segunda-feira, 2 de abril de 2012

Podemos recusar uma proposta da empresa ?



Sempre que penso nessa questão me lembro da fábula dos moicanos canadenses que resumidamente diz:
“…formigas aboletadas em tronco que desce rio abaixo, acreditam, piamente, que estão conduzindo o tronco…”
Na minha opinião essa resposta passa por entendermos a diferença entre conduzirmos efetivamente a carreira ou acharmos que estamos conduzindo.
Quando aceitamos uma proposta da empresa pelo simples fato de imaginarmos que a recusa pode significar um tarja negativa no histórico ou a possibilidade de uma demissão, estamos agindo como as formigas que caminham para o lado que o tronco leva e na velocidade que o rio conduz e ainda assim acham que estão conduzindo o tronco. Aceitar uma proposta nessas condições significa sentar no banco do passageiro e deixar que alguém conduza sua carreira dizendo como e o que você deve fazer. Significa delegar a empresa e ao líder algo que é indelegável: a gestão da sua carreira.
Partindo, então, do princípio de que não se delega a gestão da carreira, a resposta a questão inicial fica clara. Sim, podemos e devemos recusar propostas que nos levem na direção contrária a aquela que acreditamos ser a mais adequada para nossos desejos e ambições profissionais. Entender essa questão não resolve um outro problema inerente a questão. Como dizer “não” sem gerar uma situação desconfortável junto ao seu líder e aos planos da empresa? Só vejo uma saída: agir com transparência e proatividade.
Transparência para esclarecer o real motivo para não aceitar a proposta, mostrando todas as variáveis que fazem com que, tanto do ponto de vista profissional quanto do pessoal, a proposta não atenda aos seus anseios e expectativas e proatividade para apresentar alternativas que possam viabilizar os planos da empresa mesmo com a sua recusa.
Aproveite a oportunidade para reforçar, se for o caso, o seu comprometimento e envolvimento com a empresa e que essa recusa não significa um desconforto com a empresa e sim com a proposta apresentada. Estou certo que um bom líder saberá entender e respeitar sua postura. Caso contrário, talvez valha a pena repensar se você esta na empresa correta e sob uma liderança que o apoiará na construção da sua carreira.
Fábio Jorge Celeguim
fjorge.celeguim@uol.com.br

FICHAS-LIMPAS NUM SISTEMA FICHA SUJA


Percival Puggina


Para quem não lembra, o projeto de lei que se tornou conhecido como da "Ficha Limpa" foi aprovado na Câmara dos Deputados com 412 votos a favor e nenhum contra. Depois, tramitou no Senado e saiu de lá consagrado com um placar de 76 votos a zero. Está bem, nem toda unanimidade é burra, mas nessa aí, obviamente, havia alguma coisa estranha. À época, pensando a respeito, deduzi que a porção menos virtuosa, menos seráfica, dos dois plenários votara convencida de que a lei não seria para valer. Ela não haveria de passar pelo rigoroso crivo do STF. De fato, para o pleito de 2010 não passou. Mas agora, em 2012, retornou às portas do Supremo e ... surpresa! Colheu a bênção de sete ministros. Esqueceram-se os fichas-sujas de que os membros da nossa corte constitucional às vezes fecham um olho para o texto e decidem segundo a própria testa e gosto. No caso, afortunadamente, em perfeita consonância com o anseio nacional. Mas cá entre nós, essa lei não é constitucional porque esteja de acordo com a Constituição, mas porque o Supremo declarou que está.

Porém - ah!, porém - como talvez dissesse o Paulinho da Viola, mesmo que os ministros escrevam em linhas direitas, os corruptos trafegam sobre linhas tortas. E eu temo que a Lei da Ficha Limpa produza como resultado apenas uma renovação dos quadros corruptos do país. Estaremos trocando corruptos de ficha encardida por corruptos com ficha novinha em folha. Quando digo isso, as pessoas me olham com incredulidade. Elas estão convencidas de que é a maldade humana que corrompe nossas primorosas instituições. A modelagem institucional do país não entra no foco de suas análises. O cidadão brasileiro, via de regra, pensa em nomes, em pessoas, em indivíduos. Quando avança um pouco mais pensa em ideias, princípios, valores. Mas raramente se detém a examinar nossas instituições. Por esse motivo, estamos sempre tentando consertar as consequências e desatentos às causas dos problemas. É como se proclamássemos: "Abaixo as consequências! Longa vida às causas!"

