quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Charge - Pinocchio Eleitoral Gratuito!



- Charge do Humberto, via ‘Jornal do Commercio‘.

Ministro Gilberto Carvalho é do tipo Ofélia - só abre a boca para dizer bobagens



Carlos Newton
Vejam só o senso de oportunidade do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que se acha um ministro da maior importância. Do alto de sua imponência, Carvalho afirma à imprensa que o governo tem R$ 14 bilhões para grevistas.
Uma declaração desse tipo, em meio a greve federais que se multiplicam, tem o mesmo efeito de colocar gasolina no fogo. Mas o boquirroto ministro foi mais longe, ao assinalar  que R$ 14 bilhões representam apenas o valor inicial com o qual o governo está trabalhando para conceder reajuste para os servidores públicos federais em greve.
Logo a seguir, parece que teve um surto de bom  senso e  evitou fazer maiores comentários sob o tema, alegando que o assunto está sendo conduzido pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo secretário das Relações de Trabalho do ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
“Os R$ 14 bilhões são o número inicial, mas está mudando o tempo todo. As discussões continuam. O número vai depender das negociações. Este é um assunto do Ministério do Planejamento. Nestas questões temos de ter uma voz única”, declarou o ministro, ao chegar ao anexo do Planalto, para prestigiar o projeto “Cinema no Planalto”, que exibiu o filme nacional “Heleno”, com a presença do ator principal Rodrigo Santoro.
Questionado se o volume de recursos destinados ao aumento poderia chegar a R$ 22 bilhões, o ministro Gilberto Carvalho não quis responder. “Eu não sei. De fato, eu não sei. O Planejamento está cuidando disso e nós combinamos que nesse governo quem fala sobre este tema é a ministra Miriam Belchior ou Serginho. Na boa”, disse.
Gilberto Carvalho admitiu que incomodou a avaliação de que o governo não estava aberto a negociação. Isso porque, segundo ele, o governo estava “tentando formular números com responsabilidade” e foi acusado de romper acordo.
Como diz o próprio ministro, só há um comentário a fazer: “Na boa…”.

Veja o estado dos centros esportivos de Atenas, oito anos depois da Olimpíada



Carlos Newton
Circula na internet uma impressionante reportagem fotográfica, mostrando o que aconteceu com Atenas oito anos depois da Olimpíada. São imagens de diversos estádios totalmente sem uso e abandonados, invadidos pelo capim, com piscinas imundas e se deteriorando, uma situação de causar constrangimento e pesar, numa das cidades historicamente mais importantes do mundo.
Estamos reproduzindo apenas uma das fotos, que mostram o abandono de um dos centros esportivos. A reportagem completa da seção esportiva do Businesses Insider, que nos foi enviada pelo comentarista Mário Assim, pode ser conferida no seguinte site:
The softball stadium is among the most empty
Este é o estádio de softball, uma espécie de beisebol feminino


Lopes encerra segundo trimestre com R$ 4,9 bilhões em vendas


O lucro líquido atribuível aos acionistas da controladora foi de R$ 38,4 milhões

Por: Panorama Brasil
São Paulo
Maior empresa de consultoria de imóveis, a LPS Brasil detentora das marcas Lopes, Pronto, CrediPronto e Habitcasa, encerrou o segundo trimestre deste ano com volume de vendas intermediadas de R$ 4,9 bilhões, sendo R$ 3,7 bilhões no mercado primário e recorde histórico com volume de R$ 1,2 bilhão no mercado secundário.
As vendas intermediadas pela companhia no segundo trimestre deste ano atingiram nível semelhante ao realizado no 2T11, resultado do crescimento do mercado secundário, segmento de imóveis prontos, de 14% que compensou a forte retração dos lançamentos, e consequentemente vendas, das incorporadoras listadas. 
O reflexo desta diversificação na estratégia da companhia traduz-se no crescimento expressivo da participação do mercado secundário nas vendas intermediadas totais realizadas pela LPS. Em 2010 a participação era de 8% sendo que no segundo trimestre deste ano representou 25%.
A receita líquida da LPS atingiu R$ 109 milhões no segundo trimestre deste ano com EBITDA de R$ 42,3 milhões refletindo uma margem EBITDA de 39%.
O Lucro líquido atribuível aos acionistas da controladora foi de R$ 38,4 milhões, 50% superior ao 2T11 ao ajustarmos o Earn Out não recorrente recebido do Itaú naquele período. 
Segundo o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Marcello Leone, o trabalho de expansão do segmento de prontos está intimamente ligado ao projeto de aquisições de empresas. Desde de julho de 2010, a empresa já acumula 20 operações adquiridas, sendo 8 em 2011 e 4 em 2012.  Em março de 2012, foram compradas as LPS Foco em São José dos Campos, a LPS Piccoloto e a LPS Cappucci, ambas emCampinas
A 4ª aquisição do ano, LPS Raul Fulgêncio localizada na cidade de Londrina, foi realizada em julho/12 e representa a aquisição mais relevante feita pela companhia desde a Patrimóvel. A LPS Raul Fulgêncio tem expectativa de vendas intermediadas de R$ 500 milhões em 2012. 
Junto com as aquisições e a implantação da parceria com a LPS no mercado de imóveis usados, segue a estratégia de ampliação da CrediPronto, promotora de financiamentos da Lopes. Até o segundo trimestre deste ano, a CrediPronto financiou R$ 2,8 bilhões, o que representa um crescimento médio de 10% ao mês desde janeiro de 2010.
Divulgação
Junto com as aquisições e a implantação da parceria com a LPS no mercado de imóveis usados, segue a estratégia de ampliação da CrediPronto

