sábado, 23 de fevereiro de 2013

Você sabe interpretar o significado das expressões corporais do seu cliente?



Escrito por Imobex em . Postado em Artigos para Corretores e Imobiliáriass
A importância da linguagem corporal na hora da negociação
As pernas cruzadas, olhos baixos, olhar vago, pernas viradas para a direção da porta. Todos estes são sinais que permitem ao corretor de imóveis interpretar e sutilmente compreender o que se passa com o cliente em determinadas situações durante uma negociação, como por exemplo, na visita a um imóvel, na conversa em um plantão ou até mesmo no dia da assinatura do contrato de compra e venda. A psicologia dos gestos.
Nossos ancestrais pré-históricos se comunicavam através de linguagem corporal e grunhidos muito antes que as palavras e o alfabeto fossem colocados em prática. Para  dialogar era necessária uma sinergia muito intensa entre o emissor e o receptor. Ao longo do tempo, a Cinesiologia— ciência que estuda a prática da linguagem e expressão corporal — percebeu como os gestos e demais manifestações corporais podem ter um significado emocional  e representar sensações muito mais profundas para o ser humano.
O prévio conhecimento destes estudos trazem ao profissional de vendas um grande diferencial no mercado: a capacidade de interpretar as ânsias e vontades do seu cliente. 
O primeiro autor a abordar este tema em livros foi Charles Darwin, em sua obra intitulada “A expressão das emoções em homens e animais”, a qual defende que os mamíferos demonstram suas emoções através de expressões faciais. Outro livro interessante para os profissionais que procuram entender mais sobre o assunto a fim de utilizá-lo em seus negócios, chama-se “O corpo fala”, onde os autoresPierre Weil e Roland Tompakow, dividem o ser humano em três partes: o boi, o leão e a águia. Sendo o boi, a representação dos desejos humanos; o leão, os sentimentos e; a águia, a consciência.
No livro O Corpo Fala, vale a pena destacarmos um exemplo que com certeza  muitos corretores de imóveis já vivenciaram em algum momento de sua trajetória profissional:
- Observemos: no desenho à esquerda a pessoa ainda está com a bolsa no colo. Sua atitude física diz: Ainda não estou à vontade! No desenho seguinte, já largou a bolsa no sofá.  Com isto diz:  já adquiri confiança no ambiente; já estou me sentindo à vontade.
Para finalizar recomendamos aos corretores de imóveis assistirem a série norte americana Lie to me, onde os protagonistas são especialistas em detectar mentiras através das expressões corporais dos suspeitos.
Com estas dicas de literatura e entretenimento, o corretor de imóveis já é capaz de ampliar o seu conhecimento sobre a Cinesiologia e aplicar no seu cotidiano profissional algumas estratégias que permitam compreender melhor as demonstrações do seu cliente. A empatia é a arte de sentir e colocar-se no lugar do outro, e  para que isso ocorra é necessário que a pessoa esteja em sintonia e atento aos sinais que são executados.
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Combate ao crime invisível Governo federal prepara pacote com 115 metas contra tráfico internacional de pessoas



Evandro Éboli

BRASÍLIA Um crime difícil de ser constatado, de ser levado à Justiça e de ter seus responsáveis punidos. O tráfico de pessoas é um crime considerado invisível. O primeiro relatório com as informações sobre ele, do governo federal, revela que, entre 2005 e 2011, foram instaurados no Brasil 157 inquéritos por tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual. Apenas 91 resultaram em processos. Nesse período, 381 pessoas foram indiciadas, mas 158, menos da metade, foram presas. O levantamento é da Secretaria Nacional de Justiça, vinculada ao Ministério da Justiça.

Para tentar combater esse tipo de crime, o governo prepara um pacote ambicioso, com 115 metas, e vai publicar uma portaria na próxima segunda-feira detalhando essas ações. As medidas integram o II Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Hoje, a legislação pune apenas o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Não prevê punição para tráfico para fins de trabalho escravo, servidão, trabalho doméstico, remoção de órgãos, e de crianças para fins de mendicância. Pela proposta, essas modalidades passarão a ser tipificadas, a partir de projetos de lei enviados ao Congresso Nacional.

A portaria dos três ministérios envolvidos com essa questão — Justiça, Direitos Humanos e Secretaria das Mulheres —, com aprovação da Casa Civil, prevê as seguintes medidas: a perda de bens dos envolvidos em tráfico de pessoa, revertendo-os para atendimento às vítimas; sanções administrativas a empresas financiadas com recursos públicos, inclusive as que executam grandes obras governamentais no Brasil, que tenham sido condenadas nesse tipo de processos; a internacionalização do Disque 100 e do Disque 180 (de denúncia contra esse tipo de exploração); a regulamentação do funcionamento de agências de casamento e de recrutamento de pessoas; a instalação de casas-abrigo no exterior para atendimento dessas vítimas; e o monitoramento nas grandes obras do governo de infraestrutura, mineração e energia.

— O estudo mostra que o sistema de Justiça criminal funciona como um funil. Deveria ser um processo distribuído para cada inquérito. Funciona na razão de dois para um. Por isso, vamos intensificar as ações e, além da prevenção, fechar o cerco a quem explora essas pessoas vulneráveis — disse Paulo Abrão, secretário Nacional de Justiça.

O tráfico de pessoas é subnotificado. Para o governo, é um crime autônomo, e a abordagem da vítima é suficiente para caracterizá-lo. Não precisa que seja consumada a exploração sexual ou o trabalho escravo, por exemplo. O consentimento da vítima é considerado irrelevante, já que foi obtido através da fraude, do engano e da falsa promessa. "Não importa se ela sabia ou não que iria se prostituir, se casou com um estrangeiro por livre e espontânea vontade, se concordou em ser transportado para trabalhar e, quando chegou, passou a ser vítima da exploração. O consentimento foi obtido a partir de uma situação de vulnerabilidade", diz o Relatório sobre Tráfico de Pessoas no Brasil, uma parceria do Ministério da Justiça com o Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crimes (Unodc).