Se examinarmos a realidade nacional desde essa outra perspectiva, na perspectiva das causas, ficará mais fácil perceber que mantido o modelo institucional, são remotas, aleatórias, as possibilidades de que não convirjam para a cena política novos figurantes com motivações análogas às daqueles que serão substituídos. No pernicioso conjunto das fichas sujas, a mais suja de todas é a ficha do nosso modelo institucional, onde os bons frutos são verdadeiros lírios do pântano e onde os estadistas rareiam, deslocados que são para outras esferas de atuação por um sistema que os repele.

Trata-se de um conjunto de grandes males que parecem ter sido colhidos a pinça para produzir os efeitos que, em vão, tentamos combater: eleição proporcional de deputados tendo como circunscrição todo o território da unidade federada onde cada um reside; multipartidarismo que congestiona, que polui, pelo excessivo número de legendas e candidatos, toda a "vitrine eleitoral", impedindo o efetivo confronto entre candidatos e propostas; estímulo (pelo sistema proporcional) à representação política dos grupos de interesse, em flagrante contradição e agressão ao bem comum; atribuição, a uma só pessoa, das funções de chefia de Estado, de governo e da administração; escolha dessa pessoa pelo sistema majoritário, independentemente da maioria parlamentar, que precisa ser composta por arrendamento das funções de governo e administração, e mediante uma cesta de favores cada vez mais robusta. Soma-se a isso feixe de poderes políticos, econômicos e financeiros nas mãos da presidência da República. É uma convergência que vai no contrapelo da democracia e do federalismo. Concentração de poder é antônimo de ambos e exerce atração irresistível aos mal intencionados. Todo nosso aplauso, então, às exceções, aos fichas-limpas num sistema que vai continuar gerando fichas-sujas.
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* Percival Puggina

O crime no poder


*matéria de capa da CartaCapital desta semana.

