quinta-feira, 20 de novembro de 2014

DESPEDIR-SE É MORRER UM POUCO. VAMOS VIVER!

Despedir-se é morrer um pouco. Vamos viver!


Olha, alguém me disse que você vai embora. Que vai mudar de cidade, de país, de planeta e vem se despedir. Senti um gelo na barriga. Uma vontade de sair correndo, sabe? Um ímpeto de desaparecer e voltar depois, mais tarde, quando você já tiver partido. Não por nada. É que eu não gosto de despedidas.
Não gosto, não. Não gosto mesmo desse negócio. Resisto a tudo. Jiló, muriçoca, bife duro, ar-condicionado quebrado, vizinho barulhento, internet lenta. Tudo! Menos despedida. Quem é que gosta? É, tem sempre um e outro que não se importam. Eu, não. Eu fujo, corro, me escondo. Assumo minha total e absoluta covardia. Eu sou um covarde de despedidas.
Cá entre nós, eu fico pensando que o mundo tem no mínimo dois tipos de pessoas de quem somos levados a nos despedir: aquelas cuja falta nos doerá e as outras, de quem queremos mesmo distância e não mais vê-las será um alívio. Em qualquer desses casos, o instante de se despedir é sempre difícil. De um lado, ver partir aqueles que amamos é uma coisa chata mesmo, aborrecida de nascença. Do outro, quanto àqueles que não queremos por perto, esses no fundo não merecem sequer um segundo de mesuras finais. Você, claro, é dessa gente difícil de ver partir.
Por isso eu prefiro não me despedir. Isso também acontece quando sou eu aquele que segue seu caminho pela vida. Não me despeço. Porque partir sem dizer adeus é a expressão mais honesta da minha vontade de, quem sabe, voltar! Eu troco fácil, fácil, o “adeus” pelo “até já”. Evitar a despedida é driblar o fim, guardar em nós o gosto bom do encontro e sonhar com a próxima vez.
Quer saber? Eu tenho a impressão de que não suporto esse negócio de adeus por um motivo muito simples: quando nos despedimos, nós morremos um pouco. Vamos embora com quem parte, guardamos conosco quem vai. Essas coisas de que tanto já se falou por aí. Uma despedida é um pedaço de morte, ela mesma, rindo da nossa cara, lembrando descaradamente que, olha, uma hora isso tudo vai acabar, hein! Tudo acaba como acabou a companhia do bom amigo que partiu, como o amor que esfriou, como a festa que findou na saída do último convidado. Então aproveita pra viver que a vida é agora!
Você sabe. Vira e mexe eu penso nas pessoas boas com quem caminhei por aí. De nenhuma delas eu me despedi. Ora porque não tive a chance mesmo, ora porque eu não quis. Umas eu encontrei de novo, de verdade, com abraço e tudo. Outras eu revejo sempre, reencontro-as, mas só quando penso nelas à noite, bêbado de sono e saudade. Essa noite eu vou pensar em você.
Verdade. Vou lembrar sua companhia como lembro das minhas avós no tempo em que ia com elas às procissões religiosas da infância. A gente achava bonito andar todo mundo assim, no meio da rua, no meio da noite. Os carros, as motos e ônibus, caminhões e peruas dormindo nas garagens e terrenos e cantos de calçada, os motores desligados, sonhando estradas tranquilas. O mundo se tornava apenas nós, transeuntes, pedestres tomados por uma fé tranquila, caminhando pé depois do outro na procissão. E era como se todos ali, desconhecidos uns dos outros, os rostos iluminados de velas calmas, nos tornássemos mais íntimos e melhores, mais irmãos, velhos amigos certos de que a vida era mesmo aquilo, um seguir em frente juntos.
Aí vinha o fim do cortejo, o Santo deixava o andor e voltava a seu lugar no altar da Igreja e cada família retornava à sua casa. Nós então seguíamos sem despedidas, e na manhã seguinte seríamos mais do que os mesmos estranhos de sempre.
Eu não me despedi de você e espero que você compreenda. A gente se vê na estrada. É assim a vida. Cheia de idas e vindas. Mal dizemos um “adeus” e o “olá” seguinte se precipita. A vida nos sacode pra cá e pra lá como passageiros de um ônibus sem bancos, descendo uma ladeira esburacada e cheia de curvas, conduzido por um motorista rebelde. De quando em vez, um de nós salta e toma outro rumo.
Dessa vez foi você. Eu sigo aqui, torcendo, feliz por alguém que fez de mim um ser humano diferente, nem melhor e nem pior. Mesmo sem me despedir. Você sabe. Despedir-se é morrer um pouco. E contra isso o melhor remédio é viver. Seguir em frente.
Lá vem você abraçar os que ficam. Eu vou sair de fininho. Vou ali comer um jiló, um bife duro, ser picado por uma muriçoca, desligar o ar-condicionado, dar um alô ao vizinho barulhento. E já volto, depois que você tiver partido. Deixe um abraço para mim e vamos à vida. É nela que a gente se encontra. A gente se encontra na vida

