quinta-feira, 16 de julho de 2015

TRIBUNAL DECONTAS DA UNIÃOAPODRECEU! SEUPRESIDENTE,AROLDO CEDRAZJOGOU O TCUNA LAMA.


AROLDO CEDRAZ 03
VERGONHA! Essa é uma expressão leve para definir a reportagem trazida pelo jornal o Estado de São Paulo sobre a atuação “profissional” de TIAGO CEDRAZ, do filho do Presidente do Tribunal de Contas da União, AROLDO CEDRAS.
O Presidente do Tribunal de Contas da União perdeu todas as condições de continuar presidindo a Corte. Aroldo Cedraz, médico veterinário, apadrinhado da República Carlista da Bahia,  abriu as portas do TCU para que o escritório de advocacia de seu filho Tiago “flutuasse e manejasse com destreza”,  o maior “esquema” de  tráfico de influências até então desconhecido na Casa de Contas da República.
“Diogo Mainardi e Mário Sabino definem como  “devastadora, a reportagem do Estadão sobre o enriquecimento de Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, presidente do TCU.
O Antagonista afirma que: O tráfico de influência dentro do tribunal, aliado às propinas que recebeu de Ricardo Pessoa, renderam-lhe, desde 2012, um patrimônio de 13 milhões de reais, segundo levantamento do jornal. Todos os imóveis foram adquiridos por uma empresas constituída em sociedade com a sua mãe, Eliana Leite de Oliveira, mulher de Aroldo Cedraz.
A cereja do bolo é uma chácara de 10 000 metros quadrados, no Lago Sul, comprada por 7,2 milhões de reis. Só a casa tem 1 500 metros quadrados e seis suítes. Pertencia aos Emirados Árabes Unidos.
Quem foi buscar a chave na casa da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos? O ministro Aroldo Cedraz.
Aroldo Cedraz não tem a menor condição de permanecer no TCU, muito menos de ser o presidente do tribunal. Renuncie já, Aroldo Cedraz, e não devaste ainda mais a reputação do TCU.”
FONTE - http://cristalvox.com.br/2015/07/16/tribunal-de-contas-da-uniao-apodreceu-seu-presidente-aroldo-cedraz-jogou-o-tcu-na-lama/

LAVA JATO É UMGALINHEIRO.PUXA UMA PENA,SAI UMA GALINHA.DIZ TEORIZAVASKI SOBRE AINVESTIGAÇÃODO MINISTÉRIOPÚBLICO E DA PF


GALINHEIRO

A jornalista Mônica Bérgamo será, sem dúvidas, o centro das atenções nesta quinta, dia 16. Na sua coluna faz duas afirmações bombásticas. Uma revela que o Ministro do STF, Teori Zavaski  está impressionado com a qualidade do trabalho produzido pelos Procuradores e Policiais Federais envolvidos na investigação da operação  Lava Jato . A segunda, que será  objeto de outro post do Cristalvox, Mônica  revela a situação complicadíssima do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Brasília vai ter um final de semana eletrizante.
O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), tem dito aos raros interlocutores em quem confia que está impressionado com o processo da Lava Jato. As informações seriam, nas palavras dele, volumosas e muito bem documentadas.
PAU DE GALINHEIRO
Sempre discreto e de temperamento sereno, Zavascki chegou a afirmar a outros magistrados que, na Lava Jato, sempre que os investigadores “puxam uma pena, vem uma galinha”.
ASSINATURA
A autorização do STF para uma operação de busca e apreensão na casa de parlamentares, com o acompanhamento de televisões e jornais, causou impacto entre advogados que atuam em causas de colarinho branco. A corte sempre teve perfil liberal, criticando duramente, no passado, operações que considerava midiáticas.
ASSINATURA 2
Na visão dos mesmos profissionais, a postura do STF cria novo paradigma no país. E endossa operações semelhantes de juízes de primeira instância.
FONTE - http://cristalvox.com.br/2015/07/16/lava-jato-e-um-galinheiro-puxa-uma-pena-sai-uma-galinha-diz-teori-zavaski-sobre-a-investigacao-do-ministerio-publico-e-da-pf/

