sábado, 25 de agosto de 2012

PROVA, QUE PROVA?


PROVA, QUE PROVA?

Charge de Roque Sponholz e Texto de Rapphael Curvo (1)
“O julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal – STF, antes de atender ao clamor nacional contra a corrupção, é de fundamental importância a várias gerações de brasileiros. Este julgamento é um marco divisório do que esperamos do Brasil daqui para frente. O STF ainda é, do triunvirato institucional de governo, aquele que está resistindo a força e assédio da corrupção. O resultado da decisão da ação do “mensalão” é de penalização dos participantes porque o crime existiu direta ou indiretamente, mas existiu. O grau de participação de cada meliante é que altera.”
Este foi o texto de abertura de artigo escrito semana retrasada. O voto do revisor, Ministro Lewandowski, já está a mostrar um caminho que leva a preocupação de um julgamento justo e correto. Acredito que tal postura não será seguida pelos demais ministros, a exceção do ministro Dias Toffoli. Este e o revisor, são extremamente ligados ao grupo do PT, ao ex presidente Lulla. Não se pode esperar atitude diferente já que o espírito de corpo sobressai ao de julgador isento, preso ao texto legal, desprovido de emoções afetivas e de considerações especiais de dívidas morais e de favores.
Na segunda feira o relator terá todas as condições, como o fez esta semana, de provar mais uma vez a sua tese de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção praticada pela gangue “oficial”, do governo de plantão na década passada. O voto do ministro Lewandowski, já é carta fora do baralho de condenação aos mensaleiros mesmo que os réus, comprovadamente, tenham sacado dinheiro via duto de empresa favorecida pelo governo Lulla, o chamado “valerioduto”.
Com tantos fatos em prosas e versos a provar a veracidade do “mensalão”, ainda existem os incrédulos a navegar na história do caixa 2, uma farsa como disse o “bagunceiro” da União de nome Lulla.
O voto do “cumpadre”, baseado na inexistência de transferência de recursos “pouco saudável” ao indiciado desafia a massa cinzenta de qualquer cidadão com mínima formação educacional. Dizer que a origem dos recursos não é de procedimento ilegal, é menosprezar nossa inteligência. Qualquer cidadão de boa sabedoria sabe que todo o processo de “legalização do assalto” foi montada em documentos falsos para justificar a “bolada” distribuída aos ratos consumidores do dinheiro público. É um direito de espernear que os acusados tem para não se estrebuchar. Mas não é direito de um ministro do Supremo Tribunal Federal-STF, buscar por saídas de “esgueio” para justificar atitudes dos réus e dizê-los inocente do ato que foi público e notório no campo das provas. Mandar a mulher retirar a propina torna-se um ato de honestidade na ação. Por que então o Deputado João Paulo Cunha negou tal fato durante a montagem processual se o dinheiro era de fonte honesta?
O voto “de compadre” está ativo e assim o será por todo o julgamento, o que dará ao relator a imensa tarefa de sustentação do voto em réplica. Conhecedor das reações do relator, ministro Joaquim Barbosa, fica uma pergunta: o voto do compadre lulista não terá algum objetivo? Pode crer que sim e ele está no prazo, no tempo que os defensores buscam para reduzir a chance de condenação, principalmente com a retirada de um dos ministros por aposentadoria compulsória e, do qual, não acredito que fará voto antecipado, ficará a mercê.
Como disse no início do artigo, está nas mãos da maior corte o futuro moral do Brasil, o equilíbrio da sua organização social. Da estrutura política pouco se espera nessas áreas. Há uma imensa expectativa por parte da juventude no que vai dar esse julgamento que será um marco na história do País. Creiam os leitores, caso a Nação tenha que caminhar ao lado de uma impunidade autorizada, chancelada pela Suprema Corte, a via estará aberta ao desmantelamento da ordem legal, da moral e da ética. Neste caso do “mensalão” não há espaço para teses. Doravante, provas de assalto ao dinheiro público, só com a assinatura do autor e com firma reconhecida. Não é ministro Lewandowski?
(1) Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes RJ  raphaelcurvo@hotmail.com 1630439115/88089918 www.luizberto.com,www.gazetadigital.com.br,www.correiodoestado.com.brwww.brasileirosnaholanda.com,www.prosaepolitica.wordpress.com ELLEN MAIA DEZAN. Associada Dazio Vasconcelos Advogados. Advogada OAB/SP insc. nº 27566 tributário/cível/biodireito.ellen@daziovasconcelos.com.br

VERDADE



Magu
Os ‘cumpanheros’ costumam incensar o zé, lutador dos tempos do Molipo, exilado, os leitores sabem qual zé, sim, aquele que foi e voltou, depois o sapo o nomeou chefe da casa civil, posteriormente lhe foi cassado o título de “representante do povo”. A revista Isto É, do começo de Agosto, fez uma entrevista com um ex-companheiro dele, dos tempos de cuba, e me fez lembrar o locutor esportivo Fiori Gigliotti, quando dizia: Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.
No fim de semana que antecedeu o início do julgamento do Mensalão, houve uma solenidade destinada a festejar um período obscuro do passado, para relembrar o Molipo – Movimento de Libertação Popular, um grupo de 28 exilados brasileiros que treinavam guerrilha em cuba, nos anos 70. O zé recusou-se a participar. Achou mais prudente evitar a aparição pública. O cu já estava apertado. Além dele, só há mais dois sobreviventes. O mestre de obras Otávio Angelo e o juiz aposentado Silvio Mota. Todos os demais acabaram sendo mortos.
Pois bem, Silvio Mota resolveu jogar merda meio líquidano ventilador de teto. Desconstruiu a imagem combativa do petista dos tempos de cuba. Acha que ele fez bem em evitar o ato público convocado por organizações de esquerda. Ele guarda na memória a figura de um militante indisciplinado e cheio de privilégios. Palavras do companheiro de treinamento: “Ele nunca combateu de verdade, nem no Molipo nem na ALN – Aliança Libertadora Nacional, no brasil. Em cuba, enquanto os integrantes participavam dos exercícios militares pesados, o zé levava um vida boa, protegido por autoridade cubanas.  Preferia passar seu tempo nas salas de cinema. Logo conseguiu abandonar em definitivo o treinamento. Alegava dores nas costas. Assim, pôde livrar-se das horas seguidas de marchas na selva, sem alimentos na mochila e cantis vazios. Enquanto os outros militantes, em condições insalubres, passavam semanas sem banho, faziam cursos de tiro e aprendiam a montar explosivos. Todos, menos ele. O projeto de dirceu sempre foi pessoal. E quis o Destino que terminasse aparecendo essa sua verdadeira face oportunista”.
Mota chegou a se filiar ao PT mas, não seguiu. Do zé, prefere manter distância.
A verdade pode demorar mas, acaba aparecendo…
Atentos da revisão: As minúsculas são propositais…

