sábado, 19 de julho de 2014

Cartas de Buenos Aires: Copa - Rivalidade e racismo


 Gabriela Antunes
A Fifa levou cartazes para o campo de futebol em uma campanha contra a discriminação. Mas este Mundial foi marcado pela ressurreição de ideias reacionárias, sendo a principal o racismo.
O esporte acabou virando veículo da discórdia. Vieram à tona questões superadas, a começar pela escalada de rivalidade Brasil-Argentina, apesar dos times não se depararem há um quarto de século em uma Copa do Mundo. Ainda assim, encontram um no outro um rival imaginário.
Os dois países dependem do comércio bilateral, tomam posições conjuntas em quase todos os assuntos internacionais e se apóiam mutuamente em diversas áreas de cooperação. Só não se entendem em matéria de futebol.
Os argentinos nunca entenderam o porquê dos brasileiros terem torcido pela Alemanha. Os brasileiros, por outro lado, não compreendem porque os argentinos já chegaram ao país provocando.
“Olho por olho e o mundo acabará cego”, dizia Gandhi. E nesta cegueira regional estamos vendo renascer a xenofobia e o racismo.
Nas redes sociais argentinas foi usada casualmente a expressão “negros de mierda”. Empregada na Argentina pejorativamente, “negro de mierda” não se refere apenas à cor da pele. É usada contra os pobres, favelados, pedreiros, de forma depreciativa, de uma maneira às vezes tão usual que deixaria qualquer brasileiro de cabelo em pé.

A Fifa bem que tentou, mas a rivalidade e o racismo reinaram fora do campo. (FOTO FIFA)

Não é o único termo que é capaz de deixar alguém desacostumado um tanto chocado. A palavra “quilombo” é casualmente utilizada para qualquer tipo de desordem ou bagunça.
O interessante é que os quilombos eram estruturas altamente hierarquizadas e organizadas, o exato oposto do sentido dado em espanhol.
Mas de arrepiar mesmo foi a quantidade de comentários com a expressão “negros de mierda” de internautas sobre os brasileiros durante a Copa e sobre os argentinos que protagonizaram o quebra-quebra no Obelisco depois da derrota para a Alemanha.
Os “negros de mierda” constituíram 65% do exército libertador de San Martin. Metade da Argentina foi erguida pelos “negros de mierda”, assim como no Brasil. A Argentina só se “embranqueceu” graças às guerras, pragas e, por que não dizer, ao genocídio paulatino.
No Brasil também não podemos nos orgulhar historicamente do tratamento dado aos nossos “negros de mierda”. Mas é cada vez mais politicamente incorreto, para não dizer crime, usar expressões como essas.
Com o orgulho da raça, graças a Deus, nesse continente somos todos “negros de mierda”, geograficamente fadados à latinidade, herdeiros daqueles que levaram nas costas as veias abertas dos nossos países. 

Gabriela G. Antunes é jornalista e nômade. Cresceu no Brasil, mas morou nos Estados Unidos e Espanha antes de se apaixonar por Buenos Aires. Na cidade, trabalhou no jornal Buenos Aires Herald e hoje é uma das editoras da versão em português do jornal Clarín.Escreve aqui todos os sábados.

Wiener Philharmoniker - Maurice Ravel - Bolero - Gustavo Dudamel - HD - ...

Lula, Dilma e os petralhas são de Marte ou de Morte?


Posted: 19 Jul 2014 06:25 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Presidenta Dilma Rousseff, seu Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva, os militantes fanáticos do partido-seita e os petralhas que promovem o milagre da evolução patrimonial milionária parecem viver em um outro mundo, perfeito, rico e otimista, bem diferente do Brasil atual. O desespero psicológico com o risco concreto de perder a reeleição deve ser a causa do esquizofrenia deles.

Petistas e petralhas não merecem ser chamados de lunáticos, porque não moram na lua. Mas parecem marcianos, porque agora evocam o deus da guerra para vomitar inverdades políticas e econômicas. Lula, definitivamente, resolveu evocar a ofensiva, apesar do discurso psicologicamente defensivo: “A gente aprendeu que levava um tapa numa face e virava a outra. E nós não podemos mais virar a outra. Nós precisamos agora é começar a reagir e fazer as coisas que a gente tem que fazer”.

