domingo, 11 de janeiro de 2015

Por que Dilma não demite a presidente da Petrobras


Ricardo Noblat
Um dia ainda será desvendado o mistério da ligação para a vida ou para a morte entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster – a Graciosa.
Conhecedor das entranhas do que já foi apurado até agora sobre a roubalheira na Petrobras, o Procurador Geral da República recomendou a demissão de Graça e dos demais diretores da empresa.
Elegante e diplomático como sempre, o vice-presidente Michel Temer procedeu da mesma forma. Por sinal, não há um só político com juízo que pense diferente disso. E, no entanto...
Sobrou para Moreira Franco, ministro da Secretaria de Aviação Civil, que havia sido escalado por Dilma para permanecer no cargo durante seu segundo governo. Moreira teve um bom desempenho na Secretaria.
Repórteres de O Globo, Simone Iglesias e Geralda Doca apuraram que Dilma resolveu mandar Moreira embora por que ele, em uma reunião do PMDB, defendeu a demissão de Graça.
Amizade apenas não justifica o empenho desmedido de Dilma em manter Graça na presidência da Petrobras. Graça está bichada. Na melhor das hipóteses, foi incompetente por desconhecer o que se passava ao seu redor.
O comportamento de Dilma alimenta a suspeita de que ela e Graça agiram juntas para acobertar o esquema de corrupção da Petrobras montado ainda no governo Lula. Nesse caso, como ela poderia largar Graça de mão?
Dilma não é Lula. Que largou de mão José Dirceu para que uma cabeça rolasse em pagamento pelo escândalo do mensalão.
Dilma Rousseff e Graça Foster  (Foto: Diego Nigro / JC)Dilma Rousseff e Graça Foster (Imagem: Diego Nigro / JC)

TODOS SOMOS VÍTIMAS DO MASSACRE NO CHARLIE HEBDO




fonte - http://www.revistabula.com/
Estamos todos juntos. Profundamente ligados. A despeito daquilo em que nestas horas acreditam os assassinos e os canalhas, os indiferentes e os superficiais, os cegos voluntários e os simplesmente estúpidos, somos todos uma coisa só. E esta coisa tem sofrido faz tempo, padecido como agora, no choque de uma covardia impensável, na violência medonha de um novo ataque burro e cruel.
Somos semelhantes. Iguais. Seremos sempre. Apesar de todas as nossas diferenças, nós ainda somos seres idênticos. Bichos afoitos da natureza, descobrindo seu próprio jeito de viver e de morrer.
É claro que somos distintos, diversos de toda sorte. Nossos pés têm formas desiguais, pisam de modo e força e ritmo diferentes em terrenos variados. Rumam para cantos separados. Mas ainda somos tão parecidos!
A diferença sobe por nossas pernas e se esparrama. Nossas topografias corporais divergem, nossos joelhos nos cobram o peso do caminho em moedas singulares, nossos sexos se estranham em gênero, forma, tamanho, intenção, entusiasmo mas, se deixarmos, eles dão um jeito e se atraem e se completam.
Nossos intestinos, rins, bexigas, pulmões e outros órgãos internos exibem capacidades desiguais, mantêm ritmos divergentes de funcionamento, adotam padrões variados de tolerância. Entre nós, há os que se indispõem com uma mera sopa de mandioca e os que comem pedra e arrotam borboletas brancas de saúde. Somos tão diferentes em nosso por dentro e, no entanto, nossas semelhanças saltam corpo afora em jatos escandalosos de vida.
Os braços que temos enlaçam empreitadas sortidas, alcançam miradas díspares, exibem largura, extensão, força, cores e capacidades várias. Mas continuam os mesmos braços que aproximam e afastam, abraçam e atacam, com mãos que afagam e agridem. Os mesmos que tateiam agora o amanhã que a Deus pertence.
Somos tantos rostos se iluminando e se fechando por razões infinitas, ora similares, ora opostas. Nossas bocas sorriem ou vociferam a partir de impulsos tantos, porta-vozes de juízos que se criticam e se censuram porque no fundo padecem da mesma ânsia grandiosa de expressão.
Nós somos iguais. Levamos olhos que miram vistas únicas, horizontes maiores ou menores, objetivos vis ou edificantes. Mas que são as mesmas janelas da alma que resiste lá dentro, tocada pelos sons e cheiros descobertos por nossos ouvidos e narinas, alma servida pelas escolhas que fazemos com as pontas dos dedos.
Estes ombros são os mesmos que suportam o peso do choro alheio e carregam o piano do mundo. São os mesmos da indiferença demonstrada quando nos faltam sentimentos ou precisamos escondê-los.
Nossas cabeças deliram sonhos incomuns. E os nossos corações, ah… esses se abrem e se fecham a partir de estímulos insuspeitados e desiguais. Trabalham em velocidades variadas, amam em intensidades diversas. Mas são exatamente os mesmos operários capazes e insistentes, batendo no peito sua vocação incansável para a vida e seu movimento furioso.
Você e eu somos “o próximo” a quem se deve amar. Amemo-nos, pois. Nós estamos aqui para nada, senão para isso, rumando para o mesmo lugar.
O resto é desvio, intolerância, violência exasperada e estupidez praticada em todos os níveis — de insultos verbais na Internet até atentados bárbaros como o do jornal Charlie Hebdo. O impulso de atacar e lesar e calar o outro é o mesmo. E as vítimas são as mesmas de sempre: nós. Cada um de nós. Até quando? Para quê?