Restritas ao noticiário local de Goiânia, as informações sobre uma “minirreforma” no secretariado do governador de -Goiás, Marconi Perillo (PSDB), são o primeiro sinal de que suas ligações com o esquema -conjunto do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prometem levar a crise para dentro do governo goiano.
Transformado em menos de um mês em zumbi político, Torres agoniza pelos corredores do Senado, agora sob risco de ser cassado. Mas não deve naufragar sozinho, se as investigações da Polícia Federal forem aprofundadas. Novos documentos, gravações e perícias que integram o relatório da Operação Monte Carlo, revelados com exclusividade por CartaCapital, apontam uma total sinergia entre o esquema do bicheiro, o senador e o governo de Marconi Perillo.
Em conversas telefônicas, o bicheiro jacta-se da influência sobre Marconi Perillo e sempre recorria a Demóstenes Torres, vulgo "gordinho". Perillo (foto) nega relações com esquema. Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A Press
Em uma interceptação telefônica de 5 de janeiro de 2011, os agentes federais registraram uma conversa entre Cachoeira e seu principal auxiliar, Lenine Araújo de Souza, vulgo Baixinho. Na conversa, o bicheiro, a partir de um telefone em Miami, recebe a notícia de que um de seus indicados para o governo de -Goiás, identificado apenas por Caolho, acabou preterido, sem maiores explicações e aparentemente sem o conhecimento do governador. Segundo homem na hierarquia e braço operacional de Cachoeira, Souza administrava e operava o sistema de contabilidade da quadrilha. Também era responsável pelo pagamento de boa parte das propinas a agentes públicos, em troca de proteção e informação.
Torres considera-se um "cadáver político". foto: José Cruz/ABr
“Marconi, hora que souber disso (sic), vai ficar puto”, reclama o bicheiro, no telefonema a Souza. E acrescenta, a seguir: “Já mandei avisar ele (sic)”. Mas adiante, revela, por duas vezes, a ordem dada ao senador Torres para entrar no caso e falar diretamente com o governador. “O Demóstenes já está ligando para ele”, garante Cachoeira.
Mais adiante, no mesmo grampo, o bicheiro pede a Souza para tomar providências e entrar em contato com Eliane Gonçalves Pinheiro, chefe de gabinete do governador. Ela chegou ao cargo no início do ano passado, depois das eleições de 2010, na qual foi responsável -pela arti-culação do tucano para que prefeitos do PP aderissem à campanha do PSDB ao governo estadual. Até então, era ligada ao ex–secretário extraordinário de Assuntos Estratégicos de Goiás Fernando Cunha, importante liderança tucana no estado, falecido em novembro de 2011. Segundo as investigações da PF, uma filha de Cunha é casada com um irmão de Cachoeira.
Outra interferência direta do bicheiro no governo, revelada nos grampos da PF, tem relação com a atuação do coronel Vicente Ferreira Filho, comandante do 3º Comando Regional da Polícia Militar, em Anápolis. Souza refere-se à preocupação de um certo “Ananias”, provavelmente um dos prepostos da jogatina na cidade, com a atuação do oficial. “O Ananias está demonstrando preocupação com o Vicente em Anápolis, hein”, avisa.
Cachoeira informa então a providência tomada. “Já mandei (inaudível), inclusive vai falar com Marconi, hoje à tarde”, diz o bicheiro. Em seguida, tranquiliza o auxiliar sobre a possibilidade de o coronel da PM atrapalhar os negócios em Anápolis, segundo a transcrição da PF. “Não vai, não. Esse comandante pra nóis (sic), ainda vai ser bom. Cê vai ver (sic).” Não há, contudo, nenhuma acusação contra o coronel nos autos da Operação Monte Carlo.
Ciente da encrenca em que está metido, Perillo decidiu usar como desculpa a desincompatibilização do atual secretário de Meio Ambiente, Leonardo Vilela, candidato do PSDB à prefeitura de Goiânia, para mexer na equipe e apagar os rastros de Torres e Cachoeira em seus domínios. Assim, a amiga do bicheiro, Eliane Pinheiro, chefe de gabinete de Perillo, deverá deixar o cargo em breve, sob a improvável promessa de mudar de função. Outro que deve sair e colocar as barbas de molho é o secretário de Infraestrutura, Wilder Morais. Suplente de Torres, poderá assumir a vaga no Senado caso o titular venha a ser cassado.
Será uma vingança e tanto. A mulher de Morais, Andressa, o abandonou no ano passado para viver com Cachoeira. O drama matrimonial chegou a servir de desculpa para o senador Torres -justificar os 298 telefonemas que trocou com o bicheiro nos últimos seis meses. Morais também tomou medidas preventivas e afastou Leandro Gomes Candido do cargo de secretário-executivo da pasta. Candido é marido de uma irmã de Andressa.