Ontem, durante comício na Praça da Sé, em São Paulo, Lula voltou a surtar. Pediu à plateia (militantes profissionais e fanáticos para lá levados de ônibus) para se lembrar de como era o Brasil em dezembro de 2002. Lula tem uma obsessão mórbida por lembrar do governo do velho amigo FHC. Por isso, solicitou aos seguidores que reproduzam sua pregação. Na visão do líder, a economia melhorou nos três mandatos do PT. Segundo Lula, tudo aumentou: salário mínimo, contas em banco, agências bancárias, crédito fácil aos consumidores, mais pessoas estudando nas universidades e muito mais emprego. Graças ao PT, viramos a Alice no País das Maravilhas...

Em Porto Alegre, a criatura Dilma repetiu seu criador. Aproveitou a posse na nova diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul para meter o pau nos indicadores da política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. Na visão da economista Dilma, os indicadores atuais apresentam “muito mais robustez do que há 12 anos”. A presidente salientou que em 15 anos de regime de metas de inflação, adotado em 1999, o resultado “estourou” o teto apenas nos anos FHC...

No legítimo discurso dos perdedores, que reclama do passado porque não consegue mostrar que o futuro pode ser melhor, porque o presente está uma merda, Dilma faz a velha manipulação de dados empregada pelos camaradas soviéticos. Dilma alega que a dívida líquida do setor público chegou a 34% nos seus três anos e meio de mandato, contra 60,4% em 2002. Tem a cara de pau de comparar o Brasil com a Alemanha e a Coreia do Sul, para dizer que fizemos superávit primário em 2013 (só esqueceu de mencionar a manobra de contabilidade criativa para produzir tal milagre).

A economista Dilma só pode mesmo estar com alguns parafusos a menos. Só louco consegue celebrar uma inflação altíssima de 6,08%, com tendência de subida e descontrole. Dilma ainda fez pior. Alegou que a inflação média de seu governo, com este número assustador, foi a metade da inflação do FHC, que chegou a 12,4%. Mais lamentável ainda é quando Dilma tenta um malabarismo marketeiro para tentar justificar seu pibinho de anão:

“O Brasil tem sido afetado por cenários de grande incerteza, que tem causado taxas menores de crescimento que em períodos anteriores. Mas mesmo assim, todas positivas. A pior opção para crise ou a maior dificuldade em qualquer ramo de atividade é o pessimismo, criado por dois motivos interligados e extremamente perigosos. O primeiro deles é a influência das expectativas negativas num mundo globalizado, que bloqueiam soluções. A segunda é a tentação de forçar as profecias mais negativas possíveis em regime pré-eleitoral”.

O marketeiro que escreveu tal discurso para ela se superou... E Dilma seguiu na velha toada de jogar a culpa nos outros para justificar as cagadas feitas por ela: “Nossos adversários previram a tempestade perfeita, prevista para atacar nesse início de ano e que geraria uma crise cambial de proporções avassaladoras. Também previram uma crise energética, mas não tivemos racionamento de energia nem antes, durante ou depois da Copa. Houve uma fantástica ocorrência de avaliações absurdas negativas. E tivemos lideranças que queriam, em abril, devolver a Fifa. Ou seja, criaram problemas significativos para as expectativas econômicas”.

Dilma sabe, em seu inconsciente, que será derrotada porque a gestão petista avacalhou com a estabilidade econômica. A avaliação negativa dela nas pesquisas é impactada pela sensação de que algo vai mal na economia, e pode piorar brevemente. As contas do mês das pessoas que trabalham fecham no vermelho. A carestia é geral. A inflação não é pior por conta da maquiagem das tarifas públicas – que o governo segura agora, para soltar depois da eleição.


Dilma sabe que o endividamento das famílias é grande e tende a aumentar. Juros altos e 56 impostos sobre a atividade produtiva, junto com a dificuldade de crédito, aumentam os riscos e inviabilizam investimentos. Quem tem dinheiro não põe no fogo das incertezas. E quem não tem sequer sabe de onde tirar para sobreviver. Só o governo consegue gastar cada vez mais, endividando-se, sabe-se lá até quando...