Charge do Duke (O Tempo)



Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)



Torcedores assassinos amedrontam a sociedade



Milton Corrêa da Costa
Como se não bastassem os atos de violência, perpetrados por perigosos narcotraficantes, que ameaçam permanentemente a paz social, como no caso da Favela do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, colocando sob constante risco de vida moradores da localidade e policiais que ali atuam, torcedores de futebol (bandidos arruaceiros) protagonizaram no último domingo, antes da partida entre Vasco e Flamengo, no bairro de Tomás Coelho, subúrbio do Rio, mais um violento episódio onde, no confronto mortal, previamente agendado em redes sociais, foi assassinado o torcedor vascaíno Diego Martins Leal, de 29 anos.
O conflito começou momentos antes do jogo, quando torcedores do Flamengo desceram de um ônibus, vindo de Resende, no Sul Fluminense, e ao passarem por um grupo de torcedores do Vasco, concentrados num porto de gasolina localizado na Rua Silva Vale, resolveram saltar para confrontar. Diego foi morto no interior de um bar. Um torcedor do Flamengo ficou ferido. O primo de Diego presenciou o crime.
“Deram cinco disparos, e ainda deram facada nele. É uma violência que não acaba, briga de torcida organizada. Tinham marcado pelo Facebook”, destacou.
Cerca de 60 suspeitos de participarem da briga foram detidos e levados para a 44ª DP (Inhaúma). O principal suspeito foi também identificado e preso pela Polícia Militar, sendo ainda apreendidos fogos de artifício. Num outro confronto entre torcedores, no bairro de Jacarepaguá, seis deles foram feridos, sendo dois a tiros. Sete suspeitos foram presos.
Esta é, pois, a ameaça real e concreta que a população pacífica está sujeita, em razão dos combates mortais, que tornaram-se rotina fora dos estádios, empreendidos entre facções criminosas que mancham o futebol pentacampeão do mundo, que irá sediar a Copa de 2014. Profundamente lamentável que pseudotorcedores, bandidos de carteirinha,  extravasem instintos tão vorazes e assassinos. Estamos falando de marginais que vestem camisas de tradicionais clubes, que usam arma de fogo e ferramentas próprias para o crime, não de torcedores que efetivamente amam seus clubes.
A sociedade brasileira permanece, portanto, sob a ameaça dos valentões homicidas integrantes de “torcidas organizadas para o crime”. Até quando?

Uma cabeça, duas sentenças, por Miriam Leitão


POLÍTICA


Miriam Leitão, O Globo
O ministro Ricardo Lewandowski ameaçou sair do plenário e não ouvir a réplica do ministro Joaquim Barbosa, na semana que vem, caso o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, não dê a ele o direito de tréplica. Foi desconcertante esse bater de pé no chão do revisor. Precisou ser lembrado pelo presidente da Casa de que o relator tem papel de “centralidade”.
Na votação, todos se igualam. Cada ministro, um voto. No entanto, a relatoria foi conferida a Joaquim Barbosa. O ministro Lewandowski pode e deve fazer seu trabalho de contraponto, pesponto ou complemento, mas o que não pode é revogar o fato de que o relator tem esse papel central. Os papéis são diferentes. Os dois trabalharam arduamente no processo, só que Joaquim, por cinco anos, Lewandowski, por seis meses.
Se as palavras — relator e revisor — já não bastassem, os dois tempos iluminam a diferença de papéis.
Na sessão de quinta-feira, o revisor apresentou visão oposta à do relator no caso envolvendo o réu João Paulo Cunha. Tem esse direito.
Da mesma forma que na véspera condenou Henrique Pizzolato, Marcos Valério e seus sócios por vários crimes que, na visão de ambos, foram cometidos no Banco do Brasil.
No voto, o relator mostrou que, através dos contratos de publicidade, foi montado na Câmara um centro de arrecadação. Da mesma forma que foi feito no Banco do Brasil. Então não é o caso de explicar apenas os R$50 mil. Vai muito além. Ficou claro também que não é o tamanho da vantagem que faz a culpa, mas a vantagem em si.
Parece mais lógica a narrativa do ministro relator pelos muitos indícios, provas, contradições e depoimentos de que foi usada a mesma metodologia nos dois casos. Não se pode imaginar que a SMP&B e a DNA fossem corruptoras no Banco do Brasil e impolutas na Câmara dos Deputados, se em tudo os atos das empresas se assemelham.
Pelo relato de Lewandowski, os R$ 326 mil de Pizzolato o incriminam, mas os R$ 50 mil de João Paulo, não. A diferença entre um e outro é que o ex-presidente da Câmara mandou a própria mulher; enquanto o ex-diretor do Banco do Brasil mandou um contínuo. As várias versões do deputado para o dinheiro sacado pela mulher não foram consideradas por Lewandowski.
Nisso, Pizzolato pelo menos foi mais consistente: manteve até em juízo a esquisita versão de que uma secretária de Marcos Valério ligou para ele e pediu para ele ir à cidade pegar uma encomenda para o PT. Ele não estranhou o fato de ser tratado pela secretária como um mensageiro, mesmo sendo diretor do Banco do Brasil e conselheiro da Previ. Disse apenas que naquele momento não poderia e pediu a um contínuo da Previ para pegar a encomenda do PT e levá-la à casa dele.
Um detalhe: um partido pode usar os serviços de um fundo de pensão dos funcionários de um banco público?
O ministro Lewandowski disse que os serviços de assessoria pessoal prestados ao ex-deputado por um jornalista, pago pela empresa de propaganda da Câmara, são equivalentes à atenção dada ao presidente do STF por jornalistas do Supremo. Comparou laranjas e bananas. O presidente do Supremo tem papel institucional. João Paulo trabalhava pela sua carreira política.
O grande problema entre as duas partes conhecidas do voto do revisor é a falta de consistência interna. É mais convincente o relator, que considera que as empresas de Marcos Valério montaram fontes de arrecadação onde puderam para abastecer o esquema de distribuição de dinheiro.
Há uma unidade no pensamento de Joaquim Barbosa e há uma contradição insanável no pensamento de Ricardo Lewandowski.

