, havia sido difícil para todos nós.

Pensando nisso, parei na maior cidade por onde estávamos passando e lá deixei minha moto em consignação para venda, fazendo os mil quilômetros restantes da viagem de avião. Foi uma decisão dolorosa, triste porque gostava muito de viajar de moto, mas assim, virava uma página da vida que eu não percebera que acabara e quando se escreve sua história em uma página já finda, corre-se o risco de torná-la um rabisco incompreensível para o próprio autor.

Reconhecer suas capacidades e limitações é o pré-requisito para a longevidade, a felicidade e a paz.

João Bosco Leal*     www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário

Todo cuidado nos detalhes será essencial para evitar dor de cabeça e gastos com reparos quando da vistoria de um imóve

l

1673 2 L : 10 passos da vistoria de um imóvel
Não assine nenhum termo de recebimento das chaves ao confirmar que o imóvel está com problemas (Shutterstock)
Aqueles que compram um imóvel na planta precisam esperar um tempo para que a propriedade fique pronta, no entanto, quando chega a hora de receber as chaves é preciso segurar a ansiedade e fazer a vistoria do local.
Neste momento, todo cuidado nos detalhes será essencial para evitar dor de cabeça, além de gastos com reparos. Para o presidente da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), Marco Aurélio Luz, para os mutuários que têm dúvidas, é aconselhável até procurar a ajuda de um técnico especializado.

A instituição elaborou um guia com 10 dicas de como realizar a vistoria de um imóvel (apartamento). Confira:

1- No caso das esquadrias, é fundamental exigir da construtora a informação do nome ou marca do fabricante do produto e saber se o material está de acordo com a norma técnica ABNT NBR 10821, que varia de acordo com cada região do País e altura da edificação em função da força do vento.
2- Verifique a resistência das portas e janelas, a fixação dos parafusos, os rasgos de saída de água e a regulagem dos fechos, roldanas, braços e limitadores das esquadrias. Além disso, deve-se observar o funcionamento e a presença dos componentes como: borrachas, escovas, fechos, roldanas, braços e a presença de silicone, tudo isso visando a perfeita vedação.
3- Na hora de verificar uma veneziana, apague a luz do cômodo e fechar a esquadria; não se pode ver feixes de luz, a não ser pela veneziana ventilada. Caso seja verificada a passagem de luz entre as folhas e os perfis laterais, significa que por ali também passará água, ar e ruídos.
4- Confira a medida de cada parte da propriedade, incluindo pisos e contrapisos e rodapés. Se na vistoria ficar comprovado que a diferença no tamanho de qualquer dos compartimentos do imóvel é superior a 5%, o dono do bem pode exigir o complemento da área, o abatimento no valor ou rescindir o contrato, como determina o novo Código Civil.
5- Faça uma vistoria minuciosa também dos sistemas elétricos e hidráulicos, como canalização de esgotos, grelhas, torneiras, local que vai colocar box e nível de escoamento da água nos banheiros e cozinha.
6- Nas áreas comuns do prédio também é importante observar a medida e se há vazamentos na garagem, situação da lixeira, elevadores, área de lazer, equipamentos de incêndio, iluminação;
7- Guarde tudo, incluindo folders, anúncios, fotos da maquete do estande e do espaço interno da casa, pois poderão servir de comparação no dia da inspeção, sem esquecer-se de levar a cópia do memorial descritivo.
8- Não assine nenhum termo de recebimento das chaves ao confirmar que o imóvel está com problemas estruturais ou até mesmo falhas no prédio.
9- Ao constatar o defeito aparente no imóvel ou nas áreas comuns, o adquirente deve reclamar por escrito à construtora no prazo de 90 dias. Caso o erro seja exposto no dia da vistoria, os reparos devem ser feitos pela incorporadora em até 30 dias.

10- Se o vício for oculto, a reclamação escrita deve ser feita no prazo de um ano, a contar a partir da constatação da irregularidade.

O SOFISMA DA COMPOSIÇÃO

Malafafilosofo-platao-3


Um filósofo sofista estava na praça pública ensinando seus discípulos acerca da natureza de Deus e suas obras. O filosofo era respeitado como homem sábio e muito judicioso, que não costumava falar bobagens. Toda dia uma pequena multidão se ajuntava para ouvi-lo. Em volta dele se reuniam crentes de toda espécie, ateus, céticos e pessoas cheias de dúvidas.
Um homem, extremamente religioso, crente fiel e realizador de boas obras, quis ouvir a opinião do mestre, para confirmar se até então estava agindo corretamente. Então perguntou ao filósofo:

─ Mestre, Deus existe de fato? E ele realmente recompensa a fé e as boas obras?
─ Sim, meu filho ─ respondeu o mestre. ─ Nunca duvide disso.

Outro indivíduo, materialista arraigado e ateu convicto, também fez a mesma pergunta, somente para se certificar que o filósofo era um embusteiro. Pois ele tinha certeza que Deus não existia:

─ Mestre, Deus existe? ─ perguntou o cético.
─ Não, meu filho. Deus não existe. Você já sabe disso ─ respondeu o filósofo.

Então um terceiro indivíduo, cheio de dúvidas e incertezas, em busca de uma resposta para se orientar, fez a mesma pergunta:
─ Mestre, Deus existe mesmo? Como posso ter certeza disso?
─ Ele existirá se você quiser que ele exista e não existirá se você não quiser que ele exista─ respondeu o filósofo.

Um padre, que estava assistindo a palestra, e até então permanecera calado, já irritado com a resposta anterior do mestre, que dissera ao cético que Deus não existia, não pode mais se conter e disse:
─ O senhor é mesmo um grande embusteiro. Como pode dar três respostas diferentes á mesma pergunta?
─ Porque são três pessoas diferentes ─ respondeu o filósofo. Crer, negar e duvidar são três formas igualmente eficientes de se comunicar com Deus.  Pois para negar alguma coisa é preciso pressupor antes a sua existência; para duvidar é preciso reconhecer que o que pensamos não ser verdade, talvez o possa ser.  Assim, seja qual for a forma que escolhermos para pensar em Deus, o nosso pensamento tem que se concentrar nele.  Querer impor uma única forma, isso sim, é nos colocar cada vez mais longe dele.


Postado por Anhangüera



http://prosaepolitica.wordpress.com/2014/05/16/o-sofisma-da-composicao/