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse acreditar que as medidas a serem anunciadas pelo governo vão estimular os brasileiros a denunciar o tráfico de pessoas. Segundo ele, ainda prevalece o medo e o receio das testemunhas.

— Para um crime ser investigado, é preciso que se tenha notícia de sua existência. Alguns não denunciam por medo, outros, por vergonha. Por isso fazemos um apelo. Aqueles que sabem de situações dessa natureza, que sabem que pessoas podem estar no exterior, sendo levadas para lá enganadas, devem utilizar o telefone 180, devem noticiar a existência, a suspeita dessas práticas criminosas. É para que possamos enfrentar essas organizações, que, infelizmente, fazem do tráfico um dos grandes crimes a serem combatidos — disse Cardozo.

— Nós não podemos ser ingênuos, quando as pessoas aparecem oferecendo emprego fácil, muito dinheiro, situações que claramente envolvem algum tipo de sedução, não condizente com a realidade. Tem que estar alerta e denunciar, para que a polícia possa investigar — completou o ministro.

O número de ligações para os números do disque-denúncia do governo ainda é tímido. Em 2011, foram registradas 35 ligações para cada um desses serviços, o Disque 180, da Secretaria de Políticas Para Mulheres, e o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos.

— Esses dados revelam que, geralmente, a polícia é o órgão mais procurado nos casos que a vítima tenha sofrido ameaça contra seus familiares ou agressão. E os casos de tráfico que envolvem exploração sexual podem estar sendo registrados como outros crimes sexuais, como estupro, o que é um erro de interpretação — disse Alline Birol, consultora do levantamento.
— Ainda temos um cenário de muitos dados ocultos — afirmou Fernanda dos Anjos, diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça.
Vítima tem baixa escolaridade
O relatório Tráfico de Pessoas traçou o perfil da vítima: é oriunda de classes populares; tem baixa escolaridade; habita espaços urbanos periféricos, com carência de saneamento e transporte; mora com algum familiar; tem filhos; e exerce atividades laborais de baixa exigência, como cabeleireira, manicure, auxiliar de enfermagem, professora de ensino fundamental, vendedora, secretária e doméstica.

Outra linha de ação do governo é ampliar o serviço de auxílio ao brasileiro vítima do tráfico no exterior. Além de instalar casas-abrigo, o plano prevê presença de agentes da Polícia Federal nos países que mais recebem vítimas brasileiras de tráfico, atuando como ponto de contato na cooperação bilateral e auxiliando na repressão.

O Itamaraty informou que há três tipos diferentes de comportamento dessas vítimas brasileiras, quando procuram serviço consular: a que busca informações mas que não é identificada como vítima e não registrada assim; a vítima de tráfico que é identificada como vítima, mas não pede auxílio, somente informação ou documentos; e a que precisa de repatriação ou abrigo temporário e, por isso, tem seu caso registrado e encaminhado.

"No mundo inteiro, diversas pessoas têm caído na rede do tráfico. Melhores condições de vida, um melhor emprego, um marido estrangeiro, o sonho de morar em países desenvolvidos e ter acesso a bens de consumo têm sido as principais razões para que pessoas se arrisquem e saiam de seus territórios para outras cidades e países em busca de oportunidades", afirma o relatório de enfrentamento ao tráfico de pessoas.

Coordenadora da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude, Dalila Figueiredo diz que, aos poucos, o tráfico de pessoas começa a ser conhecido, inclusive sendo o tema central de uma novela, "Salve Jorge", da TV Globo.

— Hoje tem mais pessoas pensando nesse enfrentamento e deixando de considerar que traficar ser humano é lenda — disse Dalila Figueiredo.
*Publicado no O Globo de hoje

'Flamenco' de Carlos Saura


Paco de Lucia (guitarra) y Pepe de Lucia (voz)



Calçada da Fama: 'A moça tem algo de especial'


Ricardo Noblat - 
23.2.2013
 | 19h35m
POLÍTICA


Antonio Marques de Rezende Filho, Leitor
Penso que aselvageria desses paus-mandados do PTt e dos cubanos fizeram mais por Yoani do que qualquer campanha de marketing poderia fazer.
Antes, para mim, ela era apenas uma moça corajosa que enviava mensagens a partir de Cuba.
Depois de tudo que eu vi aqui passei a considerá-la uma heroína.
Creio que o mundo inteiro passará a prestar mais atenção a ela. Pensarão, assim como eu: Essa moça deve ter algo muito especial para incomodar tanto a essas pessoas.
Fizeram tanto esforço para atingi-la e só conseguiram aumentar o seu prestigio.
Pobres diabos é o que são.

Charge do Sponholz 2



Charge do Sponholz



Silêncios vergonhosos.