Despenhadeiro fiscal, por Miriam Leitão


ECONOMIA


Miriam Leitão, O Globo
A economia americana está se aproximando de um aperto fiscal que pode ter efeito de abortar o pouco crescimento. O ajuste é necessário, porque a dívida é grande, mas a dose será excessiva. Reduções de impostos dos governos Bush e Obama chegarão ao fim e, ao mesmo tempo, entrará em vigor um corte automático de gastos. Podem ser tirados 3,3% do PIB de recursos da economia.
A comissão bipartidária criada no ano passado para discutir os cortes no orçamento americano ainda não chegou a um consenso. Se nada for decidido, será disparado um gatilho automático de corte de gastos — acertado no ano passado.
O impasse no Congresso piora neste período eleitoral. Depois da eleição, haverá um Congresso lame duck, ou seja, parte dos representantes estará em fim de mandato. Pelas normas acertadas, sem acordo no Legislativo seriam disparados os cortes automáticos a partir de janeiro de 2013.
Coincidentemente, o pacote de bondades fiscais do ex-presidente Bush aos ricos está chegando ao fim; e o pacote de bondades tributárias de Obama também tem dias contados. A renovação exige o voto do Congresso, que está nessa situação.
Entre os programas que vencem estão a prorrogação do auxílio desemprego, a devolução de impostos sobre a folha de pagamento, os abatimentos sobre dividendos e ganhos de capital.
Se os cortes e o aumento de impostos ocorrerem simultaneamente será uma retirada de muito dinheiro da economia ao mesmo tempo. A expressão despenhadeiro fiscal (fiscal cliff) foi cunhada pelo presidente do Fed, o Banco Central americano, Ben Bernanke.
Se ocorrer, o governo americano, que tem sido o principal incentivador da recuperação, puxará o freio de mão com a economia começando a subir a ladeira. Os cálculos apontam que cerca de US$ 500 bi, ou 3,3% do PIB, deixarão de ser gastos em 2013. Esse dinheiro deixará de circular pela economia. Em 10 anos, o cálculo é de que isso suba para US$ 7 trilhões.
O acordo que levou à criação da comissão bipartidária foi feito para evitar o impensável: um calote dos EUA. Se o teto de endividamento não fosse elevado, a administração Obama não poderia honrar contratos em dia. A ameaça fez com que os Estados Unidos pela primeira vez perdessem a nota máxima de classificação de risco pela S&P, em agosto de 2011.
A semana do rebaixamento foi uma das mais tumultuadas da bolsa desde o início da crise, em 2008. Sem conseguir aprovar a proposta de ajuste de longo prazo, Obama negociou a existência dessa comissão para garantir ao menos os gastos do governo de médio prazo, até o final deste ano. Mas, se o impasse continuasse, os cortes seriam automáticos. E é o que está próximo de acontecer.
A dívida bruta do governo passou de 100% do PIB em 2011 e este ano deve chegar a 106%. O déficit projetado pelo FMI é de 8%. Os americanos precisam cortar gastos, mas o que se discute é a intensidade dos cortes. O FMI está recomendando cautela, para que não seja maior que 1% do PIB ao ano.
As eleições americanas só acontecem no dia 6 de novembro. Até lá, nada se resolve. Sobrarão sete semanas de um Congresso fraco. Os cortes serão feitos em vários orçamentos, de despesas militares a programas de assistência à saúde.
A cláusula deveria ser um estímulo à negociação. Mas não houve acordo e a tesoura vai cortar ao mesmo tempo em que os impostos vão subir.
O despenhadeiro fiscal americano virou a nova ameaça, e, diante do impasse, deve se aprofundar a divisão dentro do Fed sobre uma nova rodada de estímulos. O ritmo da economia mundial depende de como os EUA vão lidar com esse novo desafio.

A SURPRESA



Ancião
Estando na capital deste surpreendente país, uma histórinha que vem a ser muito interessante, foi entreouvida em recente viagem que fiz àquelas plagas. Por incrível que pareça, descreve, por via transversa, a trajetória de figura que já foi muito importante em nossa república (vou adotar a linha do Magu, mantendo em minúscula), para mostrar quanto de astúcia existe no personagem, pois pode se apropriar de dinheiro sem precisar usar nenhuma arma.
Conta-se que um anão, que atendia pelo sugestivo nome de zé do caroço, entrando em um banheiro público, viu que não conseguiria alcançar o mictório de parede. Como, ao mesmo tempo, chegou um sujeito enorme, o zé pede a ele que o ajude, colocando-o num banquinho que tinha ao lado. O sujeito se dispõe a prontamente atender ao pedido. Quando o anão abre a calça para urinar, olha para o lado e estabeleceu-se o seguinte diálogo:
– Pô, cara, que saco lindo você tem!
– Qual é, zé, você é viado?
– Não senhor. Sou pequeno, mas anistiado e fui casado, pai de vários lindos e normais filhos.
– Então, qual é a sua?
– É que nunca vi um saco tão lindo quanto o seu. Posso dar uma pegadinha?
– Tá louco? Quer apanhar, nanico?
– Olhe seu tamanho. Seria covardia. Desculpe-me, é que seu saco é realmente extraordinário. É de verdade? Me deixa dar uma pegadinha, só para que eu possa acreditar. Não tem ninguém olhando. Só estamos nós aqui dentro…
Então, sem saída, o sujeito, constrangido, diz:
– Vai aí. anão, pega logo para parar de encher.
O zé põe a mão numa bola, a outra mão na outra bola, e diz:
– Aí, grandão, isto é um assalto. Me dá todo seu dinheiro, senão eu pulo do banquinho