Cachoeira se valia dos serviços do araponga Dadá (acima). Foto: Antonio Cruz/ABr
Outro da lista é o secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, indicação pessoal de Torres. Baldy é genro do empresário Marcelo Limírio, sócio do senador do DEM em uma faculdade em Goiás.  Ex-dono do Laboratório Neo Química, em Anápolis, segunda maior cidade do estado, o secretário mantém ainda uma sociedade com Cachoeira na ICF, empresa fornecedora de testes para laboratórios. Um deles, o Vitapan, de propriedade do bicheiro, era utilizado para lavagem de dinheiro do esquema de jogatina, segundo informações da PF.
“É assustador o alcance dos tentáculos da organização criminosa”, escreveu em 23 de fevereiro deste ano o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da Vara Federal de Anápolis, responsável pela condução processual do inquérito. Segundo o magistrado, “para dar suporte à exploração ilegal de máquinas caça-níqueis, bingos de cartelas e jogo do bicho em Goiás” a quadrilha de Cachoeira montou um incrível esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, contrabando, corrupção, -pe-culato, prevaricação e violação de sigilos.
Ainda de acordo com Lima, o grupo de Cachoeira era altamente “profissionalizado, estável, permanente, habitual, estruturado, montado para cometer crimes graves”. Para tal, mantinha uma “estrutura organizacional e piramidal -complexa” que funcionava graças a uma “estrutura estável, entranhada no seio do estado com, inclusive, a distribuição centralizada de meios de comunicação para o desenvolvimento das atividades, com o objetivo de inviabilizar a interferência das agências sérias de persecução”.
Logo após ser preso, o juiz determinou que Cachoeira fosse transferido para um presídio federal de Mossoró (RN) porque, na petição à Justiça Federal, os procuradores do caso temiam que ele continuasse a comandar o esquema criminoso de dentro de uma prisão de -Goiás. “Em mais de uma década, Carlinhos Cachoeira dedicou-se a comprar informações e proteção de agentes do estado vendíveis. Em outras palavras, tornou a sociedade e o próprio estado mais vulneráveis ao crime”, escreveu Lima.
Os números listados na Justiça Federal falam por si só do tamanho da investigação que une os negócios de Cachoeira com a rotina do governo de Goiás. Ao todo foram identificados como integrantes da quadrilha do bicheiro 43 agentes públicos. Desses, seis delegados da Polícia Civil, 30 policiais militares, dois delegados da PF, um administrativo da PF, um policial rodoviário federal, dois agentes da Polícia Civil e dois servidores municipais. A Monte Carlo gerou 36 volumes de interceptação telefônica, 14 volumes de inquérito policial, três volumes de sigilo bancário e fiscal, além de uma centena de relatórios produzidos pela PF.
Procurado por CartaCapital, o governador Perillo respondeu, via assessoria de imprensa, não possuir nenhuma ligação com o bicheiro. Sobre indicações de Cachoeira para cargos no governo, saiu-se com essa: “Que eu tenha sido informado, não”. Também negou ter havido pressão de Demóstenes Torres para a nomeação de apadrinhados do bicheiro no governo estadual. Por fim, negou ter iniciado uma reforma no secretariado. Seriam “apenas substituições pontuais de auxiliares que serão candidatos nas próximas eleições”.
Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal mostram intervenção de Cachoeira no governo de Goiás. Foto: Gustavo miranda/ Ag. O Globo
Enquanto isso, a agonia de Torres parece não ter fim. Na sexta-feira 23, -CartaCapital revelou em seu site que a Polícia Federal sabia desde 2006 de suas ligações com Cachoeira. Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Torres tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em aproximadamente 170 milhões de reais nos últimos seis anos. A informação consta de um Relatório Sigiloso de Análise da Operação Monte Carlo, sob os cuidados do Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF em Brasília.
Valadares foi um dos 35 presos em 29 de fevereiro na esteira da operação. Nas interceptações telefônicas feitas pela PF com autorização da Justiça, ele é chamado de Neguinho pelo bicheiro. Por estar lotado na delegacia de repressão a crimes financeiros, era responsável pelas operações policiais da Superintendência da PF em todo o estado. Ao que tudo indica, foi cooptado para a quadrilha após descobrir os esquemas de Cachoeira, Torres e mais três políticos goianos também citados por ele na investigação: os deputados federais Carlos Alberto Lereia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).