Palavra de especialista?

Só Lula consegue superar Dilma no quesito esquizofrenia.

Ontem, o líder máximo resolveu lançar um desafio à oposição:

“Temos que debater a corrupção neste país. Eu desafio que eles (tucanos) entrem nessa discussão. No nosso tempo só tinha uma forma do cidadão não ser denunciado: se fosse honesto. No tempo deles, havia um tapete grande para onde se jogava a sujeira para debaixo dele. Eles dizem que o PT é corrupto e às vezes andamos de cabeça baixa por isso, mas nós não construímos o PT para andar de cabeça baixa. Esse é um tema que estou disposto a discutir nesta campanha”.

Lula, Dilma, os petistas e os petralhas são de Marte ou de Morte? Talvez o fantasma de Celso Daniel tenha competência para responder...

Será que Lula topa um debate com ele?

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O governo do PT expropriou do empresário Boris Gorentzvaig, fundador da Petroquímica Triunfo, uma gigantesca planta industrial localizada no interior gaúcho que produz matéria-prima para a produção de plásticos.

A Petrobrás é acusada por Boris de entregar a Triunfo para a Braskem-Odebrecht - que já era dona do polo petroquímico da Bahia e da refinaria paulista de Paulínia, e assim monopolizou o setor petroquímico do país. 

Tudo isso aconteceu na época em que Dilma Rousseff era a Presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Será que Lula topa um debate sobre corrupção com Boris Gorentzvaig?

Políticas Europeias e Comunismo



“Políticas Europeias e Comunismo" é o tema do programa Direito e Justiça em Foco neste domingo, às 22 horas, na Rede Gospel.

O desembargador Laercio Laurelli recebe o Advogado, Mestre em Engenharia Metalúrgica e Doutor em Tecnologia Nuclear, Rodolfo Politano.

E quem quiser rever nossa participação neste programa, reveja o vídeo abaixo:



Lavando o Jato



Bomba nos Textículos





© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Julho de 2014.

POEMA DA NOITE Refletindo sobre o Inferno - Bertolt Brecht


Refletindo, ouço dizer, sobre o inferno
Meu irmão Shelley achou ser ele um lugar
Mais ou menos semelhante a Londres. Eu
Que não vivo em Londres, mas em Los Angeles
Acho, refletindo sobre o inferno, que ele deve
Assemelhar-se mais ainda a Los Angeles.
Também no inferno
Existem, não tenho dúvidas, esses jardins luxuriantes
Com as flores grande como árvores, que naturalmente fenecem
Sem demora, se não são molhadas com água muito cara. E mercados
de frutas
Com verdadeiros montes de frutos, no entanto
Sem cheiro nem sabor. E intermináveis filas de carros
Mais leves que suas próprias sombras, mais rápidos
Que pensamentos tolos, automóveis reluzentes, nos quais
Gente rosada, vindo de lugar nenhum, vai a nenhum lugar.
E casas construídas para pessoas felizes, portanto vazias
Mesmo quando habitadas.
Também as casas do inferno não são todas feias.
Mas a preocupação de serem lançados na rua
Consome os moradores das mansões não menos que
Os moradores dos barracos.

Eugen Berthold Friedrich Brech, ou Bertolt Brecht (Augsburg, Alemanha, 10 de fevereiro de 1898 - Berlim, Alemanha, 14 de agosto de 1956) - Além de poeta, foi um dos mais influentes dramaturgos e encenadores do século XX. Seu trabalho contribuiu profundamente com o teatro moderno que é estudado e montado até hoje. Criou e dirigiu o grupo mundialmente conhecido Berliner Ensemble. As traduções dos poemas foram feitas por Paulo César de Souza

