quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O país dos recalcados - Rodrigo Constantino


Duas notícias isoladas e de pouco destaque na imprensa merecem maior atenção nossa, pois retratam com perfeição o grau de recalque a que chegamos como nação. O PT é o símbolo maior disso, com seu eterno discurso de vitimização contra as “elites”, enaltecendo tudo que não presta contra aquilo que tem valor, que é melhor, superior.
A primeira notícia é esta:
Um raríssimo e até onde se tem notícia, único exemplar no Brasil, do esportivo inglês Ultima GTR, que não tinha culpa nenhuma, foi apedrejado em um caminhão plataforma durante uma manifestação, ontem, 15, na zona sul de São Paulo. 
Feita de fibra de vidro reforçada com plástico (GRP), a carroceria foi avariada com as pedradas e também uma das entradas de ar laterais que alimentam o motor V8 Chevrolet que pode ser preparado para entregar entre 300 e 1.000 cv.
[…]
Mascarados que estavam em meio a professores que exigiam melhores condições de trabalho e a não redução das salas de aulas e escolas estaduais, além de apedrejarem o carro tentaram invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, mas foram contido pela Polícia.
GT apedrejado
A segunda é esta:
Alunos do Santo Inácio estão tirando a camisa com o emblema do colégio para andar nas imediações da escola, em Botafogo. Os ladrões que agem por ali já avisaram a uma das vítimas recentes que têm como foco “os playboys uniformizados”. Os estudantes passaram a mostrar a camisa no portão, para só colocá-la quando estiverem lá dentro.
santo inacio
A que ponto chegamos, minha gente? No filme “À procura da felicidade”, com Will Smith e inspirado em história real, um vendedor humilde se aproxima de um cara com uma Ferrari e pergunta: “Ei, o que eu preciso fazer para conseguir uma igual?” Notem a diferença gritante: nos Estados Unidos, o sonho é também conquistar o sucesso material, pois os ricos empreendedores são admirados.
No Brasil, o sucesso é uma ofensa. O país dos recalcados não tolera os que se destacaram, os que conseguem mais riqueza. Em parte, pela obtenção de riqueza estar associada, com alguma razão, a esquemas ilegítimos, e não à meritocracia. Afinal, muitos ficam ricos por causa da “amizade com o rei”, da aproximação com o governo. Basta ver os filhos de Lula, hoje milionários.
Mas boa parte da explicação é mesmo a cultura da inveja, a mentalidade marxista de que riqueza é um jogo de soma zero, logo, o rico só é rico porque explorou o pobre. Essa baboseira é transmitida aos alunos na mais tenra idade por “professores” que agem como militantes, doutrinando suas pobres vítimas.
Atacar moral e intelectualmente o sucesso já é algo podre, típico de gente recalcada. Mas o Brasil anda tão ruim depois de mais de uma década de PT no poder que estão atacando fisicamente mesmo tudo aquilo que representa o sucesso individual. Um carrão apedrejado por mascarados é a imagem da barbárie, o ápice do recalcado que, incapaz de produzir riqueza, pretende destruí-la.
Os bárbaros se sentem no direito, agora, de pilhar o que é nosso, de amedrontar nossos filhos, os “playboys”, só porque podem frequentar uma escola particular. Não bastasse a agressão intelectual que essas crianças sofrem dentro das escolas, pelos “professores” marxistas, agora ainda temos que aturar a agressão fora dela, só por serem “coxinhas”.
O discurso de ódio do PT produziu um país moralmente destroçado, incapaz de querer melhorar, preferindo apenas cuspir em tudo que presta. É tudo muito lamentável…
Rodrigo Constantino

Monopólio do terror - Ivan Lima



Karl Marx abominava o lumpem proletariado. Chamava-o de a escória da sociedade, e recomendava tratamento de extinção a ladrões, sequestradores, homicidas, estupradores. Claro, a vida do cidadão Marx e suas teses de agitação social que os marxistas chamam de filosofia foram integralmente um poço profundo de contradições. Mas é o que está escrito e assinado. Porque então socialistas de todos os matizes nutrem uma profunda simpatia e apreço por essa escoria condenada pelo próprio Max?

Sim, ao longo da vivencia de filósofos e intelectuais marxistas, foi-se estabelecendo a tese de que acusar a sociedade de mercado como causa da existência das hordas de malfeitores era um grande achado para a revolução. Na ótica degradada desses agitadores profissionais colar na mente das pessoas que criminosos eram vítimas do capitalismo seria uma inestimável contribuição á causa para a construção de uma sociedade socialista. E mais: criminosos seriam no dia a dia os navios quebra gelo subvertendo á lei e a ordem, pondo em cheque as instituições, facilitando sobremaneira através da propaganda do vitimismo e do caos o advento da ditadura do proletariado para a paz social; pois, segundo sua ideologia genocida, só com a extinção da burguesia isso seria possível.

Criminosos seriam assim pontas de lança da revolução que com o apoio da mídia, sindicatos, professores, tolos e inocentes úteis de toda espécie nada mais seriam do que vítimas reagindo a um sistema social injusto e opressor. Nada mais falacioso, falso e hipócrita, pois se sabe que o grande criador de excluídos em uma sociedade inclusive de muitos que enveredam pelo crime é o estado intervencionista com suas leis de restrição e proibição de milhões de pessoas ás relações sociais de cooperação na troca de bens e serviços na divisão do trabalho. CLT, ECA, e toda a estrutura jurídica e institucional estatista são apontadas até mesmo por alguns indivíduos da esquerda como desejáveis de modificações no sentido de fazer inserir milhões de pessoas deixadas á margem de trabalho e renda exatamente pelas leis que dizem “proteger” as pessoas com “direitos” utópicos, irracionais, antiprodutivos, que só entravam o desenvolvimento da sociedade criando desalento, pobreza e estímulo á criminalidade.    