Incrível! TCU descobre que Macaxeira servida na Petrobrás é 5 vezes mais cara.

Posted: 08 Nov 2014 02:22 PM PST
Por Carlos Parini ... 

Nesse momento histórico comandado pelo PT, jamais tinha visto nada igual, salvo inúmeras formas inusitadas de se roubarem dinheiro público. Já soube de dólares carregados nas cuecas, malas, calcinhas e meias. Já soube também das milhares de xicrinhas de café compradas por Sarney para servir ao Senado por R$ 345,00 cada. Soube também de toneladas de carnes e aperitivos que Dilma, Renan e outros membros da facção compraram para abastecerem seus pequenos freezers mas que mal caberiam em grandes frigoríficos. Até soube desse mesmo Senador Renan, que acaba de eleger seu filho para Governador de Alagoas com as bençãos do povo que é roubado, chegou a vender 1.000 bois a um humilde açougue que não tinha condições de comprar nem um. Soube também de líderes do PT presos no Presídio da Papuda sendo que alguns ainda mantem seu mandato de deputado. Soube também de ladrões colocados na Petrobrás para distribuirem dinheiro para o PT e uma imensa quadrilha de ladrões. Soube de inúmeros estádios que gastaram bilhões para uma simples reforma e soube também das eleições terem suas apurações dentro de recinto fechado sem nenhuma fiscalização, salvo pela presença de um ex-advogado do bandido José Dirceu do PT que ainda cumpre pena por roubo. Soube também de obras em transposições de Rios e construções de refinarias terem previsões de alguns Bilhões mas que até agora já estão 10 vezes mais caras, embora ainda não tenham sido concluídas. Soube também de do projetinho da Refinaria de Bacabeira MA que custou a mixaria de 1 Bilhão, mas que continua um terreno baldio.

ROMBO - O exterminador do dinheiro público

Agora, superfaturararem mandioca, macaxeira ou aipim como é conhecida essa iguaria Nordestina, deveria ser um crime hediondo e inafiançável. Mesmo que tenham cobrado apenas R$ 14 reais ao inves de R$ 3 o Kilo, é um roubo que mata quem não tem acesso a esse alimento.
Já quem roubou os cofres públicos ou foi beneficiado pelos roubos, deve ser re-eleito, se estiverem presos devem ser trancafiados no conforto de suas casas, ou terem penas transformadas em alternativas. Quanto ao dinheiro roubado e mandatos de deputados, que sejam mantidos na posse dos ladrões pois ninguem das Zelites pode viver sem dinheiro. Só os miseráveis.
As notícias boas são que Dilma foi re-eleita apesar de tanta corrupção, os estádios de futebol boram construídos a tempo para a copa e resta pouca mandioca para ser superfaturada. UFA!!!!


 
Mandioca oferecida ao povo
que vota nos corruptos.

Vejam o babado:


FIM DO MUNDO! Até no aipim a Petrobrás superfaturava, diz TCU
Macacheira com preço superfturado

O popular aipim, em Pernambuco conhecido por macacheira, foi superfaturado
Foto: GLOBO
BRASÍLIA — A Petrobras já recorreu aos mais diversos argumentos para rebater a acusação de superfaturamento de R$ 1,3 bilhão nos principais contratos das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Preços a mais, acertados com as empreiteiras, foram a base para o esquema de desvios operado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, conforme investigação da PF na Operação Lava-Jato. No caso de uma fatia desse superfaturamento, referente aos custos com alimentação, a estatal recorreu à mandioca — ou à macaxeira, como é conhecida no Nordeste — para explicar a diferença de preços.