Futuro reprovado, por Cristovam Buarque



O Brasil foi reprovado no vestibular para o futuro. Porque o futuro tem a cara de sua escola no presente.
Nas últimas séries do nosso Ensino Fundamental, as escolas públicas, onde estuda a maior parte de nossos alunos, a média do IDEB –Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - foi de 3,9. As escolas particulares foram aprovadas, mas com a sofrível nota 6. A média ponderada pelo número de alunos é de 4,1, envolvendo 1,8 milhões de alunos nas particulares, com a média 6,0, e 12,4 milhões de alunos, nas públicas, com média 3,9.
No Ensino Médio, a média ponderada, incluindo as particulares é de 3,7.
Além da reprovação geral, o IDEB mostra que o Brasil é dividido pela desigualdade na educação dos filhos dos pobres e dos filhos das classes médias e altas.
Na mesma semana, o Jornal Nacional da Rede Globo mostrou a situação de nossas escolas, passando a sensação de que assistíamos a notícias de um terremoto, que está a devastar nosso futuro.
Outro programa, o “CQC”, da Rede Band, mostrou escolas em uma cidade do Piauí, certamente piores do que as piores do Mundo. Foi possível ver o futuro. E não pareceu bonito.
Apesar disso, o MEC comemorou os resultados e ainda divulgou nota à imprensa, no dia 14 de agosto, dizendo que “O Brasil tem motivos a comemorar”.
O Ministro está no cargo há apenas oito meses e não tem culpa por este desempenho, mas deveria reconhecer a tragédia, a vergonha e convencer a presidenta da República a fazer pela educação o esforço que vem fazendo na economia.
A presidenta precisa entender a gravidade da falta de infraestrutura educacional, ainda maior do que foi a falta de infraestrutura física, e convocar todo o País a se empenhar por uma urgente Revolução na Educação de Base.
Enquanto o Brasil traça meta para o IDEB alcançar a nota 6,0, em 2021, a China está programando voo tripulado à Lua, antes de 2020.
Análise mais cuidadosa mostra que, na média, as escolas públicas federais se saem melhor do que as particulares. A melhor nota, 8,6, foi obtida por duas escolas particulares: Escola Santa Rita de Cássia e Escola Carmélia Dramis Malaguti conseguiram o primeiro lugar com nota 8,6. Logo em seguida uma pública federal; o Colégio de Aplicação da UFPE teve nota 8,1; e a média das públicas federais do Ensino Fundamental (6,3) foi superior a das escolas particulares (6,0).
Isso mostra que o caminho para fazer a revolução educacional que o Brasil precisa passa pela ampliação da presença federal na Educação Básica. A Federalização exige um Ministério para cuidar apenas da Educação Básica; a implantação de uma Carreira Federal para os professores; e a responsabilidade da União sobre a qualidade de cada escola, todas em horário integral. Isso pode ser feito por cidade, chegando a todo o Brasil no prazo de 20 anos.
Isto pode ser feito. Até porque o futuro tem a cara de sua escola no presente. E a cara de nossas escolas mostra um futuro reprovado.

Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF

O maior castigo, por Zuenir Ventura


POLÍTICA


Zuenir Ventura, O Globo
Ao declarar na televisão seu apoio a um candidato a prefeito do Rio, Chico Buarque afirmou: “Há muito tempo não me empolgava tanto com uma eleição no Rio de Janeiro.”
Não consigo, porém, compartilhar desse entusiasmo — eu e muita gente que conheço. E isso não é bom para a democracia. Dizem que a campanha só começa depois da propaganda pelo rádio e pela TV e que, portanto, ainda é cedo para julgar, já que ela mal começou. Mas, pela amostragem inicial, é possível descobrir algumas causas desse desinteresse.
Primeiro, o formato dos programas, pouco atraentes e de pouca credibilidade, porque baseados em testemunhos previsíveis (o que não é o caso do compositor) e promessas duvidosas dos candidatos.
Seria mais interessante se, em vez do “vou fazer”, se ouvisse o como fazer, isto é, propostas concretas e factíveis, compromissos de fato. Existem, porém, razões mais graves para a falta de empolgação com as eleições no Rio e em outros lugares.
Elas residem no descrédito crescente da população em relação à prática política vigente. Os últimos acontecimentos — os escândalos do Cachoeira e do mensalão — contribuem para aumentar a sensação generalizada de que “não tem jeito”, de que a corrupção é incontrolável e, pior, de que a impunidade, por ser a norma, criou uma cultura do cinismo e do escárnio.
O exemplo mais recente é o da candidata à prefeitura de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, que aparece em um vídeo simulando um discurso em que fala da possível construção de uma ponte de R$ 2 bilhões: “Com um bilhão, eu fico.” Era uma brincadeira, mas com ares de verdade, já que desvio de verbas é uma prática corriqueira na administração pública.
Ainda bem que nem tudo está perdido. A decisão de obrigar o senador cassado Luiz Estevão a devolver à União R$ 468 milhões (em 97 módicas prestações) é uma boa notícia, embora a quantia não seja nem metade do total de que se apropriou e que, durante os 13 anos que separam o crime da condenação, ele pode ter dobrado o valor desse capital com aplicações financeiras.
De qualquer maneira, é um caso inédito. Mas, para que não constitua apenas uma exceção, será preciso que o Supremo adote o princípio e que os culpados do mensalão, além da eventual punição, sejam obrigados a restituir aos cofres públicos os milhões desviados em tenebrosas transações. Aí, sim, vai empolgar.
O que um corrupto mais teme como castigo não é ser preso, mas perder a grana que roubou.