No contexto dessas vivencias socialistas entre a realidade e seus sonhos utópicos, foram se desenvolvendo e se implementando outras medidas “sociais” para a consecução revolucionaria marxista-leninista: proibição do armamento para o cidadão de bem exercer sua legítima defesa e a de suas propriedades e família contra criminosos; direitos humanos criados exclusivamente para a defesa de bandidos; polícia cada vez mais manietada, humilhada e demonizada; campanha de desmoralização das FFAA; mídia, escolas, universidades, professores, sindicatos, igrejas, artistas, intelectuais, todos militantes da defesa da tese de vitimismo de criminosos e não sua racional condenação com leis e penas duras.

Assim se chegou á dantesca realidade nacional no nosso dia a dia de cidadãos reféns e vítimas de criminosos de rua e da ideologia dos criminosos instalados no Palácio do Planalto.

A luta para vitória final desses ideólogos da criminalidade será a consecução do sonho que a mente e o coração daquela “filosofa” – classe média – expressou publicamente ao vociferar: “eu odeio a classe média”: escravização e genocídio de milhões de brasileiros. Simples assim. Tudo coerente com que realizaram seus deuses Vladimir Lênin, Joseph Stalin, Mao Tse Tung, Pol Pot, Che Guevara ou Fidel Castro.


Note a imensa satisfação sádica de potenciais genocidas com a declaração 

implícita da "filosofa" pelo genocídio de milhões de pessoas. 


Uma vez destruído o país, escravizada a nação, e tudo sob o seu domínio, a mais nefasta e letal espécie de bandidos, os socialistas, pode eventualmente ter em seus quadros de carcereiros e torturadores bandidos que infernizam a população hoje, ou dispensar seus serviços de implícitos aliados do momento fazendo-os perecer no paredão.

O certo, é que de uma maneira ou outra, como historicamente sempre ocorreu, os tiranos marxistas não haverão de querer concorrência de amadores na sua imensa construção do reino do terror da ideologia socialista.  

Ivan Lima é publicitário.

DEMOCRACIA MEDÍOCRE - Gilberto Simões Pires

Gilberto Simões Pires
Gilberto Simões Pires
gil grande

O título deste post é uma matéria que está muito boa, especialmente. É de Gilberto Simões Pires, do pontocritico.com


Grau de Conhecimento
É importante ter em mente que quando vai às urnas para eleger seus representantes e sistemas de governo, o povo brasileiro age como se estivesse prestando um EXAME que identifica o grau de conhecimento adquirido,  na vida e, principalmente, nas escolas que frequenta ou já frequentou.

Ingenuidade
Vejam que não é preciso olhar com demasiada atenção os resultados dos pleitos, para perceber o que a nossa DEMOCRACIA-ELEITORAL revela: além de ser muito baixo o nível de educação e compreensão do nosso povo, a maioria é dotada de enorme ingenuidade. O que explica a facilidade que o povo tem para ser enganado. Principalmente,  por governantes populistas, sempre atentos e muito bem treinados.

Democracia
A democracia, como bem diz o pensador (Pensar+) Percival Puggina, “é um regime medíocre, que só conseguiria deixar de ser medíocre numa sociedade de homens bons e sábios. Fora isso ela será tão medíocre quanto a sociedade onde for adotada”.
“O problema é que todos os outros regimes são piores, embora possam apresentar, pontualmente, indicadores de resultados positivos (caso Pinochet e China atual, por exemplos), em meio a condutas perversas e moralmente inaceitáveis”.

Trajetória
Este baixo grau de educação do povo, que muita gente já vê como política estratégica-governamental, explica muito bem a trajetória do nosso pobre país.
Vejam, por exemplo, que depois de se manter, com muito orgulho, como país de TERCEIRO MUNDO por mais de 450 anos, o povo, sem ser consultado, viu o Brasil passar para a categoria de EMERGENTE, com chances de chegar ao PRIMEIRO MUNDO.

Viagem de Retorno
Pois, para provar o quanto a educação dos brasileiros está caminhando, celeremente, no sentido da imbecilização,  que o Brasil, com o comando do PT, carimbou o passaporte e decidiu que fazer uma viagem de retorno, sem escala, para que possamos conviver novamente com países de TERCEIRO E QUARTO MUNDO.

Democracia medíocre
Pelo que se vê, lê e ouve, o Brasil não tem nada de SUPREENDENTE ou EMERGENTE. Afinal, quando a maioria dos eleitores fazem questão de manter o PT por tantos anos no Poder, sem dar a devida importância para a INCOMPETÊNCIA, CORRUPÇÃO E MÁ ADMINISTRAÇÃO, é porque sabe muito bem o que quer e o que está fazendo.
O Brasil, portanto, aos olhos dos que ainda raciocinam com lógica, nada mais é do que uma DEMOCRACIA MEDÍOCRE.

ANIVERSÁRIO DA PETROBRÁS - G. Mendoza


chargeO que é assustador é o fato de, a despeito da astronômica quantidade de provas e testemunhas, a grande maioria dos envolvidos (dos peixes grandes!) ainda caminha livremente pelas ruas deste país inerme e de olhos vendados! Também não se pode concordar com a referência aos sindicalistas como sendo “alienados ou irresponsáveis”, conforme consta na primeira linha abaixo da foto da assembléia da REGAP. Na realidade são canalhas muito sabidos.