O caso é investigado em inquérito da PF e em processos de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). O que já se constatou é que a mandioca de fato foi comprada para o café da manhã nos canteiros de obras e encareceu as refeições, mas a preços superfaturados, conforme as investigações. A Petrobras disse terem sido gastos R$ 2,88 a cada 220 gramas de mandioca. O valor foi considerado elevado pelos técnicos do TCU. “Considerando as cotações máximas da Ceasa-PE, corrigidas pelo IPCA, o valor de referência para a porção de 220 gramas de macaxeira é de R$ 0,39”, advertiram eles, em relatório.

A PF abriu inquérito em 2011 com base no relatório do TCU para apurar o suposto superfaturamento em quatro contratos da refinaria. Os custos exagerados de alimentação chegaram a R$ 37,9 milhões, segundo os auditores. A PF, então, intimou gerentes dos contratos para que explicassem as diferenças de preços.

— A convenção coletiva dos trabalhadores da indústria da construção pesada exige que o café da manhã respeite os regionalismos. No caso do Nordeste, são um tubérculo e uma proteína. Sem macaxeira ou inhame e sem galinha ou carne, a obra para — afirmou à PF Flávio Casa Nova, um dos gerentes de implementação da obra.

VEJA TAMBÉM

Dos sete gerentes da refinaria intimados pela PF, três citaram a mandioca como responsável por encarecer o café da manhã. A suspeita de superfaturamento ocorreu porque os preços estimados eram superiores à tabela usada pelo TCU como referência. Esse cardápio leva em conta obras de São Paulo e inclui café, leite, margarina, queijo prato, muçarela e pão francês.

Num acórdão de 2013, o TCU concordou com a inclusão da mandioca, mas destacou que uma porção de 220 gramas era “bem superior” à prevista, de 120 gramas. “Entende-se que deve ser revisto o valor adotado na análise de preços”, diz o relatório.

O TCU decidiu reconsiderar o valor do café da manhã, classificado como adequado por causa dos preços semelhantes praticados nas obras do Complexo Petroquímico de Pernambuco. Falta agora saber qual a posição da PF sobre a mandioca superfaturada.



Mandioca oferecida aos Petroleiros com dinheiro roubado.


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TCU descobre que Macaxeira servida na Petrobrás é 5 vezes mais cara, charge

Repercussão internacional do Petrolão arrasa com imagem de Dilma e vai travar investimentos no Brasil



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A base governista, prestes a ruir e trair, está alarmada e quase desarmada. A tensão pode fazer mal à saúde dos poderosos: Lula da Silva e Dilma Rousseff. O cagaço nervoso tem fundamento. Se o Ministério Público Federal, com a colaboração da Receita e da Polícia Federal, sob ordens de membros da recém criada "Associação de Juízes Anticorrupção", mergulhar fundo na área de Saneamento, Desenvolvimento Urbano e FAS da CAIXA, o rombo da Petrobras irá parecer folguedo de criança.

Se houver uma devassa em contratos da Eletrobras e outras empresas estatais de economia mista, o mesmo modelo de negociatas do Petrolão, com propinas a partir de contratos superfaturados, pode se repetir. O agravante é que as empreiteiras seriam as mesmas enroladas na Operação Lava Jato. Os corruptos envolvidos estão no poder, a maioria com direito a foro privilegiado para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Oficiosamente, se fala em 32 parlamentares indiciáveis pela deduragem de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Mas o número pode passar de 70...

Ontem, o desgoverno Dilma Rousseff foi alvo, mais uma vez, de um vexame midiático internacional. Deu no New York Times: "Estrela do Brasil, Petrobras está de mãos atadas por escândalo e estagnação". O jornal norte-americano ressaltou que o Petrolão seria o maior caso de corrupção em um país democrático na história do mundo moderno. Eis uma barbaridade para o esquema PT-PMDB comemorar com orgulho, pelo desfeito inigualável... O escândalo paralisa o Brasil. Investidores fogem daqui como o Diabo da cruz. A situação de Dilma é insustentável. Não tem moral para continuar governando. Que dirá tomar posse em janeiro para o segundo mandato. No entanto, no País da impunidade, isto deve acontecer, para vergonha mundial...

Os números da vergonha são ainda imprecisos. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, que considera o Petrolão "o maior escândalo da história do TCU, estima que os desvios podem chegar a R$ 3 bilhões. O valor só se refere aos contratos das obras das refinarias Abreu e Lima, Presidente Getúlio Vargas e Duque de Caxias (RJ), do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e ainda a compra da unidade de Pasadena no Texas (EUA).