Quando setembro chegar - José Roberto de Toledo


Sob condições normais de temperatura e pressão, deputados e senadores costumam priorizar leis, emendas e remendos que favoreçam a perpetuação da espécie. É biológico. Agora coloque-os sob uma investigação a jato. Tome suas Ferraris, prenda seus financiadores, importune seus familiares e vasculhe suas gavetas. A resposta será uma só: exacerbar seu já aguçado e egoístico instinto de sobrevivência. O que era ruim fica pior.
Reformam a legislação eleitoral para facilitar sua reeleição. Proíbem o eleitor de ter acesso às pesquisas eleitorais que eles próprios contratarão para saber quem está na frente. Mas isso é quase um detalhe, em comparação ao resto.
O alvo final da reação é o governo. Projetos importantes para o Executivo viram, automaticamente, moeda de troca para tentar diminuir a pressão sobre os congressistas. As medidas para controlar os gastos públicos e, mais à frente, tentar retomar o crescimento da economia passam a enfrentar resistência dobrada tanto da oposição quanto de supostos aliados. Ministro da Fazenda, Joaquim Levy coleciona desaforos. Mas não só ele. 
Os parlamentares intimam o ministro da Justiça a controlar o incontrolável. José Eduardo Cardozo não consegue interferir nos rumos da Lava Jato, queira ou não. A Polícia Federal e esse inquérito em especial têm mais do que autonomia, têm independência, vida própria. Goste-se ou não, é fato. 
A convocação do ministro é mais um blefe do que uma quadra de reis. Esconde o jogo real dos donos do Congresso: impedir a recondução de Rodrigo Janot como procurador-geral da República. Talvez o 14 de Julho de Janot – que já investira contra Renan Calheiros (PMDB) e, na terça-feira, voltou-se contra Fernando Collor (PTB), Fernando Bezerra (PSB) e Ciro Nogueira (PP), entre outros – tenha sido sua guilhotina. Se for barrado, o procurador já tem uma boa explicação: terá sido cassado por sua caça.
Mesmo que esteja entre os mais votados pelos procuradores, Janot ainda precisa ser indicado por Dilma Rousseff e aprovado pelos senadores (14 dos quais ele investiga). Isso acontecerá em setembro, quando termina seu mandato. No calendário dos salões e balcões brasilienses, setembro é o mês em que a presidente estará lutando por sua cadeira. Será logo após a Câmara confirmar a eventual reprovação de suas contas – o que, em tese, permitiria a abertura de processo de impeachment contra Dilma.
Será sob essa lâmina que ela terá que tomar a decisão de apresentar ou não o nome de Janot para o Senado referendar. Se não o fizer, Dilma arcará sozinha com todas as acusações de tentativa de abafar as investigações da Lava Jato. Se peitar os aliados do PMDB, fragilizará ainda mais sua já precária situação no Congresso e poderá somar contra si os fatais 342 deputados – número mínimo de votos para impedir o presidente da República. E, mesmo assim, Janot ainda poderia ser indeferido pelo Senado.
Como se vê, o que está ocorrendo no Congresso é um movimento articulado de sobrevivência dos presidentes das duas Casas, de dezenas de deputados e senadores investigados e de centenas de outros que devem ser implicados na Lava Jato. Levantamento do Estadão Dados mostra que 199 deputados estaduais, 178 deputados federais, 17 governadores e 16 senadores têm financiadores de suas campanhas eleitorais presos pela Polícia Federal.
Não é pouca coisa, sob nenhum aspecto. Os empreiteiros detidos doaram R$ 64 milhões para deputados federais e senadores eleitos. Não se trata apenas de honrar o investimento, mas do que eles podem contar a Janot além do que já falaram até agora. Ou o que eles não revelarão, se o procurador-geral for outro.
Por isso, quando setembro chegar, Janot vai estar junto a Dilma. Na mesma berlinda e enfrentando os mesmos adversários. Seus destinos poderão se cruzar em uma cerimônia de posse ou no aeroporto de Brasília.

