quarta-feira, 11 de julho de 2012

O movimento popular pela impunidade dos mensaleiros festeja a aparição do primeiro batalhão de combatentes imaginários


11/07/2012
 às 21:12 \ Direto ao Ponto

Augusto Nunes

Fundado por José Dirceu durante o congresso de uma certa União da Juventude Socialista, o Movimento Popular pela Impunidade dos Companheiros Pecadores demorou exatamente um mês para festejar o alistamento do primeiro batalhão de voluntários, formado por combatentes da  Central Única dos Trabalhadores dispostos a tudo para livrar da cadeia o bando do mensalão. A tropa é comandada pelo bancário Vagner Freitas, novo presidente da CUT, que melhorou o humor do guerrilheiro de festim com a entrevista concedida à Folha de S. Paulo.
“Todos sabem que esse julgamento é uma batalha política”, ensinou José Dirceu em 9 de junho. “O julgamento não pode ser político”, concordou Vagner Freitas em 9 de julho. “Essa batalha deve ser travada nas ruas também, com a mobilização das forças progressistas e dos movimentos populares, porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas”, ensinou Dirceu em 9 de junho. “Se o julgamento não for técnico, nós questionaremos, iremos para a rua, porque a CUT não vai ficar olhando”, concordou Freitas em 9 de julho.
Por enquanto, o batalhão só existe na cabeça do chefe. É provável que nunca saia de lá. Sem as duplas sertanejas, o oceano de tubaína e sanduíches de mortadela em quantidade suficiente para alimentar um Sudão, manifestações convocadas pela CUT juntam menos gente que quermesse de vilarejo. No dia 29 de junho, por exemplo, a entidade tentou vitaminar a candidatura de Fernando Haddad com um ato de protesto contra as carências do transporte público em São Paulo. Atenderam à convocação pouco mais de 2 mil militantes.
“Se eu ficar dez minutos batendo lata no Viaduto do Chá, reúno cinco mil pessoas”, dizia Jânio Quadros. A maior metrópole da América Latina tem público para tudo ─ até para malucos espancando bumbos de alumínioo. Mas vai ficando cada vez mais complicado encontrar espectadores para a farsa encenada por velhacos que, tão dependentes da mesada do governo quanto a pelegagem que desancavam no século passado, seguem caprichando na pose de fundadores do sindicalismo moderno.
O raquitismo das plateias contrasta com a arrogância da turma no palanque, e escancara o abismo escavado entre o discurso dos líderes  e o que interessa aos liderados. Pelo que dizem os dirigentes, os trabalhadores filiados à CUT têm no momento uma só preocupação e um único pleito: insones por causa do iminente início do julgamento, sonham acordados com a absolvição dos réus. O resto é o resto. A paralisação das universidades federais, as greves que se alastram por mais de 20 categorias do funcionalismo público, os solavancos da inflação,  o emagrecimento da indústria, o PIB anêmico ─ tudo isso pode esperar. O que importa é obrigar o STF a inocentar os mensaleiros.
Para tanto, é fundamental que o julgamento seja “técnico”. “Minha expectativa é que os ministros do Supremo Tribunal Federal julguem segundo os autos”, declamou nesta terça-feira o inevitável Rui Falcão. “E julgando segundo os autos não há base para condenação”, delirou de novo o presidente do PT. A versão governista da história, diria Stanislaw Ponte Preta, já descambou para o perigoso terreno da galhofa.
Investigações realizadas pela Polícia Federal e por uma CPI ergueram um himalaia de provas. A devastadora denúncia encaminhada ao STF pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza foi encampada pelo Supremo. O processo tem quase 70 mil páginas. Mas a tribo dos cínicos jura que o mensalão não existiu. “O que houve foi uma tentativa de golpe contra o meu governo, tramada pela oposição com o apoio de setores da mídia”, descobriu Lula quatro anos depois do desbaramento da quadrilha.
“O que houve foi uma tentativa de golpe contra o presidente Lula”, repetiu nesta segunda-feira Artur Henrique, de saída da presidência da CUT. Ainda indignado com a destituição do companheiro Fernando Lugo, ele lembrou que “esse ataque à democracia pode acontecer no Brasil”. Uma pausa precedeu as perguntas tremendas: “Ou não foi isso que tentaram neste país em 2005? Ou não tentaram depor e derrubar o presidente Lula com o apoio da imprensa?”
Se acredita nisso, Artur Henrique precisa comunicar à presidente Dilma Rousseff que está ameaçada de despejo por um complô que junta ministros do Supremo, procuradores-gerais da República, FHC e, claro, a mídia reacionária, colocada sob suspeita também por Márcio Thomaz Bastos. “A imprensa tomou partido nesse caso”, alertou o doutor predileto da bandidagem em 9 de junho. “Faz publicidade opressiva”.
Conversa de vigaristas. O Brasil decente espera que, como deve ocorrer em qualquer julgamento, os ministros do STF deliberem com base nos autos. Lá estão as incontáveis provas dos crimes praticados pela quadrilha federal. Quem sempre sonhou com um julgamento político foi o principal beneficiário das bandalheiras. Nos últimos meses, Lula andou visitando ministros que nomeou para lembrar-lhes que a absolvição dos pecadores seria uma bem-vinda demonstração de gratidão. A súbita acrobacia semântica deve ter confundido o chefe.  Se inocentar os réus, o STF terá feito um julgamento técnico. Se optar pela condenação, terá promovido um julgamento político.
O acervo de espantos da Era Lula já inclui um presidente que não sabe escrever e nunca leu um livro, uma presidente incapaz de dizer coisa com coisa, um senador que revogou o irrevogável, um ministro da Fazenda especializado no estupro de sigilo bancário, um trem-bala que só apita no PAC, um ministro da Indústria que quebrou uma fábrica de tubaína com dois ou três conselhos, um ministro da Pesca que não sabe colocar minhoca em anzol, um ministro da Educação que acha certo falar errado, um advogado que virou ministro do STF depois de reprovado em dois concursos para o ingresso na magistratura e, entre tantas outras esquisitices, a CUT.
Se tiver algum juízo, a única central sindical do mundo que se acha única embora existam mais cinco esquecerá a ideia de ampliar o acervo com o movimento pró-corrupção. Qualquer entidade pode discordar de uma decisão do STF. Nenhuma pode negar-se a respeitá-la. Se consumar a afronta, a CUT se transformará numa organização fora-da-lei em guerra contra o Estado de Direito. Um caso de polícia, que como tal será tratado.

