segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Eleição de suspeitos, por Ricardo Noblat



Nunca antes na história do Congresso a eleição para presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados reuniu num mesmo ano candidatos tão descaradamente suspeitos de corrupção – no caso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Uma vez eleitos, o mais comum é que os ocupantes dos dois cargos acabem acusados por crimes menores. Do tipo o emprego de parentes.


Houve uma exceção recente: Severino Cavalcanti (PP-PE), conhecido na época como o Rei do Baixo Clero, renunciou à presidência da Câmara porque se tornou público em 2005 que recebera um mensalinho de R$ 10 mil pago por um concessionário de restaurantes.
Baixo Clero era a turma dos políticos fisiológicos dedicados a extrair vantagens financeiras do mandato.
A turma cresceu tanto que a denominação perdeu o sentido.
O Senado, que não tinha Baixo Clero, hoje tem. Algum culpado em especial?
Bem, José Sarney estava destinado a passar à história como o presidente da redemocratização do país.
Goste-se ou não dele, Sarney contribuiu para remover o entulho autoritário deixado por 21 anos de ditadura e alargou o quanto pôde os limites da liberdade.
Não importa que assim tenha procedido mais por fraqueza do que por força. Poderia ter atrapalhado se quisesse. Não quis.
Tinha direito a um mandato de seis anos, por exemplo. Tentaram subtrair-lhe dois anos. Cedeu um.
Agora, Sarney parece condenado a passar à história como o presidente da desmoralização do Senado. Ninguém presidiu tanto o Senado e influenciou tanto o seu destino nos últimos 17 anos como Sarney.
O primeiro mandato dele como presidente do Senado transcorreu entre 1995 e 1997.
Sarney fez seu sucessor – Antonio Carlos Magalhães, que presidiu o Senado por dois mandatos consecutivos. Renunciou ao segundo mandato para não ser cassado. Violara o sigilo dos votos durante uma sessão.
Sarney votou em Jáder Barbalho, ministro da Previdência Social do seu governo, para suceder Antonio Carlos.
Acusado de ligação com o desvio de dinheiro do Banco do Estado do Pará, Jáder acabou obrigado a renunciar ao mandato para escapar de ser cassado por quebra de decoro.
Edison Lobão, homem de confiança de Sarney, presidiu o Senado em seguida. E aí deu lugar novamente a Sarney entre 2003 e 2005.
Renan Calheiros comandou o Senado de 2005 a 2007 apoiado por Sarney. Não chegou a completar o mandato: renunciou à presidência para driblar o risco de perder o mandato de senador. Descobriu-se que o lobista de uma empreiteira pagava a pensão devida por Renan à mulher mãe de uma filha dele fora do casamento.
Renan tentou provar que tinha gado suficiente para justificar seu patrimônio. A Polícia Federal constatou que não.
Na última sexta-feira, o Procurador Geral da República denunciou Renan ao Supremo Tribunal Federal por uso de notas fiscais frias.
Por mais duas vezes, Sarney presidiu o Senado – de 2009 até hoje.
Renan está prontinho para sucedê-lo. Nada o ajudou mais para se eleger outra vez presidente do Senado do que a CPI do Cachoeira.
Ali, ele se empenhou em salvar a pele dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF), Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, jornalistas e do próprio Cachoeira. E conseguiu.
A garantia da eleição de Renan para a presidência do Senado e a de Henrique para a presidência da Câmara repousa na identificação irretocável dos dois com a esmagadora maioria dos seus pares.

Amores de Carnaval, por Téta Barbosa



Pensei ter ouvido o som da campainha. Ou foi uma batidinha de leve na porta?
- Quem é?
No lugar da resposta, veio de lá um som de alfaia*. Tímido ainda.
Girei a chave, lentamente, para encontrar, ali de pé, o Carnaval.
Esse ano ele chegou cedo. Bateu na porta, sem cerimônia, assim como quem já é de casa, e foi entrando vida adentro. Eu recebi o visitante como convidado de honra; peguei cadeira, servi suco de cajá e puxei conversa. No que descobri, para abalo moral do meu ego carnavalesco, que não sou a única amante, pelo menos não a maior, da folia de momo.
O Carnaval, um cronista nato, desenrolou ali, bem na minha frente, o fio das histórias e amores da folia. Começou por Fabiano e Adriana que, não se contentando em começar o namoro num dia de Carnaval, decidiram casar, com padre, madrinhas, padrinhos e pajem, num sábado de Zé Pereira, bem na concentração do bloco Eu Acho É Pouco.
Teve marcha nupcial tocada ao som dos clarins da orquestra de frevo, enquanto a noiva subia triunfante com seu vestido vermelho e amarelo (as cores do bloco), a ladeira do Mosteiro de São Bento.