Oficialmente, os orgãos de investigação da Lava Jato não têm estimativa clara do total de valores desviados no sobrepreço em vários contratos firmados com a Petrobras. O valor final cobrado a mais e distribuído como propina ficará a cargo de um contabilista da 13a Vara Federal de Curitiba, onde tramitam até agora 12 ações penais decorrentes da Lava-Jato. Quando isso ocorrer, apenas a parcela apurada como fraudes em licitações públicas terá chance de voltar aos cofres da Petrobras. Já o dinheiro recuperado proveniente de corrupção deverá ser encaminhado ao Fundo Penitenciário da União. 

Quando isto ocorrer - se realmente acontecer -, daqui a no mínimo uns 10 anos, que Brasil restará para os brasileiros honestos?


Próximo perseguido da Lava Jato?


O ricaço Eike Batista está pt da vida com a informação dada por um consultor empresarial de que seu nome pode ser alvo, também, do Juiz Sérgio Fernando Moro, da Operação Lava Jato.

Eike sentou ontem no banco dos réus, na primeira audiência da 3a Vara Criminal da Justiça Federal no Rio de Janeiro, para responder a acusações em três ações judiciais distintas sobre manipulação de mercado e uso de informação privilegiada (insider trading).

O MPF tenta responsabilizar Eike por operações irregulares de venda de ações das empresas OGX (atual OGPar, petroleira do grupo e em recuperação judicial) e OSX (braço naval, também em recuperação judicial) em 2013, obtendo lucro indevidamente.

Momento emblemático

Diante de Eike, o juiz Flávio Roberto de Souza ressaltou o significado simbólico de a Justiça Federal avança no trato dos crimes de colarinho branco para além da mera esfera administrativa:

"Indica um momento de mudança. É um caso emblemático para nós. É a primeira vez que um réu de renome internacional e com empresas fortes no mercado senta no banco dos réus. Há crimes correlatos entre as três ações penais. Ainda que reunidas, as ações podem ter sentenças em separado. Caso condenado, considerando todas as ações, Eike poderia receber pena de seis a nove anos, por ser réu primário e ter bons antecedentes.


A sentença do caso Eike deve sair em janeiro de 2015.

Entregando...


A cúpula do PMDB está apertadinha com o alto risco de o lobista Fernando Soares ser forçado a aderir a mais uma "colaboração premiada", depois de se entregar ontem à Polícia Federal, em Curitiba.

Apontado como operador do PMDB no desvio de recursos da Petrobras, Fernando Baiano (como é mais conhecido) foi dedurado pelos executivos Júlio Camargo e Augusto Ribeiro, da Toyo Setal.

A dupla revelou ter pago R$ 154 milhões em propina aos operadores do PT e do PMDB dentro da Petrobras, com a intermediação de Baiano, que atuaria na diretoria Internacional da Petrobras, comandada por Nestor Cerveró.

Cuidado com a comemoração

Nesta quinta-feira é feriado da consciência negra em vários estados e municípios.

Mas será que a turma do governo tem mesmo consciência de que a coisa, para eles, está mais que preta?

Já que eles não querem ter consciência, vamos celebrar neste 19 de novembro o Dia da Bandeira...

Sonho de Olim-piada

Meta irônica de preparação para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro:

"Quero correr mais rápido que um empreiteiro fugindo da Polícia Federal na Operação Lava Jato".

Treinamento perfeito para o Brasil desgovernado pelo crime organizado, seus clubes, facções e condomínios...

Divina picaretagem




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Novembro de 2014.

Transação Penal



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão

O futuro do direito penal se chama transação penal, a exemplo do plain bargaining norte-americano, cada vez mais é a forma de se amenizar o trâmite demorado das investigações e se conseguir minimizar a impunidade.

País rico é aquele que tem zero de corrupção ou pelo menos tenta mantê-la em níveis aceitáveis, em relação às Nações desenvolvidas.

O cenário local sempre propiciou uma investigação mais profunda e ampla a respeito da macrocriminalidade, aquela responsável por afetar as grandes negociatas e o exame da corrupção no seio do Estado.

A criação de Varas Especializadas em transação penal é atraente e pode ser um grande desafio em atenção aos crimes de colarinho branco, sistema financeiro e mercado de capitais e, no aspecto mais essencial de viabilizar a lei anticorrupção, cuja regulamentação se aguarda para breve.