O fator ideológico




Rodrigo Constantino

O ano era 2002. Lula tinha sido eleito e escolhera Dilma para o Ministério de Minas e Energia. Os futuros ministros faziam reuniões com investidores para acalmar os tensos mercados. Eu trabalhava em uma grande gestora carioca. Estive em uma dessas reuniões com Dilma. Foi meu único encontro com a atual presidente.
Um dos presentes perguntou como o governo faria para atrair os necessários investimentos ao setor, uma vez que o discurso corrente era de que a rentabilidade não deveria ser elevada. Com dedo em riste e tom autoritário, Dilma disparou: "Quem foi que disse que é preciso ter alto retorno nesse setor?"
Eis o que eu queria dizer: desde então tenho como certo o fator ideológico entranhado em Dilma. Muitos falam em gestora eficiente, pragmática, mas eu só consigo enxergar ideologia.
Até mesmo o Itamaraty foi infectado pelo vírus ideológico, como ficou claro no caso do Paraguai. O Barão do Rio Branco, ao assumir o ministério das Relações Exteriores, declarou: "Não venho servir a um partido político: venho servir ao Brasil, que todos desejam ver unido íntegro, forte e respeitado." Ele não teria vez no governo Dilma, que se mostra apenas um capacho de Hugo Chávez.
O Prêmio Nobel de Economia Friedrich Hayek chamava a atenção para a "arrogância fatal" de certas ideologias. Seria basicamente a crença de que é possível controlar tudo nos mínimos detalhes, de cima para baixo. Planejadores centrais que desprezam sinais do mercado e pensam ser possível ignorá-lo para sempre: são os arrogantes. O fatal fica por conta dos estragos que costumam causar na economia.
Pois bem. A economia brasileira seguiu nos últimos anos um modelo claramente insustentável, calcado em crédito e consumo. O governo ignorou a necessidade de reformas estruturais que aumentassem a nossa produtividade. A farra foi boa enquanto durou, financiada pela acelerada expansão do crédito, possível pela alta no preço das commodities que exportamos para a China.
Esta fase de bonança se esgotou. O PIB cresceu apenas 2,7% em 2011, e este ano mal deve chegar a 2%, muito longe dos 4,5% que o ministro Mantega projetava. Para piorar, a inflação ainda segue acima do centro da elevada meta. Qual tem sido a reação do governo?
Ideológica, claro. Imbuído da falsa crença de que pode simplesmente estimular mais ainda o consumo e o crédito, o governo tem apelado para pacotes quase semanais. Os resultados são pífios ou negativos? Não tem problema. Basta aumentar a dose!
A ideia de que o consumo do governo pode estimular de forma sustentável o crescimento econômico não passa de uma falácia, que já foi refutada no século 19 por Bastiat. O economista francês citou o exemplo de uma janela quebrada para fazer seu ponto.
Algum vândalo joga uma pedra que estilhaça a janela de uma loja. Algumas pessoas tentam consolar o dono da loja alegando que ao menos ele estará gerando emprego ao consertar a janela. Afinal, se janelas nunca fossem quebradas, de que iriam viver os reparadores de janelas?
Esta linha de raciocínio míope ignora aquilo que não se vê de imediato. Sim, o conserto da janela iria propiciar um ganho para o vidraceiro. Mas o que seria feito desse dinheiro gasto caso a janela não tivesse sido quebrada? Qual o uso alternativo para este recurso escasso? Eis a questão!
O mesmo ocorre com o gasto público. O governo não produz riqueza. Para ele gastar, antes ele precisa tirar de alguém que produziu. Ele pode fazer isso por meio de impostos, emissão de dívida ou de moeda (imposto inflacionário).
De qualquer forma ele estará transferindo recursos de um lado para o outro, normalmente cobrando um grande pedágio por isso. Mas ele não estará criando riqueza. Logo, os gastos públicos não estimulam a economia: eles apenas retiram recursos do setor privado, que costuma alocá-los de forma bem mais eficiente.
Outro efeito perverso desta política é a seleção dos campeões, que deixa de ser feita pelo mercado (mérito) e passa a depender das escolhas do governo. No dia do anúncio do último pacote, o índice de ações da Bovespa caiu mais de 1%, mas as ações da Marcopolo subiram mais de 6%. O governo divulgou uma grande compra de caminhões para "estimular" o crescimento econômico. Alguém pagou por isso.
Esta ideologia centralizadora está fadada ao fracasso. Ela produz ineficiência e lobby por privilégios, mas não consegue aumentar a produtividade da economia. Infelizmente, a presidente acredita neste modelo, e vai insistir nele até quebrar a (nossa) cara. Não podemos desprezar o fator ideológico deste governo.

