terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma mente sobre combate à corrupção, foge do tema mensalão e sai contrariada de entrevista ao JN



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Foi desastrosa para sua desgastada imagem reeleitoral, com 34% de rejeição, a entrevista dada por Dilma Rousseff à Rede Globo – não na bancada do Jornal Nacional, mas na biblioteca do Palácio da Alvorada. Tensa, irritada e atropelando os apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta – que a pressionaram -, Dilma repetiu a velha tática de falar apenas o que lhe convinha e fugiu de responder às perguntas sobre “condescendência com corrupção” por parte do PT.

Dilma ficou na saia justa e respondeu com a peculiar arrogância, quando Bonner lhe provocou sobre a postura do PT de tratar os condenados no Mensalão como vítimas: “Vou te falar uma coisa: sou presidente da República. Não faço nenhum observação sobre julgamentos realizados pelo STF. Por um motivo muito simples: a Constituição Federal exige que o presidente da República e os demais chefes de Poder respeitem e considerem a autonomia dos outros órgãos. Não julgo ações do Supremo. Tenho minhas opiniões pessoais. Durante o processo inteiro, não manifestei nenhuma opinião sobre o julgamento. Não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, conflito com a Suprema Corte. Isso não é uma questão objetiva”.

A personalidade perturbada, por confundir o papel de candidata com a de “Presidenta” – por causa da maldita reeleição -, Dilma ainda abusou da arte de mentir – repetindo uma lorota proclamada por seu Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma insistiu na inverdade de que seu governo foi o que mais combateu a corrupção. Também repetiu a cascata de que foi o governo Lula quem criou a CGU (Controladoria Geral da União) – realmente criada por Fernando Henrique Cardoso, em 2001: “Fomos aquele governo que mais estruturou os mecanismos de combate à corrupção, aos malfeitos. Além disso, tivemos uma relação muito respeitosa com o Ministério Público. Porque também escolhemos com absoluta isenção os procuradores. Fomos nós que criamos a Controladoria Geral da União. Criamos um Portal da Transparência”.

Já que a abordagem do tema corrupção indicava que Dilma poderia sair do sério a qualquer momento, Patrícia Poeta partiu para a questão da saúde. Dilma apenas repetiu a mentirada de sempre: “Não acho (que a situação da saúde é) minimamente razoável. Porque o Brasil precisa de uma reforma federativa (...) Mas resolvemos o problema dos 50 milhões de brasileiros que passaram a ter atendimento e dos 14 mil médicos. Temos de melhorar a Saúde, não tenho dúvida. Ainda temos muitos problemas e desafios a enfrentar na Saúde. Enfrentamos um dos mais graves que há na Saúde. Porque na Saúde se precisa ter médicos. A população sempre reclamou da falta de médicos. Tivemos uma atitude muito corajosa (...) Chamamos médicos cubanos, e conseguimos chegar a 14462 médicos. E 50 milhões de brasileiros não tinham tratamento médico”.

Na hora que foi obrigada a falar de seu outro calcanhar de Aquiles, os problemas na economia, Dilma voltou a fazer o velho espelho comparativo com a distante gestão FHC (1994-2002):  “Primeiro, enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando os salários, não aumentando tributos. Pelo contrário, desoneramos, reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Enfrentamos a crise também sem demitir. E qual era o padrão anterior?”.

Como os entrevistadores citaram estatísticas negativas de desempenho econômico, Dilma partiu para o ilusionismo: “Não sei dá onde são os seus dados. Mas temos uma melhoria prevista no segundo semestre. Tem uma coisa em economia que são os índices antecedentes e os índices que evidenciam como está a situação atual. Todos esses índices indicam uma recuperação no segundo semestre vis-à-vis o primeiro semestre. Se não olhar para o retrovisor e o que está acontecendo hoje, ela está e zero por cento. Estamos superando a dificuldade de superar uma crise sem demitir, sem reduzir a renda”.

A pregação final de Dilma, após 15 minutinhos de pancadaria editorial, se baseou na marketeira repetição sobre seu papel como “Presidenta” do “Presidentro”: “Fui eleita para dar continuidade ao governo Lula. Ao mesmo tempo, preparamos o Brasil para um novo ciclo de crescimento: moderno, mais produtivo, mais competitivo. Criamos as condições para o Brasil dar um salto. Queremos continuar a ser um país de classe média, cada vez maior a participação da classe média, mais oportunidade para todos. Eu acredito no Brasil. Mais do que nunca, todos nós precisamos acreditar no Brasil e diminuir o pessimismo. E peço votos dos telespectadores”.