Vocês leram o que disse a direção da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) sobre os atos covardes perpetrados contra a blogueira Yoani Sánchez? Não? Compreendo. É que a ABI não disse nada. Na última vez em que a entidade frequentou o noticiário, tinha cedido seu auditório no Rio para José Dirceu comandar um ato contra o Poder Judiciário brasileiro. Estava presente, desrespeitando a lei, o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Arveláiz.
Vocês leram o que disse a direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre as ações ilegais que constrangeram a cubana no Brasil? Viram o que afirmou o Conselho Federal sobre o fato de uma embaixada organizar atos de caráter político e confessar que espiões de um país estrangeiro transitam livremente pelo país? Não? Compreendo. É que a OAB não disse nada. Na última vez em que frequentou o noticiário, o comando da entidade enunciou que estava disposto a verificar se a delação premiada é mesmo inconstitucional, como pretendem dois doutores que trabalham para mensaleiros: o notório Kakay (Antonio Carlos de Almeida Castro) e José Luiz de Oliveira Lima (o querido “Juca” de alguns jornalistas), que tem como cliente José Dirceu, aquele que comandou um ato contra o Judiciário em pleno território da ABI.
Essas duas ausências dão conta do estado miserável do que já se chamou “sociedade civil” no Brasil. As duas omissões são igualmente graves porque os ataques à blogueira remetem mesmo à razão de ser de cada uma delas. A principal tarefa da ABI é zelar pela liberdade de expressão e pela preservação dos valores éticos da profissão de jornalista. A filóloga Yoani Sánchez é também jornalista. A palavra é a sua matéria-prima. Em Cuba, luta por um regime de liberdades democráticas, por pluralismo político, por respeito aos direitos humanos. Esses valores constituem a essência da história da associação. A única ABI que expressou seu repúdio às agressões foi a Associação Baiana de Imprensa. A Federação Nacional dos Jornalistas, conforme o esperado, também se calou. Nem poderia ser diferente. A Fenaj tentou criar no país o Conselho Federal de Jornalismo, que colocaria  o trabalho da imprensa sob censura, a exemplo do que ocorre em Cuba, que essa gente ama tanto.
O que dizer, então, da OAB? É a entidade que, em tese, vigia, em nome da sociedade, a, por assim dizer, saúde jurídica do país. Não tem função meramente cartorial. Ao contrário: a Ordem sempre foi um organismo político, buscando zelar, como expressão da sociedade civil, pela qualidade do estado democrático e de direito. Os constrangimentos a que s arruaceiros — PAREM, SENHORES DA IMPRENSA, DE CHAMAR PESSOAS QUE PROMOVEM AQUELA BAIXARIA DE “MANIFESTANTES”! — submeteram Yoani até agora desrespeitam a ordem legal, violam-na. Como é que a OAB ousa — a palavra essa! — ficar muda?
Eis mais um sintoma de uma sociedade em que um campo ideológico está hipertrofiado (tenha ele o nome que se queira dar: esquerda, vigarice, oportunismo) em prejuízo de outro, que está acuado. Que “outro” é esse? O dos defensores da democracia representativa, da ordem legal e democrática, do estado de direito. OAB e ABI já se manifestaram sobre casos com muito menos gravidade do que esse.
Não se trata de superestimar o caso Yoani. A rigor, nem cumpre falar em assegurar a “pluralidade” porque mal se ouviu o que ela tinha a dizer. A questão é ainda anterior: trata-se de assegurar o direito à voz. Se esses vândalos fazem isso agora com uma visitante de um país estrangeiro, não tarda, e estarão fazendo também com os nacionais. 
Por Reinaldo Azevedo

BRASÍLIA: SINDICATO DOS CORRETORES DE IMÓVEIS SAI DA UGT E SE FILIA A CUT




A necessidade de ter como alavanca para a garantia de direitos imprescindíveis à categoria o compromisso com a luta dos trabalhadores e a capacidade de representação política resultou na filiação do Sindicato dos Corretores Imobiliários do DF - Sindimóveis à CUT-DF. A assembleia de filiação foi realizada nesta quarta-feira, 20, na sede do sindicato.

Há três anos filiado à União Geral dos Trabalhadores – UGT, o Sindicato dos Corretores Imobiliários não emplacou a pauta de reivindicação histórica da categoria. “O que queremos é o resgate da valorização do corretor de imóveis, que vive em situação de escravidão. Até agora, o Sindicato se encontrou anencéfalo, e não teve condições de avançar em questões essenciais para a qualidade de vida e de trabalho da categoria. A UGT não tem condições de dar apoio aos filiados, não há estrutura”, avalia o presidente do Sindimóveis, Geraldo Nascimento.

De acordo com Nascimento, o objetivo da filiação é iniciar, de fato, a luta consolidada em defesa dos corretores de imóveis no DF. “A CUT Brasília tem experiência, representatividade e compromisso com a classe trabalhadora. Acreditamos que ela será essencial para avançarmos na nossa luta”, diz Nascimento.

Durante a assembleia, o presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto, reafirmou a disposição da Central em consolidar as conquistas buscadas pelos corretores de imóveis valendo-se principalmente, da solidariedade de classe, um dos mais importantes princípios da CUT-DF, segundo ele. “Em todas as atividades dos nossos sindicatos filiados, temos o apoio de categorias distintas. É uma forma de trocarmos experiências e aproveitá-las, além de, principalmente, integrarmos os trabalhadores na luta por uma sociedade mais justa e igualitária a partir de lutas específicas de cada categoria”, afirma.

Cenário atual

De acordo com o presidente do Sindimóveis, atualmente, existem cerca de 20 mil corretores de imóveis no Distrito Federal. Apesar da soma representativa e de ser uma profissão regulamentada, os corretores de imóveis não têm garantias empregatícias mínimas, como o estabelecimento de piso salarial. “Às vezes o corretor realiza um bom negócio, mas passa seis meses sem vender nada e sem receber nada. Sem falar na falta da ajuda de custo, de segurança e de condições minimamente humanas para os corretores de imóveis”, discursa.

A condição sub-humana vivida pelos corretores de imóveis e a falta de garantias trabalhistas submetem o trabalhador a uma “condição de escravidão adotada pelos empresários de imobiliárias”. “O corretor é obrigado a assinar um contrato unilateral e arcar com todos os possíveis erros em uma transação; é exposto a riscos diários nos estandes de vendas e vive sob pressão para garantir o sustento mínimo à sua família”, informa o presidente do Sindicato dos Imobiliarios.

Um dos primeiros passos do Sindimóveis, segundo Nascimento, é trazer a categoria para dentro do sindicato como forma de fortalecer a luta. Paralelamente, a entidade sindical tentará emplacar a definição de um piso salarial para os trabalhadores. 


Fonte: CUT-DF

Eu não aceito!, por Roberto Damatta


Roberto Damatta - O Estado de S.Paulo

Quando o hígido Michel Temer vira poeta e Renan Calheiros - acusado pela Procuradoria Geral da República de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso - é apossado (com voto secreto - o voto da covardia) na Presidência do Senado Federal no posto número 3 da sucessão republicana e entra no papel dando uma aula de ética e com apoio do PSDB, um lado meu pergunta ao outro se não estaria na hora de sumir do Brasil.

