terça-feira, 3 de abril de 2012

Fusões mudam a cara da bolsa


Quem comprou ações da Abyara em sua estreia na bolsa em julho de 2006, três anos depois passou a ser acionista não só da companhia, mas também de Klabin Segall e Agra, que se uniram na Agre Empreendimentos Imobiliários. Passados oito meses, esse mesmo investidor se tornou sócio da PDG depois que a empresa comprou a Agre.

Por conta de operações como essas, de uma lista de 147 empresas que, de 2004 a 2011, chegaram à bolsa, 57, ou 39% delas, não existem mais atualmente na forma original. Basicamente, elas se engajaram em algum tipo de atividade de consolidação: lideraram ou foram alvos de operações de fusões e aquisições.
A conclusão é de levantamento feito pelo banco Credit Suisse, que inclui também companhias que não fizeram exatamente uma abertura de capital, como Rossi Residencial, Cyrela e Drogasil, mas que tinham quantidade pequena de ações em circulação e falta de avaliação adequada.

“Tecnicamente essas companhias não fizeram ofertas iniciais de ações. Mas nós consideramos nesse levantamento qualquer empresa que fez nesse período uma oferta que [estabeleceu] uma nova faixa de preço”, diz José Olympio Pereira, corresponsável pelo banco de investimento Credit Suisse no Brasil.
“As aberturas de capital ensejaram uma grande atividade de fusões e aquisições no país, uma vez que quase 40% das novatas participaram dessas operações”, diz. O executivo comenta que essas companhias, além de usarem a bolsa para captar recursos e crescer via aquisições, puderam usar suas ações como moeda.
“Quando Bovespa e BM&F se uniram, fizeram via troca de ações. O mesmo ocorreu quando a PDG ficou com a Agre.”
As 147 operações movimentaram R$ 128,3 bilhões. Isolando as 57 empresas que passaram por transformações significativas, que incluem também compras de empresas fechadas, 36 (63%) comandaram aquisições e se mantiveram abertas; 17 (30%) foram adquiridas e continuaram na bolsa, e apenas quatro foram compradas e deslistadas.
A maior fatia desses recursos foi captada pelo setor financeiro, com R$ 34,5 bilhões (27%) em 19 transações – aqui estão ofertas grandes, como Santander (R$ 13,2 bilhões) e Visanet (R$ 8,4 bilhões).
O segundo maior volume foi para o segmento imobiliário, com R$ 14,4 milhões, mas esse foi o líder em número de operações – 26 ou 18% do total. Foram essas companhias que concentraram também o maior número de fusões e aquisições, 11.
“Era de se esperar que o setor que lançou mais empresas fosse também aquele que reunisse o maior número de transações”, diz Olympio Pereira, reforçando que, com as ofertas, o segmento imobiliário ganhou peso significativo na bolsa brasileira.
A chegada de 90 companhias correspondeu à inauguração de 21 novos setores na bolsa, incluindo o imobiliário. Depois dele, os mais numerosos foram: saúde, com oito representantes, que captaram R$ 11 bilhões; shopping e agronegócios, com seis empresas cada um; tecnologia e educação, com cinco cada um.
No setor de construção, Rossi, Gafisa, Brascan, Lopes, PDG, Brasil Brokers se destacaram na ponta compradora. O segmento conta ainda com uma companhia que, espontaneamente quer fechar capital, a Camargo Correa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI). Da amostra de 147 empresas utilizada pelo Credit, além de CCDI, a UOL fechou o capital e a Redecard está com oferta em andamento. “Apenas 3 empresas, ou 2% do total, fizeram essa operação. Um número bastante pequeno”, diz Olympio Pereira.
Fonte: Valor Econômico

O QUE É O "NÃO SEI!"


marcos fábio mazzaAtualmente é gerente de projetos de integração Supply & Business na Syngenta. Em 2009, lançou o livro "CRM Sucessos & Insucessos".
MUITO OBRIGADO ao MAX GEHRINGERPostado em: 02/04/2012
Recebi uma cópia de um artigo do Sr. Max Gehringer e gostei tanto que acredito que devo repartir com todos os meus amigos e colegas deste blog.
leiam e reflitam, vai ajudar muito na formação de sua personalidade
 
Como ia ficar um pouco dificil de ler, ressaltei os pontos mais importantes.
 
 
O brigado sr. Max pela possibilidade de sermos cada vez melhores.