Atraso entrega imóvel: Crescem indenizações

fonte: IG


De janeiro até o início de junho foram 150 decisões sobre atraso entrega imóvel na Justiça; juízes dão aos mutuários ganhos maiores do que prevê projeto de lei encaminhado ao Senado
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Rodolfo, a mulher e o filho: atraso na entrega da obra levou família a improvisar a moradia – Arquivo pessoal
Ressaca dos anos de boom do mercado imobiliário, crescem as indenizações na Justiça concedidas a mutuários em caso de atraso entrega imóvel pela construtora.
Somente no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foram pelo menos 150 decisões sobre o tema até o início de junho, contra cerca de 120 nos cinco últimos meses do ano passado.
Em geral, as sentenças são favoráveis aos compradores de imóveis. Argumentos apresentados pelas construtoras para escapar destes pagamentos, como excesso de chuvas, problemas com burocracia, falta de mão de obra e até mesmo o próprio boom imobiliário não têm convencido os juízes.
Para os magistrados, estes problemas podem ser previstos e evitados no planejamento da obra, e fazem parte do risco da atividade das empresas. “Geralmente as construtoras que atrasam obras são empresas com experiência no mercado”, diz Renata Reis, supervisora de Assuntos de Habitação da diretoria do Procon-SP.
As últimas decisões no TJ-SP concedem indenizações que variam de 0,5% a 0,75% sobre o valor do imóvel. Mas existem câmaras que ainda dão ganhos de 1% a até 2% ao mês sobre o valor atualizado do contrato. Alguns juízes também concedem indenizações por danos morais.
O administrador de empresas Rodolfo Moraes Pereira, de 34 anos, é um dos mutuários que espero obter também uma compensação financeira na Justiça pelo atraso de dois anos e meio na entrega do seu imóvel, um apartamento no condomínio Flex Carapicuíba, da Tecnisa, na Grande São Paulo. Sem condições de pagar aluguel durante a espera, Pereira decidiu reformar os fundos da casa de sua mãe para morar com a mulher.
Confiante em uma nova promessa da construtora após sucessivos atrasos, a mulher de Rodolfo engravidou. Eles esperavam que o apartamento fosse entregue em dezembro, e ainda teriam alguns meses para reformar e mobiliar a nova casa. O filho do casal nasceu no final de maio, e ambos continuam aguardando as chaves. “As coisas do bebê ficaram todas amontoadas. Não tivemos como recebê-lo em um quarto só para ele”, conta o administrador. Em sua ação judicial, movida recentemente contra a construtora, Rodolfo pede, além de compensação financeira pelo atraso, uma indenização por danos morais.
A última previsão feita pela Tecnisa é de que Rodolfo deve receber as chaves este mês. “Primeiro culparam a falta de mão de obra, depois o excesso de chuvas e agora a burocracia para liberar o Habite-se”, lembra. Mais do que o atraso, o mutuário reclama do tratamento dado aos futuros moradores diante do problema. “As respostas aos atrasos sempre foram evasivas. Eu tinha de ligar na empresa para saber o que estava acontecendo”.

Projeto de lei pode limitar ganhos

Mas as indenizações recentes obtidas pelos mutuários na Justiça são ameaçadas agora por um projeto de lei. De autoria do deputado federal Eli Correa Filho (DEM), ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue para o Senado.
Correa aponta que buscou, ao criar o projeto, solucionar uma brecha na lei. Isso porque não estão previstas hoje penalidades às empresas em caso de atrasos, e o mutuário é obrigado a recorrer ao Judiciário para obter indenizações.
A ideia é que a multa passe a ser prevista nos contratos: se a obra atrasou, o mutuário pode receber a indenização instantaneamente, e não mais esperar pelo desenrolar de um processo judicial.
O problema é que o projeto de lei já sofreu modificações significativas. A multa que deve ser paga pelas construtoras, que era de 2% sobre o valor total do imóvel, será agora de 1% sobre o valor já pago pelo mutuário. Apesar de não concordar com a modificação, o deputado aponta que incluir a multa nos contratos já seria um avanço.
Como uma nova lei se sobrepõe ao histórico de ações judiciais, Corrêa prevê que sejam criados embates jurídicos.