Simon em entrevista para as amarelinhas de Veja: "Lula morre abraçado aos mensaleiros e aos ladrões da Petrobrás"


Excertos da entrevista deste final de semana do senador Pedro Simon, conforme transcrição do jornalista Adriano Geolin:

Sobre Lula, o chefe da quadrilha do Mensalão e do Petrolão
O Lula foi a maior decepção de toda a minha carreira. Ele tinha uma bandeira, tinha uma história, e agora está morrendo abraçado ao José Dirceu, aos mensaleiros e aos ladrões da Petrobrás.

Sobre o Congresso
É um ajuntamento de corporações - sindicatos, empreiteiras, multinacionais. Ninguém ali fala pelo povo. 

Sobre a crise política
Nunca vi um momento tão dramático. Estamos diante de um dos emaiores escândalos de corrupção do mundo.

Sobre o governo Dilma
Vimos o fim de um governo melancólico e agora assistimos o começo de outro governo igualmente melancólico. 

O garçom Bolinha


Uma história que você, empreendedor, vai querer ler


Paulo Rabello
iStock
A história que vou lhes contar me foi compartilhada por um querido amigo oliveirense (da grande Oliveira/MG) cujos filhos mais fanáticos consideram açambarcar até a capital Belo Horizonte. Este que é hoje um dos empresários de maior destaque no complicado cenário econômico brasileiro, um líder de ideias claras e de uma enorme coragem para enfrentar riscos, um dia foi apenas mais um entre milhões de jovens empregados por salário mínimo, batalhando para sobrar algum tostão no final do mês, dando duro na então quase bucólica capital dos mineiros, para onde viera para tentar a vida. As dificuldades, por óbvio, não eram poucas para um iniciante sobreviver naqueles longínquos anos 1960. Mas a criatividade na superação dos desafios era maior ainda para o nosso protagonista. Ele, com um fiel colega de serviço, desenvolvera um jeitinho especial de melhor encerrar o dia de trabalho. Era numa lanchonete no centro da cidade, do tipo pé-de-chinelo, aonde iam se sentar, quase diariamente, à última mesinha imprensada no corredor, entre a cozinha que exalava o cheiro pesado de gordura frita e o odor impossível de ser descrito vindo pela porta do banheiro sem tranca.
A lanchonete e o lugar onde os amigos se acomodavam não ensejavam nada que valesse a pena. Mas, para dois rapazes duros e famintos, havia ali um jeito secreto de fazer o feio virar bonito, pela solidariedade de um chapa, o garçom Bolinha. Ao chegarem, não faziam pedido à cozinha. Sentavam-se e iam jogando conversa fora, com a mesa vazia de comida. Mas Bolinha estava pronto para servi-los. De uma maneira singela e genial. Aos poucos, ia municiando os garotos com aqueles dois dedos de cerveja deixados no fundo da garrafa pela mesa ao lado, que Bolinha discretamente largava, na volta à cozinha, para os garotos bebericarem até a última gota. Depois vinham três batatinhas fritas deixadas na travessa ou a coxinha de frango ainda deitada sobre a alface no prato de servir de algum outro cliente apressado. E, desse jeito afável, os dois famintos trabalhadores iam matando a fome enquanto davam destino à comida e bebida, ambas boas e limpas que, de outro modo, teriam destino certo no lixo ou no ralo da pia da cozinha. Os amigos se refestelavam. E não raro saíam completamente alimentados e satisfeitos da lanchonete do Bolinha, sem terem desembolsado um único centavo.
Cada um de nós que não tenha nascido em berço de ouro ou vivido uma vida artificial de mimos e abundância permanentes, certamente, tem um episódio como esse para contar. Diz respeito à solidariedade de uns e ao espírito de economia e à vontade de vencer de nós todos. Fala de ter respeito aos bens materiais postos à nossa disposição, por mais ínfimos que sejam. Lembra a enorme vantagem de se fazer uso eficiente dos recursos disponíveis, mesmo que não nos pareçam escassos hoje pois, como a água, poderão nos faltar um dia. E serve de meditação para a enorme falácia em que vivemos, num País em que os poderes públicos, reunidos nas três esferas de governo, gastam mais de 40% da produção nacional anual (o PIB do Brasil) para executar a tarefa de condominiar os interesses gerais da nação, com a desfaçatez de alegar, não obstante o exorbitante dispêndio de quase metade da renda total do País, que atividades essenciais, como saúde ou educação, não serão prestadas com a qualidade esperada porque “há muita falta de recursos”.
O desperdício público é uma praga nacional. Governo após governo, políticos extraem mais verba de quem produz para seu autoconsumo alegando necessidade premente para tarefas vitais do Estado, perpetuando a mentira oficial. A consequência do governo que não para de crescer é a economia produtiva que não para de minguar, junto com os investimentos, cada vez mais incertos e escassos. Dilma, que um dia quis defender os pobres, não segue o exemplo singelo do Bolinha, dando respeito aos clientes que pagam a conta da lanchonete, nem mostrando sensibilidade para os que pouco podem pagar. O governo perdeu bom-senso. Não vai a lugar nenhum e isso ficou patente no vazio discurso de posse. Precisamos de um grande “efeito Bolinha” no governo!
Usar bem, com critério e solidariedade, aquilo de que dispomos é a regra essencial para a prosperidade numa sociedade vigorosa e justa. Prefiro a fórmula economizadora e solidária do garçom Bolinha. O Brasil precisa de mais Bolinha e de muito menos Brasília. No seu discurso de posse, para o mandato derradeiro, Dilma errou o alvo ao colocar o governo como ente que “resolverá” a questão nacional, acenando com novos e desconhecidos remédios públicos para combater a debilidade e as dificuldades das empresas e das famílias brasileiras. É um enfoque totalmente equivocado. Empresas e famílias só estão financeiramente enfermas por efeito dos desmandos fiscais do próprio governo. A doença, não a cura, está no governo gastador, perdulário, egoísta e mau administrador de recursos. A economia da lanchonete do Bolinha tem muito mais a nos ensinar do que o ministério da Fazenda. Pelo contrário, é ela quem paga a conta dos bacanas que gerem o orçamento público mais inchado do planeta, na comparação com dezenas de países emergentes. Se Bolinha tivesse subido a rampa do Planalto, pelo menos, não faltaria batata frita.
Artigo publicado pelo autor originalmente no jornal A Tarde.