Mercado volta a focar imóveis de luxo



Postado por: Redimob  |  03/04/2012 14:31:12 
Fonte: DCI Online


Os imóveis de luxo voltam às pautas das imobiliárias brasileiras após leve desaceleração no segundo semestre do ano passado. Com projetos de construção de empreendimentos para a classe AAA, o ano deverá presenciar um salto das imobiliárias que pode chegar a 15%.
Exemplo desse movimento é a Judice & Araújo, especializada no segmento e representante da Christies International Real Estate no Brasil. A empresa já prevê expansão de 70% em 2012. "Crescemos 150% no primeiro semestre de 2011. Em agosto, o mercado parou. Houve, inclusive, leve redução de preços de imóveis. Fechamos o ano com alta de 58%", conta o diretor Frederico Judice.
O executivo, que tem como foco o mercado no Rio de Janeiro afirma ainda que o ano começou com bons números para o segmento de luxo no País. "Começamos 2012 com margem de negociação melhor. Cerca de R$ 21 mil por metro quadrado no Leblon, e R$ 14 mil na Barra", conta Judice.
No Ceará, a imobiliária Franco Italian conta que a procura já está mais aquecida neste semestre. "No último semestre do ano passado estávamos convivendo com as últimas reações no País da crise mundial, muitos compradores escolheram esperar para comprar imóveis de mais de R$ 5 milhões", afirma.
"Este ano", detalha o executivo, "já registramos alta de 15% na procura por imóveis e 5% em negócios fechados". A Franco Italian espera encerrar o ano com alta de 10% em negócios concluídos. "Falamos de imóveis acima de R$ 4 milhões, por isso é um mercado mais seletivo", complementa.
De acordo com a consultoria Luxure Institute este ano deve haver um incremento na casa dos US$ 26 bilhões em compras de alto padrão, divididos em imóveis, tecnologia e bens de consumo. "Esse valor irá respingar na construção uma vez que as incorporadoras começarão a projetar empreendimentos com este enfoque", diz Clara Rennegh, consultora de imóveis da Construpar, em Belo Horizonte (MG).
Outra vantagem para as imobiliárias este ano é uma leve redução dos preços dos imóveis deste padrão. Só o Rio de Janeiro viu os preços de imóveis de luxo inflarem mais de 200% este ano, mas os valores voltam a congelar em 2012. "Os preços tendem a se estabilizar, mas não vão descer de patamar", explica a vice-presidente-financeira do Secovi-RJ, Maria Teresa Mendonça.
Ela explica que a forte alta da última década (quando os preços de imóveis residenciais e comerciais chegaram a subir 400% e 700%) se deveu à inércia do setor nos anos anteriores. "O mercado imobiliário ficou parado cerca de 20 ano anos até a retomada do crescimento", diz.
Além do Rio de Janeiro e São Paulo, tradicionais players para residências de alto padrão, o Nordeste começa a despontar como boa opção de investimento. O grupo Ins no Brasil, que em 2010 tornou-se afiliado da Christies Great Estates, vem registrando crescimento médio de 25% ao ano, nos últimos três anos.
Com escritório em Fortaleza, Francisco Próspero, diretor-executivo do grupo, afirma que boa parte da procura por imóveis desse perfil na região é feito por europeus que já respondem por 60% dos negócios da empresa. "Com o crescimento da economia no Brasil, as pessoas aqui estão com uma maior capacidade financeira, ao contrário do que ocorre na Europa, dado o contexto internacional da economia".
O executivo conta ainda que os compradores vêm das grandes capitais brasileiras também. "São compradores do Nordeste, de São Paulo, Brasília, Pará, pessoas que compram como uma segunda residência para passar férias ou como um investimento".
Atualmente a empresa conta com mais de 250 imóveis neste perfil nos Estados do Ceará, Maranhão, Piauí e Pará. "São coberturas com piscina nas capitais, apartamentos de mil metros quadrados em condomínios de luxo com vista para o mar, casas de praia, fazendas de recreio com cavalos e lagos", exemplifica.
Quem também aproveita o mercado para crescer é a Lafem Engenharia, que registrou expansão de 78% em 2011, apoiada em construções de luxo. Só a Prime Lafem, braço da construtora direcionado para construção residencial de luxo, deve alcançar um volume de contratos de R$ 20 milhões em 2012, mais que o dobro dos R$ 9 milhões alcançados no ano passado. A meta em 2012 é manter o mesmo ritmo de crescimento e alcançar um volume de contratos na ordem de R$ 220 milhões.
"Nossa meta é atuarmos em diversos segmentos, tais como: construções novas e retrofits de prédios corporativos, obras industriais, construção de hotéis e shoppings, que estão em ritmo acelerado no Rio de Janeiro", diz o diretor da Lafem Engenharia, Paulo Renato Paquet. Em 2011, a empresa realizou quatro obras nesse perfil.

