quarta-feira, 1 de maio de 2013

A pior cidade do mundo para se viver



 




Carros velhos, prédios em estado precário de conservação, muita poluição e jovens sem esperança, esta é a herança macabra que o regime soviético e os anos seguintes de capitalismo deixou para a nórdica cidade de Norilsk, na Sibéria.


Em função da poluição extrema causada pelas indústrias mineradoras, Norilsk é o local do mundo com o maior índice de bebês com deformidades, acima de Hiroshima. Condições extremas reduzem a esperança de vida de seus habitantes para apenas 46 anos e muitas árvores ao ser arredor estão mortas por causa da chuva ácida.


Norilsk é o inferno na terra. É oficialmente uma das 10 cidades mais poluídas do mundo. A poluição das fábricas que cercam a cidade cria um manto constante de emissões tóxicas. Sua neve não é branca, é amarelada ou enegrecida pela poluição do ar e tem cheiro de enxofre.


Além da poluição, a cidade de 230.000 habitantes – cidade mais ao Polo Norte do mundo com mais de 100 mil pessoas – sofre com as baixas temperaturas. No inverno, as temperaturas muitas vezes chegam a 50 graus abaixo de zero. Suas noites são eternas e durante 90 dias do ano seus moradores não vêem a luz do sol.


Seu passado também não é muito glorioso. Boa parte dos prisioneiros do governo stalinista nas décadas de 30 e 40 foram mandados para as sua imediações. Atualmente, Norilsk conta com um Museu para conservar a memória dos mortos e sobreviventes dos campos de prisioneiros.


Texto de Rafael Gota - Imagens Históricas

CUIDADO! NÃO ABUSE DO SEU VELHO E BOM CLIENTE!



Por Luís Marins
Tenho visto acontecer em algumas empresas uma coisa que tem me deixado preocupado. Elas vêm, literalmente abusando de seus bons clientes.
O que é isso?
Numa época de alta inadimplência; numa época em que os clientes tornam-se a cada dia mais exigentes e até intolerantes; numa época em que a concorrência está muito acirrada e oferecendo vantagens especiais para “roubar” o cliente, algumas empresas e empresários parecem ter a tentação de abusar dos seus bons clientes – aqueles que pagam em dia, que são fiéis, que não reclamam, que aceitam calados ou mesmo que demoram a perceber qualquer mudança na forma de agir de seus fornecedores de produtos e serviços. Acabam, literalmente, abusando justamente dos clientes que mais deveriam prezar e desejar manter.
Assim, como o cliente é “bonzinho” – paga em dia, não reclama, a empresa começa a transigir na qualidade dos produtos ou serviços que presta a ele. Como o cliente é “bonzinho” – paga e não reclama, a empresa começa a cobrar por serviços antes não cobrados, aumentar o preço sem aviso prévio, e outras “cositas más” como diriam nossos irmãos argentinos.  Como o cliente é “bonzinho” a empresa literalmente “abusa” dele, pois que dos demais não pode abusar, pois são todos uns “reclamões”, “chatos”, “controlam migalhas” e certamente não aceitariam jamais serem abusados impunemente como os “bonzinhos”.
Assim, o bom cliente é penalizado pela sua tolerância e a má empresa, sem perceber que está diante de uma bomba-relógio que explodirá a qualquer momento, continua abusando…
O perigo de abusar dos bons clientes é que eles simplesmente não reclamam. Eles comentam internamente em suas empresas essa infidelidade do seu fornecedor e apenas esperam o dia de mudar. Esses clientes, mesmo deixando de comprar de nós, jamais reclamarão. Jamais dirão a verdade. Darão uma desculpa qualquer – que geralmente acreditaremos como sendo verdadeira – e se vão para sempre. E o maior problema é que nós também não faremos nenhuma análise dessa perda, achando “normal” o ocorrido pois  clientes mudam mesmo de fornecedores…. Dizemos apenas o famoso “foi bom enquanto durou”.
Assim, uma das tarefas mais importantes dos gerentes e supervisores e mesmo de toda a empresa é constantemente estar fazendo uma análise criteriosa de cada um de nossos clientes. Não só dos que reclamam. Não só dos que nos são problemáticos, mas principalmente dos que não reclamam. Estarão eles realmente satisfeitos com nossos produtos ou serviços? Não estarão eles simplesmente esquecidos, justamente por serem bons clientes?
E esse risco ocorre em todas as áreas de uma empresa. Não só os clientes devem ser analisados com todo cuidado. Temos também fornecedores de serviços que não nos criam problema. Atendem prontamente, aceitam nossas propostas de parcelamento nos pagamentos, fazem um grande esforço para nos satisfazer. Mas como não fazem muito alarde de sua eficiência, não damos a ele o devido valor.
Achamos simplesmente que é obrigação deles fazer todo esse esforço. E aí, abusamos deles. Atrasamos o pagamento, não damos a necessária informação para que nos possam atender de forma ainda melhor. Muitas vezes os achamos até ingênuos e simples demais. Deixamos seus funcionários esperando horas nas salas de espera de nossa empresa, etc. Como eles não fazem propaganda de si próprios, não chamam a nossa atenção. E daí, abusamos deles. Novamente corremos o risco de um dia, quando esse fornecedor encontrar um cliente mais consciencioso, atencioso, que pague em dia, que não abuse, nos deixar, sem muita explicação. Eles também são silenciosos. Contarão para nós uma “santa mentira” que acreditaremos e nos deixarão para outros fornecedores piores.
Cuidar do velho e bom cliente e do velho e bom fornecedor nem sempre é fácil. Nem sempre percebemos. Não prestamos a devida atenção a quem não fala alto, não reclama, não faz alarde dos bons serviços que presta ou dos clientes que não são “chatos”.
E se os chatos vencerem sempre, a verdade é que teremos em nossa empresa somente clientes e fornecedores chatos. E aí reclamaremos. E aí começaremos a dizer que “todo cliente é chato, intolerante”; “todo fornecedor é um chato e incompetente”.
Da mesma forma, vejo empresas que trabalham com varejo. Fazem um enorme esforço para conquistar um novo cliente. Oferecem a eles vantagens incríveis para conquista-los. E os velhos clientes? E aqueles que compram nossos produtos regularmente há anos? E aqueles que prestigiam nossas marcas em seus bares, restaurantes, lojas há muito tempo? Esses são simplesmente esquecidos.  E com a mão direita estamos nos esforçando para conquistar novos clientes enquanto com a mão esquerda estamos perdendo os clientes já fiéis. As solicitações do velho e bom cliente são sempre tidas como impertinentes. Será que para conquistar um novo cliente não estaremos oferecendo o dobro ou o triplo do que está solicitando aquele velho e bom cliente?
Gostaria de pedir que você, leitor, fizesse um exame de consciência empresarial e visse se você também não está caindo na tentação de abusar do seu bom cliente, justamente aquele que paga, que não reclama, que é fiel e leal à sua marca e seus produtos. Não faça isso. Não caia nessa tentação. Ou você ficará sem seus bons clientes que por serem “bonzinhos”  talvez nem reclamem ou digam nada a você. Mas acredite, na hora em que perceberem o seu abuso, por certo deixarão você falando sozinho. E aí será tarde demais para reconquistá-lo.