Em outro grampo da PF, revelado agora por CartaCapital, de 13 de março de 2011, Cachoeira conversa com Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, sargento da reserva da Aeronáutica, também preso durante a Operação Monte Carlo. Ele era responsável por obter informações sigilosas de interesse da quadrilha de Cachoeira em troca de um pagamento mensal de 5 mil reais. No grampo, Dadá manda o bicheiro “tranquilizar” Torres. Falava possivelmente da investigação da PF sobre o esquema criminoso.
A informação, proveniente de uma mulher não identificada na conversa, é tachada de “exagerada” pelo araponga da Aeronáutica. “Investigações a baixo nível, entendeu, só a termos de conhecimento”, diz Dadá. “Então, excelente, vou passar para o GORDINHO a informação”, diz o bicheiro. O apelido, segundo a PF, era o código para se referir ao senador do DEM nas conversas entre os dois. Até 2009, Torres pesava 103 quilos. Perdeu 30 quilos após se submeter a uma cirurgia de redução do estômago.
Os deputados Lereia, do PSDB, e Otoni, do PT, também integrariam o esquema. Fotos: Beto Oliveira e Carlos Moura/D.A.Press
Uma série de outras reportagens divulgada nos últimos dias complicou ainda mais a vida do senador. O jornal O Globo publicou transcrições de interceptações telefônicas nas quais Torres pede ao bicheiro, com quem se comunicava por meio de um aparelho de rádio registrado em Miami, 3 mil reais para pagar despesas de táxi aéreo.
O diário carioca revelou ainda que o parlamentar do DEM usou de seu prestígio para tentar remover, em 2009, um dos principais agentes de uma das investigações sobre a exploração ilegal de máquinas caça-níqueis e videopôquer chefiada por Cachoeira. Tratava-se do policial federal José Luiz da Silva. Torres solicitou ao então secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay, a transferência do agente de Anápolis, área de atuação de Cachoeira, para Goiânia.
Uma reportagem do Jornal -Nacional jogou mais cal sobre a cova do senador, que já admitiu estar “morto politicamente” por causa das denúncias. Trechos de interceptações da Monte Carlo revelam que Cachoeira, em conversa com o contador Giovani Pereira da Silva, pode ter repassado mais de 3 milhões de reais ao senador do DEM.
É possível que em breve venha à tona outra faceta do grupo: o uso de meios de comunicação para atacar adversários. Sabe-se das boas relações de Cachoeira com jornalistas de Brasília, em especial o diretor da sucursal da revista Veja, Policarpo Jr. Segundo blogs da internet, a Polícia Federal teria interceptado mais de 200 telefonemas entre o jornalista e o bicheiro durante o curso das investigações.
Nos inquéritos aos quais CartaCapital teve acesso, Policarpo Jr. é citado mais de uma vez. Em um grampo de 8 de julho de 2011, Cachoeira instrui o sargento Jairo Martins, da PM de Brasília, -para -estancar as informações repassadas ao jornalista. O bicheiro teria se chateado com algum texto publicado na revista. Martins é um famoso araponga brasiliense, acostumado a prestar serviços clandestinos no submundo da comunidade de informações. Foi ele quem, por exemplo, gravou o vídeo em que  o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho aparece a embolsar 3 mil reais de propina. Indicado pelo PTB, Marinho foi o estopim do escândalo do chamado mensalão.
O futuro de Torres depende da Pro-curadoria-Geral da República e do Congresso Nacional. Desde 2009, sem nenhuma explicação plausível, o procurador-geral Roberto Gurgel mantinha engavetado um relatório da PF referente à Operação Las Vegas, de 2008, na qual a ligação entre Cachoeira e o senador era -explicitada pela primeira vez em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça de Goiás. Diante da pressão provocada pelas revelações da Operação Monte Carlo, Gurgel foi obrigado, na quarta-feira 28, a dar seguimento à denúncia, enviada ao Supremo Tribunal Federal.
No Congresso, o destino de Torres está nas mãos do líder do PMDB, Renan Calheiros, e do presidente do Senado, José Sarney, que precisam recompor o Conselho de Ética do Senado. O órgão está acéfalo desde setembro de 2011, razão pela qual ainda não se pode apreciar a representação contra Torres apresentada na quarta-feira 28 pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL). Segundo Rodrigues, está claro que Cachoeira mantém relações “amplas, gerais e irrestritas” com Torres e outras autoridades.
Tão logo o impasse burocrático seja resolvido, o processo de cassação do senador goiano, dado como certo até pelos aliados mais próximos, vai ser iniciado. Torres renunciou à liderança do DEM no Senado e corre risco de ser expulso do partido.