TREINAMENTO



Magu
Com esse desenrolar do julgamento do Mensalão petista e cúmplices (Ação Penal nº 470 é o cazzo!) o jurista, desembargador aposentado do TJ-SP, Walter Fanganiello Maierovitch,(foto) no Terra Magazine, manifestou-se mais ou menos assim: O STF continua a surpreender com relação ao Mensalão. Primeiro decidiu o óbvio, ou seja, cada ministro, no voto, escolheria a medologia que lhe conviesse. O relator Joaquim Barbosa resolveu que seu voto seria em 8 itens, com o que o amigão do sapo, revisor ministro Lewandowski, não concordou.
Parece que, com a interveniência do presidente Britto, se acertaram em dividir em dois pedaços, com 8 subpartilhamentos. O primeiro pedaço será sobre a sentença aos réus. O segundo sobre a individualização das penas e regime prisional. Então, após o voto do relator e do revisor, em cada subpartilhamento, serão colhidos os votos dos demais ministros.
Menos mal, pelo menos, Peluso poderá votar em alguns subpartilhamentos. Por exemplo, João Paulo Cunha, se condenado, ficará inelegível. Mas se tiver 4 votos absolutórios, caberão embargos infringentes, com novo julgamento. O pior (que país!), manterá o mandato de deputado, pois não acredito que a câmara, a única que pode cassá-lo, o fará, pois deve ser em votação secreta e maioria absoluta. Bem, o voto do revisor quanto aos já condenados pelo relator ficará para esta quarta-feira, 22/08. Vale lembrar que sempre sujeito a chuvas e trovoadas, como soe.
Em todo caso, achei uma foto do Zé do Caroço já treinando para usar o traje padrão com listras, da cadeia. Pode ser uma esperança vã, pois Cuba fica logo ali mas, ela existe.

ROMANÉE, A ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO (Para o terceiro mundo)


Ralph J. Hofmann
Há escolas de administração, escolas no sentido de “fazer escola”, diferentes.  Lembro que nos anos setenta e oitenta executivos selecionados, experientes em alguma área específica, eram enviados a Fontainebleau na França para, durante um ano estudar, praticamente a portas fechadas administração de alto nível, para após isto assumir cargos para os quais haviam sido selecionados.
Depois havia os tradicionais cursos intensivos de Harvard, MIT, Stanford, da London School of Economics que ofereciam treinamentos intensivos.
O Brasil fez escola em ternos de treinamento administrativo para executivos públicos oriundos das camadas mais humildes.
Os governantes que acompanharam Lula na suja escalada ao poder foram preparados para o cargo na Escola Romanée-Conti de administração pública. Passaram os anos de prepara o para o poder aprendendo a vital arte de superar a caipirinha e a cerveja Schin  substituindo-a por uísque Royal Salute e cervejas Stella Artois e  Michelob. No último trimestre do curso foram introduzidos ao Romanée-Conti, Chateau Lafitte e Mouton Rothschild.
A teoria aparentemente seria quanto mais classe o que você consome, mais sólidas e profundas serão suas decisões sobre o futuro da pátria.
A disseminação mundial destes conceitos havia nos escapado até esta semana. Subitamente descubro que não estamos sozinhos nesta galáxia. Há outros como nós, que consideram estar à sua disposição todo o conteúdo de seu país.
O candidato a vice-presidente da República da República de Angola, Manuel Vicente (foto), ou tem um gosto refinado por vinhos e conhaques caríssimos ou acha que o consumo dos mesmos lhe dará poderes excepcionais. 
Periodicamente envia à França e Portugal, um avião executivo (um luxuoso Falcon-900 ou o sofisticado Falcon X-7), como cargueiro exclusivamente para transportar  seus vinhos e conhaques. Os vôos são operados pela VipAir, uma empresa associada à companhia aérea Sonangol, e não são permitidos passageiros durante as referidas viagens.
Casos recentes demonstram como o atual ministro de Estado para a Coordenação Econômica e presumível sucessor de José Eduardo dos Santos na presidência da República e do MPLA, não se preocupa com seu povo que sequer têm acesso a água potável.
Em Paris, a tripulação do Falcon-900, em missão de transporte dos vinhos e conhaques de Manuel Vicente, não teve autorização para transportar outra tripulação da VipAir que se deslocou à capital francesa com o objetivo de entregar um outro Falcon à revisão. Como justificação, o encarregado do candidato do MPLA informou a tripulação sobre a escala a Lisboa, em busca de outros vinhos. Algumas das garrafas de vinho Petrus, adquiridas em Paris, são reservadas apenas a multimilionários. O Petrus 1989 Magnum custa cerca de 9,700 euros, enquanto o Petrus 1990 Magnum atinge os 11,000 euros por garrafa. Já o conhaque regular de Manuel Vicente, o Rémy Martin Louis XIII, custa em média 2,500 euros, enquanto as garrafas especiais, da mesma marca e também ao gosto do dirigente angolano, custam acima dos 8,000 euros.
Durante vários anos, até Janeiro passado, Manuel Vicente exerceu o cargo de todo-poderoso presidente do Conselho de Administração e diretor geral da Sonangol, no qual constituiu uma fortuna pessoal incalculável e de forma ilícita, Por isso, as muitas garrafas de vinho Petrus regularmente adquiridas pelo referido dirigente angolano são apenas uma ínfima amostra do seu estilo de vida opulento.