 

Já Lígia e Walmir quase se separaram durante a folia. E a culpa, avisou o Carnaval, foi do jornal.
Não é que Lígia tinha feito uma promessa de não brincar o Carnaval? Walmir, seu namorado na época, fingiu ser solidário e avisou que iria para a casa dos pais, na praia, descansar. Final feliz, não fosse a foto de Walmir, no dia seguinte, na primeira página do jornal, estampando a matéria do Galo da Madrugada!
Lá estava ele, fantasiado e sorridente, bem na manchete principal. Lígia é que não ficou tão feliz, mas quem manda fazer promessa logo nos dias de momo? Hoje, 20 anos e três filhos depois, eles só brincam juntos!
E juntos também, brincaram Déo e Bete, durante 40 anos de casados. E brincaram tanto que a festa das Bodas de Esmeralda foi no domingo de folia, como manda a tradição do casal folião, em plena Rua do Bom Jesus, entre blocos líricos e frevo canção. E, para oficializar a festa, o estandarte com os dizeres: eu topava mais quarenta.


O Carnaval, assim como sentou, levantou. Sacudiu a poeira da saudade e saiu, levando consigo suas histórias e amores.
E você, o que ainda está fazendo na frente desse computador? Vai atender a campainha, meu senhor, que o Carnaval já está batendo na porta.
*Alfaia – Instrumento musical de percussão usado no Maracatu pernambucano.

Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa ali e fora dali. Escreve aqui sempre às segundas-feiras sobre modismos, modernidades e curiosidades. Ela também tem um blog - Batida Salve Todos

CRÔNICA Cartas de Londres: a capital do país da jogatina intelectual



Quando se fala nas casas de apostas do Reino Unido fica parecendo que elas são uma cultura em si mesmas.
Afinal, ali as possibilidades são centenas: podem valer dinheiro os resultados de futebol do mundo todo, as corridas de cavalo e até um murro que um deputado com fama de violento der em algum eleitor (sim, isso aconteceu). Mas a verdade é que os britânicos são tarados por qualquer tipo de jogo. Se envolver conhecimento, melhor ainda.
Em seis meses fui a cinco festas de britânicos. Em todas as dúvidas eram três: o que vamos beber, comer e jogar. Nos primeiros itens o acordo sempre foi rápido: porcarias para petiscar e cerveja ou vinho para bebericar. A disputa em todas foi decidir qual seria a diversão da noite. Cada um queria jogar o que conhecia melhor.
Um dos preferidos é um jogo de tabuleiro chamado Articulate. Para mestrandos em jornalismo na casa dos 25 anos de idade (eu sou o mais velho), muitos sem experiência, mostrar conhecimento geral nessas partidas só não é mais importante do que fazê-lo em sala de aula. (Foi também nessa brincadeira que vi um estrangeiro bem-educado chutar que a capital do Brasil é Buenos Aires. Perdoei.)
Sábado em muitos bares é dia dos famosos “quiz”. Amigos se juntam para disputar um prêmio que muitas vezes acaba no próprio pub, em pedidos infinitos de cerveja.
Os que não gostam dessa modalidade podem jogar em um caça-níqueis de conhecimentos gerais, sob um tema do Banco Imobiliário local. Os mais espertos e resistentes chegam a tirar umas 10 libras depois de uma boa hora respondendo (o equivalente a R$ 35 ou três pints de cerveja barata).
Os pais dos meus colegas parecem ter superado a busca pelo conhecimento: jogam em cassinos, todos legalizados. Nas noites de domingo eles fazem um assado -- é assim que chamam churrasco por aqui -- e recebem amigos para jogar pôquer, sempre apostando valores baixos.
Também há quem goste de tentar ganhar dinheiro na versão online de todas essas modalidades. “A graça é beber juntos, rir das bobagens que desconhecemos”, me conta um colega.
Numa frase ele resumiu o que mais respeito nos londrinos: a vontade de saberem mais e a capacidade de rirem de si mesmos.

Maurício Savarese é mestrando em Jornalismo Interativo pela City University London. Foi repórter da agência Reuters e do site UOL. Freelancer da revista britânica FourFourTwo e autor do blog A Brazilian Operating in This Area  Twitter: msavarese. Email: savarese.mauricio@gmail.com. Maurício estará conosco todas as segundas-feiras.