Os mecanismos da transação penal obedecem regras específicas e sempre é possível sua feitura, até nos chamados crimes tributários, no propósito de se conhecer o tamanho do prejuízo e a possível recuperação daquilo que deixou de ser recolhido para o erário.

Consabido que os delitos envolvendo somas elevadas sempre têm um destino, paraíso fiscal ou Países com linhas mais fechadas de quebra do sigilo bancário, mas nem por isso as Nações não colaboram ou cooperam, até mesmo na frente do Brasil, pois que bloqueiam os recursos e, se não estiver demonstrada a origem lícita, fazem a transferência para o País que mantiver o convênio e reivindicar o valor desviado.

Os índices de criminalidade no País assustam o mais animado no ramo. São mais de 50 mil homicídios por ano, sem falar nos crimes contra o patrimônio e o salto que houve em relação aos delitos contra os costumes, fruto de uma sociedade desvigiada e das incursões das mídias eletrônicas, com propagandas contrárias a moral e bons costumes.

Uma forma de tentar reinventar a justiça criminal no Brasil, sem sombra de dúvida, é participar com maior ênfase e eficácia a própria transação penal, sem impedir os reflexos da delação premiada, enquanto se cogita do próprio culpado entregar a sua conduta, noutro se premia aquele que se embrenha pelo esquema, sistema delituoso, com riqueza de detalhes, propiciando assim que o Ministério Público e a Justiça, ambos possam reverter os danos e, de imediato, decretar a custódia dos envolvidos.

Nos EUA o modelo da transação é bastante utilizado e sem ele não haveria condições mínimas de se dar alento ao trabalho da Justiça, já que as penas são cumpridas integralmente, sem essa tibieza do sistema de progressão de pena e, se não houver vaga no semiaberto, o caminho é a rua mediante a famigerada prisão domiciliar, mais um prêmio do que castigo propriamente dito.

A reforma da legislação penal e do processo penal, portanto, devem caminhar na direção de levantar como prioridade máxima a transação penal como regra, já que ela traz vantagens e faz com que o Estado, com menos esforço na investigação, tenha condições de proceder ao reparo e acumular um resultado amplamente favorável à sociedade civil.

No Brasil, ao contrário, perdemos um longo tempo na caminhada de recursos para nulidade de tudo no processo penal, sem falar no infindável número de habeas corpus. Somente nas Cortes Superiores são centenas deles que chegam semanalmente, de todo o tipo e natureza.

Na certeza da falta de vagas em presídios, o melhor a se fazer é também trabalhar mais e melhor a delação premiada e, com ela, a certeza de componente que implicará na situação do crime organizado e o estabelecimento de quadrilha, notadamente com elementos específicos para lesar Estado e se apropriar de valores dos contribuintes.

O repaginar do Congresso Nacional em 2015 traz a responsabilidade e o pesado fardo de cada um em pavimentar o caminho de uma nova legislação e um futuro mais seguro para a sociedade civil, acabrunhada e desolada com os estardalhaços da corrupção, preocupada com a inflação e desnorteada com o endividamento público. Tudo isso azeda o momento e torna o ambiente desprovido de interação entre a classe política e os representados, talvez o motivo principal de grande ausência nas últimas eleições.

Assimiladas as ferramentas e instrumentos do relevante direito à punição na esfera penal, com reflexos administrativos e no âmbito cível, tentaremos correr atrás do prejuízo, já que a impunidade brasileira não encontra em qualquer parte do planeta sinal de proximidade diante dos índices e das estatísticas que colocam em estado de alerta permanente a governabilidade.


Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP, com especialização em Paris, é Desembargador do TJSP.

Polícia Federal estoura fraude eleitoral do PT no Norte de Minas Gerais: bolsa família, aposentadorias falsas, uso de carros-pipa, doação de combustível, Pronaf, dentaduras; tudo foi usado para roubar a eleição de Aécio Neves