Márcio Dayrell Batitucci escreve sobre o triste aniversário da Petrobrás:
Estamos hoje “comemorando”  62 anos de vida da Petrobrás, essa   extraordinária Empresa  que conseguiu feitos tecnológicos admiráveis, que por tantos anos foi o carro chefe do desenvolvimento do País e que foi a razão de ser de tantos e tantos brasileiros, que a ela dedicaram sua vida.

Infelizmente, hoje,  esse aniversário  não passa de um “triste aniversário”, com nada a comemorar!

Sob a gestão do PT-sindical-apóstata, tudo que a Empresa conseguiu durante décadas de trabalho sério e competente,  simplesmente escorreu pelo ralo, estando ela hoje em situação quase falimentar, com uma dívida monstruosa, sem crédito e sem credibilidade, com sua avaliação internacional rebaixada,  sendo duramente responsabilizada por terríveis desvios e falcatruas, destinados à manutenção de alguns no Poder e ao desfrute pessoal dos capatazes  lá colocados para abrir suas comportas para o crime!

Há 10 anos, o País soube estarrecido, como foi montado e como funcionava o esquema criminoso de desvios de recursos públicos, para sustentar os crimes desse Partido e desses sindicalistas desclassificados!  Acabara de ser descoberto o “Mensalão”  e suas conexões, como muito bem descrito no artigo abaixo, do jurista Miguel Reale Júnior.

E quando todos pensavam que esses criminosos tinham aprendido a lição, não mais que de repente, surge o mesmo esquema de crimes e de desvios –  o Petrolão –  operado e sustentado pelos mesmos atores, mas agora alojados em uma “fonte” muita mais pródiga de recursos e de riquezas : a Petrobrás!

O “esquema criminoso”, basicamente, é o mesmo, como descrito no artigo abaixo.  Só mudaram as “fontes” e alguns “operadores”!  E como sempre, ninguém viu nada, ninguém sabia de nada, ninguém percebeu nada!  Nem as superestruturas de Fiscalização e Auditagem da Petrobrás – áreas de auditoria, de finanças, de contabilidade, de fiscalização de contratos, jurídica, etc. etc… Bilhões saindo pelo ralo, durante anos, sem que ninguém soubesse de nada!  Nem a Direção, nem o Conselho de Administração com a sra. DIImáh, nem o governo do Sr. Lullá!

Infelizmente, não há o que comemorar neste 62º. aniversário da Petrobrás!  Apesar da nova Direção, da Contratação de um Diretor específico para cuidar das áreas de Auditoria e Contratos, a Direção da Empresa ainda deve muitas explicações aos brasileiros!

Segundo um ex-Diretor,“… mais de 1.000 participaram desse esquema de desvios…”
(veja  http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ao-menos-mil-se-envolveram-no-caso-da-petrobras-diz-diretor).

O que foi feito de efetivo como  blindagem definitiva da Empresa, contra esse tipo de desvios? O que foi feito com os “…1.000 envolvidos…” ? O que foi feito com as dezenas de sindicalistas despreparados que ainda exercem funções de Gestão ou de assessoramento?

Enquanto isso, esses mesmos sindicalistas, neste grave momento pelo qual passa a Petrobrás, se comportam como verdadeiros traidores dessa mesma Empresa e do País, programando para agora, uma absurda greve, não se sabe por quais motivos!….Usam a força de trabalho como peça de manobra, não para defender os interesses da Empresa e da Categoria, mas para tentar sustentar uma presidente e um Partido que já deveriam ter ido para casa, há muito tempo!

Vejam na foto abaixo, postada pela própria Federação Única dos Petroleiros, a “imensa categoria”  que está  “aprovando”  essa  insensata greve :

Assembleia que aprovou a greve

E são esses mesmos sindicalistas – alienados ou irresponsáveis –  que se sentem no direito de “interpelar”  o Presidente da Empresa para que ele “… explique as declarações de alguns gerentes de que a Empresa está quebrada…”

Será que só os sindicalistas não sabem disso no Brasil ?

Enfim : neste dia, quando podíamos estar soltando fogos pelos 62 anos desta Empresa, só temos que dirigir nossas preces a Deus, para que aconteça um milagre  na Petrobrás e em nosso País!

Leiam também Triste aniversário, texto de Miguel Reale Júnior em junho de 2005, na íntegra no link abaixo:


http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,triste-aniversario,1700919


POVO BANANA - Raphael Curvo


Raphael-CurvoA Coluna de Raphael Curvo


É muito interessante escutar, ver e ler que o impeachment de Dillma não é possível pois não existe base jurídica e política para tal. Como a maioria da população não tem o mínimo conhecimento do que está se passando ela fica refém dessas imbecilidades colocadas na mídia como verdadeiras. Mais, são transformadas em verdades incontestes e que tem motivação só para cassar aquela que representa o pobre no governo, assim implantado pelo Partido dos Trabalhadores nas cabeças vazias do nosso sofrido povo. Não bastasse, surge de novo o maior dos pilantras e enganador da Nação, o ilusionista Lulla, para dizer a população e aos bananas dos seus seguidores, que Dillma cometeu um ilícito, as pedaladas, em defesa do oprimido que foi salvo por ele com a ampliação do programa Bolsa Família do PSDB, da ex-primeira dama Ruth Cardoso, e com a expansão de outro programa, batizado, como novo, de “Minha Casa, Minha Vida” o que já vinha sendo promovido pelos governos desde a época dos militares com o BNH. Só que as pedaladas favoreceram em mais de 80% as grandes empresas.