Outro ato semelhante aconteceu também em viagem recente. De regresso a Angola, o Falcon da AirVip escalou um país africano por conveniência de serviço. Dado o calor tropical, Manuel Vicente pessoalmente instruiu a tripulação para alugar um quarto, em hotel de cinco estrelas, para o “repouso” exclusivo dos seus vinhos, provenientes de Paris, a uma temperatura de 18º C.
Há dias, Manuel Vicente deu indicações que, mesmo entre os seus mais relevantes colegas de governo, só alguns especiais podem usufruir das suas bebidas. Em viagem de serviço, através da VipAir, o ministro da Defesa, general Cândido Van-Dúnem, aproveitou a presença do ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, no Falcon, para provar o conhaque Luís XIII de Manuel Vicente. Na viagem seguinte, já sem a presença do general Kopelipa no avião, o ministro Van-Dúnem solicitou que lhe servissem o referido conhaque e o pedido foi-lhe recusado por se tratar da garrafeira particular de Manuel Vicente. O general Kopelipa é o principal sócio de Manuel Vicente em negócios que envolvem bilhões de dólares de investimentos, resultantes de atos de corrupção envolvendo a Sonangol e a presidência da República.
Mas, como a garrafeira de Manuel Vicente também cuida dos desfavorecidos, coube ao pessoal de bordo servir um conhaque Couvoursier ao ministro da Defesa.
Os atos de Manuel Vicente são ofensivos à moralidade e ao princípio da probidade que deve observar enquanto dirigente. O uso exclusivo de um avião de luxo adquirido com fundos da Sonangol, logo propriedade do Estado, para o transporte de vinhos e conhaque para satisfazer os seus caprichos etílicos é um ato inqualificável de corrupção e esbanjamento de fundos do Estado.
Milhares de crianças angolanas morrem ao nascer nas mal equipadas maternidades do país ou no Hospital Pediátrico David Bernardino, de Luanda. Todas as manhãs, o Hospital de Pediatria de Luanda afixa uma lista com o nome das crianças que morrem sob os seus cuidados.
É de cortar o coração. Mas, Manuel Vicente e seus colegas, que nasceram e cresceram pobres, julgam-se, quando muito, indiferentes ao sofrimento que causam ao povo angolano. Regra geral escarnecem da miséria dos cidadãos, ao ponto do próprio Presidente José Eduardo ter publicamente afirmado que, quando nasceu filho de um pedreiro e de uma lavadeira, “já havia pobreza em Angola” e a culpa não era sua. Seguramente, estes dirigentes devem achar indigno respirar o mesmo ar que o povo, do qual apenas precisam do voto.
(1) Fotomontagem: Lula, quem te viu, quem te vê, da caninha Tatuzinho ao Romanée-Conti.
(2) Texto de apoio: Carlos Duarte

Editores de imagens para fotos de qualidade



Posted: 22 Aug 2012 07:30 AM PDT
Quando falamos em imagem, no artigo sobre como usar as redes sociais no mercado imobiliário, falamos de fotografias.
Ajudando na descrição de produtos, as fotos disponíveis em sua página devem ser de qualidade de modo a ilustrar os diferenciais da casa e apartamento em oferta, aumentando as chances de contato e, principalmente, de contratos de sucesso.
Além de fotografar lugares estratégicos, como salas, quartos, banheiros e jardim e levar em consideração a organização do espaço a ser fotografado, deixando tudo limpo e os objetos no lugar, por exemplo, é preciso editar as fotos, tornando-as mais atrativas.
Oferecendo uma descrição ilustrativa de casas e apartamentos em oferta, as fotografias devem ser de qualidade para garantir bons resultados | Foto: UFSJ
Para tanto, existem algumas ferramentas online, fáceis de usar e que cumprem a sua função, sempre melhorando a qualidade das imagens, chamando ainda mais a atenção de possíveis clientes. Confira, abaixo, algumas sugestões do Agente Imóvel.
Instagram: Criada por brasileiros e recentemente incorporada ao Facebook, a ferramenta está disponível para os sistemas Android e iOS. O programa permite que as fotografias tiradas sejam editadas, antes da publicação, dispensando o uso de máquinas fotográficas e de editores mais complexos.
O Instragam oferece inúmeros filtros, que são, em sua maioria, inspirados na aparência vintage das fotografias de câmeras Polaroid. As fotos editadas podem ser publicadas diretamente em várias redes sociais, como o Facebook, Twitter, Tumblr e no próprio Instagram. Ideal, portanto, a corretores e imobiliárias que estão em contato direto com as redes sociais e que querem disponibilizar informações em tempo real, sempre que uma casa ou apartamento seja liberado para venda ou locação, por exemplo.
Snapseed: este aplicativo foi escolhido como o melhor editor de imagens em 2011. Com interface simples, de fácil operação, permite ao usuário aplicar efeitos e filtros, focalizando o que há de melhor na fotografia. Dessa forma, é possível divulgar em seu site fotos com qualidade profissional, sem que haja necessidade de contratar alguém para desempenhar tal função.
Photoshop: este editor de imagens é tão bom e reconhecido que passou a ser considerado sinônimo de edição de imagens. Ele é extremamente complexo e oferece inúmeras funcionalidades, potencializando o ponto forte das fotos tiradas. Para usufruir todos os benefícios e vantagens deste programa, é necessário um conhecimento prévio das ferramentas e filtros disponíveis, para que a edição das imagens seja feita da melhor maneira possível.
Com a ajuda desses aplicativos e programas, é possível obter fotos de maior qualidade. No entanto, outros fatores devem ser explorados na hora de divulgar imagens ilustrativas em seu site:
Tire fotos de qualidade, imagens borradas ou mal enquadradas causam o efeito contrário, afastando possíveis clientes;
Use a edição com moderação, uma imagem que não representa a realidade pode ser entendida como propaganda enganosa;
Detalhes, apresente seu imóvel de forma agradável, com visões panorâmicas, mas sem ignorar os detalhes, como a piscina, o pátio e outros diferenciais.