Henrique Eduardo Alves imita Temer e promete acabar com a imagem de vagabundagem dos deputados, o que realmente é missão impossível



Carlos Newton
As eleições para as presidências da Câmara e do Senado estão ficando cada vez mais patéticas, a ponto de o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) prometer usar a TV Câmara para acabar com a imagem de “vagabundagem dos deputados” no país.
“Ela [TV] precisa acompanhar os parlamentares nos finais de semana, para que eu não veja mais fotos nas sextas e segundas-feiras do plenário vazio, dando imagem de que é vagabundagem dos deputados, e não é”, disse o parlamentar em Salvador, onde foi buscar a confirmação do apoio de 32 dos 39 deputados federais baianos, vejam como um político comprovadamente como Alves, denunciado por evasão de divisas pela própria ex-mulher, é festejado e prestigiado por seus pares.
A promessa é totalmente furada e também foi feita pelo então deputado Michel Temer (PMDB-SP), quando fazia campanha para presidir a Câmara no governo FHC. Era tudo conversa fiada, porque a TV Câmara não tem verbas nem equipes de reportagem para enviar a todos os Estados com a missão de “acompanhar os deputados trabalhando em suas bases”, como propõe demagogicamente Henrique Eduardo Alves.
Temer disse à época que a medida não geraria “cabide de empregos” nem seria dispendiosa, graças a possíveis convênios com TVs de Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, que também não têm recursos financeiros nem equipes sobrando.
FRACASSO TOTAL
Diante da impossibilidade de cumprir a promessa de Temer, a direção da TV Câmara então pediu para os deputados produzirem seu próprio material, que seria editado pela emissora. Segundo a Folha, em quatro anos, só um parlamentar enviou material, mas sua reportagem jamais foi transmitida.
O diretor de divulgação da TV Câmara, Sérgio Chacon, disse à Folha que o deslocamento de uma equipe no fim de semana é caro. Citou ainda como dificuldade o fato de congressistas alterarem suas agendas com frequência.
“A Câmara é muito rígida com os gastos, tem que fazer uma série de justificativas. Ainda tem problema de ordem ético, porque não pode fazer um negócio que beneficie apenas alguns. Tudo aqui se pauta pela proporcionalidade partidária, e teríamos dificuldade de compatibilizar com as viagens”, disse.
Traduzindo: a irresponsabilidade e a demagogia barata continuam a predominar na eleição para a presidência da Câmara. E no Senado, com Renan Calheiros (PMDB-AL) já praticamente eleito por antecipação, a realidade é a mesma. Inacreditavelmente.

Movimentos populares promovem campanha ‘Diga não a Renan’



Carlos Newton
O Movimento 31 de Julho, que promove ações para combater a corrupção na política e criou o prêmio Algemas de Ouro, que já apontou Sarney e Lula como os maiores corruptos brasileiros na atualidade, lançou a campanha “Diga Não a Renan”.
Em parceria com a ONG Rio de Paz, os participantes do movimento promovem um abaixo-assinado na internet para pedir aos senadores que não escolham o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como próximo presidente da Casa. A eleição será realizada na próxima sexta-feira, 1º de fevereiro.
Os grupos pedem que os senadores “elejam um presidente ficha limpa” e esperam conseguir 3 mil assinaturas. Nas últimas semanas, uma série de denúncias foram publicadas pela imprensa contra Renan. Na quarta-feira, 23, por exemplo, o Estadão mostrou que a Construtora Uchôa, de aliados políticos de Renan, faturou nos últimos dois anos R$ 70 milhões em recursos do programa Minha Casa, Minha Vida em Alagoas. A candidatura do senador, no entanto, tem apoio do seu partido e aval do PT e do Planalto.
“Graves denúncias pesam sobre a vida política de Renan e é inaceitável que ele retome um dos mais altos postos da República antes que tudo seja esclarecido”, diz a petição. Milhares de pessoas já assinaram o documento, que será levado ao Senado por representantes das ONGs .

Santa Maria (RS), 27 de janeiro



Casa Civil decide hoje se autoriza processo disciplinar contra Rose, a companheira preferencial de viagens do então presidente Lula