A toga na política, por Ruy Fabiano



Penso que já se falou tudo de essencial sobre os votos do ministro Ricardo Lewandowski, que na quinta-feira, ao tratar dos atos de João Paulo Cunha e parceiros, revogou o que disse na quarta-feira, quando condenou Henrique Pizzolato e parceiros.
Os dois casos são essencialmente os mesmos – e isso também já foi exposto em detalhes. Não vale, pois, repeti-lo. Vale examinar se há motivos para surpresas. Penso que não.
Pelos sinais emitidos desde antes do julgamento, a conduta de Lewandowski é perfeitamente coerente. Se, na véspera mostrou um rigor inesperado, era apenas parte da estratégia para melhor posicionar-se no dia seguinte, numa coreografia de rigor legalista.
O julgamento do Mensalão, o único na história do STF a adquirir audiência de programa de auditório, expõe pela primeira vez um pouco da intimidade daquela instituição, que tem a prerrogativa que nenhuma outra tem de errar por último. Acima dela, o recurso que resta é à Providência Divina.
Exatamente por isso, quem ali chega deveria passar por uma peneira finíssima, que preservasse ao máximo aquilo que a Constituição chama de impessoalidade do ato de quem nomeia, além da integridade e notório saber jurídico de quem é nomeado.
Nos Estados Unidos, é assim. Vasculha-se a vida do indicado, sem qualquer fronteira entre sua conduta pública e privada.
Não raro, afloram escândalos pretéritos, em episódios inclusive de assédio sexual. Lá, como aqui, o indicado submete-se a sabatina no Senado.
Mas aqui trata-se de mero protocolo, selado anteriormente com um cafezinho e um bate-papo no gabinete de cada senador. Mais ou menos como ocorre àqueles que se candidatam à Academia Brasileira de Letras.
Nos EUA, é bem diferente. A nomeação de um juiz à Suprema Corte é um acontecimento nacional, que mobiliza a mídia e os setores organizados da sociedade civil. Os prós e os contras são postos à mesa, com todos os exageros, num debate público.
A aprovação pelo Senado, por isso mesmo, não é automática, mera formalidade ou simples sabatina, como aqui. Bem ao contrário, o Senado funciona como uma antena, que capta a pressão popular sobre o novo ministro, o que torna a seleção mais rigorosa, justa e democrática. A vigilância não cessa com a nomeação; prossegue no curso do exercício da função.
Seria impensável, por exemplo, um ministro da Suprema Corte tomando drinques num evento social com advogados de réus que estão sendo julgados por ele. Aqui, é rotineiro.
Ontem mesmo, a Folha de S. Paulo exibiu fotos de um evento social que, horas após mais uma sessão do julgamento, reuniu, entre taças e petiscos, o procurador-geral Roberto Gurgel, alguns advogados dos réus e um ministro do STF, Marco Aurélio Mello.
“O embate acontece lá; aqui, é confraternização”, disse com naturalidade o procurador Gurgel, o que confere ao encontro ares de bastidores de teatro, quando, ao final dos embates fictícios do palco, os atores confraternizam.
Quem frequenta o ambiente político de Brasília sabe que não se trata de um episódio isolado, mas, ao contrário, uma rotina, que só ocorre porque o público desconhece o papel de cada ator e não tem qualquer visibilidade sobre eles.
O cidadão médio desconhece quem são os membros do STF. Não sabe como entraram, nem como atuam lá, mesmo sendo o único país do mundo a televisionar as sessões de sua Suprema Corte. O linguajar hermético e gongórico dos juízes explica, em parte, o paradoxo; o desinteresse da mídia na rotina das cortes faz o resto.
São incontáveis os filmes americanos sobre o Judiciário; aqui, nenhum jamais focou a Suprema Corte e seus bastidores.
O atual STF tem apenas três ministros não indicados na gestão do PT: Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Se Dilma for reeleita, restará apenas Gilmar Mendes, ao final de seu segundo mandato.
Não havendo mudança de critério nessas nomeações, restará sempre a dúvida quanto à isenção dos nomeados.
Alguns poderão objetar: sempre foi assim. É verdade. Não há novidade, o que talvez esclareça o fato de que nenhum político, em toda a história do STF, jamais foi condenado. O Mensalão pode mudar isso. Ou não. Vejamos.

Ruy Fabiano é jornalista

Se reconhece que o Brasil quer um Judiciário independente, por que Lewandowski não devolve a toga?