A crise dentro da crise - Fernão Lara Mesquita


O Homo brasiliensis tem vivido dias de intensa salivação em torno da expectativa de vacância do poder, o que levou a uma sucessão de ajustes dentro do “ajuste” que logo degeneraram num arremedo de campanha eleitoral em circuito fechado que, neste país indigente de repertório político e propostas concretas de reforma institucional, se traduz no mesmo torneio de golpes baixos que levou à instalação desta crise.
A ofensiva de Dilma para “defender o mandato” apoia-se cada vez mais em expedientes idênticos aos utilizados na ofensiva para conquistar o mandato, que, por sua vez, se reproduzem com sinal invertido nos atos de sabotagem dos 30 e tantos “partidos”, até há pouco todos “de esquerda”, agora todos “de oposição”, inclusive o da própria presidente da República. De um lado, acena-se com cargos e isenções aos sacrifícios do “ajuste” para setores com força bastante para fazer diferença na hora de a onça beber água. Do outro, a brincadeira é aprovar medidas temerárias capazes de destruir o que resta da confiança no País para forçar Dilma e o PT a vetos que exponham a demagogia a que sempre recorreram.
Dá até para entender a tentação de devolver ao PT o veneno que ele fez os outros tragarem a vida toda. Mas quem se permite essa indulgência passa a fazer jus à mesma adjetivação com que brindava o PT quando era ele a fazer gato e sapato do futuro da Nação para extrair de cada crise o máximo de virulência – isso não é mais que usar o povo como bucha de canhão num jogo de chantagem de quem só pensa no poder, e não no interesse nacional.
A resposta de Dilma é repetir mecanicamente que a crise “é do mundo”, e não sua ou do PT, que, por sua vez, “não vê” crise nenhuma, só “um problema de comunicação” entre a Presidência e o Congresso, sanável com mais injeções de “graxa”. Por via das dúvidas, os dois cuidam, cada um segundo a figura penal incorrida, de “amaciar” o poder titulado para julgar o “núcleo político” da Lava Jato, que, lá do Olimpo, brada, para começar, que “exige” aumento de 78% deste Brasil que cambaleia à beira do abismo, numa espécie de disputa para ver quem arrebenta mais o que resta da credibilidade e da certeza jurídicas, pressupostos do desenvolvimento.
A cobertura que faz a imprensa dessas derrotas acachapantes do Brasil – aceitando os termos dos que disputam a carniça ao tratar cada golpe como “derrota do governo” ou “vitória da oposição” – incentiva políticos em busca de 15 minutos de fama a persistirem nesse comportamento deletério, enquanto aqui fora o desempego come solto, multiplicando a potência da bomba social que vai explodir logo adiante.
Vem de longe esse descarrilamento geral. “Ajuste para quê”? O PT nunca o disse nem lhe foi perguntado, quer pela oposição, quer pela imprensa. O problema não é, portanto, de “falha de comunicação”, é de ausência de objetivo estratégico. Nenhum dos lados em disputa vai além dos expedientes táticos, uns para não perder o poder, outros para tomá-lo. Ninguém tem nada a propor sobre o que fazer com o poder conquistado; tudo se esgota na conquista mesmo. A causa fundamental da crise brasileira continua intocada. Ninguém em Brasília fala nela; ninguém fora de Brasília exige que Brasília fale nela.
Já foi o tempo em que os Estados nacionais podiam fechar-se ao mundo e manter uma estabilidade relativa, ainda que entrincheirados no passado. Hoje o mundo atropela impiedosamente quem atrasa o passo. Nesta arena de “chinas”, o Brasil não voltará à porta de entrada do mercado global antes de reduzir à metade ou à terça parte o peso do Estado, da corrupção e do custo do trabalho e construir um aparato institucional que legalize a honestidade e seja leve e flexível o bastante para não travar o País a cada soluço de um mundo em constante mudança.
A obra é ciclópica e requer, apenas para ser iniciada, anos de um disciplinado exercício de sintonia do senso crítico da Nação em torno de um projeto estratégico apoiado nos fatos, cuja mera existência a maioria jurássica da nossa “intelligentsia” século 20 ainda não reconhece, e de persistente cobrança da sua execução.
De que tamanho é o Estado brasileiro hoje? Quantos são, entre nós, os que vivem de contribuições e os que são instados a enfrentar o mundo carregando esses outros nas costas? Como a riqueza nacional está distribuída entre eles? Como se comparam os salários e aposentadorias versus a carga de trabalho deles, nossos e da comunidade meritocrática planetária? Com quanto contribuiu para o “ajuste” este governo que acaba de confiscar de quem ganha até dois salários mínimos a metade do abono anual? Como bate a crise em Brasília?
Os grandes números da equação brasileira são eloquentes. A carga tributária oficial está em 35% do PIB. O déficit é de outros 6%. O Brasil que não produz e, alegando falta de verba, não investe nem em infraestrutura, nem em educação, nem em segurança, nem em saúde – e que não contribuiu com um tostão de “seu” para o “ajuste” – consome por ano, considerado apenas o “por dentro”, 41% do PIB, que equivalem a R$ 2.400.000.000.000,00 (dois trilhões e quatrocentos bilhões de reais) apenas com salários, mordomias, aposentadorias e pensões desfrutados pela casta dos sócios do poder.
Mas, apesar da clamorosa enormidade desses números, você nunca viu uma reportagem mostrando ao Brasil do desemprego, dos doentes no chão e dos 56 mil assassinados por ano como vive este “outro lado” que tanto tem sem ter feito por merecer; qual a minúcia dos números do seu mundo comparado ao nosso; se, quando e como eles pagam as suas contas; como vivem as suas famílias, comparadas às nossas.
Enquanto esse não for o tema obsessivo e diário de todos os jornais, rádios e televisões do País; enquanto não se tornar impossível mencionar qualquer número nesta terra sem referi-lo a essa realidade; enquanto ela não for conhecida de cabo a rabo por todos e cada um dos brasileiros, o Brasil não tem a menor chance de voltar para dentro do mundo.

REPÓRTER DE ZERO HORA DENUNCIA SERVIDORA ESTADUAL QUE FEZ 40 MESES DE DIÁRIAS QUASE ININTERRUPTAS


O jornalista Marcelo Monteiro, denuncia na edição de hoje do jornal Zero Hora que entre agosto de 2011 e novembro de 2014, atual corregedora-geral penitenciária recebeu pagamentos extras por viagens em 712 dos 837 dias úteis. O Tribunal de Contas avalia que, em vez de usar pagamentos extras de forma recorrente, o ideal seria realocar a servidora

Ao lado, fotos de Mário Luis Pelz, superintendente adjunto da Susepe, e Mônica Pires da Silva, corregedora penitenciária, segundo fotos da própria Susepe.

Leia o que escreveu o repórter Marcelo Monteiro:

Por três anos e quatro meses, a atual corregedora-geral do sistema penitenciário gaúcho, Mônica Pires da Silva, recebeu diárias para viagens entre Porto Alegre, onde estava lotada como técnica penitenciária, e os municípios de Montenegro, Charqueadas e Arroio dos Ratos, em um raio de cerca de 60 quilômetros da Capital. A prática fere a Lei Estadual 10.098 (1994) – o estatuto único dos servidores públicos – e o Decreto 24.846 (1976), além de princípios das Constituições Estadual e Federal. No período, a servidora recebeu mais de R$ 52 mil em diárias. As informações foram obtidas por Zero Hora no portal Transparência RS.