Profissionais brasileiros são os que mais temem negociações



Estudo do LinkedIn revela que para 28% dos entrevistados do Brasil uma negociação se assemelha a uma partida de tênis

  
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Camila Lam, de 

Getty Images
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Os indianos são os mais confiantes diante de negociações
São Paulo – Diante de negociações de carreira, desde negociar o aumento do salário ao fechamento de um negócio, os profissionais brasileiros são os que mais sentem medo, revela pesquisa do LinkedIn. Dentre os participantes, os brasileiros foram os que apresentaram a maior porcentagem, 21%, enquanto na média global, o número é de 6% e no Canadá o número é de 5%.
Para a pesquisa, foram entrevistados mais de dois mil profissionais em oito países, no Brasil foram mais de 300. Os entrevistados tiveram que escolher uma reação entre cinco para definir o que sentiam diante de uma negociação de carreira: medo, ansiedade, confiança, empolgação e indiferença.
Globalmente, 34% dos participantes revelaram que se sentem confiantes enquanto 29% afirmaram ficar ansiosos em negociações. Já os brasileiros, 12% se sentem empolgados, 20% ficam ansiosos e 4% se mostram indiferentes.
Confira outros dados da pesquisa:
- Quando brasileiros foram questionados de como descreveriam uma negociação, 28% dos entrevistados afirmaram que é como uma partida de tênis, em que duas pessoas disputam um jogo e no final, há um vencedor. Parte dos profissionais, 24% compararou a uma dança, 16% a um jogo de pôquer e uma pequena parcela dos entrevistados (5%) associou a uma tourada.
Na média global, 22% dos entrevistados associaram a um jogo de pôquer, 20% a uma dança, 18% a uma partida de tênis e 9% a uma tourada.
- Os alemães são os profissionais considerados otimistas diante de uma negociação, de acordo com a pesquisa, pois 21% se sentem empolgados e 43%, confiantes.
- Os indianos são os mais confiantes com relação à negociação, com 47%.
- Nos Estados Unidos, os profissionais se mostraram os mais ansiosos, 39% contra a média global de 29%.
- Profissionais da Coreia do Sul são os mais indiferentes frente a uma negociação: 21% afirmaram ter essa sensação, contra a média global de 10%