Se não seria o momento de pegar o meu chapéu e deixar de escrever, abandonar o ensino das antropologias, desistir do trabalho honesto, beber fel, tornar-me um descrente, aloprar-me, abandonar a academia (de ginástica, é claro), deixar-me tomar pela depressão, desistir de sonhar, aniquilar-me, andar de joelhos, dar um tiro no pé, filiar-me a uma seita de suicidas, mijar sentado, avagabundar-me, virar puxa-saco, fazer da mentira a minha voz; e - eis o sentimento mais triste - deixar de amar, de imaginar, de ambicionar e de acreditar. Abandonar-me a esse apavorante cinismo profissional que toma conta do País - esse inimigo da inocência -, porque minha cota de ingenuidade tem sido destroçada por esses eventos. Eu não posso aceitar viver num país que legaliza a ilegalidade, tornando-a um valor. Eu não posso aceitar um conluio de engravatados que vivem como barões à custa do meu árduo trabalho.

"A ética não é um objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil, é o interesse nacional. A ética é obrigação de todos nós e é dever deste Senado", professa Renan Calheiros, na sua preleção de po(s)se.

Para ele, a ética, o Brasil, o dever, o interesse e as obrigações são coisas externas. Algo como a gravata italiana que chega de fora para dentro e pode ou não ser usada. Façamos uma lei que torne todo mundo ético e, pronto!, resolvemos o problema da cena política brasileira - esse teatro de calhordices.

A ética não é a lei. A lei está escrita no bronze ou no papel, mas a ética está inscrita na consciência ou no coração - quando há coração... Por isso, ela não precisa de denúncias de jornais, nem de sermões, nem de demagogia, nem da polícia! A lei precisa da polícia, o moralismo religioso carece dos santarrões e as normas, de fiscais. A ética, porém, requer o senso de limites que obriga à mais dura das coragens: a de dizer não a si mesmo e, no caso deste Brasil impaludado de lulopetisto, a de negar o favor absurdo ou criminoso à namorada, ao compadre, ao companheiro, ao irmão, ao amigo.

"O Zé é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!", eis a cínica palavra de ordem de um sistema totalmente aparelhado e dominado pelo poder feito para enriquecer a quem o usa, sem compostura, o toma lá dá cá com tonalidades pseudoideológicas, emporcalhando a ideologia.

Quem é que pode acreditar na possibilidade de construir um mundo mais justo e igualitário no qual a esfera pública, tocada com honestidade, é um ideal, com tais atores? Justiça social, honestidade, retidão de propósito são valores que formam parte da minha ideologia; são desígnios que acredito e quero para o Brasil. Ver essa agenda ser destruída em nome dos que tentaram comprar apoio político e hoje se dizem vítimas de um complô fascista, embrulha o meu estômago. Isso reduz a pó qualquer agenda democrática para o Brasil.

O cínico - responde meu outro lado - precisa (e muito) de polícia; o ético tem dentro de si o sentido da suficiência moral. Ela ou ele sabem que em certas situações somente o sujeito pode dizer sim (ou não!) a si mesmo. Isso eu não faço, isso eu não aceito, nisso eu não entro. É simples assim. A camaradagem fica fora da ética, cujo centro é o povo como figura central da democracia.

O que vemos está longe disso. Um eleito condenado pelo STF é empossado deputado, Maluf - de volta ao proscênio - sorri altaneiro para os fotógrafos, um outro companheiro com um passado desabonado por acusações vai ser eleito presidente da Câmara; a presidente age como a rainha Vitória. E o Direito: o correto e o honesto viram "direita". Entrementes, a "esquerda" tenta desmoralizar a Justiça porque não aceita limites nem admite abdicar de sua onipotência. Articula-se objetivamente, com uma desfaçatez alarmante, uma crise entre poderes exatamente pela mais absoluta falta de ética, esse espírito de limite ausente dos donos do poder neste Brasil de conchavos vergonhosos e inaceitáveis. Você, leitor pode aceitar e até considerar normal. Eu não aceito!

ORIGEM DA CACHAÇA



Magu
Esta história é contada no Museu do Homem do Nordeste, em Recife, PE. Vamos pedir ao nosso colaborador Marc Aubert, que mora não muito longe, para tentar confirmar:
“Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo de cana de açucar em um tacho e levam ao fogo.
As perdições do homem
As perdições do homem
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. A saida que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo, porque tinha fermentado. Não pensaram duas vezes. Misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. O azedo do melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formou goteiras no teto do engenho, que pingavam constantemente. Era a cachaça, já formada, que pingava. Daí o nome pinga. Quando a pinga batia em suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores, ardia muito. Por isso deram o nome de água-ardente. Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. Então, sempre que queriam ficar alegres, repetiam o processo. Com o tempo, a fabricação da cachaça foi sendo aprimorada e caiu no gosto da população em geral. Hoje em dia é artigo de exportação”.
“Se non è vero, è ben trovato.” (Se não é verdade é bem contado)