Técnica superior penitenciária desde 2002, Mônica já havia sido corregedora-geral entre junho de 2009 e fevereiro de 2010. Em agosto de 2011, a servidora iniciou um período de 40 meses em que realizou diárias de forma quase ininterrupta, com raras semanas sem receber (fevereiro e novembro de 2012, janeiro e outubro de 2013 e fevereiro de 2014). Nos 837 dias úteis até novembro de 2014, recebeu diárias em 712 (85% do total). Em 12 dos 40 meses, fez diárias em todos os dias úteis

Nos dois primeiros anos do período, Mônica estava lotada na Corregedoria-Geral da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), em Porto Alegre. Em dezembro de 2013, foi transferida para o Instituto Penal Irmão Miguel Dario, também na Capital. Em 27 de janeiro de 2015, dois meses após o período de 40 meses de diárias, ela foi novamente designada corregedora-geral da Susepe.

Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), nos casos em que o deslocamento de forma permanente torna-se essencial ao serviço, o órgão público deve realocar o funcionário na cidade-destino, contratar outro servidor para suprir a deficiência no local ou cogitar o pagamento de ajuda de custo, em vez de diárias.

Conforme o TCE, a diária tem caráter indenizatório e visa custear estadia e alimentação quando o servidor desloca-se por necessidade de trabalho. Quando adotada de forma contínua e ininterrupta, a prática se transforma em complementação de renda do servidor, transformando o que era indenizatório em remuneratório.

Outra possível irregularidade seria a realização de diárias por parte da servidora sob a rubrica "reforço de vigilância", uma vez que Mônica é técnica superior penitenciária. A Lei 13.259, que dispõe sobre o quadro especial de servidores, diz que as atividades de vigilância são atribuição dos agentes penitenciários – e não dos técnicos.

Diretor realizou diárias em 279 dias
O atual superintendente-adjunto e diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal (DSEP), Mario Luis Pelz, realizou diárias durante mais de um ano, recebendo mais de R$ 18 mil no período. Agente penitenciário desde 1993, Pelz foi nomeado diretor de Departamento de Segurança e Execução Penal (DSEP) em 1º de janeiro de 2011, condição na qual permaneceu até outubro de 2013.

Em 6 de novembro daquele ano, uma semana após deixar o cargo, o agente iniciou um período de 309 dias úteis nos quais recebeu diárias de viagem em 279 (90,3% do total), com exceção de algumas semanas em março e setembro de 2014, sempre no município de Charqueadas. Em cinco dos quase 15 meses do período, encerrado em 19 de janeiro deste ano, Pelz fez diárias em todos os dias úteis. Uma semana depois, em 27 de janeiro, reassumiu o DSEP e a superintendência-adjunta.

R$ 52,07 mil
Foi o total recebido por Mônica
R$ 18,08 mil
Foi o total recebido por Pelz

TCE e MPC analisam casos similares
Casos semelhantes aos de Mônica e Pelz são apurados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelo Ministério Público de Contas (MPC). Em auditoria referente ao exercício 2013, auditores do TCE mencionam o caso de um agente da Susepe lotado no DSEP, em Porto Alegre, que recebeu diárias para trabalhar na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) em praticamente todos os dias de 2013. Segundo os auditores, "a necessidade habitual de prestação de serviços pelo servidor, durante praticamente todo o exercício de 2013, descaracteriza o instituto das diárias, sendo que seria mais vantajoso para a Susepe efetuar a remoção do servidor para a Pasc, evitando o dispêndio de R$ 13.720,45 com diárias prescindíveis".

Portanto, concluem os auditores, "o valor das diárias pagas [...] é passível de devolução aos cofres públicos, pois se refere a pagamentos desnecessários em decorrência da execução de atividades laborais em local diferente da lotação do servidor de forma habitual, sem que houvesse a formalização da sua remoção". O processo ainda não foi julgado.

O procurador-geral do MPC, Geraldo Da Camino, afirma que situações similares às de Pelz e de Mônica são analisadas pelo órgão.

– Os casos (mencionados por ZH) parecem se enquadrar nesta mesma moldura e denotam, em princípio, falhas de planejamento que podem ter levado a despesas desnecessárias – avalia Da Camino.

Na opinião do procurador, a responsabilidade maior sobre eventuais irregularidades recai sobre os gestores que ordenam a realização das diárias.

– O agente público que autoriza diárias em desacordo com os princípios administrativos pode responder financeiramente pelo gasto indevido.


O QUE DIZ A LEI

Lei 10.098 (1994)
Artigo 95
§ 3º - Não serão devidas diárias nas hipóteses em que o deslocamento da sede se constituir em exigência permanente do serviço.

Decreto 24.846 (1976)
Artigo 5
§ 2º - Não caberá concessão de diárias quando:
a) o deslocamento for exigência permanente do exercício do cargo ou atribuição.

Constituição Estadual
Artigo 19
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos municípios, visando à promoção do bem público e à prestação de serviços à comunidade e aos indivíduos que a compõem, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da economicidade...

Constituição Federal
Artigo 37
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...


CONTRAPONTOS

O que dizem
Gelson Treiesleben, superintendente da Susepe entre 2011 e 2014
A Susepe se utilizou dos diaristas por um longo período para suprir a deficiência de servidores. A contratação de novos servidores sairia mais cara para o ente público, porque o servidor ganha em diárias o equivalente a um terço do valor de um servidor normal. Existem "n" servidores na mesma situação. Há servidores que, inclusive, trabalharam mais do que estes. Se forem contabilizados todos os servidores da Susepe, são cerca de 5 mil. Por isso, não poderia falar especificamente sobre um ou outro caso.