Não paga nem o aluguel

Para o advogado Marcelo Tapai, que já moveu cerca de 1,5 mil ações judiciais que tratam de atraso de imóveis, a construtora priva o mutuário de usar a totalidade do imóvel, e o comprador não consegue pagar um valor maior porque a obra não concluída impossibilita ofinanciamento com o banco. “Portanto, é preciso repor ao comprador ao menos o valor lucrativo do imóvel”, opina.
No caso da compra de um imóvel de R$ 400 mil no qual o mutuário pagou 20% do valor (R$ 80 mil), a indenização proposta pelo projeto de lei seria equivalente a R$ 400. “Não dá para pagar aluguel nem em conjunto habitacional”, aponta o advogado. “Já no caso de uma indenização de 0,5% sobre o valor total do imóvel, R$ 400 mil, equivale a R$ 3,2 mil, o que é razoável”.
Para Arnon Velemovicsky, presidente da comissão de direito imobiliário do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), o projeto parece “encomendado pelas próprias construtoras”. “Ele busca diminuir os prejuízos das construtoras que planejam mal uma obra ou constroem demais”. Segundo o advogado, o valor da multa deveria buscar inibir atrasos.
A multa proposta se assemelha a que já é incluída em contratos das corretoras, que, na opinião de Renata, supervisora do Procon-SP, é “irrisória”. Isso porque é comum os mutuários financiarem grande parte do valor do imóvel, e pagarem menos de 30% deste valor às construtoras. “No caso de grandes atrasos, é difícil mensurar as perdas do consumidor”.
João Crestana, empresário do setor imobiliário e ex-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), concorda com o projeto de lei. Para Crestana, a relação entre construtora e mutuário tem de ser equilibrada, e as decisões nos tribunais são “aleatórias”. “Dependendo da decisão judicial, ela pode ter impacto no caixa da empresa, que pode ter de se capitalizar. Se houver uma lei, o juiz vai seguir.”

Em maio do ano passado, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tentou estipular uma multa às construtoras em caso de atraso entrega imóvel (das chaves). Porém, a Lei 6454 foi considerada inconstitucional, pois somente uma lei federal, como a que chega agora ao Senado, poderia legislar sobre o tema. Foi a Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan) que chamou a atenção da Justiça para a ilegalidade da lei, que foi derrubada em setembro de 2013. A lei, assim como o projeto original do deputado Eli Correa Filho, também previa uma multa de 2% sobre o valor total do imóvel.

Prazo de tolerância dos contratos também pode ser regulamentado

As decisões na Justiça têm aceitado o prazo de tolerância de seis meses incluído nos contratos das construtoras e têm concedido indenizações aos mutuários apenas em casos nos quais os atrasos ultrapassam os 180 dias. O projeto de lei no Senado, além de instituir multa às construtoras, prevê regulamentar este prazo de tolerância.
Crestana concorda que o prazo de tolerância deve ser previsto em contratos. “A atividade de incorporação imobiliária é complexa e há realmente acontecimentos imprevisíveis, como eleições e mudanças na lei do município. Mas, para Renata Reis, do Procon-SP, a tolerância somente poderia ser utilizada em casos realmente excepcionais.
Se não houver um prazo tolerância, o ex-presidente do Secovi acredita que as empresas vão acabar embutindo esse risco no preço do imóvel. “A tolerância deve ser de até 180 dias. Dependendo da experiência da empresa, ela vai usar isso como ferramenta de marketing. Há quem já coloque nos contratos uma tolerância menor, de quatro meses, por exemplo.”
Fonte: IG - Marília Almeida - iG São Paulo