Se depender de tal entrevista, Dilma vai ampliar seu desgaste de imagem. Na internet, os petistas adoraram o desempenho da candidata. Os que não gostam dela meteram o pau. A conclusão é que Dilma não tem preparo para suportar pressão. Muito menos para segurar a barra de uma Nação. Mas, para uma “Presidenta” da República Sindicalista do Brazil ele parece maravilhosa... 

Tudo Melhorando...


Pugilato jornalístico inútil

Do professor Nilson Lage, um dos decanos no ensino de Jornalismo brasileiro, uma avaliação crítica sobre o modelo de entrevista com candidatos à Presidência feito pelo Jornal Nacional:

"Seus vizinhos afirmam que sua casa é uma sujeira; por que a senhora não a limpa? Seu marido tem sido visto com outras mulheres; como a senhora aceita uma coisa dessas? A senhora é considerada muito feia; não tem vergonha de ser assim horrorosa?"

“Seja com Aécio ou com Dilma, com Marina ou com Serra, com Felipão ou com Neymar, esse tipo de entrevista-MMA não me agrada nem um pouco. Entrevistas devem revelar o que pensa o entrevistado, não exibir a arte argumental do
entrevistador - diferentemente do interrogatório em delegacia ou do questionamento de réus em tribunal de filme americano”.

“No caso da entrevista no Jornal Nacional, e das anteriores com os candidatos à presidência, o que transparece na extensão das perguntas e no caráter inquisidor do questionamento é a falta de vivência do entrevistador com as circunstâncias normais da profissão, em que a grande arte é provocar de modo a dar espaço, não a ocupá-lo.
Se o entrevistado tiver serenidade bastante para não topar a briga nem se enfezar, ganhará a parada, do ponto de vista de um observador neutro, seja o que diz certo ou errado no mérito. Se for um Brizola ou um Getúlio, engolirá o repórter”.


“Naturalmente, isso não afeta as torcidas organizadas: as que eram contra, continuam contra: as a favor, a favor ficam”.

Dilma no JN



A íntegra da entrevista de ontem de Dilma Rousseff à Rede Globo

Recadinho autoritário

Volta a circular nas redes sociais a desastrosa mensagem da Presidenta Dilma Rousseff, feita em 5 de agosto de 2013, para exaltar a XIX Reunião do Foro de São Paulo, no Brasil.



Bichos soltos 




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Agosto de 2014.

POEMA DA NOITE Na noite física, por Carlito Azevedo


A luz do quarto apagada, 
na escuridão se destaca 
a insônia que nos atraca, 
dois gêmeos na bolsa d’água. 
Ao despertar levo as marcas 
que de noite rabiscavas 
em minha pele com a sarna 
ávida de tua raiva? 
E em você a cega trama 
algum mal pôde? ou maltrata 
ainda, que penetrava 
concha, espádua, gargalhada? 
E, em nosso rosto essa raiva 
aberta? que estranha lava 
é essa que, rubra (baba 
de algum diabo), se espalha? 
A luz do quarto apagada, 
na escuridão se destaca 
a fúria que nos atraca, 
dois gêmeos na bolsa d’água.

Carlos Eduardo Barbosa de Azevedo, ou Carlito Azevedo (Rio de Janeiro, 4 de julho de 1961) - Além de poeta, é crítico literário e editor da revista de poesia Inimigo Rumor. Com seu livro de estreia, Collapsus linguae, ganhou o Prêmio Jabuti. Publicou também As banhistas, Sob a noite física e a antologia Sublunar, que recebeu o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional. Publicou recentemente Monodrama.

ILHA DAS CABRAS

http://prosaepolitica.wordpress.com/2014/08/19/ilha-das-cabras/

João Carlos


0,,14417137,00Parece que nos dias de hoje tem um ninho de cobras na Ilha das Cabras, segundo denúncias contidas no pps em link nesta matéria. Este é o brasil, onde qualquer político que queira pode, por seus contatos, fazer o que quiser. Infelizmente essa história vem desde as capitanias hereditárias, apesar do nome não mais ser usado, mas a estrutura permanece a mesma. Aos amigos do rei, tudo… E mesmo que a quadrilha que atualmente domina o país seja desalojada de brasilia (pois é, e dizem que JK era um estadista) duvido que a situação se modifique. O mentiroso novededos que prometeu uma reforma política não fez nada disso em 8 anos, o poste que ele plantou lá também não fez e agora, tenta enganar os incautos brasileiros (e como tem) que precisa de mais 4 anos para implementar as mudanças que não foram feitas em 12 anos. Só mesmo os bolsistas e apaniguados fingem que acreditam… Os ovos da serpente foram postos em 2002, eclodiram em 2003. De lá para cá, as coisas pioraram muito. E o futuro, se existir, é incerto…