Mario Luis Pelz
Em 11 de novembro de 2013, foi designado administrador interino da Pasc, sem receber valores adicionais referentes à função, condição na qual permaneceu até janeiro de 2015. A Lei 24.018, de 2012, autoriza a realização de diárias de reforço de contingente com regularidade, restringindo o pagamento de diárias de deslocamento aos casos em que o servidor precisa viajar a outro município em situações excepcionais. Nos casos em que a presença em outro município ocorre com regularidade, as diárias pagas são de reforço, cujos valores são inferiores às de deslocamento.

Mônica Pires da Silva

Integrava um projeto-piloto iniciado em 2010, que era realizado em todas as regiões do Estado e exigia acompanhamento dos responsáveis. Todos os deslocamentos foram comprovados por folha-ponto e por atestados do diretor do estabelecimento prisional. Sobre as diárias na rubrica "reforço de vigilância", diz que a Lei Complementar 13.259 estabelece entre as atribuições do cargo de técnico superior penitenciário "planejar, executar e avaliar os programas de individualização de pena visando a ações de tratamento penal".

Do livro à selfie, a Livraria Lello cria “acessos pagos”


A partir da próxima quinta-feira, 23 de Julho, para entrar na Livraria Lello, no Porto, será necessário pagar uma entrada. A pressão turística não é uma novidade para a cidade e a Livraria Lello é um dos lugares que não escapa aos guias turísticos. A fila à porta denuncia um interior caótico repleto de turistas, inúmeras línguas estrangeiras a pairar no ar e dezenas de câmaras fotográficas e telemóveis em punho para registar os cantos e recantos de uma livraria reconhecida cá dentro e lá fora. É para tentar controlar um pouco este caos que os responsáveis pela Lello querem mudar as regras de acesso.
Com as novas regras, passam a existir duas filas de espera, de acordo com a intenção de quem entra na livraria. De um lado, estarão os portadores do cartão de cliente, que irá custar 10 euros, dedutíveis nas compras na livraria ao longo de um ano e que funciona como uma “via verde”. Na outra fila estarão os turistas e curiosos que precisarão de pagar três euros para visitar o espaço. No entanto, se estes visitantes decidirem aumentar as suas bibliotecas pessoais, enquanto visitam a Lello, o valor da entrada também será deduzido – uma possibilidade que é válida pelo prazo de um mês após a aquisição do bilhete.
“O que estamos a tentar criar aqui é a sensação e o conforto de uma livraria. Não é só tirar uma selfie e ir embora”, disse José Manuel Lello, um dos proprietários da livraria. A necessidade de tornar a Lello uma livraria e não um espaço museológico, onde os livros são pretridos em favor da fotografia, e de melhorar as condições de trabalho dos funcionários, levou a que a gerência tivesse ponderado há bastante tempo os “acessos pagos”.  
Confrontado com a ideia de um cliente ocasional se dirigir à Lello, apenas à procura de um livro específico e ter de pagar uma quantia para o fazer, o proprietário considera que a pessoa pode sempre telefonar antes, consultar a página da Internet ou dirigir-se até ao “centro de acolhimento”, em frente à Lello, do outro lado da rua. A experiência da procura in loco poderá desta forma não existir, mas o tempo ganho pelos portadores do cartão de “via verde” é suficiente para o cliente ponderar adquirir outro livro, argumenta José Lello.
O proprietário garante que não se trata de “obrigar” a comprar, mas se a pessoa pretender justificar o dinheiro gasto no acesso, para lá do prazer da visita, os responsáveis pela Lello “ficariam encantados”. “Só será uma entrada paga, se a pessoa decidir ir a uma livraria e não adquirir um livro”.
A emblemática escadaria vermelha no interior, que J.K. Rowling admite ter inspirado o cenário da saga Harry Potter, está quase sempre congestionada. Se houvesse semáforos, a circulação tornar-se-ia mais fácil. Pára-se, sobe-se mais um degrau, espera-se não ser um intruso em mais uma fotografia alheia e o percurso continua até ao topo. “Quando um funcionário vem com vários livros empilhados, torna-se complicado subir as escadas”, admite José Lello.
Maria de Céu está de visita ao Porto e à livraria. Embora não saiba muito bem que tipo de impacto a medida terá no estabelecimento, diz que se voltasse não gastaria três euros na entrada. “As pessoas vêm mais para visitar e não tanto para comprar”, afirma.
Ana e Rafael vêm do Rio de Janeiro, estão pela primeira vez na Invicta e consideram a medida positiva. Ambos pagariam a entrada, porque “perde-se a livraria com a quantidade de pessoas a tirarem fotografias”.
A 23 de Julho entra em vigor o acesso pago, com programação cultural na livraria até à meia-noite. As entradas podem ser adquiridas na Internet ou no centro de acolhimento. 
Fonte: Público
FONTE - http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2015/07/do-livro-selfie-livraria-lello-cria.html