ESTE É O BRASIL GOVERNADO PELO PT



Giulio Sanmartini
O assunto que tem tomado conta da imprensa mundial nesses últimos dias, foi a permissão que a ditadura cubana, se viu constrangida a dar para que a dissidente Yoani Sanchez viajasse ao exterior.
A única coisa que ela não esperava, como uma lutadora da liberdade, ser hostilizada da forma como foi, num país que se diz democrático. Tentaram até agredi-la fisicamente.
Ricardo Poppi e os manifestantes
Ricardo Poppi e os manifestantes
Esses manifestantes, como havia noticiado umareportagem de VEJA cumpria as ordens do embaixador cubano no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez.
O pior de tudo é que há uma participação direta do governo brasileiro nesses ataques à lisura de Sanchez.
Um dos coordenadores da Secretaria-Geral da Presidência e auxiliar direto do ministro Gilberto Carvalho, Ricardo Augusto Poppi Martins, foi a Cuba, e participou da reunião da embaixada brasileira, onde foi arranjada a trama para desqualificar Yoani, ele saiu de lá levando um disquete com um dossiê contra a cubana.
A estranheza nisso tudo é o fato do governo ser conivente no ataque a uma pessoa que luta pela liberdade em seu país, enquanto cumulou de gentilezas e privilégios o terrorista assassino italiano Cesare Battisti.
O artigo sobre o assunto que mais me agradou foi o do professor Eugênio Bucci, “Para Cuba com carinho” (21/2), do qual separei as partes que penso mais significativas, estas seguem abaixo. Para ler na íntegra Para Cuba, com carinho – opiniao – versaoimpressa.  
“Representantes de autodenominados ‘movimentos sociais’ esgoelavam-se para xingá-la de ‘agente da CIA’, etc., como já tinham feito no Recife.
Eram reações esperadas, assim como era esperado que Yoani roubasse a cena em todos os noticiários. Simpatizantes do governo cubano, mesmo os de boa-fé, dizem que tudo não passa de propaganda da imprensa burguesa contra o socialismo dos irmãos Castro. Não é bem assim. Colunista deste jornal, autora do livro De Cuba, com Carinho (Editora Contexto), uma antologia de crônicas em que descreve com acidez e delicadeza o seu cotidiano em Havana, Yoani é uma dessas pessoas que se tornam símbolo de uma causa. Está para a ditadura cubana, hoje, mais ou menos como Nelson Mandela, guardadas as proporções, esteve para o apartheid na África do Sul, tempos atrás. Conquistou notoriedade internacional e foi apontada como uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.(…)
Yoani Sánchez é notícia não por obra de uma conspiração internacional. Em primeiro lugar, ela é notícia, em boa parte, graças à barulheira de seus detratores, que fazem com que sua passagem por aqui vire um incidente de parar o trânsito. Em segundo lugar, e no que mais importa, ela é notícia porque, em sua saga pessoal, se escancara a grande contradição da qual Cuba nunca soube se libertar. Em Yoani vemos o significado final de mais de meio século da tirania da opinião que tomou conta da ilha. Na história dessa blogueira podemos vislumbrar o que foi feito (e desfeito) das utopias coletivistas que ainda enrijecem a fisionomia da América Latina. Sob qualquer perspectiva, Yoani é notícia. Os seus movimentos interessam a qualquer cidadão que preze a liberdade.
É certo que autocracias existem em toda parte do globo terrestre, enclausurando dissidentes (como em Cuba) e perseguindo homossexuais (os de Cuba chegaram a ser confinados). Por que, então, falar tanto de Cuba e tanto de Yoani Sánchez? Porque essa mulher é a prova viva da promessa libertária não cumprida pelos Castros, uma promessa que seduziu e envolveu, em seu início, algumas das maiores inteligências do nosso continente. Falar de Cuba – e de Yoani – é entender a nossa História.

As 20 maiores construtoras do país em 2012, segundo o ITC



O ITC, uma das consultorias mais tradicionais em 
fornecimento de dados para o setor de construção, 
premiará, no dia 6 de março, as companhias que 
mais construíram por metro quadrado no país em 
2012. O9º Ranking ITC das 100 maioresda 
construção engloba tanto construtoras que atuam 
nos segmentos comercial, residencial e indústria, e
traz como grande ganhadora deste ano a MRV.

1º lugar: MRV
Total de obras: 407
Total construído: 6,810 milhões de metros quadrados

Líder do ranking de 2010, e segunda posição em 2011, a construtora MRV voltou ao topo entre as 
construtoras que mais construíram no Brasil por metro quadrado. No ano passado, a companhia pretendia 
vender entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,5 bilhões, mas acabou fechando 2012 com R$ 4,005 bilhões em vendas.

Principal parceira da Caixa Econômica Federal no programa Minha Casa, Minha Vida, a MRV também teve 
seu nome incluída na lista “suja” do Ministério Público do Trabalho de empresas que usam trabalho escravo 
no Brasil. O nome foi retirado a pedido do STJ em janeiro.


2º lugar: Gafisa
Total de obras: 177
Área Total construída: 4,886 milhões de metros quadrados


Líder da pesquisa em 2011, a Gafisa ficou em segundo lugar no ranking de 2012 do ITC, mas fechou o ano 
com resultados acima dos esperados por analistas. Os lançamentos da construtora atingiram R$ 2,95 bilhões,
valor bem próximo do máximo projetado pela empresa. As vendas no ano caíram 21% para 2,63 bilhões 
de reais.


O ano de2012 foi bem tumultuado para a Gafisa, que começou com a venda de seu controle sendo 
negociada pelos investidores Sam Zell e GP. O negócio não vingou e as ações da empresa acabaram 
desabando, inclusive com a diminuição de ações da gestora de fundos GHS e o Credit Suisse na companhia. 
A Gafisa, então, passou a negociar os 20% da Alphaviile Urbanismo que ainda não eram dela com a sócia 
no negócio, a Alphaville Participações, mas as partes não chegaram em um acordo e o processo de compra 
foi parar em uma câmara de arbitragem.


3º lugar: Brookfield
Total de obras: 111
Área Total construída: 4,429 milhões de metros quadrados


A construtora Brookfield, que estava em terceiro lugar no ranking do ano passado com 4,855 milhões de 
metros construídos, acabou em terceiro lugar este ano, mesmo tendo feito menos lançamentos em 2012. 
No ano, os novos empreendimentos da construtora chegaram a 3,1 bilhões de reais, pouco acima do ponto 
mínimo da previsão da construtora e incorporadora para o ano passado. Apesar de cumprir o guidance para 
2012, o resultado ficou 23,5% abaixo das vendas do ano anterior, que foram de R$ 4,4 bilhões.


4º lugar: Direcional
Total de obras: 60
Área Total construída: 3,123 milhões de metros quadrados


Apesar de apresentar menos quantidade de obras no ano, a Direcional ficou em quarto lugar entre as 
empresas que mais construíram no não, segundo o ITC. O lema da companhia continua o mesmo para este 
ano: construir mais em lugares menos concentrados, em especial com projetos voltados às moradias 
populares. Hoje a empresa mineira está concentrada nas regiões Centro-Oeste e Norte do país. Em 
São Paulo e no Rio de Janeiro, a Direcional já adquiriu terrenos e tem projetos em aprovação para participar 
do programa Minha Casa, Minha Vida.