Carlos Newton
O clima é de suspense. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, decide hoje se haverá processo disciplinar contra Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, diante da conclusão a que chegou a comissão de sindicância criada pelo governo federal para investigar a conduta da companheira de viagens do então presidente Lula, que com ele visitou 32 países em menos de três anos (sempre na ausência da primeira-dama Marisa Letícia, vejam só que coincidência).
Em Brasília, circula a informação de que Gleisi Hoffmann deve determinar o processo disciplinar, que pode ser conduzido pela Corregedoria da Presidência da República ou pela Controladoria Geral da União.
Como se sabe, Rosemary foi indicada para a chefia de gabinete da Presidência ainda na gestão do presidente Lula. Ela foi mantida no cargo pela presidente Dilma até 24 de novembro, um dia após a Polícia Federal deflagrar a operação Porto Seguro e vasculhar a sala dela no gabinete que ocupava.
SINDICÂNCIA
A comissão de sindicância do governo federal foi instituída para apurar a atuação dos agentes federais envolvidos no esquema de venda de pareceres técnicos e tráfico de influência, principalmente em agências de regulação.
A decisão foi tomada após análise de documentos da operação Porto Seguro, que investigou a fraude na estrutura do governo federal. Segundo as investigações da PF, a ex-chefe de gabinete usou o cargo para influenciar decisões do então presidente Lula relativas ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal.
Rosemary é acusada de crimes de corrupção e formação de quadrilha. Por decisão da 5ª Vara Criminal federal de São Paulo, está proibida de deixar o país. Ela foi exonerada da chefia de gabinete, e o processo disciplinar pode proibi-la de ocupar novamente um cargo público, de se candidatar nas eleições, tornar seus bens indisponíveis e até mesmo obrigá-la a ressarcir o erário de prejuízos, mesmo não sendo servidora pública concursada.
Se for confirmada a condenação no processo disciplinar, Rosemary Noronha também poderá ter a aposentadoria relativa ao tempo de serviço público cassada, de acordo com a Lei 8.112 de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores civis da União. Sem falar, é claro na condenação pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e tudo o mais.

PT aproveita opção entre Dilma e Lula para crescer mais



Pedro do Coutto
O pronunciamento do deputado Rui Falcão, presidente do PT, de que o partido está plenamente unido e empenhado na reeleição da presidente Dilma Rousseff, reportagem de Gustavo Uribe e Tatiana Farah, O Globo de sábado 26, e o encontro em São Paulo entre a atual e o ex-presidente, são fatos convergentes no cenário político, destinados a impulsionar a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
Entretanto, não se pode negar a existência de uma dualidade que fornece mais força ao partido. Afinal qual a legenda que dispõe de dois nomes para disputar as eleições? Assim, toda vez que ressurgir no noticiário o nome de Lula admitindo que poderá ser ele o candidato, mais a legenda crescerá.
A candidata deve ser mesmo Dilma, mas a especulação é própria da política. Ela deu um sinal importante ao destacar a importância da parceria administrativa com o governador Geraldo Alckmim para a construção de um centro de treinamento voltado para os Jogos Paraolímpicos. Não se mostrou atingida por críticas recentes do governador, pelo contrário, foi bastante cordial em suas palavras. Os desafios – disse – são melhor enfrentados em conjunto.
Acendeu, portanto, uma luz no fim em torno de Alckmim, igualmente candidato à reeleição, demonstrando não ser impossível que ela dispute o plano federal sem hostilizá-lo na esfera estadual. Mas não será tarefa fácil porque o PT certamente lançará uma candidatura forte ao Palácio dos Bandeirantes. Sobretudo porque São Paulo, com 22% dos votos em seu território, é o maior colégio eleitoral do país.
Seus quadros partidários reagiriam negativamente a uma relativa neutralidade e isso afetaria a campanha presidencial. De qualquer forma, o Palácio do Planalto vai desenvolvendo suas articulações, acenando aqui e ali, e com isso ocupando espaço cada vez maior nos jornais e nas redes da Internet, cuja força é inegavelmente cada vez maior.
E A OPOSIÇÃO?
A oposição, enquanto isso, reage pouco e ainda não se definiu completamente a respeito de quem será seu candidato. Todos presumem ser Aécio Neves, cujo nome inclusive foi lançado abertamente pelo ex-presidente Fernando Henrique. Porém falta uma definição maior e mais ampla.
Aécio Neves, senador por oito anos, corre livre de, caso derrotado, ficar sem mandato. Este aspecto é muito importante para o desdobramento de qualquer campanha. Que poderá temer? O que poderá preocupá-lo? Disputando pela oposição estará inclusive tornando-se mais conhecido nacionalmente e poderá disputar novamente em 2018. Juventude não lhe falta. É um homem em torno de 50 anos, talvez uma pouco mais, jovem portanto para muitas campanhas.
Se o governador Eduardo Campos também disputar em 2014, a luta será entre Aécio e ele para decidir quem irá ao segundo turno, claro, se houver segundo turno. Tudo indica que sim. Houve tanto em 2002 quanto em 2006 e 2010. O quadro aparentemente não comporta outros nomes. Mas, como disse no início do artigo, só o PT possui dois. E oscilando entre Dilma e Lula, a legenda vai em frente. Mas hoje os sintomas são de que Dilma disputará a reeleição. Lula será candsidato a qual posto? Mas vai disputar o Senado ou a Câmara, assegurando grande votação à legenda do PT. Vamos esperar e ver. Enquanto isso, Lula organiza as comemorações pelos dez anos do partido no poder. Convidou Dilma que estará lá. Nem poderia deixar de estar. Afinal quem está no governo é ela. E com popularidade alta.