Nazista conhecido como "Contador de Auschwitz" é condenado a quatro anos de prisão

quarta-feira, 15 de julho de 2015



Após meses de julgamento, o ex-guarda nazista Oskar Groening, que ficou conhecido como o “contador de Auschwitz”, foi condenado a quatro anos de prisão, considerado cúmplice do extermínio de cerca de 300 mil judeus num dos maiores campos de concentração do Holocausto. O julgamento aconteceu na pequena cidade de Lueneburg, na Alemanha. Durante a Segunda Guerra, o nazista atuava recolhendo os pertences das vítimas que chegavam a Auschwitz e passavam por uma “seleção” antes de ir às câmaras de gás. No decorrer do julgamento, a Corte ouviu o testemunho de vários sobreviventes do campo. A defesa alegou que Groening não facilitou o genocídio, já que não teria participado diretamente do assassinato de judeus. Mas os promotores afirmaram que o ex-guarda contribuiu, sim, para que Auschwitz funcionasse sem problemas. O dinheiro recolhido pelo “contador” das pessoas que chegavam a Auschwitz contribuia para a manutenção das atividades nazistas. Devido à idade avançada do acusado, que tem 94 anos, ele pode não ser encaminhado a uma prisão. O caso de Groening ganhou destaque quando, em abril, ele assumiu publicamente sua “culpa moral” no Holocausto. "Em termos morais, minhas ações me tornam culpado. Coloco-me diante das vítimas com remorso e humildade", disse na época. A história do "contador de Auschwitz" gerou discussão a respeito da culpabilização de pessoas que tiveram um “papel menor” no regime nazista, ou seja, se aqueles que não tinham participado diretamente do assassinato de pessoas poderiam ser considerados culpados mesmo tanto tempo depois. Groening pode ser um dos últimos nazistas a serem julgados pelos crimes da Segunda Guerra. Eichmann também dizia que não era culpado, que apenas cumpriu ordens. 

Dilma tentou saber de Lewandowski, em Portugal, se Palocci, Dirceu e Lula eram alvos da Politeia da Lava Jato


Posted: 15 Jul 2015 04:33 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O estouro ontem da Operação Politeia, pela Polícia Federal, explica o real motivo do nada casual encontro lusitano, na cidade do Porto, entre a Presidenta Dilma Rousseff, seu ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Na área de inteligência, vazou a informação de que Dilma quis saber de Lewandowski, antecipadamente, se Antônio Palocci Filho, José Dirceu de Oliveira e Silva e Luiz Inácio Lula da Silva seriam atingidos por mais uma ação policial da Lava Jato que tinha como alvo principal um inimigo não-declarado do governo: o presidente do Senado, Renan Calheiros - dentre outros a ele ligados como o também senador Fernando Collor de Mello, Ciro Nogueira e Fernando Bezerra.

Toda a operação já era de pleno conhecimento, antecipado, do Supremo Tribunal Federal. Caberia ao ministro Teori Zavaski, relator dos casos da Lava Jato no STF, decretar eventuais prisões ou autorizar ações de busca e apreensão de documentos em empresas e residências de políticos com direito a foro privilegiado que estejam sob investigação da Força Tarefa do MPF. Por isso, Dilma quis saber do presidente Lewandowski, se Palocci, Dirceu e até Lula cairiam na rede dos investigadores. Dilma já sabia, internamente, que seu inimigo Renan e aliados próximos a ele seriam atingidos.

A principal preocupação de Dilma, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, é que o pior aconteça, principalmente, com Palocci (que foi conselheiro da Petrobras e tinha um apadrinhado no conselho fiscal da estatal), na época em que ocorreu a roubalheira que a Lava Jato investiga nas áreas de Abastecimento e Serviços da estatal de economia mista). Dilma também teme o quase certo retorno à prisão de José Dirceu, porque o condenado no Mensalão já emitiu sinais de que pode aderir a uma "colaboração premiada" que pode arrasar com a cúpula da politicagem tupiniquim.

Dirceu também teve grande influência em negócios da BR Distribuidora - subsidiária que teve o capital fechado por decisão do time de Lula, conforme comprova Ata 1232 da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, de 2 de julho de 2003Dilma presidia o Conselhão que aprovou tal decisão, composto, na época, por ninguém menos que: Antonio Palocci Filho, Claudio Luiz da Silva Haddad, Fábio Colleti Barbosa, Gerald Dinu Reiss, Gleuber Vieira, Jaques Wagner, Jorge Gerdau Johannpeter e José Eduardo Dutra.

Outra pauta da conversa nada secreta de Dilma com Lewandowski foi a situação de Lula. Para isso, nem precisava Dilma cometer a besteira do dispensável, comprometedor e nada republicano encontro que deveria ter sido secreto, mas vazou. Afinal, Lewandowski é amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva (que apadrinhou, para o STF, o hoje ilustre vizinho dele no luxuoso condomínio Swiss Park, de São Bernardo do Campo). Por lealdade, acredita-se que Lewandowski alertaria Lula sobre qualquer bronca que possa estourar...

O fato de Lula entrar ou não nas investigações da Lava Jato demonstra um paradoxo da republiqueta tupiniquim. O cidadão Luiz Inácio da Silva não tem direito, formalmente, a foro privilegiado. Nenhuma lei prevê tal "proteção" ou"vantagem" a favor dele. No entanto, por ser ex-Presidente da República, corre uma interpretação pizzaiola, na cúpula do Judiciário, pregando que ele merece "tratamento diferenciado" por ter sido chefe da Nação por dois mandatos consecutivos e, além disso, ser portador de um valioso documento oficial: o passaporte diplomático, que lhe confere imunidades especiais, em caso de eventuais problemas político-judiciais. A família de Lula (e ele certamente também) tem cidadania italiana...