Um segredo que você precisa saber sobre os gênios de Harvard


Nos cursos, os estudantes esperam que você lhes dê “a resposta”... Mas isso nem sempre é sinal de fazer a coisa certa


Henry Mintzberg

“Ok, Jack, agora você está na Matsushita: o que vai fazer?” O professor e os 87 colegas de Jack aguardam ansiosamente sua resposta à inesperada convocação. Jack está preparado; pensara nessa situação durante muito tempo, desde quando lhe disseram que o método de estudo de caso propunha-se a “desafiar o pensamento convencional”. Disseram-lhe também, repetidas vezes, que os bons gestores são decisivos – logo, bons estudantes de MBA precisam tomar posição. Assim, Jack respira fundo e responde.
“Como posso responder a essa questão?”, começa. “Até ontem, mal havia ouvido falar da Matsushita. E hoje o senhor quer que me pronuncie sobre a estratégia da empresa...”.
“Na noite passada, tinha dois outros casos para preparar. Para a Matsushita, com suas centenas de milhares de empregados e milhares de produtos, levei algumas horas. Li o caso rapidamente e depois o reli, digamos, não tão rapidamente. Que eu saiba, jamais usei algum de seus produtos (até ontem nem sequer sabia que a Matshushita fabrica a Panasonic). Jamais visitei qualquer uma de suas fábricas. Jamais estive no Japão. Jamais conversei com algum de seus clientes. Certamente não conheço nenhuma das pessoas mencionadas no caso. Além disso, o assunto envolve alta tecnologia e sou o típico sujeito ‘subtecnológico’. Adquiri minha modesta experiência profissional numa fábrica de móveis. E tudo o que preciso fazer é percorrer essas 20 páginas. Esse é um exercício superficial. Recuso-me a responder a sua pergunta!”.
O que terá acontecido a Jack? Deixarei que você adivinhe. Mas dali, Jack retorna ao negócio de móveis, onde mergulha em seus produtos e processos, conhecendo a fundo as pessoas e o setor. É particularmente um grande fã de sua história. Aos poucos, com a coragem de ser decisivo e desafiar o pensamento convencional, ele ascende ao posto de CEO da empresa. Lá, sem praticamente qualquer análise setorial (o que viria em um curso posterior), ele concebe uma estratégia que transforma o setor.
Enquanto isso, Bill, que está sentado ao lado de Jack, toma a palavra. Ele também jamais esteve no Japão (embora soubesse que a Matshushita fabrica a Panasonic). Bill emite uma ou duas observações inteligentes e garante seu MBA. O MBA lhe garante emprego numa prestigiada firma de consultoria, onde, como nas aulas de estudo de caso que frequentara, ele passa sucessivamente de uma situação a outra, sempre emitindo uma ou duas observações inteligentes sobre assuntos que ignora por completo, e sempre partindo antes de sua implementação. Conforme vai acumulando esse tipo de experiência, não demora até que se torne diretor-executivo de uma grande empresa de utensílios (jamais prestara consultoria para esse tipo de empresa, mas lembrou do caso da Matshushita). Lá chegando, formula uma elegante estratégia de alta tecnologia, implementada mediante um radical programa de aquisições. O que terá acontecido? Adivinhe de novo.
Os leitores (do livro de Kelly What They Really Teach You at the Harvard Business School) devem estar se perguntando – ler o caso e fazer essa análise em duas a quatro horas? Sim, é a resposta da Harvard. Os estudantes precisam preparar dois a três casos por dia... Logo, precisam suar a camisa para concluir suas análises de maneira rápida e, ao mesmo tempo, eficiente.