Um bloco ou um degrau? Vendedor, você escolhe!



Por que há vendedores que constroem sucessivos degraus, enquanto outros insistem em produzir blocos para tropeçar?



Começo este texto pedindo licença ao incrível Jeffrey Gitomer, autor do livro “A Bíblia de vendas”, para citar uma de suas frases: “Você recebeu um saco de cimento e um balde de água. Você pode construir um degrau para subir ou um bloco para tropeçar. A opção é (e sempre foi) sua”.

Esta frase já seria o suficiente para transmitir a mensagem a que me proponho e encerrar este texto, mas acho pertinente fazer algumas observações a respeito deste assunto. Por que há vendedores que constroem sucessivos degraus, enquanto outros insistem em produzir blocos para tropeçar?

A resposta é simples: vendedores que constroem degraus são aqueles que buscam soluções para os problemas. Eles estão mais interessados em aprender do que se lamentar. Aproveitam cada oportunidade para extrair uma lição, encontrar uma saída e progredir na estrada do sucesso.

Vendedores medíocres perdem tempo e energia lamentando os fracassos e por isso não enxergam alternativas para o cimento, a não ser aquela de construir blocos e mais blocos e tornar o obstáculo mais difícil de ultrapassar.

A notícia boa é que você (somente você) tem o poder de escolher entre encarar o mercado ou se esconder dos problemas. O cimento está em suas mãos. O que parece mais fácil de construir? Apenas lembre-se de que construir blocos escondem o objetivo.

Construir degraus te deixa mais próximo do pódio. E por falar em pódio, nos encontramos lá em cima. Para o alto e avante! Boas vendas e vamos em frente :-)

André Vinícius

Contato virtual e relação informal


Confira cinco dicas para melhorar sua estratégia de comunicação com os clientes utilizando a internet como canal de relacionamento e vendas.

Há muito tempo que venho batendo na mesma tecla quando se fala em relacionamento com o Internauta: “É preciso usar a informalidade nas relações para que a frieza da Internet não venha a afastar o internauta”.
Chega de e-mails com títulos: “Prezado, senhor, Caro, etc”. Isso é muito bom respeitando o tipo de mensagem que deseja enviar e na obrigatoriedade da formalidade.  Fora isso, por favor, vamos abolir a frieza na relação com o usuário que prestigia nosso site.
Precisamos de calor humano. O que acha de utilizar frases informais e mais amigáveis, tais como: “Olá, Oi, tudo bem? Como está? Como vai o trabalho e a família? E as vendas, como estão?”
A informalidade e personalização das mensagens aproxima mais o internauta. Ele sabe que ali do outro lado existe uma pessoa que, assim como ele, é dotado de emoções, sentimentos, possui problemas, tem sonhos e objetivos. O contato é de pessoa para pessoa e não de máquina para ser humano.
Quando você estabelece um contato utilizando a informalidade, chamando o internauta pelo nome, o receptor tem em mente que você se preocupou em ceder algum tempo para responder a mensagem dele. Neste momento ele se sente importante e isso cria uma empatia entre o internauta e você.
Com esta forma de comunicação você assume um papel muito mais importante na vida do receptor. Você deixa de ser um desconhecido para se tornar alguém próximo e que o internauta pode contar. A seguir algumas dicas para dar um toque pessoal ás suas mensagens virtuais:
Chame as pessoas pelo nome – No livro ”Como fazer amigos e influenciar pessoas”, escrito pelo Dale Carnegie, o autor cita que não existe palavra mais importante para as pessoas do que o próprio nome. Cite o nome das pessoas quantas vezes for necessário na mensagem, porém cuide para não exagerar e parecer algo forçado.
Seja gentil – Mostre gentileza ao redigir a mensagem. Trate o internauta como gostaria de ser tratado.
Se preocupe com o sucesso dos outros – Mostre que você se preocupa com o sucesso do internauta. Dê algumas dicas, mostre que você tem interesse em ajudá-lo, indique uma matéria, um artigo, um conteúdo de interesse. Escreva algo pessoal como: “Tudo bem João, estava dando uma pesquisada na Internet e achei muito bom este artigo sobre marketing. Creio que isso posso ser útil para você e seu trabalho. E aí, como andam as coisas?”.
Incentive o Internauta – Agradeça pela mensagem. Coloque-se a disposição para futuros contatos. Encoraje o internauta a sempre entrar em contato. Ofereça seu MSN, telefone, skype. Mostre que você está receptivo e disposto a manter um contato.
Assine embaixo  – Não esqueça de citar seu nome completo, sua função e qualquer outra informação relevante. Assine todas as mensagens para dar aquele toque pessoal.
Com pequenas atitudes como esta você está muito mais propenso a fazer amigos e fechar excelentes negócios através do seu site. Bom trabalho e bons negócios!