Augusto Nunes

“Acho que o juiz não deve temer as críticas, porque vota ou julga com a sua consciência e de acordo com as leis”, recitou nesta tarde o ministro Ricardo Lewandowski, com o sorriso amarelo de quem anda ouvindo o que merecem ouvir ministros que, conscientemente, votam ou julgam a favor de um bando fora-da-lei. “Não se pode se pautar o voto pela opinião pública nem a opinião publicada”, continuou. Nem se pode pautar o voto pela gratidão devida à madrinha que convenceu o marido a presentear com a toga um jurista medíocre, como antecipou em 22 de dezembro de 2011 o post republicado na seção Vale Reprise.
“Eu esperava as críticas e as incompreensões”, jurou com a expressão aparvalhada de quem acabou de descobrir que a nação não é formada exclusivamente por patetas e espertalhões. E encerrou a lengalenga com a celebração do farisaísmo (e dois pontapés na gramática): “Tenho certeza que o Brasil quer um Judiciário independente, com o juiz que não tenha medo de pressão de qualquer espécie”. Se reconhece que é exatamente isso o que exige o país que presta, o que ainda espera para devolver ao Supremo Tribunal Federal a toga que ganhou de presente?
Um juiz independente e imune a pressões não se atreveria a absolver o mensaleiro João Paulo Cunha e, para justificar a decisão afrontosa, fazer de conta que Marcos Valério só não corrompeu parlamentares. O vigarista mineiro que alugou o diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato não ousaria propor negociatas a deputados e senadores. Haja cinismo, berra a montanha de provas e evidências.
Haja cinismo, berram os fatos. João Paulo Cunha conheceu Marcos Valério na temporada eleitoral de 2002. Uma das agências do empresário mineiro havia sido contratada para cuidar da campanha do PT em Osasco, onde João Paulo nasceu, em 1958. O forasteiro virtualmente acampou no principal reduto do deputado em busca da reeleição. Ficaram íntimos. Vitorioso, João Paulo transformou Marcos Valério no marqueteiro de estimação.
O governo Lula e a bancada petista entenderam que o companheiro de Osasco deveria ser o presidente da Câmara. João Paulo convocou o amigo mineiro para ajudá-lo numa campanha que não haveria.
Candidato único, o deputado paulista não tinha adversários a enfrentar. Pagou um bom dinheiro pelos serviços não prestados por Marcos Valério. Foi a primeira de muitas demonstrações de apreço. Todas suspeitas. Todas retribuídas pelo lobista disfarçado de publicitário. João Paulo venceu uma luta sem adversários. Em seguida, uma empresa de Marcos Valério venceria sem concorrentes a licitação simulada para escolher a agência publicitária encarregada de “melhorar a imagem da Câmara”. O contrato foi renovado por mais dois anos no último dia útil de 2004.
Atendendo a uma encomenda paralela, a agência de Valério passou a avaliar periodicamente a popularidade em território paulista do deputado que sonhava com o governo estadual. As pesquisas foram pagas com verbas da Câmara. Em junho de 2005, quando explodiu o escândalo do mensalão, enfim ficou claro por que João Paulo reagira com tamanha ferocidade à primeira notícia sobre a existência do Pântano do Planalto, divulgada em setembro do ano anterior pelo Jornal do Brasil.
Ele conhecia bem o lugar. Enquanto foi o número 2 na linha de sucessão presidencial, ali pescara propinas de bom tamanho. Também ficou claro por que lutara com tanta tenacidade pelo direito de continuar no comando da Câmara: talvez conseguisse impedir o nascimento da CPI que acabou identificando os mensaleiros e revelando parcialmente o acervo imenso de maracutaias. Uma delas permitiu a João Paulo expropriar R$ 50 mil da conta da SMP&B, empresa de Marcos Valério, numa agência do Banco Rural em Brasília.
Se o dinheiro  tivesse sido retirado pela mulher do deputado, já estaria configurado o caso de polícia. Mas a coisa foi um pouco pior. Para esconder da Coaf o nome de Márcia Regina Cunha, o saque foi feito pela própria SMP&B. A primeira-dama da Câmara apenas assinou um documento interno do Banco Rural que registrava o repasse dos R$ 50 mil que Lewandowski acaba de varrer para baixo do tapete das “despesas de campanha”.
São esses os fatos. O resto é conversa fiada, desculpa de culpado ou tapeação de comparsa.

As razões de Lewandowski, por Merval Pereira


POLÍTICA


Merval Pereira, O Globo
“Sou juiz há 22 anos, professor titular da Universidade de São Paulo, tenho uma história, vou julgar de conformidade com os autos, vou absolver alguns, condenar outros vários.” Quem diz isso ao telefone é o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, um dia após ter sido criticado, inclusive por mim, pelo voto absolutório dado ao ex-presidente da Câmara, o petista João Paulo Cunha.
Ele telefonou para esclarecer um ponto específico de seu voto, apenas para que eu não repetisse a informação errada: “Eu iria fazer meu voto por ordem da denúncia, assim como foram feitas as sustentações orais, e não por ordem alfabética como você escreveu já duas vezes.”
Lewandowski revela então que começaria pelo ex-ministro José Dirceu, depois pegaria o núcleo político. “É um processo extremamente complexo, ninguém é perfeito, pode ter erro, mas estou procurando fazer o melhor possível.”
Nenhuma queixa pelas críticas que tem recebido: “A democracia é isso, a liberdade de imprensa é isso, eu aqui sempre defendi com unhas e dentes a liberdade de imprensa, fui contra a Lei de Imprensa, contra o diploma de jornalista.”
Ele apenas admite que se “aborreceu um pouco” com a mudança de metodologia de apresentação do voto, pois trabalhou “durante meses e meses com uma certa lógica” e de repente “peguei meu voto e tive que cortar”.
Como é professor universitário, e não só fez várias teses como participou de várias bancas, Lewandowski gosta de frisar que é “muito cioso” sobre “a questão da lógica, da correção doutrinária, da citação bibliográfica correta”.
Com a mudança de metodologia, ele diz que, juntamente com sua equipe, está trabalhando quase todo dia até meia-noite. Mas ele ressalta que, “se há três juízes aqui mais chegados, mais próximos, somos eu, o Joaquim (Barbosa) e o (Ayres) Britto. Agora uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. São teses que nós defendemos”.
Talvez tenha tréplica na reunião de segunda-feira, talvez não, desconversa. E explica porque o raciocínio que valeu para condenar Henrique Pizzolato não valeu para Cunha. “A questão do João Paulo Cunha tem nuances, e você vai ver que cada réu que é acusado de lavagem de dinheiro, dentro das circunstâncias específicas em que ele sacou, vai ter uma solução”, explicou, reforçando a ideia que já antecipara no julgamento quinta-feira, quando ressaltou que, ao contrário de outros réus, que enviaram até garçons e contínuos para pegar o dinheiro, Cunha havia mandado a própria mulher, o que a seu ver demonstra que agira às claras.
“Cada caso é um caso que vou me reservar a estudar.” Em outros casos, diz, pode haver o dolo eventual, a pessoa tinha que ter desconfiado que o dinheiro poderia ser ilícito.
Lewandowski diz que procura ser “muito coerente, na idade que a gente tem, é preciso poder dormir bem com o travesseiro, por que, se não, fica complicado”. Ele lembra que há 22 anos, quando entrou na alçada criminal e começou a condenar, “não dormia direito”, e ressalta que “a única salvação de um juiz é se ater à técnica”.
O caso de Cunha pode caracterizar “um outro crime”, mas alega que isso “não está na denúncia”. Nesse caso, afirma ele, “me pareceu que, embora o dinheiro tivesse vindo da SMP&B, em sendo um crime eventualmente eleitoral (também não estou afirmando isso), não ficou caracterizada a lavagem do dinheiro”.
Pode ser crime eleitoral, ou até tributário, mas, no entender de Lewandowski, não se encaixou naquele tipo de lavagem, “e os tipos penais são muito estritos, e não se pode inventar em matéria penal porque, se não, vamos viver num estado arbitrário, e o juiz está muito jungido, adstrito ao tipo penal”.
Lewandowski diz que “houve crimes graves, e quem os cometeu vai ter de pagar mesmo”. Nos casos divergentes, como o de Cunha, em que ele absolveu, e o relator Joaquim Barbosa condenou, “o plenário vai dizer, e o plenário tem sempre razão”.
De minha parte, mesmo ele não tendo reclamado, depois da conversa franca e educada com o ministro Ricardo Lewandowski, espero ter me precipitado ao afirmar que ele agia assim para ajudar os réus políticos, especialmente os petistas.
Vamos aguardar para ver como o ministro revisor distribuirá sua justiça.