Seria cômico se não fosse sério, a fala do ex presidente que atesta o ilícito da sua pupila Dillma e mesmo assim, contesta a licitude do impeachment com base no crime de responsabilidade fiscal. Ela tem vários ilícitos cometidos que vem desde o período como Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

É dela, Dillma, a responsabilidade maior da perda de bilhões de dólares com a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos. Foi a assinatura dela que deu início a compra do “mico” todo enferrujado, mas que já tinha acertos antecipados para a empresa, amiguinha do Lulla, a Odebrechet, fazer toda a reforma. Aliás, muito bem bolado o esquema porque a refinaria era uma sucata e aí estava a justificativa que se basearia em colocá-la em operacionalidade e, para fechar, vários pixuléquinhos iriam sair por aí pixunpulandos de mão em mão. Teríamos mais motivos ilícitos como empréstimos internacionais do BNDES sem aprovação do Senado Federal e por aí vai. Sem mencionar o crime financeiro com o empréstimo do mesmo banco aos clientes com juros abaixo do que paga ao Tesouro Nacional, imoral, porque no fim somos nós que cobrimos esse rombo com mais impostas. A base para a cassação política está nas pesquisas populares, 7% de aprovação do seu governo.

Fora toda essa lama, que envolve o corpo e a alma da Dillma, ainda temos a busca deslavada pelo chefe da gangue, como um messias da política, em promover acordo de salvação. O PT não cassa o mandato de Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, e ele, gentilmente, não dá prosseguimento ao pedido de impeachment da presidente. Assim como fez com o Renan Calheiros, que inclusive se mostrou atuante para a salvação do governo e do País com o programa “Avança Brasil”, só que ninguém sabe para onde, desconfio que é para o precipício. Acho que com o Cunha teremos um programa “Amor de Brasil”, todos em paz e beijinhos nos ombros. Oscar Niemayer errou em seu projeto ao colocar os corredores dos prédios do Congresso por baixo do solo porque isto inspirou o espírito de ratazanas em boa parte dos nossos parlamentares, Suiça, cuecas, meias, caixas de whisk.. O Lulla exige caixa de Red Label nos seus camarins quando das “palestras”.

Antes de terminar, tenho que constar aqui a expertise do presidente do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, o ilibado Tóffoli que, em uma ação incomum, solicitará a Dillma e Temer se concordam ou não em ter o ministro Gilmar Mendes como relator de quatro processos de cassação da dupla. Estes processos tramitam no TSE e a relatoria cabia a ministra Maria Tereza de Assis Moura que recusou e indicou, de acordo com a norma e como seu substituto, o ministro Gilmar Mendes. Estamos em grave situação, instituições aparelhados, engessadas, dominadas por gangues que processam seus interesses ao bel prazer e pouco ou nada se pode fazer, porque temos um povo banana, inerte pela sua ignorância do que está acontecendo e do que está por vir na sua vida.

O Brasil acabou, virou anarquia, está um salve-se quem puder. Os assaltos já são praticados até com vara de pescar. Ninguém está nem mais aí para o que é ético, moral e honesto. Já não tem medo e estão se lixando para a justiça. Quando isso chegar ao povão, teremos arrastão em todo lugar. É bem provável que isso seja uma estratégia para o Estado de exceção. Situações de emergência suspendem direitos e garantias individuais. Será que vocês entendem, povo banana?

Jornalista e Adv. Rapphael Curvo

Depois de conter risco de impeachment, Dilma e Cunha fingem guerra, para barrar impressão do voto

quarta-feira, 21 de outubro de 2015



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A esperada pizza na CPI da Petrobras foi apenas a primeira prova concreta de que existe um grande acordo de bastidores entre a turma da Presidenta Dilma Rousseff e os poderosos aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Nem a ingênua Velhinha de Taubaté, personagem veríssima em Bruzundanga, consegue acreditar na pretensa guerra entre Dilma e Cunha. A dupla, que se odeia sinceramente, só trava uma disputa real: para ver quem tem menos condição que o outro para permanecer na cargo. Ambos só se sustentam no País da Impunidade, sob governança do crime organizado.

Aparentemente, o desgoverno conseguiu bloquear o risco de prosperar o impeachment (que pouco resolveria, pois só trocaria seis por meia dúzia). Agora, o esforço do Palhasso do Planalto é impedir que ganhe força uma campanha nacional que chama a atenção para a maior fragilidade do processo político brasileiro: a lisura do processo eletrônico de eleição. A ordem é criar todas as dificuldades para conter o crescimento popular da campanha pela impressão do voto, para permitir uma recontagem - total ou até por amostragem.

A contagem inquestionável no processamento informatizado, que não tem transparência, é um estranho dogma cultuado pela Justiça Eleitoral. A cúpula do Tribunal Superior Eleitoral, de forma democraticamente inexplicável, sempre se posicionou contrária a qualquer projeto de impressão de voto para posterior conferência. O subdesenvolvido e corrupto Brasil é o único lugar do planeta que adota tal modelo em que os eleitores e os partidos não têm capacidade real de fiscalizar e auditar, de verdade, o resultado eleitoral.