Só infiel, Demóstenes pode voltar em 2014




A saída espontânea do senador Demóstenes Torres de seu partido, o Democratas, foi um ato calculado milimetricamente para minimizar seus danos políticos no atual processo.
Se tudo der certo, o senador eleito por Goiás em 2010 com 2.158.812 votos poderá se candidatar novamente a algum cargo nas eleições de 2014.
O raciocínio é cartesiano. Demóstenes enfrenta dois problemas:
1) na área criminal tramitará o caso a respeito de suas relações com Carlinhos Cachoeira. O processo pode se arrastar por anos, sem nenhuma decisão;
2) já o processo por quebra de decoro parlamentar, dentro do Senado, tende a andar com alguma rapidez. Os anos de paladino da Justiça produziram vários inimigos para Demóstenes no Congresso. Ele corre o risco de ser cassado. Nessa hipótese, ficaria inelegível por muito tempo: o restante de seu mandato (até 31.jan.2019) e mais oito anos (até 31.jan.2027).
Como evitar esse impedimento? Perder o mandato antes apenas por infidelidade partidária. Isso mesmo: a Lei da Ficha Limpa não enquadra políticos infiéis entre os inelegíveis.
Ao requerer sua desfiliação do DEM, Demóstenes abriu a porta para essa saída. Embora tenha redigido uma carta pomposa e indignada, o senador goiano pode repetir o que se passou com um ex-colega de legenda, José Roberto Arruda, que em 2009 viu-se enredado no caso do mensalão do DEM, em Brasília.
Em novembro de 2009, um vídeo mostrou Arruda recebendo dinheiro irregular. O então governador do Distrito Federal acabou preso. O DEM anunciou que iniciaria um processo de expulsão de Arruda –o mesmo cenário que se repete agora, com Demóstenes. Arruda então se indignou (como Demóstenes), disse estar sendo perseguido e sem direito de se defender (a mesma linha de raciocínio de Demóstenes). Por fim, Arruda pediu desfiliação do Democratas (exatamente o mesmo que faz agora Demóstenes).
Em seguida, o Ministério Público Eleitoral pediu que Arruda perdesse o mandato de governador de Brasília por infidelidade partidária. O TRE do Distrito Federal aceitou o pedido do MPE eleitoral em 16 de março de 2010, há quase dois anos. Desde 2007, por causa de uma resolução do TSE, um político que deixa sua agremiação de maneira imotivada perde o mandato.
Apesar de ter alegado perseguição, Arruda perdeu o mandato por infidelidade partidária. O mesmo pode ocorrer com Demóstenes, já que o senador também acaba de requerer sua desfiliação do DEM em circunstâncias semelhantes –sob fogo cerrado, com muitos indícios de malfeitos nas costas e a opinião pública toda se voltando contra ele.
Arruda, apesar das acusações que tem contra si, está perfeitamente elegível na disputa de 2014. O mesmo poderá acontecer com Demóstenes.
Para que o roteiro se concretize, é necessário que alguém ou uma entidade entre no Tribunal Superior Eleitoral com um pedido de cassação de Demóstenes. É necessário que o agente da ação “tenha interesse jurídico”, como afirma a resolução do TSE.
Quem tem interesse jurídico além do Ministério Público Eleitoral? O DEM, por exemplo. Mas o partido parece que não tomará esse caminho. Outra hipótese é o pedido de cassação por infidelidade partidária partir do primeiro suplente de Demóstenes, o empresário Wilder Pedro de Morais, também filiado ao DEM (leia post abaixo sobre os suplentes do senador goiano).
Wilder é amigo de Demóstenes, a quem inclusive doou R$ 700 mil para a campanha de 2010.
Em resumo, se conseguir se livrar do mandato apenas por infidelidade partidária, o senador Demóstenes Torres perderá seus direitos eleitorais em apenas duas situações:
a) se houver condenação por instância colegiada da Justiça. É muito difícil que isso ocorra, dada a morosidade notória do sistema legal brasileiro;
b) se o Senado decidir, mesmo que a Justiça Eleitoral casse Demóstenes por infidelidade partidária, continuar o processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. Seria algo incomum, mas não inédito. Em 1992, o Senado foi avante com o processo de cassação de Fernando Collor de Mello, que já havia renunciado ao cargo de presidente da República.

Post Scriptum: ao apresentar sua carta de desfiliação, Demóstenes cita como razão para o ato apenas o “artigo 1º, 1º, inciso III, última figura, da Resolução nº 22.610, de 25 de outubro de 2007”. Trata-se do trecho da norma que fala que o político pode sair por justa causa de uma agremiação se houver “mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário”.
Talvez por causa da correria, ou porque deseja mesmo perder o mandato por infidelidade, o senador tenha se esquecido de usar também o inciso IV, da mesma resolução: “Grave discriminação pessoal”.
Essa “discriminação” poderia ser alegada quando Demóstenes afirma estar “diante do pré-julgamento público que o Partido faz”.