Vale a pena comprar imóvel pequeno para alugar?


Obter um bom retorno no mercado de locação residencial tornou-se mais difícil com o atual patamar de preços

A alta de preços tem
levado a lançamentos
de imóveis cada vez menores
Imóveis compactos de um ou dois quartos e até 60 metros quadrados costumam ser bastante procurados tanto para compra quanto para locação em grandes cidades como Rio e São Paulo. Isso significa que comprar imóveis com esse perfil para alugar em grandes capitais é um ótimo negócio, certo? Não necessariamente. Os preços altos dificultaram a obtenção de bons retornos com os aluguéis, ao mesmo tempo em que a legislação e a economia já não ajudam. Mas em alguns casos pontuais, o investimento ainda pode ser vantajoso, como no caso dos imóveis de excelente localização.

No primeiro semestre deste ano, 52% dos imóveis comercializados na capital paulista tinham dois dormitórios. Embora não haja dados nesse sentido, a demanda de imóveis compactos para locação no segmento residencial também é relativamente alta, segundo pessoas com experiência no ramo imobiliário. Porém, a demanda dos que compram para alugar, dizem especialistas, é significativamente menor que a demanda de quem compra para morar.

“Ainda não há um grande volume de investidores no segmento residencial no Brasil. O mercado, em geral, é voltado para uso próprio. O que se encontra, muito frequentemente, são pessoas que herdaram imóveis ou que querem um imóvel maior que o atual, mas que ainda não precisam vendê-lo. Elas simplesmente compram um novo e alugam o antigo”, explica Mark Turnbull, diretor do Secovi-SP, o sindicato da habitação de São Paulo.

Existem alguns motivos para isso. De acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com, a legislação brasileira é limitadora, por proteger demais o inquilino residencial. “Isso faz com que os imóveis residenciais não sejam dos produtos mais interessantes. Do ponto de vista de investimento, os comerciais fazem mito mais sentido. Imóvel residencial não é um grande negócio no Brasil”, diz João da Rocha Lima, coordenador do núcleo de Real Estate da Poli-USP.

Os prós dos “mini-imóveis”

Investimento menor. Nesse contexto, os imóveis compactos de um e dois quartos e as quitinetes têm alguns trunfos em relação aos imóveis maiores. Além de serem mais buscados para locação, é mais fácil conseguir uma boa remuneração sobre o investimento inicial, uma vez que os valores absolutos dos compactos são significativamente menores que os preços dos mais amplos.

“Na compra, considera-se o preço por metro quadrado. Já o aluguel não é tão sensível a isso. Portanto, para o bolso do comprador faz diferença comprar um imóvel de 50 ou de 65 metros quadrados. É isso que altera a relação da remuneração e do investimento. Já o aluguel tem a ver com o valor máximo que o inquilino pode pagar por mês, mas para ele tanto faz morar em um imóvel de 50 ou 65 metros quadrados”, explica o economista Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) e autor de livros sobre fundos e imóveis.

Velocidade de locação. Não existem dados sobre vacância de imóveis residenciais do mercado como um todo, mas o Secovi-SP, por exemplo, aufere a velocidade de aluguel das unidades por número de dormitórios. Em julho, imóveis de um quarto levaram de 15 a 22 dias para serem alugados em São Paulo, enquanto que os de dois quartos levaram de 21 a 24 dias. Já os de três dormitórios demoraram pouco mais de um mês para serem alugados.

Público. Os pequenos imóveis se beneficiam ainda da mudança de perfil na população brasileira. Os inquilinos e os compradores desse tipo de bem normalmente são jovens solteiros que moram só ou com amigos, casais com um ou nenhum filho, universitários que mudam de cidade para estudar, divorciados, solteiros convictos, solteiros e casais não heterossexuais (LGBTs), além de casais idosos e viúvos.

“As famílias estão reduzindo de tamanho, os jovens estão saindo de casa mais cedo e os idosos querem morar sozinhos, ainda que perto dos filhos. É o que se chama de família em mosaico”, diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-RJ. “O grupo dos idosos particularmente deve crescer nos próximos 10 ou 20 anos, já que está ocorrendo o envelhecimento da população brasileira”, diz Luís Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Além desses públicos, que se voltam para os imóveis populares e de classe média alta, existe ainda um público de alto padrão para imóveis de um dormitório já nem tão compactos assim. São apartamentos em edifícios de luxo, que chegam a ultrapassar os 100 metros quadrados, normalmente alugados por grandes empresas para seus executivos. De acordo com Pompéia, este segmento tem despontado nos últimos três ou quatro anos e conta com imóveis que chegam a valer mais de 1.000.000 de reais. Em São Paulo, os empreendimentos costumam se concentrar em bairros valorizados como Itaim, Jardim Europa, Ibirapuera e Vila Nova Conceição..

Oferta escassa. Um fator que em tese é benéfico para os imóveis de um dormitório e as quitinetes é a oferta ainda reduzida desse tipo de imóvel. Em São Paulo no mês de junho, por exemplo, o número de unidades de um quarto ofertadas (2.893) não chegava nem à metade do número de unidades de dois quartos ofertadas (6.499).

A escassez é grande no Rio. De acordo com o vice-presidente do Secovi-RJ, as construtoras realmente focam pouco nesse tipo de imóvel na cidade. “Há poucos lançamentos e uma grande demanda reprimida. Com o projeto Porto Maravilha, o Centro se tornou uma região interessante para esse tipo de empreendimento, uma vez que seu público busca fácil acesso a serviços e transporte. Quitinetes em Copacabana, Flamengo e Tijuca, por exemplo, são vendidas e alugadas com facilidade”, diz Leonardo Schneider.