O desempenho dos melhores de Harvard

No começo dos anos 2000, topei com o livro Inside the Harvard Business School, um livro de David Ewing, publicado em 1990. Ewing acreditava ser a pessoa certa para escrever uma obra como essa, já que tivera a oportunidade de “observar internamente a escola por quatro décadas, tendo conhecido pessoalmente a maior parte de seus líderes, lecionado e participado de muitas de suas lutas”. Assim, partindo do “ponto de vista de um insider”, ele tratou de “responder algumas questões” (entre elas: por que a escola “tornou-se” tão “importante”?).
Já nas primeiras páginas do livro, Ewing apresenta uma lista dos alunos de Harvard que “chegaram ao topo” do mundo dos negócios – 19 pessoas ao todo, supostamente os superstars da instituição. Uma amostra tendenciosa como poucas. Por isso mesmo decidimos utilizá-la. (Joe Lampel juntou-se a mim na análise).
Tínhamos a vantagem da visão em retrospecto: mais de uma década se passara desde a publicação da lista... “O verdadeiro teste da [Harvard Business School] está... no desempenho de seus alunos”, escreve Ewing. Qual, então, terá sido o desempenho desses ditos melhores alunos de Harvard – não para chegarem ao topo de suas organizações, mas à frente de sua gestão?
Numa palavra: ruim. Consultando os registros de fins de 2003... 10 dos 19 parecem claramente ter fracassado (o que significa dizer que suas empresas foram à falência, eles foram demitidos do posto de CEO, uma grande fusão foi por água abaixo, etc.) O desempenho de outros quatro poderia ser considerado questionável, para dizer o mínimo. Alguns desses 14 CEOs construíram ou reconstruíram empresas – em movimentos notáveis e radicais – apenas para vê-las enfraquecer ou sucumbir dramaticamente. Nenhum dos 14 deixou atrás de si um empreendimento sólido e sustentável.
Há uma tendência quase sempre fatal de se buscar uma fórmula – algum tipo de técnica genérica – desconsiderando quaisquer nuances e a despeito das pessoas e dos problemas de execução. Ao que parece, estudantes inexperientes que procuram aplicações “práticas” na sala de aula acabam por se tornar gestores incoerentes que buscam respostas fáceis no exercício da função.
Logo, o que podemos concluir com isso? Não que o MBA seja um grau disfuncional que arruíne todos que o obtenham; há graduados nesses programas que obtiveram sucesso em suas carreiras, assim como outros que fracassaram tristemente. As evidências que apresentamos aqui não são definitivas, mas deveriam nos fazer desconfiar desse influente título. Ter um MBA não deveria qualificar as pessoas para a gestão mais do que desqualificá-las. No entanto, os dados que fornecemos certamente deveriam fazer soar o alarme: o MBA confere vantagens importantes a muitas pessoas erradas. Em outras palavras, as pessoas precisam adquirir suas cicatrizes gerenciais no trabalho – um processo que não deve ser acelerado na sala de aula. Nenhuma empresa deve tolerar a “via expressa”. 


| Texto extraído do livro: Management: não é o que você pensa

JIHADISMO DE UNS, FARISAÍSMO DE OUTROS


por Percival Puggina. Artigo publicado em 


 Em junho de 2014 minha mulher e eu fomos conhecer Istambul. Não por coincidência, procedíamos de Roma. Quiséramos, de fato, experimentar esse salto abrupto, proporcionado por pouco mais de duas horas de voo, entre as duas cidades milenares - a Roma do Ocidente e a Roma do Oriente.
 Encontramos uma Istambul fortemente ocidentalizada. O trânsito caótico, aliás, lembra muito o de Roma. No entanto, sobre a buzinação dos automóveis e o ruidoso assédio dos comerciantes é possível ouvir, cinco vezes ao dia, a miríade de minaretes reproduzirem a voz do muezin chamando à oração. É assim que a gente se lembra, frequentemente, de estar num país islâmico.
 Durante séculos, o panorama das cidades do mundo cristão foi marcado pela visibilidade das torres das igrejas. Elas se erguiam acima das demais edificações, ganhando altura e sinos exatamente para assinalarem a presença do sagrado. Com o tempo, porém, nos grande centros urbanos, os arranha-céus superaram as torres, os sinos calaram e as igrejas sumiram na paisagem. Em Istambul, diferentemente, os minaretes, sempre visíveis, preservam sua importância simbólica para a religiosidade da população muçulmana.