Caixa Econômica cria supercargos para abrigar PSD e aliados de Kassab



Alana Rizzo e João Domingos (O Estado de S. Paulo)
O Palácio do Planalto vai aumentar o loteamento político de vagas na Caixa Econômica Federal para abrigar o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab. Além do Ministério da Micro e Pequena Empresa, prometido ao vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, o PSD deverá receber também uma vice-presidência da Caixa que está em fase final de criação, com o mesmo nome do futuro ministério.
O novo desenho da Caixa deverá ficar pronto até o próximo mês, segundo fontes do banco. Terá duas novas vice-presidências – além da de Micro Empresa, será criada outra voltada para a habitação, que ficará sob o comando do PT – e dez novas diretorias, sendo que algumas delas também serão distribuídas a aliados de Kassab.
O PSD, oficialmente reconhecido pela Justiça Eleitoral em 27 de setembro de 2011, tem 49 deputados e dois senadores, e é tido como fundamental montagem da base aliada nos últimos dois anos do mandato da presidente Dilma Rousseff.
A reformulação do organograma também prevê a separação das áreas de habitação e saneamento, sendo que um setor será específico para habitação popular. A nova estrutura será submetida à presidente Dilma assim que ficar pronta.
SEM RAZÕES POLÍTICAS…
A Caixa nega que o redesenho tenha razões políticas. Por meio da assessoria de imprensa, a Caixa informou que adotará um novo modelo de gestão para adequar o banco a seu novo perfil – mais competitivo e mais agressivo no mercado.
Segundo a Caixa, o processo está em gestação há cerca de um ano e é acompanhado pela maior consultoria de inteligência empresarial que existe no Brasil, a McKinsey. O novo modelo é para atender questões de ordem técnica de interesse do banco, afirma.
Compensações. Para compensar o PT por ceder lugares ao PSD no comando da Caixa, há hoje um movimento para fortalecer os nomes ligados à sigla dentro do banco: José Urbano, vice-presidente de Governo e Habitação; Marcos Vasconcelos, vice-presidente de Gestão de Ativos e Terceiros; e Márcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais.
MAL-ESTAR…
A reformulação estudada nos bastidores está gerando profundo mal-estar entre os dirigentes da instituição e entre os partidos que já dividem as fatias do comando da estatal.
O PMDB, que tem dois vice-presidentes – Geddel Vieira Lima, de Pessoa Jurídica, e Fábio Cleto, de Fundos de Governo e Loterias – deverá perder poder. A vice-presidência de Micro e Pequenas Empresas, que será destinada ao partido de Kassab, surgirá com o desmembramento do setor que é dirigido por Geddel Vieira Lima.
As obras físicas para abrigar a nova vice-presidência já estão prontas no edifício-sede da Caixa, na parte central de Brasília.
O loteamento da Caixa tem servido para saciar a sede dos partidos aliados por cargos, mas também alimenta a disputa entre eles. Há pouco mais de um ano a presidente Dilma cogitou demitir Fábio Cleto depois de receber informações de outros dirigentes de que ele vinha alimentando uma rede de intrigas dentro da instituição. Cleto foi indicado pelo deputado Eduardo Cunha (RJ), favorito para assumir a liderança do PMDB na Câmara. A presidente não tem boa relação política com Eduardo Cunha. Cleto só não foi demitido porque a cúpula do PMDB agiu para segurá-lo no cargo.
A Caixa tem sido controlada pelo PT. De 1993 a 2002, o atual presidente da instituição,Jorge Hereda, foi secretário de gestões petistas em Diadema e Ribeirão Pires e também presidente da Companhia de Habitação de São Paulo (Cohab). Com a eleição de Lula em 2002, Hereda mudou-se para Brasília e ocupou a Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades até 2005. Em seguida, foi para a vice-presidência de Governo da Caixa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, de econômica a Caixa não tem mais nada. A gastança para abrigar novos aliados parece não ter limites, exatamente como aconteceu no caso da “compra” do Banco Panamericano por ordem de Lula, para salvar Silvio Santos às custas do povo, tudo por dinheiro, como diz o simpático e oportunista apresentador. E a presidente Dilma, chamou o PSD usando o slogan da instituição financeira (que pertence ao Estado e não governo) e dizendo: “Vem pra Caixa você também, Kassab”. Como diz o Helio Fernandes, que maravilha viver usando os recursos públicos. (C. N.)