ILHA DAS CABRAS

PETISTA TARSO GENRO PRESSIONA REDE BANDEIRANTES PARA NÃO PUBLICAR PESQUISA DA METHODUS QUE APONTA VITÓRIA ACACHAPANTE DE ANA AMÉLIA LEMOS

segunda-feira, 18 de agosto de 2014


O governador petista do Rio Grande do Sul, o peremptório "grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro mandou todo o seu pessoal de imprensa e propaganda pressionar a Band TV, as rádios da rede Bandeirantes e o jornal Metro, para ameaçar a rede paulista com retaliações caso fosse divulgada a pesquisa realizada pelo Instituto Methodus e divulgada na manhã desta segunda-feira pela revista Voto. A pressão, iniciada na parte da manhã pelo Palácio Piratini, intensificou-se durante o dia. À tarde, o assessor de imprensa do petista Tarso Genro, o também petista Guilherme Gomes, não se conteve e passou extensa mensagem de ameaças por WhatsApp. A pesquisa, as ameaças e o fac símile do WhatsApp foram apresentados nos jornais Band Cidade, Band TV, as 19 horas, e tudo será publicado na edição nacional desta terça-feira do jornal Metro. No trecho mais intimidatório da mensagem do governo estadual, fica implícita a ameaça de corte de verbas e de informações. Em tom pessoal, dizendo falar em nome do governador Tarso Genro, escreveu Guilherme Gomes: "Me espanta que a Band não avalie com mais critério a publicação da pesquisa da revista Voto e nem examine suas consequências. O governador Tarso Genro avisa que nova relação entre nós e a Band será reavaliada a partir da possível divulgação da pesquisa pela TV. A mensagem é muito mais extensa e escabrosa. Tarso Genro e o PT espantaram-se com os números da pesquisa do Instituto Methodus, que mostram a senadora Ana Amélia com 42% e o governador com apenas 30%. Existem informações de que os números podem ser ainda piores para o PT. Há apenas um mês, a Rede Record contratou o próprio Instituto Methodus, pagou R$ 52 mil por uma pesquisa e acabou engavetando tudo. Na época, correu a informação de que o Piratini tinha interferido para que a censura ocorresse.

Cartas de Berlim: Os partidos alemães, por Albert Steinberger

Blog do Noblat

A primeira vez que vi Marina Silva e Eduardo Campos discutindo sobre um possível coligação, lembrei-me da política alemã, onde o debate gira mais em torno de propostas do que de cargos.
Aqui nas últimas eleições, nenhum partido ou tendência política conseguiu a maioria. Mesmo a grande ganhadora da eleição, Angela Merkel, teve que se sentar na mesa para tentar formar um bloco e conseguir a maioria no parlamento. Na Alemanha parlamentarista, quem escolhe o chefe de governo são os deputados.
O interessante é que as discussões acontecem basicamente em cima de programas políticos. Uma semana após discussões ficou claro para os democrata-cristãos alemães (partido de Merkel) que a única coligação possível seria com seus arqui-inimigos os sociais democratas da SPD.
A chamada grande coalizão foi, então, formada e o governo atual da conservadora Angela Merkel tem tomado medidas que tem aumentado os gastos do estado, como mudanças nas regras das aposentadorias e a criação de um salário mínimo, que até então não existia na Alemanha.
Estes pontos foram negociados após as eleições por semanas a fio com os sociais-democratas, que tinham um programa político muito focado em problemas sociais. Os dois partidos que se sentam em lados opostos do espectro político tiveram que chegar a um consenso em questões polêmicas.
Para alcançar esta maturidade de discussão, os dois partidos precisaram de muito tempo e muito alternância no poder. O partido social-democrata alemão, por exemplo, foi criado há 150 anos.
Não que a política aqui seja um paraíso. Existem problemas, como o tempo excessivo de um chanceler no poder (Merkel já ocupa o cargo há nove anos) e um desinteresse crescente dos jovens.
No entanto, na Alemanha não existem partidos pequenos que simplesmente buscam cargos e poder. Uma cláusula de barreira impede legendas com menos de cinco por cento de terem assentos no parlamento. Além disso, algumas coligações que teriam condição de ir para o governo, preferem se sentar na oposição e desempenham um papel importante.
Acredito, sinceramente, que na política partido tem que ter um programa claro, que una os seus filiados ou simpatizantes. Se não, não é partido, é quadrilha.