5º lugar: Even
Total de obras: 104
Área Total construída: 3,117 milhões de metros quadrados


O quinto lugar do ranking, ocupado pela PDG no ano passado (única empresa que ficou de fora da pesquisa
 por não ter enviado suas informações a tempo), acabou sendo ocupado em 2012 pela Even, com 104 
obras e 3,117 milhões de metros quadrados construídos. Na pesquisa anterior, a construtora apresentou o 
total de 88 obras concluídas em um total de 2,926 milhões de metros quadrados construídos em 2011. 
A empresa encerrou 2012 com vendas de R$ 1,76 bilhão--acima dos 1,62 bilhão de reais em 2011.


6º lugar: Cyrela
Total de obras: 66
Área Total construída: 2,974 milhões de metros quadrados


A Cyrela caiu do terceiro para o sexto lugar do ano, graças ao número de lançamentos reduzidos da 
empresa no ano. Segundo o ranking, em 2011, a empresa realizou 113 obras e teve uma área total 
construída de 4,9 milhões de metros quadrados – número bem acima dos 2,974 milhões de metros 
quadrados construídos apresentados em 2012.


O sexto lugar no ranking era ocupado o ano passado pela Rodobens, que este ano aparece no lugar 

21 da lista, com 1 milhão de metros quadrados construídos e 100 
obras realizadas.


7º lugar: WTorre
Total de obras: 24
Área Total construída: 1,887 milhões de metros quadrados


Voltada para grandes obras comerciais e de infraestrutura, a WTorre ocupa o sétimo lugar no ranking do 
ITC, com 24 obras realizadas e 1,887 milhões de metros quadrados construídos no ano. Em setembro de 
2011, a empresa foi incorporada pela concorrente BR Properties e o sócio no negócio, o BTG Pactual, 
negócio concluído em janeiro deste ano, com um acordo que prevê a união da totalidade da One Properties
,nova denominação social da WTorre, à BR Properties.


8º lugar: Rossi
Total de obras: 108
Área Total construída: 1,777 milhões de metros quadrados


A construtora Rossi, que nem aparecia entre as dez mais da pesquisa de 2011, ocupou no ano passado o 
oitavo lugar entre as que mais construíram, com ajuda na sua estratégia voltado ao público de baixa renda. 
Mas os números do balanço até o terceiro trimestre de 2012 não eram muito animadores. No período, a 
empresa havia lucrado R$ 18,7 milhões, valor 43% abaixo do apresentado de julho a setembro de 2011.


9º lugar: Plaenge
Total de obras: 171
Área Total construída: 1,770 milhões de metros quadrados


Com uma área total construída bem próxima ao da Rossi, em nono lugar aparece a construtora paranaense 
Plaenge. No ano passado, a empresa aparecia no oitavo lugar da lista com 178 obras feitas e 1,947 milhões 
de metros quadrados construídos em 2011.


10º lugar: Schahin
Total de obras: 37
Área Total construída: 1,650 milhões de metros quadrados


A área de desenvolvimento imobiliário de infraestrutura do Schahin aparece em décimo lugar com 37 obras
 construídas e um total de 1,650 metros quadrados realizados. Além do segmento, o grupo Schahin atua em 
outros setores: engenharia, telecomunicações, petróleo e gás e energia.


11º lugar: Toledo Ferrari
Total de obras: 25
Área Total construída: 1,586 milhões de metros quadrados


Com contratos feitos em parceria com Camargo Correa, Helbor, Setin Empreendimentos e até a Emoções 
Empreendimentos, do cantorRoberto Carlose seu empresário, a construtora Toledo Ferrari realizou 25 
obras em 2012, grande parte empreendimentos comerciais e de alto luxo. No total, construiu 1,586 milhões
 de metros quadrados no ano e, no ano passado, fechou a compra da casa de shows paulistana Via Funchal
 por R$ 108 milhões, em parceria com as incorporadoras Helbor e a AAM.


12º lugar: Hochtief
Total de obras: 27
Área Total construída: 1,488 milhões de metros quadrados


A construtora alemã Hochtief, que tem boa parte de suas ações na mão da espanhola ACS, aparece em 
décimo segundo lugar no ranking do ITC, com 27 obras e quase 1,5 milhões de metros construídos no Brasil.
 A companhia atua tanto no mercado comercial quanto nos segmentos de infraestrutura e edificações 
comerciais, como shopping centers, escritórios, hipermercados e escolas.


13º lugar: Bueno Netto
Total de obras: 40
Área Total construída: 1,476 milhões de metros quadrados

Com empreendimentos comerciais e residenciais, a Bueno Netto ficou em décimo terceiro lugar no ranking 
do ITC com 40 obras realizadas em 2012, em um total de 1,476 milhões de metros quadrados construídos.



14º lugar: Moura Dubeux
Total de obras: 46
Área Total construída: 1,426 milhões de metros quadrados

A construtora pernambucana Moura Dubeux realizou 46 obras em 2012, de acordo com a pesquisa, 
espalhadas pelos seis estados em que a empresa está presente atualmente: Pernambuco, Alagoas, Bahia, 
Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. No total, a companhia construiu 1,426 milhões de metros quadrados
 no Nordeste.


15º lugar: Thá
Total de obras: 53
Área Total construída: 1,352 milhões de metros quadrados


Em 2012, o megainvestidor americano Sam Zell comprou o grupo imobiliário paranaense Thá, com um 
faturamento aproximado de 1,5 bilhão de reais – uma iniciativa que mostra o quanto a empresa ainda tem 
potencial de crescer. No ano, a empresa teve um total de área construída de 1,352 milhões de metros 
quadrados.