Acreditar na lisura da contagem feita por um sistema fechado é o mesmo que ter a estúpida convicção de que não existe corrupção no governo (tese da Presidanta eleita e reeleita na base da dogmática dedada eletrônica sem direito a recontagem). A lisura total do moderníssimo processo de votação é uma necessidade urgente para o começo de qualquer aprimoramento institucional no Brasil. Trata-se do primeiro passo para impedir ou criar dificuldades para a escolha de parlamentares na base da compra de votos - suspeita bastante concreta que paira por um processo dogmático como o brasileiro.

A batalha pela implantação da impressão do voto pela urna eletrônica, com a conferência imediata do maior fiscal (o cidadão-eleitor-contribuinte) é um tema de extrema importância que pode assumir a prioridade na pauta de reivindicações na nova onda de protestos de rua, que recomeça sem o aparelhamento direto da "movimentomania" - um bom negócio para alguns oportunistas e para muitos partidos sem verdadeira expressão popular. O brasileiro precisa ter o direito básico de ter a certeza que elegeu o político no qual efetivamente votou - o que não acontece no atual processo eleitoral que carece de legitimidade.

Cartinha interessante...

O Alerta Total transcreve  a  excelente e oportuna carta do Sr. Francisco Manoel, publicada  sábado passado,  17 de outubro, na seção DOS LEITORES , do  jornal O GLOBO:

"Por  que  as  delações  envolvendo  o  deputado  Eduardo Cunha  estão servindo  para  abertura  de  inquéritos  para investigar o parlamentar,  e as  várias  delações  envolvendo o ex-presidente Lula não servem  para nada?

Temos  notícia da atuação  do  ex-presidente  como  lobista de construtora envolvendo  recursos  do BNDES em obras no  exterior; acusação  de venda  de  MEDIDAS  PROVISÓRIAS para a indústria automobilística com depósito em conta do seu próprio filho; acusação de obras em imóveis do ex- presidente, feitas por construtoras  envolvidas na rapinagem da Petrobrás, sem  comprovação  de pagamentos e denúncia de pagamento de propina  à uma nora dele, com participação do empresário José Carlos Bumlai.

São  muitos  os  indícios criminosos envolvendo Lula e outros  tantos políticos, que não são revelados. 

Querem  transformar  Cunha no grande e único  vilão deste lamaçal comandado pelo  PT. Isto   tem  um  propósito."

Responda se puder, $talinácio... 

Para  complementar  as alegações tão bem relatadas pelo leitor, vale fazer três  perguntas ao ex-presidente Lula:

1- É  verdade  que  o   empresário  Walter  Faria, dono da cervejaria ITAIPAVA, estreitou  profunda  amizade contigo, recebendo  então  dinheiro desviado  da PETROBRÁS e se transformando  em  um  dos  maiores financiadores das campanhas  do  PT? Em  2014, ele repassou  17 MILHÔES e  500  MIL REAIS  para a  conta  eleitoral  da  presidente DILMA  Rousseff .(Denúncia da revista ISTO  É , de  19 de  agosto de 2015)

2-  A  ODEBRECHT  lhe pagou  4  MILHÔES  DE  REAIS para palestras  no  Brasil e no exterior?

3-  Tem  procedência  a acusação  de  que o senhor  ajudou o  agora  "falido"  empresário  Eike  Batista  (um dos dez  mais ricos  do  mundo  - revista FORBES)  num  contrato  da empresa OSX com a PETROBRÁS  e  a SETE  BRASIL?

Eva caiu...

A primeira-dama do MST, enfermeira Eva Chavion, perdeu sua boquinha estratégica no poderoso cargo de Secretária Geral do Ministério da Defesa.

O camarada Aldo Rebelo, espertíssimo comunista, expulsou Eva do paraíso e nomeou o General Joaquim Silva e Luna para Secretário-Geral da Defesa.

Luna ocupava o cargo de chefe do Estado Maior do Comandante Vilas Bôas, no Exército.

Impressão


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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 21 de Outubro de 2015.

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO - LULA QUER ‘SUPER-MINISTRO’ COM DILMA DE ‘RAINHA’


O ex-presidente Lula ainda pressiona a presidente Dilma a substituir Joaquim Levy por Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda. Na semana passada, em Brasília, ele tentou atrair o interesse de Meirelles com uma nova proposta: fundir a Fazenda e o Planejamento. Diante de testemunhas, Lula prometeu: “Você será super-ministro e Dilma, uma rainha da Inglaterra”. Meirelles ironizou: “Ela já sabe disso?” Sabia.

MEIRELLES NÃO QUER
Meirelles foi categórico na recusa: “De jeito nenhum. Em pouco tempo ela vai começar me criticar pelos jornais e não vou aceitar calado”.

DILMA NÃO QUER
Foi essa investida de Lula que fez Levy indignado, redigir e entregar sexta-feira (16) a Dilma o seu pedido de demissão. Ela não aceitou.

NÃO SE BICAM
Dilma sente aversão até física por Meirelles, com quem se estranhou durante o governo Lula, quando ele presidia Banco Central.

É SÓ POSE
Recusando-se a nomear Meirelles e tornando Levy sua opção pessoal, Dilma mantém certa “independência” de Lula. Mas é só pose.

NA TERRA DE RENAN CALHEIROS, 85% REJEITAM DILMA
Levantamento realizado no estado de Alagoas, terra natal do principal aliado de Dilma no Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB), mostra que 84,9% desaprovam o governo Dilma e apenas 12,9% aprovam a gestão da petista. No cenário pré-eleitoral, Aécio (PSDB) lidera as intenções de votos com 33,3%, seguido pelo ex-presidente Lula (PT), 25,8%, e a ex-ministra Marina Silva (Rede), com 17,2%.