André Vinícius é palestrante de vendas com expertise em desenvolvimento de pessoas, negociação, e marketing digital (Cursos online e palestras). É pós-graduando em Marketing e Empreendedorismo. Possui MBA em Gestão de Pessoas e certificação nacional em vendas. (Currículum) É colunista na área de negócios e mercado imobiliário em dezenas de mídias impressas e eletrônicas do país (mídia). Autor dos Livros: O melhor do desenvolvimento pessoal e empresarial (Editora Dracaena) e Carreira e Negócios: 350 dicas para construir uma história de sucesso (Editora Dracaena).

Uma nova onda no mercado imobiliário já começou.



Pode tomar nota: redes imobiliárias, marcas unificadas e maior valorização financeira do corretor no processo são os primeiros passos para quem quiser surfar essa nova onda.
Diversos setores da economia brasileira mudaram muito nos últimos dez anos. Foram fusões, aquisições, novos concorrentes, preços mais baixos, preços mais altos… Enfim, setores que passaram transformações, por um mesmo motivo, fazem parte de uma aldeia global e existe uma organização econômica que se espalha pelo mundo e que aos poucos vai equalizando as relações de mercado.
No Brasil e no mercado imobiliário não será diferente. Surgiram as empresas de capital aberto, fusões e aquisições com empresas internacionais no setor de construção e incorporação. Soma-se a isto a chegada das grandes redes de franquias imobiliárias.
Esta última categoria traz, em minha opinião, uma mudança importante na base da pirâmide desse setor. Um exército de profissionais e empresários imobiliários está entrando em uma nova onda: a das redes imobiliárias. Por que eu digo que essa é uma nova onda? Principalmente porque traz em si, além do trabalho compartilhado, VALORES, além de um CÓDIGO DE ÉTICA e CONDUTA que vai realmente profissionalizar o mercado imobiliário brasileiro e nos fazer chegar aos NÚMEROS que podemos. Por incrível que pareça e apesar do mercado imobiliário brasileiro parecer enorme, você ficaria surpreso em saber que grande parte dele é puro potencial, mas que necessita de um agente transformador na base, onde estão as empresas imobiliárias e corretores formais (e informais) que existem em nosso país.
O negócio imobiliário na base da pirâmide, foi e é assim em todo o mundo, nasce com as mesmas características. São empresas familiares de baixo custo e ótima rentabilidade que normalmente levam o nome do empresário como marca por conta da sua boa penetração política e geográfica na região onde atua; e assim, a tradição, o conhecimento e a influência acabam determinando o sucesso da empresa.
Muito bem, o segundo momento na evolução desse mercado é o compartilhamento, onde os empresários percebem que o seu poder de influência diminui na medida em que existem outras empresas com tradição e conhecimento disputando mercado na mesma região. Então, eles se unem muitas vezes de maneira informal, em outras, criando redes bem estruturadas, mas sempre com um objetivo: manter o poder de influência e proteção de seu mercado para evitar novos entrantes. É comum vermos redes imobiliárias que simplesmente param de crescer porque se sentem donas de uma região geográfica.
Mas uma nova onda começou no Brasil, num primeiro momento de forma tímida, mas vai fazer com que muitas empresas, simplesmente avancem da fase um para a fase três, quatro ou cinco. Isso porque a realidade do mercado imobiliário com o crescimento econômico somado à velocidade de informação e tecnologia permite isso. Novos entrantes, novos empresários estão se estruturando para trabalhar de forma mais equalizada com o resto do mundo. Quando digo resto do mundo, estou falando de mercados imobiliários mais desenvolvidos como o americano e o de alguns países europeus.
Nessa nova onda, as redes e o compartilhamento de informação estabelecem o poder de influência e penetração geográfica, a marca unificada dá a musculatura para um iniciante que muitas vezes empresas com anos de mercado não conseguem ter. Isso tudo é muito rápido! Essa transformação vai ocorrer muito mais cedo do que alguns imaginam, porque ela não depende de um modelo que indique um caminho, ela é o próprio caminho e assim não depende que alguém mostre como fazer, ela é feita a todo tempo, em todo lugar, na mesma velocidade em que o mercado imobiliário cresce.