O fato importante, a partir de ontem, é que a Lava Jato apertou o cerco sobre a Politeia. Curiosamente, circulou a informação inicial de que operação fora batizada de Politeia por fazer referência ao livro “A República” do filósofo grego Platão, que descreve uma cidade perfeita, de virtudes, onde a ética prevalece sobre a corrupção. Na verdade, o termo Politeia foi mais bem definido por seu discípulo, o também filósofo grego Aristóteles, para designar "aquilo concernente ao Estado". A tal Politeia era entendida como uma forma de governo temperada pela aristocracia e pela democracia (a velha segurança do Direito).

Assim, a Politeia teria o importante significado de "Cidadania" - coisa que ainda estamos longe de ter, plenamente, em nossa republiqueta de Bruzundanga...

Recadinho

Politicamente falando, a Politeia foi interpretada, nas entrelinhas, como um movimento do Procurador-Geral Rodrigo Janot, que deseja ser reconduzido ao cargo pela Presidenta Dilma, em ação que muito interessa ao governo contra seus opositores no Senado.

A leitura de Renan & Cia foi mais ou menos esta: "Se vocês insistirem nas manobras para derrubar a Dilma, nós acabamos com vocês antes, aproveitando o rigor seletivo na Lava Jato".

Pelo que se constata, o fogo amigo nunca esteve tão infernal em Brasília - o que favorece, claramente, a "oposição" contra Dilma Rousseff, cada dia mais impopular, desgastada, desmoralizada e sem condições de governabilidade.

Reação dos atingidos


Renan Calheiros ficou tão pt da vida com a Politeia que fez questão de ler uma nota oficial da Presidência do Senado:

"Na manhã desta terça-feira, a PF deflagrou a Operação Politeia, que cumpriu 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra políticos com foro privilegiado alvos de seis inquéritos instaurados na Corte a partir da Lava-Jato. — Todos são obrigados a prestar esclarecimentos à Justiça, notadamente os homens públicos, já que nenhum cidadão está acima da lei. Entretanto, causa perplexidade alguns métodos que beiram à intimidação. Busca e apreensão nas dependências do Senado deverá ser acompanhada da Polícia Legislativa. Disso não abrimos mão. Buscas a apreensões sem a exibição da ordem judicial e sem os limites das autoridades que a estão cumprindo não são busca e apreensão, é invasão. É uma violência contra as garantias constitucionais em detrimento do Estado Democrático de Direito. É imperioso assegurar o respeito ao processo legal, ao contraditório para que as defesas sejam exercidas em sua plenitude, sem nenhum tipo de prejuízo, nenhum tipo de restrição. As instituições, entre si independentes, precisam estar atentas e zelosas ao cumprimento e respeito aos limites estabelecidos na Constituição para que não percamos garantias que foram duramente reconquistadas".

Carrões brilharam

Midiaticamente, um fato simbólico da operação Politeia chamou a atenção de todo mundo:

A Ferrari, a a Lamborguini e o Porsche apreendidos na famosa "Casa da Dinda" de Fernando Collor de Mello, que soltou a bronca no Facebook:

"A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos. Ao contrário disso, por duas vezes o senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas".

Muita grana

Também chamou atenção a apreensão de R$ 3,67 milhões, em espécie, no escritório, em São Paulo, de Carlos Alberto de Oliveira Santiago, empresário do setor de combustíveis.

Também mereceram destaque os mandados de busca e apreensão que tiveram como objeto exclusivo uma varredura nas salas dos funcionários José Zonis e Luiz Cláudio Sanches, na sede da BR Distribuidora, e instalações de um consórcio na Refinaria Abreu e Lima. 

A caixa preta da BR Distribuidora, já aberta pelas delações premiadas de Paulo Roberto Costa & Cia, é que pode revelar as verdadeiras engrenagens do maior escândalo nunca antes visto na História do Brasil.


"Opositor" da Dilma?

O Jornal do Brasil, on line, reproduziu um argumento do Senador tucano Aloysio Nunes, que vice na chapa de Aécio Neves em 2014, defendendo cautela sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Aloysio Nunes adverte que não há base para o impedimento dela e afirma ver pouco em comum entre a Presidenta e Fernando Collor, afastado em 1992:

“Collor era um político sozinho, sem partido e teve um comportamento pessoal chocante, como presidente. Era um personagem burlesco no poder. Dilma tem respeitabilidade pessoal, tem um partido e tem o apoio de movimentos sociais"

Para pensar fora da cama

Do filósofo e jornalista Olavo de Carvalho, no face, dois parágrafos de profunda reflexão para a Elite Moral do Brasil:

"Por que nem mesmo o Roberto Campos, o José Guilherme Merquior e o Paulo Francis, dizendo tanta coisa certa e com tanto brilho, conseguiram quebrar a hegemonia esquerdista, limitando-se a irritá-la? Resposta (1) Não acertaram o tom, isto é, não foram suficientemente desrespeitosos. (2) Atiravam em alvos de ocasião, sem um plano geral de ataque. (3) Falavam de erros menores, sem ir ao fundo da MALDADE esquerdista. Cumpriram sua vocação, que nunca foi a minha".