IMPEACHMENT, SIM
Em relação ao impeachment, 65,5% dos entrevistados dizem concordar com a destituição de Dilma do cargo de presidente; 24% são contrários.

SEGUNDO TURNO
Em um possível 2º turno contra Lula, Aécio venceria o candidato petista 50,7% a 31,2%. Contra Marina, Aécio venceria 48,6% a 32,5%.

DADOS DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, e entrevistou 1.252 eleitores em 32 municípios alagoanos, entre 15 e 19 de outubro.

CANDIDATOS MENORES
Pré-candidatos à Presidência em 2018 como o noveau-pedetista Ciro Gomes, o deputado Jair Bolsonaro (PTB), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Ronaldo Caiado (DEM) somam 8,5% das intenções de voto em Alagoas, segundo o Instituto Paraná Pesquisas.

CONTA OUTRA, MADAME
Nem os atenciosos finlandeses acreditaram quando Dilma repetiu em Helsinque a lorota de que seu governo não está sob suspeita na Lava Jato, que investiga o assalto à Petrobras iniciado no governo Lula.

ACORDO PRÓ-IMPEACHMENT
Eduardo Cunha costura acordo com a oposição para tocar o impeachment de Dilma. A aliados, ele contou que não quer negócio com governo. “Na primeira chance, o governo irá me rifar”, diz.

EM BUSCA DE VOTOS
A oposição vem adiando a entrega de novo pedido, porque busca os 342 votos necessários ao impeachment. Por enquanto, os partidos que defendem a destituição da presidente contabilizam 290.

É A CRISE
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirma que o adiamento da conferência nacional do PMDB não está relacionado à crise com o governo. Nem a mãe dele acreditaria nisso.

RISO SOLTO
O ministro Ricardo Berzoini (Governo) precisou puxar a orelha de Hugo Leal (PROS-RJ) e Fernando Monteiro (PP-PE), que, em reunião de líderes aliados, divertiam-se com vídeos no Whatsapp.

ÁGUA NA CARA
O deputado Laerte Bessa (PR-DF) perdeu a paciência, em audiência pública na Câmara. Ele jogou um copo com água em ativista contrário ao Movimento Brasil Livre, pró-impeachment, que o provocava.

GOVERNO MALUCO
O deputado Danilo Forte (PSB-CE) define o governo como louco: “O Nordeste padece de seca sem precedente, mas o governo corta recursos para transposição do rio São Francisco e compra caças”.

PERGUNTA NO TRIBUNAL
Dilma afirmou que “não houve corrupção” no seu governo para dizer que Ministério Público, Polícia Federal e Justiça estão mentindo ou para dizer que toda roubalheira ocorreu nos governos Lula?

Déficit da Previdência torna reforma urgente - EDITORIAL VALOR ECONÔMICO


VALOR ECONÔMICO - 21/10

O torvelinho político em que o país mergulhou nos últimos meses prejudicou discussões extremamente importantes. Uma delas é o futuro da Previdência Social. A Medida Provisória 676 com as novas regras para a Previdência é apenas uma colcha de retalhos para regular um tema tão relevante e com números grandiosos. As despesas da Previdência já representam quase 12% do Produto Interno Bruto (PIB) e não param de crescer. Cerca de 40% dos benefícios do INSS são corrigidos pelo salário mínimo, que vai subir em linha com a inflação elevada deste ano, ampliando as despesas obrigatórias.

No ano passado o déficit da previdência rural foi de R$ 82 bilhões, consumiu o superávit de R$ 25,5 bilhões da previdência urbana e produziu resultado negativo de R$ 56,7 bilhões do INSS. A previdência dos servidores federais, com apenas 1,9 milhão de beneficiários, menos de 10% dos pouco mais de 27 milhões de benefícios distribuídos pelo INSS, teve déficit ainda maior, de R$ 63,4 bilhões; e a dos funcionários de governos estaduais, de R$ 50,9 bilhões. Neste ano, o déficit do INSS deve ficar entre R$ 82 bilhões a R$ 88 bilhões e pode superar os R$ 100 bilhões em 2016.

A MP 676 apenas empurrou com a barriga esse desafio crescente e já nasceu com o prazo de validade vencido, segundo críticos. Sua raiz está em uma emenda feita de última hora na MP 664, que criou a fórmula 85/95 para o cálculo da aposentadoria como alternativa ao fator previdenciário, lançado em 2000. Pela fórmula 85/95, as mulheres podem pedir aposentadoria integral assim que a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85; e os homens, 95 - desde que o tempo de contribuição seja de 30 anos e 35 anos, respectivamente.

A presidente vetou essa emenda e remodelou a proposta na MP 676, mantendo a fórmula 85/95 como alternativa ao fator previdenciário, mas introduzindo a correção futura dessa tabela, que aumentará gradualmente até atingir 90/100 a partir de 2022. Segundo o governo, sem uma progressão para os anos futuros, a regra 85/90 poderia provocar um rombo de centenas de bilhões de reais na Previdência em 2030, por ignorar o processo de envelhecimento acelerado da população e o aumento crescente da expectativa de vida.

Há quem diga que mesmo a fórmula 90/100 será insuficiente para evitar a debacle da Previdência diante da transformação demográfica pela qual passa o país. O percentual da população acima de 65 anos vai dobrar nos próximos 20 anos para 14%. Para enfrentar essa mudança, a saída seria mesmo fixar uma idade mínima de aposentadoria, como faz a maioria dos países.