Os contras dos “mini-imóveis”

Altos preços. Os especialistas ouvidos por EXAME.com alertam, porém, que o investimento em imóveis residenciais, que já era complicado por conta das questões legais, se tornou ainda mais arriscado com a recente alta nos preços e com as atuais perspectivas econômicas. Mesmo os imóveis menores, mais baratos em termos absolutos e com mais saída para venda e locação, foram atingidos por esse novo cenário.

Conseguir uma renda de aluguel que valha a pena ficou ainda mais difícil. Considera-se que, para o segmento residencial, o aluguel deva corresponder a, no mínimo, 0,6% ao mês do valor investido – o que já é baixo, considerando-se que a caderneta de poupança rende cerca de 0,5% ao mês. Em locais onde os preços dos imóveis já estão exorbitantes, os aluguéis teriam que ser muito altos para compensar o investimento. Mas o limite do valor do aluguel é a renda do inquilino.

No Rio, por exemplo, o valor médio de um apartamento de um dormitório na Tijuca, na Zona Norte, era de 300.000 reais em junho. Será que haveria um único inquilino disposto a pagar 1.800 reais ao mês de aluguel (0,6% do valor investido), mais IPTU e condomínio, tendo em vista que o bairro, apesar da boa localização, não fica assim tão perto da orla nem das áreas mais nobres da cidade?

Crédito abundante. Outro fator que pode dificultar a vida dos locadores é a facilidade de comprar um imóvel pequeno. Embora o público-alvo desses empreendimentos quase sempre esteja em uma situação temporária, o que pode tornar a locação mais vantajosa, o acesso ao crédito a juros baixos faz com que muita gente prefira comprar a alugar. “Hoje o valor da prestação muitas vezes se aproxima do valor do aluguel. Mesmo quem não tem tanta renda prefere comprar”, diz Luís Paulo Pompéia, da Embraesp. Ele lembra que programas como o “Minha Casa Minha Vida” facilitam a compra de imóveis compactos, de valor absoluto menor.

Geralmente quem compra o imóvel compacto, notadamente o de dois quartos, não está em uma situação tão transitória assim. “As pessoas estão perdendo a capacidade de comprar imóveis grandes ou em determinados bairros. Já as incorporadoras estão acomodando sua oferta à capacidade de compra da demanda, entregando imóveis menores”, diz João da Rocha Lima, da Poli-USP.

Menor potencial de retorno. Uma questão um pouco mais complexa é a do retorno do investimento. Comprar um imóvel residencial, ainda que compacto, neste momento, pode significar comprar na alta e, com isso, não obter uma boa taxa de retorno no longo prazo. A taxa de retorno é uma taxa média que inclui renda de aluguéis e valorização do bem. Com os preços tão altos, pode não haver mais tanto espaço para a valorização. Com isso, a renda de 0,6% ao mês pode não ser suficiente para tornar vantajoso o investimento em um bem que pode valorizar muito pouco ou mesmo desvalorizar.

“Geralmente as pessoas só olham a taxa de renda, que é o valor do aluguel sobre o valor do investimento. Mas aí você está considerando a hipótese de que o investimento está protegido no valor do imóvel e que este nunca vai desvalorizar”, explica João da Rocha Lima. Segundo ele, a taxa de retorno deve ser levar em conta um horizonte de uns 20 anos, e cerca de 30% dela é composta pela variação no valor do imóvel no período. “Ou seja, de cada 100 reais de retorno, 70 virão dos aluguéis e 30 virão da possível valorização”, diz Lima.

Além de os preços já terem subido bastante, as perspectivas econômicas para os próximos anos não sugerem que a valorização continuará em ritmo tão forte, assim como a renda da população pode não subir tão vigorosamente. Isso pode representar altas mais modestas e mesmo desvalorizações, assim como períodos maiores de vacância entre um inquilino e outro. O cálculo da taxa de retorno, que pode ser feito por um especialista na área, leva em conta tudo isso.

“É improvável que a realidade de hoje se repita pelos próximos 20 anos”, diz o professor. Segundo suas projeções, um retorno bruto de 9% ao ano em um imóvel residencial pode representar um retorno líquido antes de IR de 3% a 4,5% ao ano. Se o valor se enquadrar na faixa mais alta de IR, haverá ainda uma mordida de 27,5% da rentabilidade.

É bom para quem, afinal?

Quem herdou um imóvel, já aluga um compacto há um bom tempo ou pretende alugar o antigo após comprar um novo não terá grandes problemas em relação ao retorno. No primeiro caso, o investimento inicial não foi feito pelo atual proprietário; no segundo, o proprietário já se valeu da valorização recente e ainda pode optar entre vender ou continuar com a renda; e no terceiro, a compra não havia sido feita com o objetivo de investimento. Pode ser que, nesses casos, o aluguel seja rentável, especialmente se o imóvel for bem localizado.

Quem pretende comprar um imóvel residencial para locação, porém, terá mais trabalho. Tente achar pechinchas em bairros bem localizados e próximos a comércio, serviços e transporte público, pois estes fatores são cruciais para os locatários de imóveis compactos. Para Luís Paulo Pompéia, o segmento de alto padrão voltado para executivos pode ter boas oportunidades para quem tem bala na agulha.

Caso o imóvel fique vago por muito tempo e se localize em uma cidade com potencial turístico, uma possibilidade é destiná-lo ao aluguel para temporada, lembra Luiz Calado. “Outra ideia é considerar as quitinetes das cidades de interior, localizadas próximo a universidades. Mais baratas, elas podem ser alugadas para estudantes”, diz Calado.