Preso, italiano admite gol contra de propósito, diz jornal


O MP exigiu a prisão preventiva de Masiello, que na noite de domingo foi detido em Bérgamo, no norte da Itália, onde defendia a Atalanta, e levado para responder às acusações em Bari, no sul do país. O ex-jogador do Bari admitiu ter feito um gol contra de propósito no clássico da província da Puglia entre a equipe alvirrubra e o Lecce, disputado em 15 de maio de 2011.
A vitória de 2 a 0 do Lecce fora de casa na penúltima rodada do Campeonato Italiano permitiu ao time seguir na primeira divisão nacional - o Bari já estava rebaixado naquele momento. No lance do segundo gol, um chute cruzado do Lecce, que iria se perder para a linha de fundo, foi interceptado por Masiello, que tocou a bola para as redes e depois caiu no gramado, mostrando lamentação.
Segundo o diário La Stampa, o defensor teria recebido 50 mil euros (R$ 121,7 mil) para fazer o Bari perder o jogo. O montante em questão, porém, é ainda maior, visto que dois amigos do jogador, Fabio Giacobbe e Gianni Carella, teriam ganhado mais 180 mil euros (R$ 438,2 mil). Os dois estão envolvidos com a máfia das apostas e também foram detidos.
O pagamento aos três teria sido feito por uma pessoa enviada de Lecce que os policiais ainda estão tentando identificar. Na segunda-feira, o procurador Antonio Laudati informou à imprensa que a manipulação do resultado do clássico não estava relacionado a apostas. Caso seja provado que algum dirigente do Lecce tenha acertado a falsificação da partida, o clube correria risco de ser rebaixado.
Além do duelo entre os times rivais da Puglia, mais quatro partidas do último Italiano estão sob investigação: a vitória do Bari sobre o Genoa por 3 a 0 (2 de maio de 2010); o empate entre Udinese e Bari por 3 a 3 (9 de maio de 2010); a vitória por 1 a 0 do Cesena sobre o Bari (17 de abril de 2011); a vitória do Bari sobre o Bologna por 4 a 0 (22 de maio de 2011).
Argentino chamava companheiros de Bari de "vendidos", diz jornal
Nesta terça-feira, o jornal La Stampa divulga outras histórias provenientes das investigações do Ministério Público de Bari. De acordo com o diário, o ex-volante do Bari, o argentino Sergio Almirón, atualmente no Catania, reclamava de alguns dos ex-companheiros, dizendo que eles estavam "vendidos" nas partidas.
Além de Andrea Masiello, que foi suspenso pela Atalanta devido ao escândalo, há outros oito ex-atletas do Bari que estão sendo investigados: Daniele Portanova, Alessandro Parisi, Simone Bentivoglio, Marco Rossi, Abdelkader Ghezzal, Marco Esposito, Antonio Bellavista e Nicola Belmonte.
Jogadores teriam devolvido dinheiro por não conseguirem perder por diferença exigida por apostadores
Destaca-se também, ainda segundo a publicação, a vitória do Palermo sobre o Bari por 2 a 1 no último dia 7 de maio, também pelo Campeonato Italiano. Na ocasião, Masiello, Parisi, Bentivoglo e Rossi teriam recebido 150 mil euros (R$ 365,2 mil) para dividir entre eles, contanto que a equipe da Puglia perdesse para o rival fora de casa por 3 a 1 ou 4 a 1.
Ao final, os atletas não conseguiram atingir o objetivo e teriam devolvido o dinheiro ao grupo de "apostadores sem escrúpulos", conforme definiram os investigadores do caso.
JORNAL DO BRASIL

Se renunciar, Demóstenes volta a seu cargo no Ministério Público!



É o fim do mundo que, depois de tudo o que veio à tona sobre suas ligações com o malfeitor Carlinhos Cachoeira — inclusive a possibilidade de ter recebido uma grossa dinheirama para ajudar a “proteger” o amigo –, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), outrora baluarte da moralidade no Senado, cogite, agora, de algo que condenou veementemente em outros políticos: a possibilidade de renunciar para não se tornar inelegível.
Sim, o Supremo Tribunal Federal já validou plenamente a Lei da Ficha Limpa, que, dependendo da velocidade da Justiça e de uma condenação do senador, poderia podá-lo como candidato a qualquer coisa.
O destino do senador está para ser decidido — o DEM concedeu prazo até amanhã para que ele dê “explicações satisfatórias” sobre seu envolvimento, sob pena de expulsão do partido.
Mas o incrível de tudo é que, a essa altura, com sua honorabilidade na marca do pênalti e com a possibilidade de ser processado e ir para a cadeia, o senador continue eventualmente pensando em futuras eleições.
Se o faz, é porque sabe que, “neste país”, malandro se elege sem problemas. É o velho lema do escritor Ivan Lessa: a cada 15 anos, nós no Brasil nos esquecemos de tudo o que ocorreu nos 15 anos passados.
Há ainda uma ironia em toda a história: se renunciar, o senador voltará a seu posto no Ministério Público de Goiás — no Ministério Público, que deve zelar, em nome da sociedade, pela manutenção da Constituição e das leis.
Felizmente algumas coisas mudaram no Brasil. Não há mais imunidade parlamentar para proteger de crimes. O foro privilegiado que o senador manteria, em caso de renúncia, significaria não sua impunidade, mas seu julgamento pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
E, finalmente, existe o Conselho Nacional do Ministério Público, criado por reforma constitucional no fim de 2004, junto com o Conselho Nacional de Justiça, justamente para casos desse tipo.
Todos têm direito, segundo a Constituição, à presunção da inocência, e não podem ser considerados culpados até que sejam condenados em definitivo pela Justiça.
O senador goza desse mesmo direito.
Sua situação, porém, é complicadíssima e, a menos que ele realize algo parecido a um milagre, acabará sucumbindo ao peso das provas.
Demóstenes já decepcionou os 2,157 milhões de cidadãos de Goiás que nele votaram e os incontáveis brasileiros que viam em sua atuação contra a bandalheira no Senado um fio de esperança.
Que sofra, agora, o peso da lei.