Desobediência civil – a pedido de José Dirceu, a CUT aceita organizar evento pedindo para anular julgamento do mensalão



Carlos Newton
A CUT-RJ e o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé convocam “para o ato pela anulação do julgamento da Ação Penal 470, devido aos notórios e graves erros cometidos pelo STF”. O evento acontecerá na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na próxima quarta-feira, a partir das 19 horas.
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/files/2012/11/DukeDirceu.jpg
O ato “Pela anulação do julgamento do mensalão” tem o ex-ministro José Dirceu como “convidado especial”. Ao lado dele, estarão na mesa de debates o jornalista Raimundo Pereira, editor da revista Retrato do Brasil; a dirigente petista Fernanda Carísio, da Executiva do PT-RJ e ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio; o jornalista Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé; o advogado Adriano Pilatti, professor da PUC-Rio, e a jornalista Hildergard Angel.
“GRAVES ERROS DO STF”
O ato consistirá num debate “sobre os graves erros do STF” na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Lima diz que não teme ver a central vinculada com defesa da impunidade: “A CUT teme ser cúmplice de uma injustiça”.
“Conheço, do PT, todos os envolvidos. Tenho absoluta certeza de que nenhum deles colocou nenhum tostão no bolso. Justiça episódica é sacanagem. Se for para todo mundo, a gente até embarca”, disse à Folha José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ e um dos organizadores do ato, voltando a defender a tese de que o mensalão foi apenas caixa dois de campanha, como se isso não representasse crime algum.
“Não há uma única campanha política no país nos últimos 50 anos que tenha sido limpa. Não defendo corrupção nem discuto descumprimento de regras. Por que diabo valem para o PT as regras eleitorais e não para os outros? Tenho de fazer campanha vendendo camisa, bóton e santinho do PT. Os outros podem fazer caixa dois que não acontece nada?”, argumentou o diretor da CUT-RJ, cheio de indignação.
SAMBA DE UMA NOTA SÓ
O debate que Dirceu mandou organizar e que se repetirá em outras capitais, incluindo Brasília, é uma espécie de samba de uma nota só, sem a genialidade dos compositores Tom Jobim e Newton Mendonça. A mesa de debates não terá nenhum participantes que defenda a posição do Supremo no julgamento do mensalão. Ou seja, não haverá debates, todos defendem a mesma posição.
Constata-se que Dirceu perdeu a noção do ridículo. Tanto assim que está sendo apoiado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. Como todos sabem, o jornalista Aparicio Torelly, Barão de Itararé, sempre foi um humorista e vereador da maior dignidade, que teve uma vida exemplar, nunca se meteu em corrupção e vivia modestamente num pequeno apartamento no bairro de Laranjeiras.
Quanto a Dirceu, é hoje um pobre menino rico, que ganhou fortunas fazendo tráfico de influência (perdão, dando consultorias) para empresários tipo Eike Batista, mostrando a eles o caminho das pedras e do pré-Sal, conforme denúncia publicada aqui no Blog com detalhadas declarações do ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer,  um intelectual de primeira linha que, decepcionado, abandonou o PT.
Ver a CUT a serviço de Dirceu chega ser patético e mostra que o Brasil está mesmo de cabeça para baixo. Ao invés de defender os trabalhadores, a maior Central do país se empenha em defender um criminoso vulgar como Dirceu. Mas que país é esse, Francelino?

Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)



Charge do Sponholz



Lula ficou preocupado com a repercussão da afirmação, “serei candidato em 2014”, colocou na rua todo o Instituto Lula, não conseguiu desmentir. Dilma vibrando.