Franquias imobiliárias conquistam espaço no mercado


Fonte: Redação Redimob


A evolução do mercado imobiliário foi além da venda de imóveis. A relação entre clientes e construtoras, além das facilidades na obtenção do crédito, proporcionaram a busca por novas oportunidades e investimentos. É o caso das de redes internacionais de franquias imobiliárias, até então totalmente desconhecidas dos brasileiros, mas que aos poucos vem mostrando sua capacidade de expansão.
Mas para os empresários do setor imobiliário o que essas redes agregam? Segundo o especialista em Gestão Empresarial Estratégica, Guilherme Carnicelli, a  resposta a essa pergunta pode ser a chave para fazer com que esse novo conceito de marca unificada se estabeleça de forma definitiva como processo evolutivo no País. “O objetivo de uma rede de franquias é compartilhar negócios com ética, processos definidos, ter a melhor tecnologia disponível, o melhor programa de treinamentos e fortalecer a marca em um projeto de expansão consistente e sustentável. Tudo isso exigindo um investimento mínimo, se levarmos em consideração os percentuais de royalties cobrados”, comenta Carnicelli, em seu blog.
Carnicelli destaca que em mercados altamente competitivos, como os EUA, mais da metade dos corretores de imóveis trabalham em uma rede de franquias imobiliárias, comprovando os bons resultados que proporciona ao mercado. “O processo é evolutivo, no qual marcas unificadas se tornarão mais fortes. Com certeza, este é um novo modelo de atuação que propõe mais do que o compartilhamento de clientes e produtos”, finaliza.

Aparelhamento explica Pizzolato (Editorial) O Globo


Em dois séculos de existência, o Banco do Brasil quebrou algumas vezes e terminou resgatado com o dinheiro do contribuinte. Como sempre acontece nestes casos.

A primeira falência, provocada pela família real, devido a seus gastos e saques feitos na volta de D. João VI a Portugal, levou o BB a ser liquidado em 1829.
Pode-se então dizer que o primeiro grande aparelhamento da instituição financeira pública, feito pela própria corte portuguesa, causou a falência inaugural do BB.
Esta visão patrimonialista que dirigentes, no Império e na República, cultivam do banco é que o leva a passar por ciclos de dificuldades operacionais e, como agora no mensalão, a fazer parte de escândalos.
O uso que o sindicalista petista Henrique Pizzolato fez de verbas de publicidade do BB para alimentar o valerioduto do mensalão faz parte desta centenária linhagem de “malfeitos” cometidos na maior instituição financeira pública do país sob as bênçãos de poderosos de ocasião.
O julgamento do mensalão está apenas no início, mas já se confirma que os dois polos nos debates entre os juízes do Supremo são o relator do processo, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski.
Porém, a primeira concordância entre eles foi a atuação de Pizzolato no caso, quando o sindicalista, funcionário de carreira do BB, ocupou a diretoria de marketing do banco. Barbosa e Lewandowski consideraram Henrique Pizzolato culpado nas acusações do Ministério Público de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
O ex-diretor do BB pode vir a ser inocentado pelos nove ministros restantes. Mas já está na sua biografia o fato de que a Procuradoria-Geral da República o acusou de desviar dezenas de milhões de dinheiro público (BB/Visanet) para o mensalão e, em troca, receber a propina de R$ 326 mil.
Isto só foi possível devido à política de aparelhamento de segmentos da máquina pública, em estatais e na administração direta, executada com afinco a partir da posse de Lula no primeiro mandato, em janeiro de 2003.
No caso do BB, nem mesmo a nomeação de um presidente oriundo da iniciativa privada, Cássio Casseb, logo no início do governo, conteve a ânsia de companheiros que pela primeira vez chegavam ao poder central.
Ao contrário, o próprio Casseb parece ter sido contaminado pela cultura do aparelhamento e do patrimonialismo, tanto que, menos de dois anos depois de assumir, saiu do banco acusado de contratar uma consultoria de conhecidos, a preços altos e sem licitação.
O capítulo do BB no mensalão segue o mesmo roteiro visto na Petrobras, no setor elétrico — este doado a aliados peemedebistas do PT —, no Incra, onde o MST e satélites se assentaram, etc.
A condenação parcial de Pizzolato, o desarranjo administrativo da Petrobras, os desvios de dinheiro do contribuinte na reforma agrária, tudo é parte de uma obra bem mais ampla construída pelo aparelhamento lulopetista.