Essa não é a única questão. A MP 676, que seguiu para apreciação da Presidência da República após ser aprovada pelo plenário do Senado na primeira semana de outubro nos mesmos termos da proposta votada pela Câmara dos Deputados no fim de setembro, inclui alguns pontos que contrariam posições do governo. Um deles é a autorização da desaposentação, que permite o recálculo da aposentadoria para quem continuar a trabalhar e a pagar o INSS depois de se aposentar, desde que tenha feito pelo menos 60 contribuições. Caso entre em vigor, causará bilhões de reais em novas despesas ao INSS. O tema também está em discussão no Supremo Tribunal Federal desde 2003, com um recurso com votação empatada e pendente de decisão.

Os problemas não param por aí. A MP contém medida que regulamenta o recebimento do seguro - desemprego pelo trabalhador rural e do seguro - defeso pelos familiares que apoiam o pescador artesanal, dois pontos que estão entre os que devem passar por revisão. Questiona-se o fato de o trabalhador rural se aposentar com menos idade do que o urbano. Além disso, há suspeitas de que os números dos elegíveis aos dois benefícios e ao auxílio-doença estejam inchados por fraudes. O próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já observou que a população rural corresponde a 9% da PEA do Brasil, mas as aposentadorias rurais representam mais de um terço dos benefícios. O número de benefícios do seguro defeso supera o de pescadores registrados no país.

Não são, portanto, apenas a queda da arrecadação e as dificuldades de se aprovar a criação da CPMF que complicam a administração da Previdência Social. O sistema está inviável e mais se assemelha a uma bomba de efeito retardado, pronta para explodir, se não passar por uma reforma geral dentro de pouco tempo.

Desrespeito ao Supremo - EDITORIAL O ESTADÃO


ESTADÃO - 21/10

O governo de Dilma Rousseff, seguindo o padrão instituído pelo PT, entrou de vez no terreno da leviandade ao qualificar como “política” qualquer eventual decisão judicial que acolha as acusações contra a presidente e que podem lhe custar o mandato.

Como o Planalto tem “convicção de que não há base jurídica” para o impeachment, conforme disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deduz-se que, se o entendimento dos tribunais for diferente, estará configurado o vício do processo. “A Constituição federal é clara quando diz que nenhuma lesão ao direito ficará afastada do Poder Judiciário. E tenho certeza de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não agirá politicamente”, declarou Cardozo.
O governo planeja empreender uma guerra judicial, em todas as instâncias, para impedir que prosperem ações em favor do afastamento de Dilma. Conta, evidentemente, com a boa vontade do presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, que já informou a líderes governistas que pretende dar livre curso a qualquer petição que questione o “açodamento” de processos contra Dilma, conforme informou o Estado.

Ao mesmo tempo, o Planalto trata de desqualificar as tentativas de responsabilizar Dilma pelas chamadas “pedaladas fiscais”, isto é, as manobras contábeis para fechar as contas do governo à custa de bancos públicos. Argumenta que outros governos fizeram isso no passado e não foram punidos. Além disso, questiona a própria ideia de “pedalada” como crime de responsabilidade, ao sugerir que essa manobra não só é legal, como serviu para garantir o pagamento de benefícios sociais.

Defender-se com os mecanismos que a lei faculta é um direito inquestionável do governo, cabendo àqueles que acusam Dilma fundamentar corretamente suas ações para obter sucesso nos tribunais. Mas a presidente e seus auxiliares estão extrapolando seu direito à ampla defesa. Eles decidiram qualificar como “golpe” a mera possibilidade de sofrer qualquer revés judicial, o que configura inaceitável pressão de um Poder sobre outro.

Esse tem sido o comportamento do PT e de seus militantes desde o julgamento do mensalão. São inesquecíveis as palavras de ordem dos petistas em defesa dos companheiros flagrados com a mão na cumbuca e devidamente condenados: esses delinquentes - “membros da quadrilha, reunidos em verdadeira empresa criminosa”, como salientou o ministro Celso de Mello em seu voto no STF - deveriam ser considerados, na verdade, “guerreiros do povo brasileiro”. Em 2010, quando ainda era presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva disse que, quando deixasse o poder, desmontaria o que chamou de “farsa do mensalão”, modo nada sutil de pressionar o STF e colocar em dúvida a lisura e a independência dos ministros que ali trabalhavam.

Esse padrão petista voltou agora com toda a força. O julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sofreu todo tipo de constrangimento por parte do Planalto. Às vésperas da sessão do TCU que acabou por rejeitar as contas, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, chegou a dizer que o ministro relator do processo, Augusto Nardes, atuava como um “agente político”.

Assim, quando se trata de crimes que envolvem petistas, o governo - que se arvora pioneiro no combate aos malfeitos no País - tudo faz para criar embaraços para aqueles que se dedicam a investigar e julgar esses casos. Tal comportamento revela o traço autoritário que marca o PT desde que chegou ao poder - e que transforma qualquer forma de oposição e de condenação judicial em “golpismo”.

Ora, a tentação golpista se revela mesmo é quando se insinua, como ocorreu no mensalão, que o STF pode agir como um “tribunal de exceção”, exarando sentenças tão somente para “criminalizar o PT”. Ou então quando não se respeita a Suprema Corte do País, sugerindo que ela pode vir a tomar uma decisão “política”, como afirmou, com estudada singeleza, o ministro da Justiça.