‘Todos no mesmo bote de fibra óptica’, de Fernando Gabeira


Publicado no Estadão desta sexta-feira
FERNANDO GABEIRA
Na Copa das Confederações torcemos para o Taiti. Mesmo quando perdia de 10 a 0, ainda vibrávamos com as raras oportunidades de um gol de honra. O Taiti não é aqui. É um país do surfe de ondas gigantes, com suas águas azuis e a temível Praia de Teahupoo, conhecida como Quebra Crânio. Já o Brasil é, ou era, o país do futebol. Gastamos R$ 40 bilhões para sediar a Copa e fomos os únicos a perder de 7 a 1.
A presidente Dilma declarou no Paraná que o Exército usaria, para resgatar as vítimas do temporal, um bote de fibra óptica. No início fiquei em dúvida. Tinha visto na TV um programa sobre como o GPS orienta a agricultura americana, aumentando sua produtividade e traçando com rigor a trajetória ideal dos tratores. Será que haviam inventado um bote de fibra óptica para explorar as riquezas do mar, quem sabe até do pré-sal? Mas o bote de fibra óptica não existe nem será inventado. Ele é, para mim, o sinônimo de uma canoa furada em que todos navegamos no momento.
Dilma também chamou de urubu quem não acreditava nas maravilhas da Copa. Caiu um pequeno viaduto, mas isso não é problema, porque não havia ninguém do governo embaixo dele no instante da queda. Já escrevi sobre ser chamado de urubu pela artilharia eletrônica petista. Urubu é o símbolo da torcida do Flamengo. É o preto da camisa rubro-negra, cores do Íbis, o pior time do mundo, ou da Alemanha, que nos serviu o chocolate da Copa das Copas, portanto, o chocolate dos chocolates.
Não sei o que a presidente tem contra os urubus. Tom Jobim amava-os e discorria longamente sobre a elegância de seu voo, nas mesas do Degrau, no Leblon da sua época. Fez uma linda melodia para traduzir em sons a beleza de seus movimentos. Não creio que seja pela cor, porque esse tipo de preconceito, teoricamente, o PT não tem. Ou porque come bichos mortos, algo que a maioria da humanidade faz. Pode-se dizer em defesa dos seres humanos que não comem um animal cru. Mas isso era antes da chegada dos restaurantes japoneses, de vez que os bifes tártaros eram exclusividade de uma minoria.
Dilma estava rígida na final da Copa. Nem se levantou para aplaudir o gol da Alemanha. E quem não aplaudiu aquele gol de Götze ou não gosta de futebol ou é argentino, pois os hermanos sentiram ali que perdiam o título. Compreendo esse medo, já que estamos no mesmo bote de fibra óptica, na mesma canoa furada. Durante os primeiros dias após os 7 a 1 fiquei com medo de abrir as gavetas e encontrar mais um gol da Alemanha. Se Dilma deixasse sua cadeira, poderiam encontrar mais um gol da Alemanha embaixo dela.
Continuo defendendo o direito ao delírio e, claro, as opiniões. Lula disse na África do Sul que os outros países viriam disputar o segundo lugar, porque a Copa era nossa. Parreira disse que estávamos com a mão na taça. Felipão elogiou o próprio trabalho e o da geração tóis, que se define com um movimento de braços que faz um T, o mesmo com queDilma posou na internet quando as coisas iam bem. A geração tóis, que se descreve com os braços, na verdade, deu uma banana para os que esperavam, ao menos, a garra dos argelinos.
Livre do furor patriótico, estimulado pelo governo e por grandes empresas envolvidas, é possível agora pensar com calma.
Como encarar com otimismo uma seleção que toma a família como modelo? Nada contra a família, respeito a opinião do herói da torcida, David Luiz: sexo só depois do casamento. Mas a família não é a forma adequada para desenvolver um trabalho desse tipo. Entre crises de choro e rezas, os jogadores se desmanchavam. E os psicólogos diziam que era o peso de tanta expectativa nacional. Somos o único país do mundo onde torcida a favor é vista como um fator negativo.
A torcida foi ótima. Não podia ser a mesma do Taiti, porque levamos o Brasil a sério no quesito futebol. Os inúmeros canais de TV nos puseram, nos últimos anos, em contato com o futebol de quase todo o mundo. Campeonatos espanhol, inglês, alemão. Era possível ver uma evolução maior que a brasileira. Mas isso era uma evidência para os que gostam e acompanham o futebol, embora muitos cronistas se tenham deixado levar pela emoção patriótica.
A cúpula do futebol está apodrecida. Talvez venha agora uma mudança, já que o foco está na análise da catastrófica participação brasileira na Copa. Mas quantas coisas não estão decadentes no Brasil e ainda estão camufladas? A indústria está em decadência e seu movimento para baixo ainda não desperta o interesse nacional. A política está decadente, num nível de putrefação que os franceses definem como faisandé, o qual repugna até meu estômago de urubu.
Somos um povo alegre e comunicativo. Mas isso não supera uma lacuna em nossa educação: um esmagador número de monoglotas. Em 2008 tentei transformar isso num grande tema político. Avançamos muito pouco desde então e não há sinais de termos tomado consciência dessa fragilidade. Seria injusto com o marxismo atribuir a indiferença ao inglês a uma resistência ideológica. Os chineses não pensam assim e tratam de dar passos mais largos.
Sei que é difícil apontar essas lacunas. No Brasil vivemos num mundo tão extraordinário que temos de imitar o célebre urubu de Stanislaw Ponte Preta e voar de costas. Sobrevoar um país onde os jornais diziam que o zagueiro Dante iria ser um trunfo porque, jogando no Bayern, conhece os alemães. E nem uma vivalma para lembrar as fortíssimas evidências de que os alemães podiam também conhecer Dante.
Nos morros do Rio, estimulados por traficantes, alguns moradores chamam os adversários de alemães. Está na hora de nos abrirmos um pouco para algumas qualidades dos alemães.
Podemos ser um país melhor. Antes teremos de perder esse espírito de fodões de que com tóis ninguém pode, vem quente que estou fervendo. Ele favorece os apagões, nas semifinais da Copa ou na noite de núpcias. Foi-se o tempo em que pensávamos que os alemães eram limitados porque eram apenas organizados e bem treinados. São tudo isso e têm talento. É a única combinação que leva à vitória ou, ao menos, a uma derrota honrosa.