Angela Merkel - CDU (Christlich-Demokratische Union) 

Albert Steinberger é repórter freelancer, ciclista e curioso. Formado em Jornalismo pela UnB, fez um mestrado em Jornalismo de Televisão no Golsmiths College, University of London. Atualmente, mora em Berlim onde trabalha como repórter multimídia para jornais, sites e TVs. Escreve qui todas as terças-feiras

OBRA-PRIMA DO DIA (URBANISMO) Trier: 'Roma do Norte'

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
19.8.2014
| 12h00m

Trier é a mais antiga cidade da Alemanha. Situada às margens do Mosela, perto de Luxemburgo, é um tesouro de ruínas Romanas. Conhecida como Roma do Norte, Trier serviu como base para os territórios Romanos do norte da Europa.
Seu nome original, Augusta Treverorum, revela quem a fundou e a data de sua fundação: o Imperador Augusto, em XVI a.C. Não era, no entanto, terra de ninguém antes dos Romanos lá aportarem. Fora ocupada durante muitos séculos pelos celtas da tribo Treveris.
   
                                                   Maquete de Augusta Treverorum
Augusta Treverorum foi capital dos territórios do norte europeu, parte do Império Romano do Ocidente por 400 anos. Foi o principal centro do Cristianismo ao norte dos Alpes e serviu de residência para oito imperadores Romanos. Com o declínio do Império Romano, foi ocupada pelos Francos em 459. Fez parte do império de Carlos Magno. No século XII foi um dos mais importantes arcebispados da Igreja Católica. Em 1802, Napoleão passou por ali com sua Grande Armée e fez questão de deixar sua marca, reformando e derrubando muitos monumentos.
Desde 1815 pertence à Alemanha. Foi ali que nasceu e fez seus primeiros estudos Karl Marx. A cidade sofreu com os bombardeios da II GG e hoje está localizada na Renânia-Palatinado, um dos estados alemães.
Eis alguns de seus monumentos:

Porta Nigri
Seu nome vem da Idade Média devido à cor escurecida das pedras originais; o nome Romano não foi preservado. Os habitantes de Trier a chamam simplesmente Porta.
Construída em arenito cinza entre 186 e 200 d.C. , era parte de um sistema de quatro portas que guardavam a entrada da cidade. A Porta Alba guardava a entrada para quem vinha do leste; a Porta Media, a entrada ao sul; e a Porta Inclita a que dava para o oeste. A Porta Nigri, que guardava o norte da cidade retangular, é a única que ainda existe.
 
                                                            Porta Nigri
Na Idade Média já não eram usadas como portões de acesso e muitas pedras foram removidas para reutilização em outros edifícios. Da Porta Nigri foram arrancadas de suas pedras suportes de ferro ou chumbo; os traços dessa destruição ainda podem ser vistos.
 
O pátio interno da Porta Nigri
Para salvá-la da destruição total, os habitantes de Trier a transformaram em uma igreja. Assim a Porta Nigri ficou até a chegada de Napoleão, em 1802, quando ele ordenou a dissolução da igreja. Em 1804, ao voltar a Trier, exigiu que a Porta Nigri voltasse a ser como no tempo dos Romanos, o que foi feito.

Aula Palatina
A Basílica de Constantino, ou Aula Palatina, foi um palácio Romano construído por ordem do Imperador Constantino no início por volta de 310 d.C. Não era um edifício solitário, como hoje: tinha pequenas construções ligadas a ele. Possuía um hipocausto, sistema de aquecimento que passava pelo piso e pelas paredes.
 
                                                             Aula Palatina
Foi no final do século XIX, por ordem de Frederico Guilherme IV da Prússia que a Aula Palatina foi restaurada para voltar a ser como os Romanos a fizeram. Em 1856 passou a ser uma igreja protestante. Em 1944, sofreu com o bombardeio das Forças Aliadas. Quando restaurada após o fim da II GG, as decorações internas não foram recuperadas e por isso suas paredes internas são também de tijolos.

 
                                                       Interior da Basílica

As Termas do Imperador

                                                          Kaiserthermen
Havia várias termas em Trier, mas as maiores são as Kaiserthermen, ou Termas do Imperador. Construídas no início do século IV, durante o reinado de Constantino, elas eram o terceiro maior complexo de termas de todo o mundo Romano.
 
                                                         Interior da Kaisertherm

A Catedral de Trier
 
                                                       Catedral de Trier

Assim como a cidade onde está, a Trierer Dom ou Catedral de Trier, é a mais antiga da Alemanha. Foi construída por Constantino, o primeiro imperador cristão, sobre o palácio de sua mãe, Helena. Começou a ser erguida em 326 d.C. para comemorar o 20º ano de seu reinado. Foi restaurada algumas vezes e, a cada vez, perdia em tamanho. A original era quatro vezes maior do que a que vemos hoje.