Daquele primeiro contato com um país islâmico, ficaram-nos duas importantes constatações. Primeiro, foi o fato de que, em momento algum, qualquer de nós - minha mulher e eu - ocidentais, católicos, praticantes, nos sentimos estranhos perante a religiosidade da população local, suas expressões de fé, suas mesquitas, seus cantos e suas práticas religiosas. Tudo nos pareceu bom, digno e respeitável. Ficou ainda mais difícil, então, entender a existência, no Ocidente, de pessoas e organizações que, se dizendo agredidas por manifestações públicas de religiosidade, pretendem aboli-las.
Segundo, foi perceber que não existe, na Turquia, interdição ou rejeição a outras religiões, seus símbolos e suas práticas. Certamente entre outros, há templos católicos, evangélicos e sinagogas, revelando o caráter moderno e civilizado do povo. Um bom exemplo dessa virtude torna-se nítida no interior de Santa Sofia, ou Agia Sophia (Sagrada Sabedoria). Aquela magnífica construção foi catedral de Constantinopla durante 11 séculos. Com a tomada da cidade pelos seljúcidas, em 1453, foi convertida em mesquita. Em 1935, virou museu. Ao visitá-la, observam-se, por toda parte, símbolos cristãos e tentativas de recuperar mosaicos com temas católicos que haviam sido recobertos com tinta durante seu uso como mesquita. Deixamos Santa Sofia pensando sobre a extravagante sensibilidade que faz certas pessoas, em pleno século 21, se sentirem constrangidas, agredidas, com a visão de um crucifixo ou de outro símbolo religioso em local público.
Estas reflexões, me levam, enfim ao ataque terrorista à redação do Charlie Hebdo. Assim como há o ateísmo como doença mental (presente em todas as experiências comunistas do século 20), existe a religiosidade como doença mental, perceptível nos fanatismos e no jihadismo que, com violência crescente, se verifica no islamismo. A intolerância é um mal que pode afetar tanto os crentes quanto os ateus. Não é um mal inerente à crença ou à descrença. É um mal do indivíduo.
Os cartunistas do semanário francês não foram as únicas e singulares vítimas dessa insanidade que iniciou no século 7º e nunca teve fim. Em mais de meia centena de países, seja como vítimas do ateísmo, seja como vítimas de fanatismos religiosos, morrem 20 cristãos por dia no mundo. Centenas de milhares são constrangidos a migrar. Cinco dezenas de países os discriminam negativamente. No Iraque, por exemplo, desde 2003, a população católica perdeu 700 mil membros. Outros 450 mil deixaram a Síria. Duas centenas de igrejas cristãs foram destruídas na Nigéria, durante o último mês de outubro. Mas esses fatos não ganham manchete, não levam ninguém às praças do mundo civilizado, e não geram, na diplomacia de Dona Dilma, qualquer manifestação.
O nome disso é farisaísmo. Enquanto defende a liberdade de criação dos cartunistas franceses, designa para a pasta da Comunicação de seu próprio governo um ferrenho adversário da liberdade de imprensa, que deixou isso bem claro já no discurso de posse.
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
 

CGU quer "salvar" empreiteiras corruptas do Petrolão para que o país "não pare".