Por: Julia Wiltgen

Fonte: Exame

Juízes envolvidos no caso Pinheirinho terão de se explicar para o CNJ


Posted: 23 Aug 2012 04:28 AM PDT
Rede Brasil Atual

Cinco magistrados envolvidos na retirada violenta dos moradores da ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em janeiro deste ano, terão de prestar esclarecimentos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até o dia 5 de setembro.

Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP); Cândido Além, desembargador; Rodrigo Capez, juiz assessor da presidência; Márcia Faria Mathey Loureiro, juíza da 6ª Vara Cível de São José dos Campos; e Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, juiz da 18ª Vara Cível do Fórum Central João Mendes Júnior, são mencionados na representação movida por moradores do bairro e assinada por uma comissão de juristas em função de indícios de diversas irregularidades no processo que levou à ação da polícia militar para desocupar o bairro em 22 de janeiro. A área, ocupada por quase 6 mil pessoas em 2004, pertence à massa falida da empresa Selecta do megaespeculador Naji Nahas.

A denúncia baseou-se em depoimentos colhidos pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana com mais de 600 pessoas e nas consequências da desocupação, entre elas, a morte de duas pessoas.

Sartori chegou a pedir o arquivamento da ação alegando total legalidade, mas a representação foi aceita pelo CNJ. “Isso demostra que a representação tinha consistência”, disse Aristeu Pinto Neto, advogado da Ordem dos Advogados do Brasil de São José dos Campos.

“É muito importante esse passo. Alguém tem de pagar pelo que aconteceu. Eles fizeram tudo de maneira irregular. Foi uma malvadeza. As famílias estão sofrendo muito até hoje”, afirma Toninho Ferreira, advogado que acompanha as famílias.

Entre os principais argumentos para sustentar a ação contra os juízes estão, além da violência policial, a inobservância do interesse manifesto das três esferas da União para regularizar a área e a quebra do pacto federativo por parte do presidente do TJ paulista, que não obedeceu a determinação de um juiz federal que impedia a desocupação. “Começa daí e passa por condutas específicas do próprio Ivan Sartori e da juíza [Márcia Faria Mathey]. Ela não permitiu o ingresso da Defensoria Pública para defender as famílias e, ao mesmo tempo, convocou o controle de zoonoses, demostrando preocupação maior com os cães do que com as pessoas que estavam lá”, disse Pinto Neto.

Ele lembra que a juíza suspendeu uma liminar de desapropriação da área, que vigorava desde 2005, sem que houvesse qualquer pedido da massa falida da Selecta. Depois da desocupação, as casas foram totalmente demolidas em poucos dias. Muitos moradores não conseguiram retirar seus bens. A área de 1,3 milhão de metros quadrados irá a leilão no dia 3 de outubro. O terreno está avaliado em R$ 187 milhões.

OBRA-PRIMA DO DIA - ENGENHARIA A depender de Calabar, o Forte dos Reis Magos seria nosso?


A Fortaleza da Barra do Rio Grande, mais conhecida como Forte dos Reis Magos, é o marco inicial de Natal e deve seu nome à data do início de sua construção, 6 de janeiro de 1598, dia de Reis pelo calendário católico.
Era uma paliçada de estaca e taipa com planta em formato circular, à moda indígena; depois, ao receber ordens da Coroa para que ser fortificada, a nova planta, atribuída ao jesuíta Gaspar de Samperes, "mestre nas traças de engenharia na Espanha e Flandres" e discípulo do arquiteto militar italiano Giovanni Battista Antonelli, tomou a forma clássica do forte marítimo seiscentista: um polígono estrelado, com o ângulo reentrante voltado para o Norte.


Em 1602 já estava artilhada e guarnecida por um destacamento de duzentos homens. Sofreu muitas outras reformas e em 1614 sua formação era a atual. As muralhas foram melhoradas, recebeu contrapiso e contrafortes de reforço pelo lado do mar, bem como obras internas de habitação em edifícios de dois pavimentos, concluídos em 1628.


Durante a segunda Invasão Holandesa (1630/1654) o Forte dos Reis Magos, por sua localização e por estar muito bem aparelhado, foi cobiçado pelos invasores que, depois de algumas tentativas fracassadas conseguiram, ferido o comandante da praça, e à revelia deste, negociar a rendição com alguns de seus ocupantes, entre eles Domingos Fernandes Calabar, personagem altamente controverso.
Na entrada do Forte somos acolhidos pela imagem dos Reis Magos Gaspar, Belquior e Baltasar, doada por José I de Portugal (1750-1777).
Abaixo, foto da elegantíssima capela das munições:


Em 1654, após a expulsão definitiva dos holandeses, conseguida em Pernambuco, quando os portugueses chegaram a Natal, o forte já estava abandonado. Na chamada Revolução Pernambucana de 1817 o forte serviu como prisão política para alguns de seus implicados.
Tombado pelo IPHAN, o forte é uma das mais belas obras de engenharia/arquitetura no Brasil. Ilumina o litoral, já belo por sí só, da linda Natal.