16º lugar: HF Engenharia
Total de obras: 19
Área Total construída: 1,325 milhões de metros quadrados


Fundada no ano de 1997, a HF Engenharia tem hoje 2.000 funcionários distribuídos em sua matriz na cidade 
de Rio Verde, em Goiás, e pelas filiais de Marabá, no Pará, e Mineiros, em Goiás. A empresa, que começou 
a construir apenas para o setor residencial, ampliou aos poucos e portfólio para o setor industrial, para
 clientes que incluem BR Foods e Cargill. Em 2012, realizou19 obras em um total de área construída de 
1,325 milhões de metros quadrados.


17º lugar: Grupo Via
Total de obras: 29
Área Total construída: 1,270 milhões de metros quadrados

A Via Engenharia, construtora com 32 anos de atuação no Centro-Oeste, também está entre as que mais c
onstruíram em 2012 no Brasil, segundo o ranking do ITC. A empresa realizou 29 obras em um total de área
construída de 1,270 milhões de metros quadrados.


18º lugar: Casa Alta
Total de obras:65
Área Total construída: 1,251 milhões de metros quadrados

A construtora paranaense Casa Alta atua, além do seu estado de origem, no interior paulista, com foco em
imóveis residenciais de baixa renda. Segundo o ITC, a empresa teve um total de 65 obras com um total de 
área construída de 1,251 milhões de metros quadrados.


19º lugar: Racional
Total de obras: 15
Área Total construída: 1,234 milhões de metros quadrados

A construtora paranaense Casa Alta atua, além do seu estado de origem, no interior paulista, com foco em 
imóveis residenciais de baixa renda. Segundo o ITC, a empresa teve um total de 65 obras com um total de
área construída de 1,251 milhões de metros quadrados.

A empresa paulista fundada na década de 70 é especializada em empreendimentos comerciais e, em 2012,
ficou em décimo nono lugar do ranking com um total de 15 obras e 1,234 milhões de metros quadrados 
construídos.


20º lugar: EmcCamp
Total de obras: 40
Área Total construída: 1,159 milhões de metros quadrados


Com sede em Minas Gerais, e mais de 35 anos de mercado, a Emccamp é especializada em 
empreendimentos voltados para baixa renda e atua nos estados do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. 
Na pesquisa do ITC, a empresa ocupa o vigésimo lugar com um total de 40 obras no ano e 1,159 milhões 
de metros quadrados construídos – número suficiente para desbancar a Rodobens, que ficou em vigésimo
 primeiro no ranking.


Fonte: Exame.com


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Casa Pronta para Morar em 10 Dias!



construir casa



Apesar de recente por aqui, o sistema rápido de construção
steel frame vem ganhando adesão de arquitetos e engenheiros
 brasileiros. 




Por usar placas ou perfis leves de aço padronizados, combinados com drywall (gesso acartonado) e placas 
cimentícias, a tecnologia é capaz de executar projetos de maneira mais ligeira e mais limpa que as obras de 
alvenaria tradicional.


“É o contrário do usual, enquanto se gasta de quatro a cinco meses com o projeto, a execução é bem rápida. 
A obra em uma área de 60m², por exemplo, pode ser entregue em apenas dez dias”, afirma a Arquiteta de 
Mogi das Cruzes (SP) e diretora da Casa Micura, Heloisa Pomaro, que já trabalha com a técnica há 13 anos.

Um dos motivos para a elaboração do projeto levar tanto tempo é que as placas padronizadas precisam ser 
unidas de forma a atender a arquitetura da casa. “É como um Lego, você tem as mesmas peças e precisa 
produzir diferentes estruturas”, compara Heloisa.

De qualquer forma, a técnica já serviu de base tanto para casas de alto padrão quanto para prédios públicos, 
com o da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, em São Paulo, e as Unidades de Pronto 
Atendimento, no Rio de Janeiro.
construir casa


A demora no projeto está ligada também aos cálculos mais 
precisos sobre utilização do material, de forma a evitar a sobra 
indevida de aço. 




“O steel frame reduz em 80% a utilização de cimento e não produz entulho. Não seria coerente possuir esse 
apelo sustentável e errar no cálculo sobre a quantidade de aço necessária”! Outras vantagens são a 
possibilidade de expandir a construção com facilidade e a resistência, a estrutura chegaria a durar 100 anos. 

“Também é possível aproveitar melhor o espaço interno, manter um excelente isolamento acústico e térmico 
e até mesmo montar uma estrutura em aço galvanizado para o telhado, que é imune ao ataque de insetos”, 
finaliza a Arquiteta.
Foto Informação: Um dos projetos da Arquiteta Heloisa Pomaro, que utiliza o steel frame há 13 anos.


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NO VATICANO



A Redaçãopapa 3
 Grita o Papa: Barata Voa!!!

