sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Serviços de Inteligência


Posted: 20 Sep 2013 03:40 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ives Gandra

Na década de 90, Alvin Toffler escreveu "Guerra e Antiguerra", no qual defendia a tese de que as guerras futuras serão ganhas não por generais em campo de batalha, mas pelos serviços de inteligência. Em eventual conflito, quem dispuser de mais informações, prevalecerá.

Os serviços de inteligência, por muitos denominados de espionagem, buscam ter as informações necessárias para que os governos possam decidir as políticas a serem adotadas perante eventuais adversários, criminosos ou inimigos externos. Até mesmo perante nações amigas.

Tem o governo federal seus serviços de inteligência nas Forças Armadas, na Receita Federal, na Polícia Federal e na Abin (Agência Brasileiro de Inteligência), que oferecem dados relevantes para determinar as suas ações.

É bem verdade que o direito à privacidade é uma cláusula pétrea no Brasil (artigo 5º, incisos X, XI e XII), mas até mesmo essa cláusula pétrea pode ser oficialmente quebrada mediante autorização judicial. Infelizmente, não poucas vezes é quebrada pelas mais variadas ações públicas e privadas (hackers). Quando descobertas pela imprensa, tornam-se escândalo público.

De rigor, com a evolução da informática, o direito à privacidade tornou-se, melancolicamente, um segredo de polichinelo, tendo, por exemplo, a Receita Federal mais informações sobre a vida econômica de cada contribuinte do que o próprio contribuinte. E legalmente.

No plano internacional, podem as nações defender-se por meio de serviços de inteligência contra potenciais inimigos, aliados ocasionais ou movimentos subversivos internos ou externos com o aprimoramento de seus serviços de inteligência.

Depois do dia 11 de setembro de 2001 --quando os serviços de inteligência americanos detectaram a possibilidade de ataque, mas as autoridades não avaliaram com o devido cuidado as informações de que dispunham--, toda a estratégia dos Estados Unidos, que, a partir da guerra da Coreia em 1952, tinha sido consideravelmente valorizada e alicerçada nesses serviços secretos, foi definitivamente erigida como elemento chave na defesa da nação.

Por variados motivos que não cabe aqui analisar, tornou-se a nação preferencial de ataques no próprio território ou no exterior.

É, pois, natural que cada país, nos limites de sua tecnologia, busque ter informações sobre seus vizinhos ou potências adversárias.

Os serviços de inteligência, portanto, estão na essência da segurança do Estado e sabe-o não só a presidente da República, como todos os órgãos responsáveis por garanti-la.

O encarregado da embaixada brasileira na Bolívia arriscou-se a tirar de lá o senador exilado havia um ano e meio, porque detectou os riscos concretos de sua permanência.

No Velho Testamento (livro de Josué), os hebreus derrotaram Jericó depois de enviarem dois espiões até a cidade e, tendo obtido informações de uma prostituta, trouxeram-nas para que Josué pudesse invadir a cidade, preservando, inclusive, a vida da informante.

É de se lembrar que, o combate à criminalidade, no Brasil e no mundo, faz-se a partir de serviços de inteligência. Parece-me, pois, inviável a proposta da presidente Dilma de um Código de Ética da Espionagem, a ser levada ao G-20, porque, até o fim dos tempos, os serviços de inteligência (espionagem) continuarão a representar o sistema de segurança de qualquer país.

Por essa razão, nenhum espião pede autorização do espionado para espionar e todas as nações sempre negam que espionam, a não ser quando descobertas. É tão utópico acabar com a espionagem quanto acabar com a corrupção no poder.


Ives Gandra da Silva Martins, Advogado, é é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra.

Terceira idade: preocupação com idosos valoriza os condomínios



O crescimento da população com mais de 60 anos no Brasil faz surgir uma nova preocupação com adaptações dos imóveis para facilitar a rotina dessas pessoas

O significativo crescimento do número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil vem transformando o perfil dos clientes que adquirem um imóvel. Esse público exigente possui necessidades específicas que merecem atenção especial dos corretores de imóveis e das administradoras de condomínios. Atualmente, segundo dados do IBGE, a população brasileira com mais de 65 anos de idade atinge 23 milhões de pessoas, ou cerca de 10% do total de habitantes do país.
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A pessoa idosa tem maiores riscos de acidentes dentro da residência.Por isso, a arquitetura exerce um papel fundamental nessa etapa, pois com a aplicação de recursos de iluminação, criação de espaços amplos, pisos seguros, entre outros, amplia-se a autonomia e a segurança, fatores essenciais quando se pensa em qualidade de vida.
A partir dessa faixa etária, a escolha por um novo imóvel inclui cuidados com as áreas coletivas, que devem possuir desníveis vencidos por rampas e escadas mais ergonômicas, portas e espaços de circulação mais generosos, pisos opacos e antiderrapantes, portas de vidro com sinalização adequada e elevadores amplos.
Além disso, as unidades devem ter adaptações específicas, como interruptores mais baixos para facilitar o alcance; tomadas mas altas para minimizar o esforço de abaixar e levantar; maçanetas em forma reta e não redondas; vasos sanitários e boxes de banheiro com barras de apoio ao redor e espaços de passagem maiores, para garantir entradas e saídas livres com possibilidade de locomoção com mais um acompanhante, cadeira de rodas ou andadores.
Christian Voelcker, vice-presidente da Auxiliadora Predial, destaca que outra preocupação dos futuros moradores é com o serviço e mão de obra disponíveis nos prédios.
“Muitos zeladores providenciam serviços para os residentes, como troca de lâmpadas e pequenos consertos domésticos. Esse fator valoriza o condomínio e muitas vezes é fator decisivo na hora do fechamento do negócio”, informa Voelcker.
Construções focadas na diversidade dos usuários ampliam a vida útil de conforto no uso dos imóveis, pois atendem as mais diversas necessidades que todas as pessoas têm ao longo da vida. O importante desse processo é perceber que esse tipo de projeto não onera significativamente as construções quando os detalhes são planejados desde o início. Por fim, os resultados podem ser esteticamente bem interessantes quando isso passa a ser um desafio do arquiteto projetista.
Fonte: Pense Imóveis