Fica difícil falar nesse forte sem lembrar da história de Calabar. E mais difícil ainda não recordar a fantástica peça musical de Chico Buarque e Rui Guerra, Calabar, o Elogio da Traição. É um dos melhores momentos de nossa dramaturgia. Você pode não ter assistido ao musical, mas aposto que já cantou Não existe pecado ao sul doEquador...
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Forte dos Reis Magos, Natal, Rio Grande do Norte

HUMOR - A Charge do Amarildo




CRÔNICA Cartas de Paris: A imagem da brasileira na França



A imagem da brasileira no exterior, como não é segredo para ninguém, envolve estereótipos e ideias concebidas mais antigas do que a própria imigração. Acho que nem preciso mencionar que esta imagem está normalmente relacionada a carnaval e biquínis. Talvez seja cedo demais para falar, mas acho que isso está mudando, pelo menos aqui na França.
Atualmente é comum ver editoriais de moda de revistas francesas fazendo referência direta ao que gostam de vestir e como se comportam as brasileiras, como um certo padrão a ser seguido. Não sou ingênua e sei que o ideal de beleza universal, inclusive no Brasil, ainda é o escandinavo, mas acredito que estamos conseguindo abrir espaço neste meio tão competitivo.
A imagem da brasileira que começa a ser veiculada na França é de uma mulher sem complexos, muito feminina, extremamente vaidosa, mais cosmopolita que nos anos 70 e 80, que gosta de cosméticos e é grande consumidora de moda.
Uma característica muito valorizada nesta nova brasileira é o lado saudável e esportista. Por isso, as passistas das escolas de samba cedem, pouco a pouco, espaço para um novo personagem, mais moderno, mas não menos clichê: as jogadoras de vôlei de praia.
Acho que é normal que a imagem das mulheres do Brasil evolua, afinal, o país mudou. Atualmente, as brasileiras estão entre as principais compradoras de marcas de luxo do mundo – em sua maioria da França, diga-se de passagem – e são conhecidas por serem exigentes em relação à beleza.
Por isso, tudo que usam vira sinônimo de qualidade, o que acaba gerando um novo e estranho comércio de encomendas: enquanto minhas amigas brasileiras querem cremes da Provence, as francesas desejam os xampus de castanha da Amazônia.
Apesar de os estereótipos nascerem de velhas ideias preconceituosas, aparentemente é possível atualizá-los.

Ana Carolina Peliz é jornalista, mora em Paris há cinco anos onde faz um doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação na Universidade Sorbonne Paris IV. Ela estará aqui conosco todas as quintas-feiras. 

Incorporadora deve pagar aluguel até entrega de imóvel


A juíza da 15ª Vara Cível de Natal, Martha Danyelle SantAnna Costa Barbosa, determinou que a Patri Dez Empreendimentos Imobiliários Ltda - Patrimônio Incorporadora, que é a responsável pela construção do Condomínio Smile Village Lagoa Nova, deposite em Juízo o valor mensal de R$ 800,00, desde a expiração do prazo de prorrogação de 180 dias, ocorrida em 30.06.2012, até entrega definitiva da obra, inclusive com "habite-se".

Nos autos, os autores pediu que seja determinado à empresa que se abstenha de efetuar qualquer cobrança aos autores até que a obra seja efetivamente concluída e que o "Habite-se" seja devidamente concedido ao empreendimento Smile Village Lagoa Nova, a iniciar a contagem do prazo final para entrega do bem, já somada a margem de tolerância de 180 dias, qual seja, 30.06.2012, não havendo qualquer cobrança a partir dessa data até a efetiva conclusão.

Pediram, ainda, liminarmente, que seja determinado à empresa que deposite em juízo, em favor dos demandantes, o valor de R$ 800,00 para custeio com o aluguel de imóvel com características semelhantes com o anteriormente adquirido e que não foi entregue.

Alegaram que, na data de 30 de novembro de 2008, firmaram com a Patri Dez um instrumento particular de promessa de compra e venda, tendo como objeto o seguinte bem imóvel: apartamento residencial localizado no bloco denominado Búzios, unidade 03, integrante do Empreendimento Smile Village Lagoa Nova, situado na Avenida do Exército, lado ímpar e Avenida Capitão Mor Gouveia, lado par, no Bairro de Lagoa Nova, Natal/RN.

De acordo com eles, o prazo previsto para término da obra seria em 31.12.2011 e que, a empresa dispõe de uma tolerância de 180 dias para término da obra, o qual expirou em 30.06.2012, sem que o empreendimento tivesse sido concluído e entregue aos compradores.

Segundo eles, o não cumprimento do prazo estabelecido para entrega da obra gerou-lhes grande frustração, uma vez que estes se programaram financeiramente para suportar aluguel e prestações do apartamento até a expiração do prazo estabelecido, inclusive com a margem de tolerância.

Informaram que, ao realizarem a compra do apartamento, ficou ajustado que as parcelas mensais e semestrais até a conclusão da obra seriam pagas, restando, após, o saldo devedor que poderia ser financiado com a construtora ou qualquer outra instituição financeira.

Todavia, mesmo sem a entrega do empreendimento, a partir do dia 01.01.2012 a empresa os obrigou a pagar as parcelas mensais como se tivessem aderindo ao financiamento do saldo devedor pela própria construtora, o que aumentou e muito o valor da parcela.

Análise do caso

Para a juíza, no caso, apresenta-se plausível a tese de que o atraso na entrega da obra causou sérios transtornos aos compradores que, mesmo tendo adquirido um imóvel, ainda não conseguiram recebê-lo em razão da atitude da empresa que não cumpriu sua parte no contrato.

Assim, merece guarida, o pedido liminar formulado pelos autores, no sentido de determinar à Patri Dez que deposite, mensalmente em juízo, o valor de R$ 800,00 a título de aluguel de um outro imóvel, até que o bem adquirido pelos compradores seja entregue, considerando que foi trazido estimativa de preço de locação de imóveis semelhantes ao adquirido. (Processo nº 0128018-87.2012.8.20.0001)

TJRN, 17.08.2012