Mobiliário da cozinha ganha cor com combinações surpreendentes e apetitosas



Uso de pitadas de novos tons nas superfícies das cozinhas traduz uma época de mais irreverência e menos rigidez

Foi-se o tempo em que o único caminho possível para acozinha eram armários brancos ou em tons pastel. As propostas atuais vão de combinações com surpreendentes azuis até apetitosos laranjas e vermelhos. Com as mudanças comportamentais do fim do século 20 e a reorganização da estrutura familiar, a cozinha se transformou. Fez parte deste processo a mudança estética, sendo a cor um ponto vital na atualização. Com panelas,bancadas, eletrodomésticos, pisos e paredes coloridos, a cozinha ficou irreverente e alegre, renovando o status de "coração da casa".
Alaranjado tangerine tango, cor eleita como tendência universal em 2012, confere vivacidade para a cozinha no Loft do Executivo, do escritório de Porto Alegre Edgar Casagranda Arquitetura, na Casa Cor em SP

"A Europa e depois o resto do mundo perdeu o medo do uso das cores. Hoje temos uma tecnologia quase milagrosa que permite criar em materiais antes impensáveis", diz Renata Rubim, designer, pesquisadora de tendências e consultora de um fabricante gaúcho de móveis planejados.
Armários aéreos e tampos com acabamento em vidro no tom papaia combinado com bancadas em cinza garante harmonia e sofisticação

Nos últimos anos, o aprimoramento da tecnologia trouxe novas possibilidades, e as cores apareceram com propriedade nas superfícies - do tampo da pia aos móveis. "Hoje temos mais liberdade e tantas possibilidades de acabamentos que, se não dá para chegar à exclusividade total, dá para ter projetos quase customizados", diz José Bonetti, gerente de desenvolvimento de uma indústria nacional de armários planejados.
Ilha de cozinha com tampo e grandes gavetas com acabamento em vidro no tom tomate estimula o apetite com graça e energia

Se o mercado absorveu a ousadia foi porque o medo de que a inovação não fosse aceita pelos clientes dá mostras de estar cedendo. "Saímos de uma sobriedade e agora vamos buscar algo que se contrapõe a isso. É um ciclo que deve durar porque há muita coisa surgindo. Ainda estamos longe de cair em repetição", analisa Ana Vazquez, do escritório caxiense Vazquez Arquitetos, integrante da equipe de design de produto de fábrica gaúcha de móveis planejados.

Imaginem se a saudita fosse iraniana


A Arábia Saudita é o país mais conservador do mundo, onde as mulheres são tratadas como cidadãs de segunda classe. Não podem dirigir, praticar esportes ou mesmo andar nas ruas sem a companhia de um homem de sua família, além de serem obrigadas a cobrir todo o corpo. É praticamente um regime de Apartheid contra as pessoas do sexo feminino.
A monarquia de Riad também é a menos democrática de todo o mundo árabe. Não há eleições no país. Todo o poder está concentrado na gigantesca família Saud e as sucessões costumam ser fraternais. O rei Abdullah, que está doente, seria substituído pelo príncipe Nayef. Como este morreu semanas atrás, o novo herdeiro passou a ser o príncipe Salman.
Além da ausência de liberdades, a Arábia Saudita também reprime com violência minorias religiosas, como os xiitas na Província do Leste. Nesta semana mesmo, dois foram mortos por simplesmente protestarem. No ano passado, enviou tropas para Bahrain, onde auxiliou a monarquia local a massacrar protestos pró-democracia da oposição.
Apesar deste histórico de Apartheid contra as mulheres e um regime ditatorial religioso, os líderes sauditas são tratados como aliados no Ocidente e suas violações aos direitos humanos raramente são criticadas por governantes nos Estados Unidos e na Europa. Barack Obama, em seu discurso apoiando a Primavera Árabe, preferiu não mencionar a Arábia Saudita. Todos fecham os olhos desde que Riad colabore em questões internacionais, como na ajuda ao isolamento do Irã, e no fornecimento de petróleo.
O problema é que a elite saudita, especialmente os jovens, viajam e estudam em cidades liberais, como Beirute, Paris, Londres, Nova York, Washington, Berlim e Londres. Nestas metrópoles cosmopolitas, vivem com relativa liberdade e acabam naturalmente questionando o radicalismo de seus líderes. Acham absurda a proibição ao álcool, o combate ao homossexualismo e o tratamento dispensado às mulheres.
Uma das pessoas desta geração é a princesa Sara bint Talal bin Abdulaziz. Aos 38 anos, vive em Londres com seus quatro filhos adolescentes. Não usa véu e se auto-classifica como uma muçulmana liberal. Segundo disse em entrevista para a imprensa britânica, há uma campanha de perseguição e difamação contra ela em Riad. Agora, correndo o risco de ser deportada porque a Embaixada saudita se recusa a renovar o passaporte, pediu asilo político.
Claro, ela é da família real. Se fosse humilde, nem ouviríamos falar dela. Estaria sofrendo na repressão do Apartheid saudita. Sua história certamente ecoará em Londres. O governo britânico precisará colocar na balança o risco de estremecer as relações com Riad e a necessidade de respeitar os direitos humanos. Afinal, Sara pode servir de símbolo para outras sauditas que sofrem com a repressão em seu país. Agora, imaginem a gritaria se ela fosse iraniana?