HUMOR A Charge do Chico Caruso



Fábula: Águia - Transformação e Renovação




A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. 

Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. 

Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e, voar já é tão difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. 

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. 

E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.
(texto encontrado na internet, sem autor). 
_____________________________________________

Essa é uma uma importante mensagem e aprendizado que devemos aplicar em nossas vidas. Muitas vezes precisamos nos resguardar, pensar, refletir, e então começar a renovar.

Quando renovamos a nossa sensação é de que realmente vamos viver muito mais tempo e felizes. Renovar é esquecer o passado e aproveitar somente os ensinamentos dele para que seu presente e futuro sejam grandiosos. Portanto, tenha atitude, "bata o seu bico e arranque suas unhas" para renovar e viver mais feliz sempre.

Um grande abraço e boa renovação.

Rafael Ivanhes

O “CAUSO” DO FUGITIVO POLÍTICO



Ralph J. Hofmann
Pois não é que dizem que no tempo do governo militar um sujeito muito covarde decidiu que seria bom passar uns tempos na Banda Oriental, também conhecida por Uruguay.
Convenceu os familiares e amigos e a si mesmo, de que estava em perigo de vida, que o DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social) estava a horas de levá-lo preso. Vestiu uma roupa de prenda e saiu de seu pago no centro do Rio Grande do Sul tomando o caminho do Sudoeste.
Infelizmente atraiu a atenção de alguns motoristas de caminhão, encantados com prenda tão atraente que trataram de servir-se dele como se uma Geny do Zeppelin fosse.
Seduzido e abandonado, com um intensa ardência nas artes posteriores, temeroso de ter contraído alguma doença sexualmente transmitida  decidiu que tinha necessidade de cambiar seu disfarce. Passando por uma modesta casa de peão de estância arrombou-a e serviu-se de um traje completo de gaúcho. De lambujem apropriou-se de um cavalo encilhado.
Errou pelos campos durante alguns dias, alimentando-se de restos de comida do lixo das churrascarias.
Em dado momento, tendo roubado a guaiaca de uma guasca que se banhava numa sanga, estava lá pras bandas do Alegrete, quando caiu a noite!
Tendo dinheiro achegou a uma pousada e foi entrando e pedindo pouso, arremedando um legítimo sotaque de gaúcho, coisa que normalmente, na condição de pseudo-intelectual não fazia.
- Mais óia, vivente! Não tem mais quarto vago! Tá tudo ocupado! – exclamou o dono da pousada.
- Mas não tem nem uma cama pra mim encostá o lombo? Tô viajando o dia todo!
- Tem um quarto com duas camas, mas já tem um peão dormindo lá, serve?
- Não tô pra escolhê, serve!
- O índio é meio chegado numa canha! Deve tá borracho e não vai protestá!
Chegando no quarto tava lá o índio, apagado, com um litro vazio no chão e outro na mão!
O sujeito tirou as botas e se deitou! Lá pelas tantas, de madrugada, acordou com uma baita caganeira! Levantou-se e saiu correndo pra casinha, mas não deu tempo… deu-se a tragédia! E o pior é que ele estava convencido de que precisava seguir  viagem de manhãzita, senão o DOPS  poderia alcançá-lo!
E agora? Olhando para o índio estabacado na cama, viu que a bombacha dele era igualzinha a sua e o tamanho também!
O sujeito  teve uma idéia: tirou a bombacha carimbada, lavou-se como pôde, tirou a bombacha do borracho e lhe enfiou a sua! Antes de sair o sol, encilhou o seu pingo e se mandou mundo a fora!
Muitos anos depois, o sujeito andava em campanha política pela região. Já fora ministro, prefeito e outros cargos. Agora queria ser governador. De repente lembrou-se  do vivente e do causo da bombacha trocada! Mordido pela curiosidade, chegou na pousada e perguntou pelo índio com quem dividira o quarto naquela fatídica noite!
- Pois ficô? lôco, tchê! Tá internado no hospício!
- Ué, mais por quê??!
- De tanto pensá em como é que ele conseguiu cagá as bombacha sem cagá as cueca!
Dizem que o fugitivo desta história continua colocando suas roupas emerdadas nos outros, mas agora, como governador, em todo o povo de seu estado.

PECADO ORIGINAL OU DESVIOS ÉTICOS



Charge de Roque Sponholz e Texto de Walter Marquart
A notícia confirma o inegável. A expectativa de vida das mulheres é de poderem usufruir sete anos a mais do que os homens. O homem deixou-se levar pelo relaxamento, pela intemperança e só ficou a ouvir os lamentos, atualmente irreal, das mulheres. Elas estão de parabéns.
Tudo foi planejado em 1942 quando a expectativa era de o homem viver 5 anos a mais, e os números indicavam que a média de vida para os homens era de 53 anos e das mulheres, 48 anos. QUEM SE ARVORAR EM DEFENDER OS DIREITOS ADQUIRIDOS QUEIMARÁ A LÍNGUA. Direitos adquiridos devem ser banidos, não deve restar exceção nenhuma: nem juízes, nem militares, nem ninguém; a ninguém deveria ser lícito gozar (de gozação) mais do que uma aposentadoria: nem Presidente da República, nem Deputado ou Senador e tampouco Professor ou sindicalista.
Direito adquirido não se coaduna com bom senso ou harmonia. A CONTA NÃO FECHA E FICARÁ CADA VEZ MAIS ARROMBADA. A média da expectativa de vida de hoje é de 77 anos para as mulheres e de 70 anos para os homens, aproximadamente.
“Não basta refrear o mal; é preciso ser ativo no bem”. “O grande sucesso na vida está em reduzir o número de erros e em aumentar as idéias que conduzem à verdade”.“Não interessa a ninguém saber o que estudaste, decoraste ou sabes – interessa apenas o que és”.