CHARGE: Explicando o Inexplicavel


- Charge do Sinfrônio, via ‘Diário do Nordeste’.

TSE: ação entre amigos



Embora tardia, uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal pôs fim ao princípio da ação entre amigos que norteava a escolha de duas vagas de ministro no Tribunal Superior Eleitoral, destinadas a advogados “de notável saber jurídico” selecionados em lista tríplice elaborada exclusivamente pelo presidente do TSE.
O ministro Ricardo Lewandowski excluiu da lista um nome sugerido pelo ministro Ayres Britto (o advogado brasiliense Joelson Dias) em benefício de uma amiga dele que também ocupa a presidencia do TSE: a advogada brasiliense Luciana Lossio. A qual se tornou ministra substituta. A insatisfação brotou rápido no plenário do STF e gerou um bate-boca, nada regimental, entre o ministro Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski. Tudo transmitido, ao vivo e em cores, pela TV Justiça.
Peluso, Lewandoeski, Marco Aurélio. E a disputa continua...
Esse confronto gerou uma constatação saudável: o TSE não pode ser um tribunal só de amigos do presidente em exercício e, tradicionalmente, selecionados em alguma influente banca de Brasília. Era preciso criar um processo mais legítimo de escolha.

Passado quase um ano daquela marcante discussão entre Mello e Lewandowski, o problema ressurgiu. Há duas semanas, o mesmo Lewandowski entregou nova lista tríplice para escolha do substituto do ministro Marcelo Ribeiro. Na lista estavam Henrique Neves (irmão do advogado brasiliense e ex-ministro do TSE Fernando Neves e filho do ex-ministro do TSE Célio Silva), Luciana Lossio e Evandro Pertence.
Surpresa. O ministro Cezar Peluso, presidente do STF, recusou o encaminhamento e sugeriu um debate sobre o processo de escolha em sessão administrativa. Peluso ganhou a adesão imediata de Mello. Ele sugeriu a adoção de cédula e elaboração da lista tríplice definida em votação pelos 11 ministros do STF.
Lewandowski reagiu. Argumentou que a decisão quebrava a tradição. Mello, que anteriormente indicou um nome para a lista vetado por Lewandowski, renegou o costume: “Quebrar a tradição é acabar com os apadrinhamentos”.
O impasse está criado. Nova sessão administrativa foi realizada na noite da quarta–feira 28. Lewandowski bateu de frente com a ministra Carmem Lúcia. Ela, que assumirá a presidência do TSE neste mês de abril e defende a tese de escolha ampliada a todos os estados da Federação, e não unicamente do Distrito Federal, como ocorre agora.
Mas o avanço, que parecia consolidado, deu um passo atrás. Peluso propôs agora que cada ministro do STF sugira três nomes. Se a regra for adotada, haveria uma primeira lista de 33 nomes, da qual seria formada a lista tríplice.
Prevalecendo a proposta de Peluso, ele certamente manteria o apoio ao advogado brasiliense Henrique Neves; o ministro Ayres Britto apoiaria o também advogado brasiliense Joelson Dias; o ministro Marco Aurélio confirmaria seu apoio a outro advogado brasiliense, Alberto Pavi, já vetado por Lewandowski, que, por sua vez, sustentaria a indicação da advogada brasiliense Luciana Lossio.
De qualquer forma, chegou ao fim a ciranda do conluio brasiliense. Ou seja, um apadrinhamento que, às vezes, passa de pai para filho. Do ministro aposentado Célio Silva, por exemplo, para o filho Fernando Neves, que, agora, se esforça pelo irmão Henrique.