sábado, 10 de janeiro de 2015



A Controladoria-Geral da União tentou fazer um acordo com a força-tarefa do Ministério Público Federal encarregada da Operação Lava-Jato para limitar punições às empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras, evitando que elas fossem declaradas inidôneas e, consequentemente, ficassem impedidas de fechar novos contratos com o governo federal. A proposta, revelada ao GLOBO por uma das autoridades que acompanha as investigações, foi rejeitada pela força-tarefa. O acordo foi encarado pelos investigadores como uma tentativa do governo de salvar empresas que estão à frente de grandes obras públicas no País. A proposta foi apresentada a um grupo de procuradores da República pelo secretário executivo da Controladoria-Geral, Carlos Higino, no fim do mês passado. Higino sugeriu a fixação de multas às empreiteiras como punição máxima em âmbito administrativo. Com isso, as empresas teriam que devolver aos cofres públicos uma quantia em dinheiro, mas se livrariam da punição mais drástica: a declaração de inidoneidade. Mas o Ministério Público Federal entendeu que não seria possível limitar as punições a multas às empresas que até o momento não aceitaram colaborar com as investigações. Por enquanto, a maioria das construtoras apenas aceita reconhecer parte das acusações e pagar uma indenização. Um possível acordo com a CGU sem um entendimento prévio com o Ministério Público não garantiria, no entanto, que as empreiteiras se livrariam de ações penais, nem mesmo de uma eventual tentativa do Ministério Público Federal de, pela via judicial, pedir que as empresas envolvidas ficassem impedidas de fazer qualquer contrato com o governo. Ao GLOBO, Higino confirmou a tentativa de entendimento. "O processo punitivo leva à declaração de inidoneidade. E a experiência que tivemos com a Delta e a Gautama (construtoras punidas em escândalos anteriores) é que a declaração de inidoneidade provoca uma grande possibilidade de fechar a empresa", disse. Durante a negociação, Higino e seus auxiliares argumentaram que seria melhor aplicar multas às empreiteiras agora e receber o dinheiro o mais brevemente possível. Uma punição mais drástica, no curso normal dos processos penais e administrativos, poderia chegar tarde demais, segundo esse raciocínio. Na conversa, os representantes da CGU alegaram que algumas empreiteiras poderiam entrar em crise financeira e não teriam dinheiro nem mesmo para ressarcir parcialmente os prejuízos. A insolvência poderia até contaminar o sistema financeiro, especialmente bancos que abrigam negócios das empresas. Higino disse que não buscava um acordo coletivo. A idéia, segundo ele, seria negociar acordos individuais conforme as peculiaridades de cada caso. Ele argumenta que a idéia não é proteger a empresa do risco financeiro. Mas evitar que uma punição severa resulte em perda total para os cofres públicos. "A idéia é evitar uma vitória de Pirro, quebra-se a empresa e não se recupera um tostão para o serviço público", afirmou Higino.

Os procuradores Orlando Martello, Deltan Dallagnol e Eduardo Pelella, do MPF
As duas partes não chegaram a um consenso, mas as tratativas prosseguem. Se quiser, a Controladoria-Geral pode fazer acordos de leniência com as empreiteiras independentemente da opinião dos procuradores. A chancela prévia do Ministério Público evitaria futuras contestações jurídicas das decisões sobre as empreiteiras, e ainda facilitaria a adesão das empresas. Em outra frente, procuradores da força-tarefa dependem também da Controladoria-Geral e do Tribunal de Contas da União para calibrar as punições às empresas que decidirem colaborar com as investigações nos processos penais. Sem algum tipo de compensação em âmbito administrativo, algumas empresas poderiam se sentir pouco estimuladas a colaborar na esfera penal. Desde que foram alvo da sétima fase da Operação Lava-Jato, as empreiteiras vêm tentando em várias frentes negociar um acordo para atenuar suas punições. Representantes das empresas procuraram o Ministério Público Federal para negociar o pagamento conjunto de R$ 1 bilhão de multa. Em troca queriam um abrandamento das penas. Os procuradores recusaram. Para eles, só seria possível fazer acordo se os executivos decidissem contar o que sabem sobre os desvios de dinheiro na Petrobras. Em uma conversa com parlamentares, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a declarar que não havia hipótese de aceitar acordo coletivo com as empreiteiras. O procurador até ironizou a iniciativa. Para ele, a iniciativa seria uma espécie de “cartel da leniência”. Em dezembro, Janot afirmou que o Ministério Público está atuando para não deixar ninguém impune: "Ninguém se beneficiará de ajustes espúrios. Isso todos temos de ter certeza. A resposta para aqueles que assaltaram a Petrobras será firme. A decisão é ir fundo nas responsabilizações civil e criminal". Mesmo diante das condições estabelecidas pelo Ministério Público Federal, as empreiteiras continuaram numa busca incessante por uma alternativa a punições máximas. Entre os papéis apreendidos na Engevix, em novembro passado, a Polícia Federal encontrou uma anotação em que o autor faz referência à urgência de um acordo. Para o autor do documento, Janot e o ministro Teori Zavascki, do Supremo, dificilmente adotariam medidas extremas. “Janot e Teori sabem que não podem tomar a decisão. Pode parar o País”, diz a anotação, de 6 de novembro. Nas últimas semanas surgiram rumores de que pelo menos duas das grandes empresas estão com dificuldades para pagar dívidas e contrair novos empréstimos. As dificuldades aumentaram depois que a Petrobras anunciou, em 30 de dezembro, que as 23 investigadas na Lava-Jato estão proibidas de participar de novas licitações e serão alvos de processos individuais.