quinta-feira, 20 de novembro de 2014



Lula, Dilma e Pimentel em Montes Claros: fraude eleitoral comprovada
A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (18) a operação “Curinga” com o intuito de coibir fraude nos cofres da Previdência Social no Norte de Minas Gerais. No curso das investigações, a Polícia Federal deparou-se com fortes indícios de crime eleitoral em benefício de candidatos da coligação do PT. Dessa forma, a operação policial será desmembrada. Isso porque os nomes dos deputados petistas Reginaldo Lopes, reeleito para a Câmara dos Deputados e cotado para assumir o Ministério da Educação, e do deputado estadual Paulo Guedes, foram citados no relatório parcial da Polícia Federal. O envolvimento dos parlamentares com a quadrilha do INSS foi descartado, mas eles podem ter sido beneficiados eleitoralmente. O esquema de fraude na Previdência foi montado dentro da prefeitura e da Câmara Municipal de Monte Azul. O escritório do INSS em Espinosa, cidade localizada a 40 Km de Monte Azul, foi utilizado pelo bando. Os principais políticos de Monte Azul estão diretamente envolvidos com o rombo nos cofres da Previdência, estimado em R$ 200 mil, e com os crimes eleitorais. Entre eles, o vice-prefeito, três vereadores, três secretários da prefeitura, além do sindicato de trabalhadores rurais da cidade, todos eles ligados ao PT. A partir de documentação forjada, o grupo conseguia aposentadoria para pessoas que nunca foram trabalhadores rurais. De acordo com o inquérito, benefícios previdenciários, materiais de construção, combustível, além de cadastros do Bolsa Família, auxílio-doença, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e até dentaduras foram oferecidos em troca de voto. Além da Zona da Mata, o Norte de Minas Gerais foi a região na qual a presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), obteve maior vantagem perante o tucano Aécio Neves, seu principal oponente. Em Monte Azul, por exemplo, Dilma obteve 76% dos votos da cidade, enquanto Aécio Neves ficou com 14%. Guedes e Lopes conquistaram 30% dos votos válidos do município. Lopes foi o mais votado, e Guedes, o segundo. Em um dos grampos telefônicos, o vereador Geraldo Moreira dos Anjos, o Ladim (PT), foi flagrado orientando o eleitor Flávio Custódio Teixeira a votar nos candidatos do PT. O vereador petista, segundo o inquérito, intermediou a inclusão da mulher de Teixeira na lista do Bolsa Família. A inclusão dela no cadastro será investigada, já que a maioria das benesses, especialmente os programas de transferência de renda e as aposentadorias, foram destinadas a pessoas que não poderiam ser contempladas. Em outro diálogo, o vice-prefeito de Monte Azul, Antônio Idalino, o Toninho da Barraca (PT), foi pego autorizando o caminhão-pipa da cidade a fornecer água para uma piscina na casa de um eleitor. Numa outra conversa, o petista determina que a dentista da prefeitura faça dentaduras para eleitores. Contra o vice-prefeito de Monte Azul, Antônio Idalino Teixeira, o Toninho da Barraca (PT), a Justiça Federal em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, decretou mandado de condução coercitiva e busca e apreensão na casa do político e na prefeitura. Ele é considerado uma das principais peças do esquema. O servidor do INSS de Espinosa, Ronaldo de Medeiros Boeira, e os vereadores Geraldo Moreira dos Anjos, Geraldo Ladim (PT), e Marineide Freitas da Silva, a Marineide do Sindicato (PT), foram presos temporariamente. O mesmo ocorreu com o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Monte Azul, Antônio Tolintino, e seu secretário, Nilton Rodrigues Nunes. Conforme as investigações, os dois são suspeitos de fraudar os processos de aposentadorias rurais por tempo de serviço. Os benefícios eram concedidos a pessoas que não preenchiam os requisitos legais. Já o vereador Francisco de Assis Gonçalves Dias, o Diassis (PP), foi conduzido para prestar depoimento e teve a casa vasculhada pelos federais. Depois do interrogatório foi liberado. Três secretárias de Monte Azul também estão entre os investigados. São elas: Aurélia de Paula Santos (Educação), Vanessa dos Anjos Dias (Saúde) e Cássia Michele Gomes (Finanças). Para as três, foram expedidos mandados de condução coercitiva, além de busca e apreensão em suas residências e na prefeitura. Ao todo, 19 pessoas são alvo da operação “Curinga”, sendo que 17 foram levadas para a sede da Polícia Federal em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, e outras duas são procuradas. A polícia informou ainda que 39 mandados judiciais de busca e apreensão, condução coercitiva e sequestro de bens estão sendo cumpridos. Uma segunda fase da operação “Curinga” será deflagrada para reprimir possíveis crimes eleitorais. Os investigados responderão, neste primeiro momento, por crimes contra a administração pública, estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 20 anos.