"Durante trinta anos de vigência da hegemonia intelectual da esquerda, todos os direitistas, sem exceção, ficaram encolhidos de medo, inermes e atônitos, incapazes da menor reação efetiva, no máximo resmungando um pouco em circuito fechado. Aí veio um sujeito e, sozinho, deu cabo dessa hegemonia. Então os ratos começaram a sair das suas tocas e, num surto de coragem tardia, puseram-se a roer o cadáver da falecida com ares de quem enfrentasse um inimigo vivo, e a rosnar impropérios contra o matador da desgraçada, dizendo que ele não tinha feito nada de mais, que era apenas um astrólogo embusteiro, um gnóstico alucinado, talvez até um comunista enrustido. Essa é a biografia mental da direita brasileira nas últimas décadas. Não espanta que essa gente, mesmo secundada por noventa e dois por cento da população, não consiga derrubar um governo caquético e moribundo".

Chega de impunidade

Servem para profunda reflexão social sobre o livre direito de manifestação do magistrado as palavras, nos autos, escritas pela juíza Maria Izabel Pena Pieranti, da 16a Vara Criminal do Rio de Janeiro, ao decretar a prisão de Edvardo Camelo da Costa, flagrado pelas câmeras de segurança e denunciado pelo próprio irmão, Edivaldo Camelo da Costa, um Coronel na reserva da PM, como o homem que cometeu um assassinato dentro da estação Uruguaiana do metrô, sexta-feira passada:

"Muitas vezes, acabamos deixando transparecer a nossa opinião. Por mais que eu me policie, isso acontece. Eu acho que a sociedade está muito combalida com essa violência. E acredito que, de alguma forma, nós, juízes, precisamos provocar uma ação dos agentes públicos a esse respeito, enquanto tivermos leis que servem quase como uma proteção para os criminosos".

Antes, na mesma ordem de prisão, a juíza Maria Izabel tinha escrito:

“Ressalto que o acontecimento que vitimou fatalmente Alexandre de Oliveira (...) é mais uma eloquente demonstração da desavergonhada criminalidade que vem assolando, assustadoramente, esta cidade. A cada nova ocorrência similar, vê-se que não se intimidam os delinquentes em agir em locais públicos, providos de câmeras e de vigilantes, muito movimentados, à luz do dia”.

Arbítrio conta a liberdade de imprensa

Há uma semana, o jornalista brasileiro e corinthiano Paulo Cezar de Andrade Prado, criador e administrador do Blog do Paulinho, está preso, por crime de difamação, numa cela da 31ª DP - Vila Carrão, zona leste de São Paulo.

O amigo pessoal e advogado de Paulinho, o também corinthiano Romeu Tuma Júnior, se mostra revoltado com tamanha arbitrariedade:

"É um absurdo, nos dias de hoje, termos um jornalista preso no Brasil pelo crime de opinião. Como amigo, eu tinha que me solidarizar a ele e constatar este absurdo. ter no Brasil um jornalista preso por crime de opinião, gera uma insegurança muito grande. Ele é um profissional por formação e de carreira, estabelecido, que tem um blog, onde aponta fatos quase sempre com farta documentação. Quando não tem, que responda por isso, e se aplique a Lei corretamente, mas prender alguém em regime fechado, por crime de opinião? Imagine então se o cidadão comum emitir uma opinião desfavorável? É revoltante, é espantoso. É o jornalista censurado e preso pelo que noticia,  autores pelos livros que escrevem, e agora, a última,  artistas pelo que dizem ou cantam nos palcos! E a gente não vê nenhuma mobilização da mídia, ou seja, o Estado de exceção chegou!"

Jogo sujo

No período anterior às últimas eleições para a Presidência do Corinthians, Paulinho recebeu uma ligação da chefe de gabinete de Dilma Rousseff (gravada e enviada para a Procuradoria Geral da República), avisando que estava em curso plano de ex-dirigente do Corinthians, para sequestrar o filho do jornalista e assim pressioná-lo a não entregar provas contra ele para a Polícia Federal.

Paulinho já teve seu apartamento invadido por supostos policiais civis, na tentativa de prendê-lo com falso mandado.

O jornalista teve ainda sua vida investigada por um detetive particular, gerando uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil, por suspeitas de envolvimento de policiais.

O caso foi arquivado pela Corregedoria, mesmo após a prisão do detetive, que confessou estar a serviço de um ex-presidente do Corinthians.

Bombas do Paulinho

Figura polêmica no meio “futebolístico”, Paulinho foi responsável pelo famoso furo do caso, que se transformou em escândalo, quando denunciou que o Corinthians decidiu dar calote de 3 milhões de Euros na transação de Nilmar com o Lion, da França.

Paulinho também participou da “investigação” do Caso Salamandra, que descreveu a rota e "modus operandi" da lavagem de dinheiro ocorrida no Corinthians pela Máfia Russa, através da compra de Carlitos Tevez, usado a empresa MSI.

O caso Paulinho dá um trabalhão ao escritório Danubia Azevedo e Cláudia Mantovani, do Romeu Tuma Sociedade de Advogados, que insiste, na Justiça, com o pedido de habeas corpus para soltar Paulinho.

O passado não existe...


Troca de óleo...

Lava Jato mostra como se faz...



© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 15 de Julho de 2015.