“O grande homem é silenciosamente bom…/ Genial, mas não exibe gênio,/ Poderoso, mas não ostenta poder,/ Socorre a todos sem precipitação./ Adora o que é sagrado, mas sem fantasmas,/
Carrega fardos pesados com leveza e sem gemido/ Domina, mas sem insolência,/ É humilde, mas sem servilismo,/ Ama, sem se ofuscar,/ Rasga caminhos novos, sem esmagar ninguém”.
“Ninguém pode fazer mal ao próximo sem primeiro fazer mal a si mesmo”.

Os brasileiros, por economia, não usam cueca/ Nem precisam, pois cessou a atividade do careca/
Cuecas perfumadas ninguém quer ou herda/ Jamais! Porque no lugar de dólares só cheiram merda.

Todo direito adquirido e o nosso sistema tributário discriminam (micro, pequeno, médio, incentivo fiscal, grande ou gigante, 1º escalão com ou sem dragonas) e concedem incentivos diretos, que, de lambuja, ainda geram avalanches de corrupção e alimentam o voto cabresteado. As discussões e resultados do nosso Congresso Nacional acabam de ficarem provadas, deixam um “puro” cheiro de cueca no ar. O Supremo Tribunal Federal há de usar um potentíssimo desinfetante.
Fomos criados para confiar, respeitar, servir e aplaudir com afeto. Estamos tristes com o que ocorre no Brasil: corrupção, mentira no Executivo, no Legislativo e até o Judiciário não está imune, direitos adquiridos, desproporcionalidade do voto, anistia para corruptos e passou a valer o parecer e não o ser. A MENTIRA ESTÁ INSTITUCIONALIZADA, O CAIXA DOIS É INSTITUIÇÃO GOVERNAMENTAL, JUSTIFICADA ATÉ PELO PRESIDENTE. Estamos curiosos do significado da ênfase dada por Lewandowski ao ato de ofício. Hum!
“Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe aonde ir” (Sêneca).

MENSUALÓN


Magu
Os leitores talvez imaginem que o Mensalão é criação brasileira. Não é não! O nosso é pura cópia. Políticos filhos da puta também não são exclusividade brasileira, como poderiam pensar.
Em 1999/2001, o governo argentino, sob o comando do presidente Fernando De La Rua (foto), precisava de apoio de senadores peronistas (que eram oposição) para facilitar  e aprovar a reforma trabalhista que era exigida pelo FMI, para dar seqüência aos empréstimos. Os “legisladores” pediram dinheiro para apoiar a lei. Foi montada uma operação de suborno em que saíram dos cofres da Secretaria de Inteligência (Side) o valor de 5 milhões de pesos. Mas sempre tem um que, quando o rabo esquenta muito, abre a boca. Mario Pontaquarto, que foi o portador do dinheiro aos políticos, foi o delator do esquema, considerado no país dos hermanos como “o caso de corrupção institucional mais grave desde o retorno à democracia, em 1983″.
O caso está no Tribunal Oral Federal nº 3, em Buenos Aires, capital da Argentina, e o juiz Delgado conceituou que o então presidente teria dado o aval para o pagamento da propina.
Nosso Inimputável Imperador Etílico de Caetés nem foi original. Vejam a defesa de De La Rua:  Posso garantir que nenhum conhecimento ou participação pode ser atribuído a mim. Mas, examinando o caso, os subornos não existiram. Só faltou mesmo dizer que o traíram… BINGO!
Apesar de aparentar calma, De La Rua pode ser condenado a 10 anos de prisão por “corrupção ativa agravada e desvio de fundos públicos. Santa periquita, parece que vamos passar mais uma vergonha perante nossos hermanos, porque eles julgam ex-presidentes. Nós não!
(1) Em espanhol, mensal se diz mensual.
(2) Fonte: Bandnews e Correio Brasiliense.

Conheça as mais caras mansões do mundo




Que morar bem é essencial todo mundo sabe. Mas alguns levam isso às últimas consequências. Bilionários do mundo todo não hesitam em investir parte de suas fortunas em imóveis espetaculares. E quem se dá o luxo de morar na mansão mais cara do mundo é o empresário Mukesh Ambani. Localizada em Mumbai, na Índia, a torre de 27 andares, batizada de Antilla, está avaliada em US$ 1 bilhão. O empresário, que ocupa todo o prédio com sua esposa  e seus três filhos, tem no local garagens para 160 carros e possui 600 empregados.

Brasil também está "representado" nesta lista. A socialite gaúcha Lily Safra, viúva do bilionário banqueiro libanês Edmond Safra, é a propreitária da Villa Leopolda, na Riviera Francesa. Com 29 mil m², o imóvel possuí 11 quartos e 14 banheiros. A mansão já pertenceu ao rei Leopoldo 2º, da Bélgica, além do fundador da Microsoft, Bill Gates. Hoje o imóvel está avaliado em US$ 506 milhões.

Confira abaixo algumas das mais suntuosas mansões ao redor do mundo:



Localizada na Índia, a casa mais cara do mundo é um prédio de 27 andares e vale US$ 1 bilhão. O local possui uma garagem para 160 carros  e látrabalham 600 empregados | Foto: Divulgação


A Villa Leopolda, que pertence a brasileira Lily Safra, tem a melhor vista da Riviera Francesa e 29 mil m² distribuídos em 11 quartos e 14 banheiros. Vale US$ 506 milhões | Foto: iG / Pierre Omidyar



A mansão, que já pertenceu ao magnata das comunicações William Randolph Hearst, serviu de cenário para clássico do cinema 'O Poderoso Chefão' | Foto: Divulgação

Instalado em Surrey, na Inglaterra, a Updown Court é uma propriedade de 58 hectares que vale US$ 139 milhões. Ela possui vaga para oito limusines | Foto: Divulgação

Essa mansão em Beverly Hills (EUA) pertence ao milionário Jeff Greene. Ela tem 11 suítes, 24 vagas de garagem e um salão de festas de 500 m² | Foto: Divulgação