Temor à palavra, por Ruy Fabiano



Digamos, por mero exercício de raciocínio, que tudo o que tem sido assacado, sem provas, contra a blogueira cubana Yoani Sánchez é verdade: é agente da CIA, conspira contra o socialismo em Cuba, é antipatriota, financiada por grupos empresariais etc.
Nada disso justifica a vergonhosa recepção que está tendo. Cercear o direito à palavra a alguém cujo destaque se deve exclusivamente ao uso que dela faz – e a nada mais - é uma truculência inominável, intolerável num regime democrático.
Se os adversário de Yoani têm alguma razão para hostilizá-la, a perderam ao tentar silenciá-la mediante métodos bárbaros, piquetes de militantes que remetem às manifestações da juventude nazista. Se ela precisa ser combatida – digamos que precise -, é no campo em que ela atua que isso deve ocorrer.
Afinal, se o seu hipotético delito estaria no que diz (e escreve), é aí que deve ser questionada. A liberação de seu visto para deixar seu país foi apresentada como sinal de que Cuba, no fim das contas, não seria uma ditadura tão intolerável.
Só que a concessão do visto não foi exatamente uma concessão. Estava sendo constrangedor ao regime insistir em negá-lo, graças à projeção que Yoani conquistou internacionalmente.
O governo cubano decidiu então transformar a concessão numa cilada. Articulou-se com o governo brasileiro para que a recepção saísse pela culatra. O meio de que se serviu não poderia ser mais burro. Confirma o que de pior já se disse sobre aquele regime.
É um governo que teme mais a palavra do que a pólvora. O espantoso é que o governo brasileiro, que preside uma democracia, fincada na liberdade de expressão, se associe a tal prática.
A imprensa provou tal parceria, em que o governo brasileiro chegou a enviar emissário a Cuba para inteirar-se da logística da perseguição. Os adversários de Yoani querem responsabilizá-la pelo que não fez, nem defendeu: o embargo econômico dos EUA e a prisão de Guantánamo.
Que tem ela com isso, se nem nascida era quando tais fatos se consumaram? E que força tem para revertê-los se o próprio Obama, que se comprometeu com a causa, não o conseguiu? E ainda: quando foi que fez proselitismo favorável a tais temas?
Sua luta é a de uma cidadã cubana, inconformada em viver num país onde não há eleição há mais de cinco décadas, onde se pune com prisão, tortura e morte os delitos de opinião e onde o elementar direito de ir e vir cabe apenas aos amigos do regime.
Alguns hão de argumentar: “Como, se ela está no Brasil e cumprirá agenda de visita a outros países?”. Sim, mas a que preço! O que afinal os adversários de Yoani tanto temem que ela diga que já não tenha dito (e escrito)?
Se é agente da CIA – e seria caso único de um agente cuja missão é se expor -, a melhor ocasião de prová-lo e desmoralizá-la é pelo debate. Há quem tente apontar na mobilização oposicionista para defendê-la um sinal de que estaria articulada para impor ao regime cubano o desgaste que está ocorrendo.
Ora, que oposição ficaria indiferente a uma manobra tão patética como esta, que, além de submeter o país ao comando moral de outro, o expõe internacionalmente como cúmplice de uma ditadura cinquentenária? 
E não é a primeira vez que o governo do PT, que celebrou esta semana sua primeira década no poder, age dessa forma, a serviço de um regime que resiste à democratização.
Houve, em 2007, por ocasião do Pan-americano, o caso de deportação de dois boxeadores cubanos que se desligaram da delegação de seu país e pediram asilo ao governo brasileiro.
Já com relação ao terrorista Cesare Battisti, condenado em última instância pelo Judiciário italiano, o governo não hesitou em violar um tratado de extradição e mantê-lo em território brasileiro. Os boxeadores não eram criminosos, nem estavam condenados, mas foram tratados como se o fossem; Battisti, mesmo condenado, foi tratado como vítima.
Lula, em território cubano, comparou presos políticos, em greve de fome, a bandidos comuns de São Paulo. E Dilma disse que direitos humanos são questão de âmbito interno dos países e que o Brasil não tem autoridade nessa questão para julgar Cuba.
Some-se a isso a inconformidade do PT em absorver a condenação dos mensaleiros e as reiteradas tentativas de regulamentar a mídia e tem-se aí, claramente, um projeto autoritário em marcha. O que a militância da esquerda faz com Yoani é o que quer fazer com a liberdade de expressão aqui mesmo.

Cartas de Buenos Aires: Sobre pátria e trilhos



Ontem, às 08h33min, não foi possível manter o silêncio de um minuto para relembrar as 51 vítimas fatais do terceiro pior acidente ferroviário do país, o mais grave na capital, Buenos Aires. Os gritos, xingamentos, pedidos de justiça, lamentos e choros dos familiares interrompiam a cada segundo o momento solene.
A malha ferroviária argentina já foi uma das maiores do mundo, nos tempos em que o país era o eldorado agroexportador do continente. O país cresceu ao longo de seus trilhos e sua história poderia ser contada a partir de uma narrativa ferroviária.
A expertise francesa e inglesa, trazida na época, foi além das ferrovias e deixou marcas profundas na arquitetura e na cultura da nação. Essas ferrovias contam a história de um país erguido por imigrantes, sincretismos e desbravamentos.
Com o tempo, essa malha que trazia os produtos dos pampas ao porto de Buenos Aires foi agregando o serviço de trem urbano que crescia junto à metrópole, formando, de maneira definitiva, os seis ramos ferroviários do país. Uma opção diferente do Brasil que, na época de Kubitschek, decidiu pela abertura de rodovias em detrimento das ferrovias.
Na capital, logo após um incêndio que consumiu a estação central de Buenos Aires, que ficava onde hoje é a Casa Rosada, foram erguidas quatro estações de distribuição dessas linhas: Constituição, Once, Retiro e Chacarita.
Entre 1946 e 1948, as linhas ferroviárias, que tinham investimento europeu, foram estatizadas, permanecendo assim por mais de meio século, até a onda de privatizações instaurada pelo Governo Menem, que deu ao setor privado a concessão total do sistema. Uma decisão polêmica que teria suas consequências mais adiante.
No dia 22 de fevereiro de 2012, um trem da linha Mitre, que levava cerca de 1200 passageiros, a maioria para o trabalho, não conseguiu frear a tempo e entrou com tudo na barreira de proteção da estação Once.

 Homenagem dos parentes em Once (Foto: Télam).

Dos primeiros vagões, amassados e incrustados uns nos outros, saiu a maioria da meia centena de mortos. Foram mais de 700 feridos na pior tragédia ferroviária da capital.
Crônica de uma morte anunciada? Muitos dizem que sim e agora, no banco dos réus, estão os donos da concessionária TBA, funcionários de alto escalão do Governo, além do maquinista que sobreviveu à tragédia. A acusação é mais antiga que a roda: a velha omissão, falta de fiscalização, desvio de verbas e sucateamento.
Uma pena, pois, de uma maneira geral e comparado a muitas cidades do Brasil, o transporte público em Buenos Aires funciona bem e esses trens mereciam outro lugar na História argentina.

Gabriela G. Antunes é jornalista e nômade. Cresceu no Brasil, mas morou nos Estados Unidos e Espanha antes de se apaixonar por Buenos Aires. Na cidade, trabalhou no jornal Buenos Aires Herald e mantém o blog Conexão Buenos Aires. Escreve aqui todos os sábados.http://conexaobuenosaires.wordpress.com/