Helio Fernandes
Tenho deixado bem claro que agora ninguém mais segura o processo de discussão dos presidenciáveis de 2014. Na Primeira República não havia controvérsia, o paulista que assumia já sabia o nome do paulista que ia substituí-lo. Depois, duas ditaduras, uma de 15 anos, outra de 21, não havia sucessão.
Contando nos dedos, os nomes e números são muito poucos. A partir de 1998, com a reeleição inconstitucional, a renovação ficou cada vez mais restrita. Com o presidente no cargo, usando toda a potência da máquina, é difícil perder.
Pelo menos nas duas únicas oportunidades de reeleição, quem estava no cargo, continuou. FHC, que comprou o segundo mandato, e Lula, que usufruiu da modificação. O ex-presidente pode dizer, agora sem qualquer dúvida, que não sabia nada do que foi feito por FHC, em benefício próprio.
Surgiu, então, a terceira oportunidade de um presidente no cargo, tentar se manter. No caso de FHC só houve perplexidade, desconfiança e acusação. No de Lula, a ratificação mais do que esperada. Agora, com Dona Dilma, a repercussão é mais rumorosa. E antecipada. Envolve seu partido (qual?), o grande eleitor e patrocinador, menos adversários.
Por que tanta controvérsia e mudança de convicção? É que Dona Dilma, seguindo o mau exemplo de FHC e Lula, deveria ter garantido o segundo mandato. Mais convincente ainda por não ter, fora do PT, nenhum adversário. Sua reeleição deveria ser defendida pelo próprio Lula, que inventou-a para a primeira locação do Planalto-Alvorada.
Mas a nostalgia do Poder e a certeza de que é invencível levaram Lula a afirmações impensadas e apressadas. A mais contestada: “Serei candidato em 2014”. Manteve o grande eleitor de Dona Dilma na condição de grande eleitor, mas dele mesmo.
O SENHOR DOS ANÉIS
Isso gerou mais confusão do que controvérsia, eis o senhor dos anéis na defensiva, mesmo que aleatória e enganadora. A maioria sabe ou admite que é apenas a tentativa de abafar a repercussão. Lula não mudou um milímetro a sua perspectiva, vá lá, esperança no futuro. E jogou, no desmentido, toda a cúpula do Instituto que leva seu nome.
Surgiram apenas disparates, tolices, defesa do chefe amado idolatrado, nenhuma explicação pelo menos com um traço de credibilidade. Cada um cumpria sua obrigação, redigia algumas laudas, “batia o ponto” no emprego do Instituto e ia embora. Como dizia o grande Ascenso Ferreira (conterrâneo de Lula), “pernas por ar que o corpo não é de ferro”.
O primeiro a falar foi Paulo Okamotto, não por ser o mais servil, mas pela hierarquia, é presidente do Instituto. Exagerou na trivialidade, o que fazer? “O candidato de Lula em 2014 se chama Dilma Rousseff”. E para ficar invicto na tolice, acrescentou: “Não descartamos uma eventual candidatura de Lula em 2018”. “Nós” quem? Em 2018 Lula estará com 73 anos, arriscadíssima essa afirmação sem nenhuma base.
Outro diretor do Instituto Lula entregou seu trabalhoso esforço de desmentido, era Paulo Vannuchi. Foi menos reticente e mais audacioso. Assimilou o que Okamotto havia dito, “Lula só em 2018”, mas foi bem mais longe, tentou até ser filosófico.
“Mas pode não ser obrigatoriamente em 2018. Se surgirem contradições ou uma crise nacional (textual) e Lula despontar como solução, ele estará disposto, não se opõe, como aconteceu em 1998”.
“CRISE NACIONAL”
Quer dizer que se houver uma “crise nacional”, Dona Dilma já está descartada, só serve para tempos de bonança? Em 1998, quando FHC com a mão na massa e com dinheiro de sobra era invencível, Lula foi candidato sabendo que perderia, mas teve que concorrer.
A verdade: se não disputasse, o candidato para perder seria o senador Suplicy. Só que Lula, que sempre vê longe, acertou: “Se Suplicy for candidato agora, vai querer repetir em 2002, aí eu não perco pra ninguém”.
Vannuchi não é tolo, muito ao contrário. Com Lula foi ministro dos Direitos Humanos, com Dilma ignorado completamente, dispensado até sem aviso prévio. Com Lula outra vez no Poder, quem sabe essa “outra vez” não surgiria também para ele?
Um que não deveria ter falado, embora reticente, Luis Dulci. Não o conheço, se passar por mim não sei quem é, mas fez um bom trabalho como redator de discursos do presidente, quando não queria correr o riso, em momentos graves ou importantes, de deixá-lo improvisar. Apesar de que, no trivial, Lula seja melhor falando o que decidir na hora. Ou seja, sem nada escrito.
INDECISÃO
Com essa indecisão ou uma decisão velada e meio escurecida, Dulci perdeu a oportunidade de eventualmente ser comparado a Ted Sorensen, que escrevia os discursos de Kennedy. No dia da posse em 1961, colocou aquela frase admirável, que é citada e recitada até hoje, e não apenas nos EUA: “Não pergunte o que o país pode fazer por você, e sim o que você pode fazer pelo país”. Aula de cidadania numa frase.
Para qualquer um, seja quem for e de onde vier, “pensar política e eleitoralmente para 2018, 5 anos à frente”, é mais do que loucura, é vontade de errar. Não faço previsão, analiso com base nos fatos ostensivos, e o que sei, por enquanto como informe, podendo ou não se concretizar como informação.
Por exemplo: Dona Dilma pela primeira vez foi audaciosa e corajosa, deu resposta a tudo que se dizia, com apenas uma frase-convicção: “Serei candidata em 2014”. Quem tiver cacife que desminta. Quem não tiver, fique calado.
Considero mais viável (apenas viável como hipótese) a candidatura de Lula ao governo de São Paulo em 2014. Se ganhar e não surgirem obstáculos físicos, poderá tentar a Presidência em 2018, depois da reeleição de Dilma. Não adianta dizer que Lula não tem cacife para ganhar o governo de São Paulo. E a demonstração de força política e eleitoral com Haddad?
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PS – Uma observação que garanto sem medo de errar: o presidente eleito em 2014 será Dilma ou Lula, no caso dela, reeleição. Como os dois estão praticamente iguais nas pesquisas, a  disputa será interna, a externa confirmada, são do mesmo partido. Os adversários (?) não terão vez. A oposição não tem nomes e os que surgirem, estarão voltados para 2018.
PS2 – O que não acontecerá de jeito algum: no dia 15 de novembro: Lula contra Dilma. Pode haver confronto (e haverá mesmo) de bastidores. Nas urnas, impossível. Na cabine eletrônica, o cidadão ter que escolher entre Dilma ou Lula? Nem imaginar. Só Dilma ou só Lula.
PS3 – Vou até aí, análise pura. Adivinhação? Deixo para os outros. Ele ou ela, o vencedor. Isto não é predileção, participação, vontade reprimida e agora ostensiva. Desde que foi fundado, o PT não teve eleição tão fácil.
PS4 – Nem sei se administrativamente, eticamente, historicamente, o PT merece. E os outros? Oposição tosca, sem projeto e sem coragem, aprisionada na sua própria incompetência. Preparada para o massacre eleitoral.