COISAS DESAGRADÁVEIS


Consultor_juridicoMagu


Mauricio Cardoso é, além de jornalista, editor do Conjur (site Consultor Jurídico). Publicou nesse site, em 9/1/2015, um belo texto, com um enfoque um pouco diferente do que temos lido a respeito do absurdo ato dos islamitas radicais na França. A matéria nos foi indicada por Carlos Brickmann, que também a publicou em seu site.

O título, muito bem escolhido, é
Dizer coisas desagradáveis a quem não quer ouví-las é um direito universal.

Neste mundo dominado pelo politicamente correto, está cada vez mais difícil fazer graça. Que o diga a brava equipe de jornalistas da revista francesa humorística Charlie Hebdo, que teve 12 de seus membros exterminados por extremistas islâmicos na manhã de quarta-feira (7/1), pelo simples fato de manifestar suas ideias e posições por meio de piadas.

Contra a intolerância dos radicais de qualquer espécie os argumentos são inúteis. Mas convém chamar à razão aqueles que tentam, se não justificar, pelo menos desculpar o atentado tresloucado contra a liberdade de manifestação do pensamento com a alegação de que os humoristas da Charlie, com sua irreverência iconoclasta, ofenderam as crenças religiosas dos muçulmanos. Bobagem.

Do ponto de vista subjetivo pode-se dizer que as charges que serviram de pretexto para desencadear a fúria dos fundamentalistas falam muito mais da insanidade de alguns seguidores do islamismo do que dos preceitos religiosos islâmicos. Uma charge do próprio Charlie Hebdo explica bem a situação. Na caricatura, aparece o profeta Maomé, aos prantos, dizendo: “É duro ser amado por idiotas…” Não há, pois, no caso, um conflito entre liberdade de expressão e liberdade religiosa.

Objetivamente, o que se pode dizer é que a liberdade de expressão se tornou um direito universal da humanidade justamente para se dizerem coisas que possam ser desagradáveis para alguém que não quer ouvi-las. Para dizer amém, não é preciso garantias. E nem democracia. Como dizia Millôr Fernandes, um dos mais brilhantes humoristas brasileiros, morto em 2012, “imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.

O massacre na redação da Charlie Hebdo e suas repercussões mostram duas maneiras de se ver a vida: de um lado estão os que acreditam na força das ideias, na observância das regras de convivência, na liberdade e no respeito ao ser humano. De outro estão os que acham que têm razão e que todos estão obrigados a ter a sua mesma razão. Não precisam ser muçulmanos, cristãos ou ateus. O tipo existe para todos os gostos e crenças. Quando eles prevalecem, o resultado é sempre parecido com o que aconteceu em Paris na manhã do dia 7 de janeiro de 2015.

Por que Lula deveria presidir a Petrobras



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Se Dilma Rousseff for obrigada a engolir que seu desafeto Henrique Meirelles assuma o lugar de Graça Foster na Petrobras - conforme boato que deixou o mercado excitado ontem -, ficará claro que os problemas de rolagem de dívida da companhia são maiores que o ocultado dos investidores. Além de Meirelles, também se especulou que Murilo Ferreira, presidente da Vale, poderia assumir o Conselho de Administração da estatal, no lugar de Guido Mantega, que deixou a Fazenda e, como não precisa passar por quarentena, servirá como consultor para grandes empresas europeias.

A pergunta irônica que grandes investidores da Petrobras faziam ontem era: "Nildemar Secches, Beto Sicupira, Henrique Meirelles... Quem está disposto a fazer o trabalho sujo do PT?". A resposta é: "Ninguém que seja sério, investidor de verdade, embarca nesta furada". O Problema é que sempre existe alguém que topa qualquer parada lucrativa. O fato concreto é que muitos espertalhões dos esquemas de negócio nazicomunopetralhas devem ganhar muito dinheiro com a situação ruim de imagem da Petrobras. As ações em baixa da petrolífera são divinas para uma aplicação de lavagem de dinheiro.

Um meganegócio foi antecipado ontem pelo Broadcast do Estadão: a Petrobras analisa vender participações em áreas no pré-sal como solução de curto prazo para enfrentar dificuldades financeiras. Além dos investidores árabes - ou os laranjas usados por eles para não dar na pinta -, têm interesse nesta operação várias sócias da petroleira brasileira nas explorações: Barra Energia, BG, BP Energy, IBV Brasil Petróleo, Queiroz Galvão, Petrogal Brasil, Repsol Sinopec e Statoil Brasil.

Quem deveria ser indicado para presidir a Petrobras é ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é o responsável maior pela nomeação dos diretores que causaram prejuízos bilionários à companhia. Além disso, em uma País de gestão centralizadora como a brasileira fica impossível acreditar que o Presidente da República, representante máximo da União (acionista majoritária da Petrobras), não saiba ou interfira em todas as grandes decisões estratégicas e financeiras da estatal de economia mista.