RASTROS DA DELTA LEVAM ÀS PORTAS DOS PALÁCIOS


Dados bancários da empreiteira Delta mostram que, de 15 empresas que mais receberam pagamentos da construtora nos últimos anos, dez estão em nome de "laranjas" e funcionam só no papel. Os dados se referem à quebra de sigilo bancário da construtora enviados à CPI do Cachoeira, aos quais a Folhateve acesso. De R$ 735 milhões repassados nos últimos dez anos pela Delta para mais de 3.200 empresas, R$ 133,8 milhões(18%) foram depositados para as dez supostas fornecedoras, nove criadas nos anos eleitorais de 2008 e de 2010.  A Delta é a principal empreiteira do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), maior recebedora de recursos federais desde 2007 e possui contratos com diversos Estados e municípios. Fonte: Folha.

Os números coincidem com o que o Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do DNIT e os empreiteiros dizem saber. Cerca de 3% do faturamento foram para Caixa 2, das campanhas eleitorais de 2010.  O dinheiro passou pelas mãos dos coordenadores de campanhas de 2010, em diversas regiões, isto o Pagot diz saber.

Instrumentos institucionais o governo tem à sua disposição, resta saber se tem boa vontade para apurar os fatos.  Lula e Dilma deram o tiro no pé.  Estão a incomodar bastante, com o dinheiro não contabilizado.  Sabem que se acionarem as instituições institucionais da República, fatalmente, chegarão nas eleições de 2006 e 2010.

Ossami Sakamori 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR

Afegãs protestam após execução filmada de acusada de adultério


Vítima de 22 anos foi assassinada com 10 tiros diante de vários homens, reunidos para assistir sua morte em um pequeno vilarejo da província de Parwan, 100 km ao norte de Cabul

Do Portal Terra
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Mais de 100 afegãos, em sua maioria mulheres envolvidas na luta por seus direitos, protestaram nesta quarta-feira (11) em Cabul contra a recente execução filmada de uma delas, acusada de adultério. A vítima, Najiba, 22 anos, foi assassinada com 10 tiros diante de vários homens, reunidos para assistir sua morte em um pequeno vilarejo da província de Parwan, 100 km ao norte de Cabul. 
A execução sumária aconteceu depois que foram recitados trechos do Alcorão de condenação ao adultério. O ato foi saudado com gritos de "viva o islã" e "vivam os mujahedines". As autoridades afegãs informaram que os assassinos eram talibãs, que aplicavam este tipo de pena quando estavam no poder (1996-2001). "Queremos justiça", gritavam as manifestantes, que marcharam entre o ministério das Mulheres e a Praça Zanbaq, a poucos metros da sede da presidência.
"A execução de uma mulher pelos talibãs é um crime. O governo deve fazer tudo para levar os culpados aos tribunais. É seu dever fazer justiça", afirmou a parlamentar Shyikai Karaojail. As manifestantes também pediram ao presidente Hamid Karzai e a seu governo que atuem em favor da causa das mulheres, ao invés de apenas manifestar emoção com os atos que afetam as vítimas.
Sahar Gul, uma adolescente de 15 anos, liberada em janeiro depois de ser torturada pela família do marido durante seis meses, um caso que provocou comoção mundial, participou na manifestação ao lado de uma jovem que teve o rosto queimado com ácido por rejeitar um casamento forçado. De acordo com a ONG Oxfam, 87% das afegãs afirmam ter sido vítimas de violências físicas, sexuais e psicológicas ou de um casamento forçado.

Como o Bradesco ficou para trás



Associação a jato
Afinal, como o Itaú correu por fora e tomou o BMG do Bradesco, que já estava quase com a mão na taça?
No sábado de manhã, Ricardo Pentagna Guimarães, presidente do BMG e integrante da família controladora do banco, recebeu um telefonema de Roberto Setubal.
O presidente do Itaú queria saber se o que lera há pouco era verdade – ou seja, que o Bradesco era o favorito para comprar o BMG. Pentagna Guimarães confirmou.
Neste momento, rápido no gatilho, Setubal se disse interessado e lançou a isca: propôs uma associação. Este, na verdade, era o negócio que Flávio Pentagna Guimarães, pai de Ricardo e chefe do clã mineiro,  sempre desejou – venderia por falta de alternativa.
A proposta foi como música para os ouvidos do BMG. Horas depois, a equipe de negociação do BMG estava em São Paulo, na sede do Itaú, para o início de três dias de reuniões.
Ontem,  por volta das 20h, Itaú e BMG chegaram ao acordo final e começaram a assinar a papelada. Uma hora depois, estava criado o Itaú BMG Consignado.
Por Lauro Jardim

Agir honestamente logo vai virar manchete



Na madrugada de domingo para segunda-feira, Rejaniel Santos e Sandra Domingues, catadores de papelão em São Paulo, encontraram R$ 20 mil, colocados em sacos plásticos abandonados atrás de uma árvore próxima ao viaduto onde dormem. Imediatamente, ambos entregaram o dinheiro à polícia. Logo se descobriu que as cédulas haviam sido roubadas de um restaurante, cujos donos já receberam de volta uma quantia suficiente para mudar a vida dos dois moradores de rua. Nesta terça-feira, os principais jornais do país divulgaram com destaque o episódio.
É sempre um belo exemplo. Mas há algo de errado com um país onde quem age honestamente vira notícia de primeira página. Como explicar o espanto causado por um casal de brasileiros que, a rigor, apenas fizeram o que deve ser feito?
Uma das respostas está na imagem abaixo, que registra a calorosa recepção oferecida ao companheiro José Dirceu pelos participantes do 11° Congresso da Central Única dos Trabalhadores. Dezenas deles disputaram a honra de ser fotografados ao lado do réu que aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa e formação de quadrilha.
“A minha mãe me ensinou que não devo roubar”, disse o trabalhador não sindicalizado Rejaniel Santos. “E que devia contar à polícia se visse alguém roubando”. Os trabalhadores filiados à CUT aprendem que todo pecador companheiro é inocente. E que o crime compensa.