Não perca: em 19 segundos, a melhor narração humorística do pesadelo no Mineirão - AUGUSTO NUNES


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Malafaia versus PT


Silas Malafaia decidiu partir para cima do PT em seu programa de TV que vai ao ar logo mais. O pastor vai acusar o partido de perseguição política por colocar a Receita Federal para investiga-lo.
Em quase quinze minutos de vídeo (Veja acima), Malafaia revela que desde 2013 o Fisco brasileiro abriu seguidos procedimentos para investigar a Associação Vitória em Cristo, instituição comandada pelo pastor. Mesmo com uma das investigações finalizada sem encontrar qualquer irregularidade nas contas da igreja e outros negócios, a Receita – acusa Malafaia – fazia novas investidas na Associação, muitas vezes pedindo documentos idênticos aos pedidos anteriormente.
Eis algumas frases de um Malafaia indignado com o PT:
- Quer me investigar, me investigue. Dizer que pastor é ladrão é fácil.
- Vou dar uma sugestão ao governo do PT. Por que não manda investigar o filho do Lula que era um pobre rapaz (…) e hoje é um milionário?
- A cúpula deste partido está na cadeira na maior roubalheira da história deste país
Por Lauro Jardim

ENTIDADES MÉDICAS ABREM GUERRA CONTRA DILMA

sexta-feira, 18 de julho de 2014


A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Associação Médica Brasileira (AMB) comunicaram ao presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) que apoiarão a oposição na disputa pela Presidência contra Dilma Rousseff. Em reunião na quarta (16), o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira, garantiu ao tucano que a maior parte dos médicos trabalhará por sua eleição. Outra parcela menor apoiará Eduardo Campos (PSB-PE). Segundo Ferreira, o programa de Aécio para saúde ‘ainda é vago’, mas cria carreira nacional e refuta cubanos em situação análoga à escravidão. As entidades médicas consideraram “ousada” a proposta de Aécio de destinar 10% da Receita Corrente Bruta da União para a Saúde. O conselho deliberativo da AMB se reúne hoje em Fortaleza para decidir sobre apoiar Aécio ou, de forma mais ampla, os candidatos de oposição.

A insegurança pública nossa de cada dia

Rejeição a Dilma cresce e indica que derrota petralha virá por má gestão na economia, inflação e corrupção


Mais chineses: para afundar de vez com o Brasil

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Que Dilma Rousseff já era, já se sabia. Agora, a candidata-presidenta já começa a tomar pau até nas inconfiáveis pesquisas eleitorais (com amostragens um pouco maiores, porém ainda insuficientes para o tamanho do Brasil). O DataFolha constatou a alta impopularidade de Dilma – o que as vaias e xingamentos nos estádios, durante a Copa das Copas, já tinham comprovado. Nada menos que 29% dos 5.377 ouvidos nos dias 16 e 16 de julho desaprovam seu desgoverno.