A falsidade como meio de vida - JOSÉ NÊUMANNE


O ESTADÃO - 21/10

Em 2009, já escolhida pelo então chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, para lhe suceder na Presidência da República, Dilma Rousseff teve registrada no currículo oficial, divulgado no site da Casa Civil, que chefiava, sua condição de mestre (master of science) e doutora (Ph.D.) em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas (Unicamp). Pilhada em flagrante delito pela revista Piauí, ela reconheceu que não era nada disso. E mandou corrigir seu Curriculum Lattes (padrão nacional no registro do percurso acadêmico de estudantes e pesquisadores, adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País), que informava ter ela cursado Ciências Sociais.

Falsificar Curriculum Lattes equivale, na Academia, a usar um falso diploma de médico. Cobrada, Dilma justificou-se: “Aquela ficha do Lattes era de 2000. Eu era secretária de Minas, Energia e Telecomunicações no Rio Grande do Sul. Eu não tinha mais nenhuma vida acadêmica. Eu era doutoranda porque eu não tinha sido jubilada, era doutoranda. Ao que parece eu fui jubilada em 2004, mas não fui comunicada”.

Do episódio se conclui que, pelo menos desde então, Dilma tem mantido hábitos que se mostraram recorrentes nas duas eleições presidenciais que disputou (em 2010 e 2014) e nos mandatos que nelas obteve. Um deles é conjugar verbos repetitivamente na primeira pessoa do singular. Outro, recusar-se a assumir a responsabilidade pelos próprios erros. Para ela, a culpa era do Lattes, não dela. Já no dilmês tatibitate, ao qual o País se acostumaria nestes tempos, ela se eximiu da falsificação do documento. Quem falsificou seu currículo? Ela mesma nunca se interessou em saber e denunciar. Nem explicou como pagou créditos de doutorado sem ter apresentado dissertação de mestrado, como é praxe. Esta, contudo, é uma mentira desprezível se comparada com outro acréscimo que fez a sua biografia: o da condição de heroína da democracia, falsificando o conceito básico que definiria o objetivo de sua luta.

Ela combateu, sim, a ditadura, ao se engajar num grupo armado de extrema esquerda de inspiração marxista-leninista, o VAR-Palmares. Sua atuação está confirmada em autos de processos na Justiça Militar, em que foi acusada de subversão e prática de atentados terroristas. E foi narrada em detalhes por Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, que a delatou em depoimento mantido no arquivo digital de O Globo (oglobo.globo.com/politica/confira-integra-do-depoimento-de-beto-dado-em-1971-2789754). Dilma mente porque, como atestam ex-guerrilheiros mais honestos, eles não lutavam por uma democracia burguesa, mas, sim, pela “ditadura do proletariado” de Marx, Lenin, Stalin, Pol Pot, Mao e dos Castros.

Na campanha pela reeleição, que ela empreendeu em 2014, Dilma parecia padecer de uma compulsão doentia à mentira. No palanque, ela prometeu o Paraíso de Milton e já nos primeiros dias do segundo governo, este ano, começou a entregar a prestações o Inferno de Dante. No debate na Globo com Aécio Neves, do PSDB, que derrotaria nas urnas, ela sugeriu à cearense Elizabeth Maria, de 55 anos, que disse estar desempregada, apesar de seu diploma (não falsificado) de economista, que procurasse o Pronatec. Em 2015, esse carro-chefe da propaganda engendrada pelo bruxo marqueteiro João Santana, o Patinhas, terá 1 milhão de vagas, um terço das do ano passado. E, em sua Pátria Enganadora (que “Educadora”?), foram cortados R$ 2,9 bilhões das escolas públicas.

Este é apenas um dos exemplos da terrível crise econômica, política e moral, com riscos de virar institucional, causada pela desastrada gestão das contas públicas em seu primeiro mandato, em especial no último ano, o da eleição, Em 2014 viu-se forçada a violar a Lei da Responsabilidade Fiscal, cobrindo rombos nos bancos públicos para pagar programas sociais, como seria reconhecido até por seu padimLula.

Tudo isso põe no chinelo os lucros do falsário Clifford Irving, causador de imensos prejuízos no mercado das artes plásticas e que terminou virando protagonista de Orson Welles no filme Verdades e Mentiras. Não dá para comparar milhares de dólares perdidos na compra de obras de arte falsas com a perda de emprego por mais de 1 milhão de brasileiros em 12 meses nem a empresários fechando suas empresas.

Os dois só se comparam porque neles falsificar é meio de vida – jeito de obter um emprego e se manter nele. Na Suécia, onde começou a semana, Dilma fez seu habitual sermão da permanência doa a quem doer (e como dói!). Questionada se havia risco de os contratos que assinou serem anulados por um sucessor que capitalize a crise criada por seu desgoverno, afirmou: “O Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional”. A imprecisão semântica serve à falsificação da realidade – não como método, mas como ofício. Se se busca estabilidade, estabilidade não há. Não é necessária ruptura institucional para ela cair.

E ontem ela atingiu o auge do desprezo à inteligência alheia ao repetir a madrasta da Branca de Neve em frente ao espelho, num delírio de falsidade e má-fé: “O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção”.

Os jardineiros de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, pintavam de vermelho rosas brancas que plantaram, em vez de vermelhas, que a Rainha de Copas os mandara plantar. Quem apoia a alucinação obsessiva de nossa Rainha de Copas falsária 150 anos após a publicação da obra – “depô-la é golpe” – não tem memória. Pois ignora que o que ela tenta é alterar a cor da História: o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura, Fernando Collor, hoje investigado por corrupção, foi deposto por impeachment e substituído pelo vice, Itamar Franco, por quem ninguém dava nada, mas que nos libertou da servidão da inflação. O resto é a falsidade de ofício dela.