Nada mudou na Casa do Espanto


Augusto Nunes

O Senado acaba de cassar o mandato e suspender os direitos políticos de Demóstenes Torres. Ele mereceu. A decisão foi formalizada pelo presidente José Sarney. Isso ninguém merece,
A folha corrida do suplente  informa que a bancada da delinquência, amplamente majoritária, não diminuiu de tamanho.
A instalação de um militante do PCC na cela desocupada pela saída de um companheiro de quadrilha não melhora a cadeia. Nada mudou na Casa do Espanto.

BESTA está nervosa com a proximidade da condenação dos mensaleiros


by Fábio Pannunzio

Os blogs pagos pelos governo federal e próceres do PT estão coléricos com a aproximação do julgamento do Mensalão, o maior escândalo político da história brasileira. Acusam agora o STF de agir politicamente. As vozes histriônicas dos jornalistas de aluguel obedecem ao comando do presidente do PT, Rui Falcão, que também anima a pelegada sindical.
Hoje, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ele reafirmou a acusação de falta de isenção do STF por colocar o assunto em julgamento antes ds eleições.
De acordo com o raciocínio de Falcão, bom mesmo seria esperar o PT papar mais um naco de poder antes que os bandidos a serviço da agremiação sejam condenados e trancafiados. Assim o Supremo seria justo e correto.
Pelo menos é o que pensa o chefe-mór do partido dos mensaleiros.

Isto é incrível!!! E não tinha problemas, suponho.


  

SORPRÉNDASE CON LOS MEDICAMENTOS QUE USABAN NUESTROS ABUELOS Y BISABUELOS

Heroína Bayer :
Un frasco de heroína Bayer.
Entre 1890 y 1910,  la heroína era divulgada como un sustituto no adictivo de la morfina
y un remedio contra la tos para nińos.


 
Vino de coca:
El vino de coca Metcalf era uno entre la gran cantidad de vinos que contenían coca, disponibles en el mercado.
Todos afirmaban que tenían efectos medicinales,  pero indudablemente que eran consumidos por su alto valor "recreativo" .


 
Vino Mariani:
El Vino Mariani (1865) era el principal vino de coca de su tiempo.
El Papa León XIII llevaba siempre un frasco de Vino Mariani consigo
y premió a su creador, Ángelo Mariani,  con una medalla de oro.


Maltine:
Este vino de coca,  fue fabricado por Maltine Manufacturing Company de New York. Obtuvo diez medallas de oro.
La dosis indicada era: "Una copa llena junto con (o inmediatamente después de) las refacciones" .
Niños en proporción.


 
Propaganda:

Un pisapapeles de propaganda, de C.F. Boehringer & Soehne (Mannheim, Alemania), "los mayores fabricantes del mundo de quinina y cocaína".
Este fabricante tenía el orgullo de su posición de líder en el mercado de la cocaína.



Glyco-Heroína:
Propaganda de heroína Martin H. Smith Company, de Nueva York.
La heroína era ampliamente usada no solo como analgésico, sino también como remedio contra el asma, la tos y la neumonía.
Mezclar heroína con glicerina (y comúnmente azúcar y saborizantes) volvía más agradable el sabor del opiáceo amargo para su consumo por vía oral.



Opio para el asma:
Este National Vaporizer Vapor-OL estaba indicado "Para el asma y otras afecciones espasmódicas".
El líquido volátil era colocado en una olla y calentado con una lámpara de queroseno.



Tableta de cocaína (1900):
Estas tabletas de cocaína eran "indispensables para los cantantes, maestros y oradores".
También calmaban el dolor de garganta y tenían un efecto "reanimador" para que estos profesionales rindieran al máximo en sus performances.


 
"Gotas de Cocaína para el Dolor de Muelas. Cura instantánea":Las gotas de cocaína para el dolor de muelas (1885) eran populares para los nińos.
No solo acababan con el dolor, sino que también mejoraban el "humor" de los usuarios.



Opio para bebés recién-nacidos:
¿Usted cree que nuestra vida moderna es confortable?
Antiguamente para aquietar a bebés recién nacidos, no era necesario un gran esfuerzo por parte de los padres, pero sí era necesario algo de opio.
Este frasco de paregórico (sedativo)  de Stickney and Poor  era una mezcla de opio y alcohol, distribuída del mismo modo que los condimentos por los cuales la empresa era conocida.
Dosis:
para niños de cinco días... 5 gotas.
para niños de 2 semanas,  8 gotas.
para niños de 5 años,  25 gotas.
para adultos una cucharada llena. 
El producto era muy potente y contenía 46% de alcohol.



PD  ¿...ya vieron ? ..  ¡ Uno que pensaba que eran bien sanotes... y a nosotros hoy en dia que nos tienen nada más con unas simples aspirinitas y unos méndigos jarabitos. 