A taxa de rejeição da presidente Dilma atinge 35%. Ganha fácil do Pastor Everaldo (PSC) com 18% de rejeição. Aécio é rejeitado por 17%. Eduardo Campos, por 12%. Curiosamente, 32% classificam a administração dela de ótima e boa. Outros 38% definem o governo de “regular”. Eis justamente o problema dela, se os números refletirem mesmo a realidade: O regular, que tende a uma avaliação crítica, parece consolidado, enquanto a percepção negativa cresce. Em junho de 2013, Dilma tinha 57% de aprovação... Seu mundo caiu...

Os tucanos ficaram animadinhos. A diferença de Dilma para Aécio Neves caiu para apenas quatro pontos percentuais. Dilma teria 44% contra 40% de Aécio. Mas os petistas fingem festejar que Dilma ainda lidera a disputa, com 36% das intenções de voto, contra 20% de Aécio, 8% de Eduardo Campos (PSB) e 3% do Pastor Everaldo. O problema é que a numerologia e a impopularidade facilmente verificável nas ruas indicam que Dilma perderá a eleição.

Nem precisa de pesquisa, basta ouvir as pessoas informalmente, para constatar o descontentamento com os políticos. Muitos não querem votar. Um percentual que pode passar de 15% deseja anular o voto. E muita gente ainda não sabe em quem votar, simplesmente porque não se identifica com os candidatos em disputa. Pelo DataFolha, os votos brancos e nulos eram 13% e os que não sabiam em quem votar eram 14%. 

Também não é necessária qualquer pesquisa para constatar que a avaliação de Dilma é impactada pela sensação de que algo vai mal na economia. As contas do mês das pessoas que trabalham fecham no vermelho. A carestia é geral. A inflação não é pior por conta da maquiagem das tarifas públicas – que o governo segura agora, para soltar depois da eleição. O endividamento das famílias é grande e tende a aumentar. Juros altos e 56 impostos sobre a atividade produtiva, junto com a dificuldade de crédito, aumentam os riscos e inviabilizam investimentos. Quem dinheiro tem não põe. E quem não tem sequer sabe de onde tirar para sobreviver. Só o governo consegue gastar cada vez mais, endividando-se, sabe-se lá até quando...

Dilma será derrotada porque a gestão petista avacalhou com a estabilidade econômica. O resto é conversa para boi virar comida dos chineses – que são a esperança dos negociantes petistas (que vendem a alma do Brasil) para fazer uma grana forte, neste crepúsculo de mandato. A petralhada, que evolui seu patrimônio milagrosamente, só não obra e anda para a perda do poder porque sabe que, quando perder o Palácio do Planalto, corre riscos de perder tudo.

O inferno petralha é uma realidade. Só falta cobrar o imposto de renda sonegado pelo Diabo e seus sócios endemoniados.

Perdida



Bolsonaro Hits



Rola viralmente o video de uma entrevista dada pelo deputado federal Jair Bolsonaro no dia 2 de abril deste ano.

É imperdível para que se conheça o cinismo ideológico da petralhada.

Galinha PintaDilma, again



Repetimos, a pedidos, nossa “presidenta” mostrando toda sua "fofurice" em A Galinha PintaDilma.

Trata-se da versão jocosa do programa “Agora é Tarde”, de Rafinha Bastos, da Band.

Já tem criança reproduzindo as musiquinhas – o que consolida a desmoralização da péssima gestão presidencial de Dilma.

Viva João Ubaldo do Povo Brasileiro

Triste que os trastes continuem por aqui e Deus convoque para sua Seleção Eterna um bom baiano como João Ubaldo Ribeiro.

O desfalque deste imortal aqui na terra é um prejuízo para os que amam o Brasil, a excelente literatura e, sobretudo, o bom humor.

O consolo é que o céu fica mais engraçado com a chegada do João Ubaldo por lá...

Tiro no saco



Balança mas não cai




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 18 de Julho de 2014.