GOVERNO VINDO DE UMA CLOACA



Charge de Roque Sponholz e Texto de  Giulio Samartini
Luiz Inácio Lula da Silva, sem dúvida alguma  um vencedor, soube usar bem sua capacidade inata de comunicação, escolheu o lado mais fácil e oportuno para  subir. Deu-se tão bem que chegou à presidência da República,  democraticamente eleito e reeleito.roque dividindo
Todavia, Luiz Inácio tem como característica principal, a amoralidade inata e contagiante, que o impediria de ser até porteiro de prédio. Seu governo foi e vem sendo marcado por escândalos onde ele, e os que o cercam, insaciavelmente fartam-se dos cofres públicos.
Até quando ele se livrará das tenazes da justiça é uma incógnita, mas estas o estão apertando cada vez mais.
No último escândalo, o que envolve em transações escusas a amante de Lula, Rosemary Noronha (Rose) e também  ex-chefe de gabinete da presidência da República em São Paulo, traz  todos dias alguma novidade. A última foi a divulgação através da mídia, de grampos da Policia Federal – PF, que mostram Rose exercendo um poder paralelo ao do presidente.
É uma coleção de 25.012 telefonemas capturados em nove meses de investigação que levou 24 suspeitos à Justiça, denunciados por formação de quadrilha, corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica.
As escutas da PF apontam conluios e troca de favores envolvendo autoridades, inclusive nomeações de parentes e apadrinhados. Os diálogos telefônicos também deixam transparecer relações próximas entre políticos, empresários e servidores públicos. Parceiros de negócios que estão na mira da investigação. Neles podem ser ouvidas as transações entre Rose e seus asseclas.
Lula, dentro de seu mundo egocêntrico, agia e age como um intocável pela justiça, pois tem a certeza doentia de achar-se superior as lei que regem o certo e o errado.
Caso saia impune dessa mixórdia, será criada uma perigosa situação de Estado Bandido, cujo o inexorável final jamais se sabe em que dará, mas o contribuinte não pode viver da falácia: “ruim com ele, mas “pior sem ele”.
(1) Áudio das escutas publicados no Estadão: Ouça os novos áudios da operação Porto Seguro

Associação de Bombeiros de Pelotas está fazendo uma grave denúncia


Posted: 28 Jan 2013 09:19 AM PST
Vitor Vieira - VideVersus

A Associação dos Bombeiros de Pelotas está fazendo uma grave denúncia que precisa ser recebido com toda atenção. Os bombeiros denunciam que a situação na cidade é "degradante". E afirmam: "Donos de casas noturnas, festas e ou eventos públicos usam jeitinhos para driblar a legislação de prevenção". E mais, os bombeiros afirmam que esses empresários recebem a ajuda de vereadores para conseguir a liberação de alvarás junto ao Corpo de Bombeiros. Agora, o mais grave: eles avisam que militares, que cumprem a legislação, são retirados da fiscalização pelo Comandante, pois "podem comprometer a tranquilidade do seu reinado". Resumindo, eles afirmam: "Não, Pelotas não está cumprindo a legislação, pois o prefeito e o comandante do Corpo de Bomberiros simplesmente não se comunicam, não há um trabalho em conjunto para resolver esses problemas, deixando completamente ao acaso a prevenção contra incêndios em Pelotas". E finalizando, os bombeiros de Pelotas avisam: "uma tragédia local, com certeza, irá acontecer, é só saber a data". Pelotas, assim como Santa Maria, é um grande centro universitário, reunindo estudantes de todo o Rio Grande do Sul, de outros Estados e do Exterior.

Shakespeare e o Direito