    
A. Fritz

OBRA-PRIMA DO DIA - ENGENHARIA MILITAR Fortalezas Portuguesas - Castelo de Leiria (século XII)


Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 

11.7.2012
 | 12h00m

Não é preciso entrar na cidade de Leiria para vislumbrar seu imponente castelo que, palco de momentos fundamentais da história portuguesa, deve ser visitado por quem se interessa por engenharia militar e por história. (E por literatura, pois a cidade de Leiria é onde se passa a história de O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiroz). 
Ao longe, da estrada, ele chama a atenção e não há quem lhe resista.
Situado no alto de um monte escarpado, a partir do qual a vista alcança uma larga paisagem ao seu redor, suas origens permanecem obscuras. Mas aos poucos os arqueólogos e historiadores vão desvelando esse passado.
 
Na região onde hoje está a cidade de Leiria foram encontrados vestígios de ocupação de tempos pré-históricos, depois dos romanos e dos mouros. A partir do século XII aquela área passou a ser ponto importante na defesa da fronteira sul do Condado Portucalense e sua história foi agitada por muitas batalhas e idas e vindas.
Além do motivo estratégico, D. Afonso Henriques queria ampliar seus domínios e para poder controlar melhor o que já conquistara e ter uma base de onde avançar com segurança, fez erguer entre Coimbra e Santarém, no alto de um penhasco, um novo castelo. Deu-lhe o nome de Leiria, assim como à povoação que ali começava a se instalar.
Entregou o comando da fortaleza a D. Paio Guterres. Isso em 1135. Dois anos mais tarde, nova investida dos muçulmanos: as forças de D. Afonso Henriques estavam ocupadas em conquistar a Galícia e D. Paio, apesar de defender bravamente sua posição, acabou perdendo o castelo para os mouros.
D. Afonso Henriques regressa a seu reino e na Batalha de Ourique (1139) derrota os mouros. Mas antes que o ano termine, os mouros investem novamente, reconquistam Leiria e o castelo. Outra batalha e novamente o rei português recupera sua propriedade. Por essa ocasião, manda construir a Capela dedicada á Nossa Senhora da Pena (1144/1147). (Na foto acima: à direita a entrada da capela e à esquerda os degraus que levam à entrada da Torre dos Sinos).
Seu filho e sucessor, D. Sancho I, faz erguer uma muralha em torno da vila. Daí em diante a vila de Leiria progride como centro comercial e o castelo foi sendo ampliado e guarnecido pelos reis vindouros.
A Torre de Menagem, poderosa e bela, foi concluida em 1324, ocasião da construção da Torre dos Sinos ao lado da capela (foto à esquerda). Em 1545, Leiria foi alçada à condição de cidade.
O castelo de planta poligonal irregular, é formidável pela solidez de seu sistema defensivo (muros e torres). A muralha é reforçada por torreões quadrangulares bem espaçados. A Porta do Sol corta a muralha do lado sul, onde hoje está a Torre da Sé, e a Porta dos Castelinhos, do lado norte. Ultrapassando-se a Porta do Sol ingressa-se em um largo onde se encontram algumas edificações, o antigo Paço Episcopal e a Capela de São Pedro. A Porta da Traição, em arco quebrado, encontra-se no lado oeste da muralha.
A partir de 1915, a Liga dos Amigos do Castelo e o arquiteto suiço Ernesto Korrodi iniciaram a obra de restauro e recuperação desta importante referência da arquitetura militar e palaciana. Foi o ponta-pé inicial para um esplêndido trabalho de restauração e conservação.
 
 Os belos claustros de Leiria

Leiria, capital do distrito de Leiria.

As diferenças culturais e sua influência para os empreendimentos imobiliários


Por Mariana Ferronato


A Cyrela divulgou em abril deste ano, em seu blog, uma artigo sobre como as diferenças culturais em cada região brasileira influenciam na hora de desenvolver o projeto de um empreendimento. 

Confira abaixo o texto da Cyrela no formato adaptado pelo Marketingimob. Veja o que os imóveis dos principais estados precisam possuir por exigência "cultural" da localização do imóvel. 

Você concorda com estas informações? Não posso falar do Brasil inteiro, mas confirmo que empreendimento no Rio Grande do Sul sem churrasqueira é impensável.  

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Mensalão: Rui Falcão e Marco Maia questionam julgamento


Na segunda-feira, sindicalistas da CUT reclamaram do caráter político do caso no STF