Até agora, Lula é espantosamente aliviado de tudo. Nem o delator premiado Paulo Roberto Costa cita o nome dele, explicitamente, nos processos da Lava Jato. Apenas o doleiro Alberto Youssef teria citado o mítico nome dele - mas nada que tenha capacidade de comprometer. Blindado como sempre, o petrolão não ainda não atinge Lula - como deseja a oposição. Por isso, nesta hora de aperto, o nome dele seria o mais indicado para comandar a Petrobras. Foi ele quem usou a lábia de sindicalista de resultados para vender aos investidores transnacionais que o Brasil se transformaria em uma "arábia" com o pré-sal.

Os vendedores só não deram sorte porque mais de 40 ladrões fizeram a festa na empresa, enquanto o nome de Ali Babá nem aparece indiciado nos autos dos processos. Agora, o comando do roubo no Petrolão se prepara para continuar ganhando ainda mais dinheiro no Brasil da impunidade, armando novos negócios com a Petrobras...

É duro suportar um desgoverno que confunde, cinicamente, probidade com pobridade... É muita Pobreza de Espírito Público...

Tirando da reta

A Petrobras informou que os ex-diretores de Abastecimento Paulo Roberto Costa e de Serviços Renato Duque foram responsabilizados por irregularidades identificadas pela estatal nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Os dois ex-executivos da Petrobras teriam pressionado técnicos da estatal e levado a empresa a comprar equipamentos pesados para o Comperj a partir de abril de 2010, antes da conclusão do desenho final do empreendimento, que está em construção em Itaboraí (RJ).

A bronca contra Costa e Duque foi comunicada à Comissão de Valores Mobiliários pelo super blindado diretor financeiro e de relações com o mercado, Almir Guilherme Barbassa.
Mídia regulando gastos

Grandes empresas de comunicação são obrigadas a promover redução de suas estruturas, quadros e investimentos diante da crise.

A demissão de mais de 100 empregados da Infoglobo - que merecia uma notinha no Jornal Nacional da Rede Globo pelo impacto - foi um sinal de que a coisa, que está mal, pode piorar.

A Editora Abril, sem patrocínio do governo, também enfrenta dificuldades, com a diminuição de operações e a transferência de 10 publicações para a Editora Caras.

Um fundo investidor do Banco do Brasil já é dono do imóvel da editora em São Paulo...

Globo x velhinhos

Em junho de 2013, a controladora dos jornais O Globo e Extra é alvo de uma ação civil pública que corre na 24ª Vara do Trabalho, por dispensa de empregados em virtude, unicamente, de sua idade.

A procuradora do Trabalho, Luciana Tostes, pediu que a Infoglobo seja condenada a pagar uma multa de R$ 5 milhões na ação 0010309-05.2013.5.01.0024.

O fato foi relembrado agora que a empresa demitiu 100 empregados - sendo 30 jornalistas, inclusive muitos de renome, como o octagenário Artur Xexéo.

Te cuida, Levy...


Pode tudo

A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça considerou que empresas em recuperação judicial podem participar de licitações sem a apresentação da certidão negativa de recuperação judicial, exigida pela Lei de Licitações.

Na opinião das advogadas Greise Hellmann e Gabriele Chimelo, do escritório Scalzilli.fmv Advogados, que defendem a empresa e são autoras da ação, o precedente é de extrema importância, pois traduz o espírito da Lei de Recuperação Judicial, que é possibilitar a superação da situação de crise econômica, promovendo a preservação da empresa, inclusive para àquelas que têm o Poder Público como maior cliente e poderiam ser banidas do mercado por ausência da certidão negativa exigida pela Lei de Licitações.

A decisão inédita no país foi anunciada em dezembro pelo STJ.

Numerologia do Adeus


Frase do ànus

Baianos, sempre muito sacanas, espalham na internet aquela que seria a frase do ano - ou melhor, do ànus:

"A Dilma toma posse, o Lula toma cachaça, o Temer toma Viagra, os corruptos tomam o seu dinheiro e o povo brasileiro toma...".

E o duro é nem poder escolher o que, como, onde e como se toma...

Receita do pacote


Só tá faltando...

A Al-Qaeda assumir a culpa pelos cortes de cabeças na redação de O Globo...

Só não vai poder fazer isso porque os consultores que mandaram passar a régua na redação do jornal da família Marinho devem ser tão radicais quanto eles...

Um burocrata que tem a visão empresarial para demitir um jovem como o Artur Xexéo - certamente porque ele tem mais de 80 anos de idade e deve pesar muito na folha de pagamento da Infoglobo - está tanto ou mais para assassino da liberdade de expressão quanto os malucos que promoveram o genocídio na Charlie Hebdo...

Será que Dona Candoca concorda com a gente?

Leia, abaixo, o profético artigo do Xexéo: Despedidas

Recado do Panfletário Virtual


O Sacaneador Geral da República apóia e assina embaixo a sua mensagem...


© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Janeiro de 2015.