Rui Falcão questiona julgamento do mensalão no período eleitoral
Foto: Arquivo O Globo - 27/02/2012 / Marcos Alves
Rui Falcão questiona julgamento do mensalão no período eleitoralARQUIVO O GLOBO - 27/02/2012 / MARCOS ALVES
BRASÍLIA – No mesmo tom dos discursos feitos segunda-feira por sindicalistas na abertura do 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), manifestaram na terça-feira preocupação com a politização do julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de 2 de agosto. Falcão foi além e afirmou que, se o julgamento for feito de acordo com o que consta nos autos do processo, não haverá base para condenação dos que estão sendo processados.
Marco Maia e Falcão criticaram ainda a marcação do julgamento para o período de campanha eleitoral. Para o presidente do PT, os ministros poderiam ter julgado o caso no ano passado ou deixado para depois das eleições deste ano.
— Minha expectativa é que os ministros do Supremo (Tribunal Federal) julguem segundo os autos. E julgando segundo os autos, não há base para condenação. Esse julgamento, não deveria... é claro que eles marcam quando quiserem, mas não tenho notícia de julgamentos de tamanha importância realizado em períodos eleitorais — afirmou Falcão. — Podia ter feito antes, no ano passado, ou depois das eleições, não há nenhuma prescrição (de crime) se for depois das eleições.
Indagado se via algum motivo para a definição da data, Falcão alfinetou:
— Acaba havendo uma judicialização da política e uma politização da Justiça.
O presidente da Câmara também considerou um equívoco a data do julgamento, alegando que durante o processo eleitoral os ânimos se acirram entre os candidatos e tudo ganha uma dimensão maior.
— É um erro você marcar isso para o meio das eleições. As eleições no Brasil são politizadas, é um debate quente, acalorado, que toma conta do país, e, mais do que isso, nas eleições qualquer denúncia entra para o debate político. Quem é acusado, diz que está sendo acusado porque querem prejudicar a sua eleição. E quem acusa, o faz tentando influenciar o resultado da eleição. Isso é normal, legítimo, faz parte do processo democrático, político — argumentou Marco Maia.
Para o presidente da Câmara, já que a data foi marcada para agosto, é preciso agir para evitar a contaminação do processo eleitoral e do julgamento do mensalão:
— Esse tipo de votação, julgamento, denúncia deveria ter sido tratada em período separado do período eleitoral. Mas quis o destino que a decisão do STF, dos ministros, fosse fazer esse julgamento neste momento. O esforço que temos que fazer agora é exatamente para impedir que a eleição seja contaminada pelo julgamento e o julgamento seja contaminado pela eleição.
Partido tem deputados e ex-integrantes como réus
O presidente do PT não quis comentar a decisão de sindicalistas da CUT de ir à ruas para denunciar a politização no julgamento do mensalão. O presidente da central, Artur Henrique, chegou a comparar o mensalão à destituição do presidente paraguaio Fernando Lugo, afirmando que, em ambos, houve ataque à democracia.
Falcão afirmou que estava em Brasília e não participou do Congresso da CUT.
— Quem me representou no congresso foi o (João) Vaccari (Neto, tesoureiro do PT), não vi isso, não vou comentar — afirmou.
O julgamento do mensalão começa no dia 2 de agosto e entre os réus estão deputados e ex-dirigentes do PT e de outros partidos que integravam a base aliada do governo do ex-presidente Lula.

Lições ao senador Demóstenes, por Merval Pereira


Merval Pereira, O Globo

Precisar, não precisava, mas o caso dos catadores de papelão em São Paulo Rejaniel Santos e Sandra Domingues, que encontraram R$ 20 mil em sacos plásticos atrás de uma árvore próxima ao viaduto onde dormem e procuraram a polícia para devolver o dinheiro, faz um contraponto poderoso ao senador Demóstenes Torres, que deve ser cassado hoje pelo Senado.
Não era preciso uma contraposição tão escandalosa, que coloca dois pobres trabalhadores na escala mais baixa da sociedade a dar lições de moral a um senador da República, já que as gravações que incriminaram Demóstenes falam por si.
Mas, no Brasil, um gesto como esse ainda é tratado como fato anormal, dá primeira página de jornal, e periga os catadores honestos serem criticados pela “burrice” que fizeram.
Parece o caso de uma amiga que, exilada nos anos 70 do século passado na Suécia, se espantou com a foto na primeira página de um jornal de um rato que aparecera na cidade. Fatos inusitados na pequena cidade sueca daquele tempo e hoje no Brasil.
Imediatamente, ambos entregaram o dinheiro à polícia. “A minha mãe me ensinou que não devo roubar”, explicou candidamente Rejaniel Santos. “E que devia contar à polícia se visse alguém roubando.”
Já o quase ex-senador Demóstenes Torres encontrou uma maneira mais adequada a estes tempos de moral complacente para se explicar a seus colegas: disse da tribuna do Senado que mentir não é quebra de decoro.
Como um experiente promotor, Demóstenes Torres agarrou-se a duas estratégias na sua defesa. Do ponto de vista jurídico, alega que as gravações em que foi apanhado em flagrante não tinham autorização da Justiça, pois a Polícia Federal investigava o bicheiro Carlinhos Cachoeira e apanhou o senador com a boca na botija de maneira indireta.
É possível que o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o experiente Kakay, consiga anular no Supremo a legalidade das gravações, mas será impossível apagar da memória dos senadores e, sobretudo, da opinião pública as conversas que ouviram.
No plano político, tentou em vão o apoio de seus pares para não ser julgado pela Comissão de Ética e foi condenado por unanimidade.
Um dos pontos levantados contra ele foi justamente o fato de ter mentido a seus pares, negando um relacionamento com o bicheiro que, ao final, ficou comprovado.
Nos últimos dias, Demóstenes Torres subiu à tribuna do Senado sete vezes seguidas, diante de um plenário praticamente vazio, para tentar a última defesa.
Jogou sempre no aspecto emocional, tentando transformar-se em uma vítima do sistema político. Essa estratégia de vitimização, ele já tentara logo no início do processo, quando disse, a certa altura, “Eu não sou mais o Demóstenes”.
Na ocasião, ouvi o psicanalista Joel Birman, que viu na frase a revelação de uma personalidade psicologicamente quebrada, como se dissesse “Eu não sei mais quem é o Demóstenes”.
Na sua defesa da tribuna, Demóstenes Torres continua confirmando que o personagem que ele criou para si próprio não era uma mentira, ele incorporou esse personagem e acreditava nele.
Podia acusar com veemência seus colegas senadores apanhados em desvios, como o senador Renan Calheiros, enquanto mantinha o relacionamento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira porque, como todo psicopata, não misturava as personalidades, analisou Birman. Ele vestiu uma máscara, e ela acabou se colando em seu corpo.
Outro que parece ter duas personalidades é o prefeito petista de Palmas, no Tocantins, Raul Filho, flagrado em uma conversa comprometedora com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que tem o hábito de gravar seus encontros.
O prefeito, sentado naquele sofazinho do gabinete do bicheiro, foi abrindo propostas de parceria em seu futuro governo e não podia imaginar que, dentro do ar-condicionado, havia uma câmera filmadora.
Foi por isso que ele, num ato falho típico, disse que teve a “infelicidade” de ser gravado, em mais um comentário próprio dos tempos aéticos que vivemos na política.
O mais grave dessa sucessão de envolvimentos de políticos com o bicheiro é a constatação de que o crime organizado já estava tomando conta da política nacional.
Depois de ouvir os delegados da Polícia Federal que trabalharam na investigação, o senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, disse que o bicheiro Carlinhos Cachoeira já estava no terceiro estágio do crime organizado, buscando negócios legais.
Oriundo do Ministério Público, assim como Demóstenes, o senador Taques tem experiência de acompanhar esse tipo de ação criminosa e não estava fazendo um comentário leviano.
As investigações revelaram com uma profusão de detalhes as ligações de Cachoeira com praticamente todos os níveis de poder da República, sendo que tinha no bolso do colete pelo menos um senador — Demóstenes Torres, ex-DEM de Goiás, que um dos delegados classificou como o braço político da organização — e dois deputados federais — Carlos Leréia, do PSDB, e Sandes Júnior, do PP, ambos de Goiás.
Além do Congresso, o bicheiro tinha influência importante sobre pelo menos dois governadores, o tucano Marconi Perillo (Goiás) e o petista Agnelo Queiroz (Brasília).
A atuação do mafioso não se limitava a Goiás, seu estado natal, ou ao Centro-Oeste, como quis fazer crer num primeiro momento o relator petista, tentando circunscrever as investigações ao interesse de setores de seu partido.
Seu império se espalhava por todo o país, e há ainda a se provar sua participação na empreiteira Delta, de quem parece ser um sócio oculto.
Mais do que o depoimento do dono da Delta, Fernando Cavendish, que acabou sendo convocado pela CPI, as investigações sobre as contas da empreiteira é que darão a real dimensão dos crimes praticados.
A cassação do senador Demóstenes é apenas uma etapa dessa investigação.
Isso se o Senado ainda se der ao respeito.

*Brasil terá seu primeiro museu** **sobre a história da Inquisição*****


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 * MUSEU DA INQUISIÇÃO ((em Belo Horizonte)*

 

[image: http://www.alefnews.com.br/Museu_Inquisicao_ok.jpg]<http://foldervip4.disparadoremailmkt.com/registra_clique.php?id=H%7C518935%7C104815%7C2028992&url=http%3A%2F%2Fwww.anussim.org.br>
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A inquisição chegou a Portugal em dezembro de 1496. ****

Portanto, *o Brasil "nasceu" durante plena Inquisição Íbero-lusitana*, que
durou quase três séculos e meio. Milhares de judeus portugueses foram
forçados à conversão ao catolicismo sob pena de morte. Eram os chamados
cristãos-novos, “Marranos”, “Anussim” ou mesmo “Criptos-Judeus”, que
esperavam encontrar no Brasil um lugar mais seguro para se viver, longe das
fogueiras inquisitoriais. ****

Entretanto, em 1591, o país recebeu o inquisidor português Heitor Furtado
de Mendonça, que instalou uma extensão do Santo Ofício para perseguir,
processar, deportar, torturar e condenar esses imigrantes e seus
descendentes, dos quais muitos terminaram executados nas fogueiras da
Inquisição, em Lisboa. Este será o tema do primeiro Museu da História da
Inquisição do Brasil, cuja inauguração ocorrerá no dia 19 de agosto, em
Belo Horizonte. O objetivo é contribuir para a inclusão social e o combate
à intolerância religiosa.****

O espaço oferecerá ao público uma biblioteca com mais de 350 obras,
constituída por uma coletânea de raríssimos livros sobre a Inquisição,
datados de 1637, e outros documentos originais anteriores a esta data.
Também contará com um miniauditório com recursos de multimídia onde serão
apresentados filmes sobre o período, além da exposição de fotos, gravuras,
textos e objetos. Também haverá um banco de dados para pesquisas sobre a
história e origem do povo judeu como um dos colonizadores do Brasil,
coletando e listando nomes e sobrenomes judaicos desses importantes
colonizadores, dos quais muitos foram condenados e executados pela
Inquisição. O museu ainda vai exibir vestuários da época e um pedaço do
rolo de uma Torá que sobreviveu à perseguição inquisitorial na Espanha,
tendo sido usada ainda por muitos anos por judeus sefaraditas durante a
Idade Média. Uma sala do museu, chamada “Memorial dos Nomes”, é dedicada
aos brasileiros. Nela constarão os nomes e números dos processos de
condenação dessas vítimas da crueldade e da intolerância religiosa. O
projeto é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Descendentes de
Judeus da Inquisição (ABRADJIN), instituição que já conta com mais de mil
associados. Mais informações:
site<http://foldervip4.disparadoremailmkt.com/registra_clique.php?id=H%7C518935%7C104815%7C2028992&url=http%3A%2F%2Fwww.anussim.org.br>
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[image: http://www.alefnews.com.br/Museu_Inquisicao_1.jpg]<http://foldervip4.disparadoremailmkt.com/registra_clique.php?id=H%7C518935%7C104815%7C2028992&url=http%3A%2F%2Fwww.anussim.org.br>
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PUBLICADO NO JORNAL ALEF