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quarta-feira, 19 de março de 2014
OBRA-PRIMA DO DIA (PINTURA) Marc Chagall: Praça do Mercado, Vitebsk (1917)
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -
19.3.2014
| 12h00m
Chagall viveu a Era de Ouro do modernismo, convivendo com os expoentes do Cubismo, do Simbolismo e do Fovismo; participou também do surgimento do Surrealismo. Seus contemporâneos, entretanto, raramente deixaram de expressar a intensa admiração que sentiam por sua obra. “Quando Matisse morrer”, disse um dia Picasso, “Chagall será o único pintor vivo que compreende o que a cor verdadeiramente representa”.
Foi durante esse período que o artista firmou seu próprio estilo, baseado em tudo que testemunhara em Paris, no nascimento da arte moderna, na troca de ideias entre seus pares, mas também profundamente impregnado pela bagagem emocional que trazia de casa, de europeu oriental, e por sua visão da cultura popular judaica.
Passou os anos da I Guerra Mundial na Rússia, casou-se, e após a Revolução de 17 as portas da oportunidade se abriram, para se fechar logo em seguida. Chagall foi convidado para ser o Comissário para as Artes, criou o Colégio de Artes de Vitebsk e era considerado o mais destacado membro da vanguarda modernista em seu país.
No entanto, logo entrou em choque com o poderoso Kasemir Malevitch, que se aproveitou do anti-semitismo latente na Rússia e criticou abertamente Chagall por este se recusar a pintar a celebração do heroísmo do povo soviético.
Resultado, Chagall volta para a França levando sua mulher, para nunca mais voltar à Rússia. Sem jamais “abandonar” Vitebsk.
Hoje, aqui está a “Praça do Mercado, Vitebsk”, onde ele, com certeza, passou centenas de vezes. Não sei se vocês concordam ou se o lirismo de Chagall me contagiou: mas creio que não é difícil imaginar porque Vitebsk nunca o abandonou.
Chagall contrasta a grandeza da catedral barroca com a arquitetura modesta das lojas e quiosques. A perspectiva dramática e os ângulos e planos que se cruzam são usados de modo a fazer com que o olhar do espectador passeie por toda a cena. Eu, pessoalmente, gosto de descobrir as pessoas que estão fazendo compras ou vendendo no mercado... e tem um menino meio escondido que devia ser o "capetinha" do lugar...
Nascido na Bielorússia e falecido em Saint-Paul de Vence, sul da França (1887-1985), Marc Chagall foi um dos artistas mais queridos e compreendidos de seu tempo. Dou ênfase ao 'compreendido', pois em seu livro autobiográfico, "Ma vie", percebemos que a arte, para ele, era para ser de todos e não de uns poucos felizardos...
Praça do Mercado, Vitebsk, óleo sobre tela, 66,4 x 97,2 cm
Cartas de Paris: O pesadelo siriano e a coragem de César!
Danielle Legras
No sábado passado, uma manifestação de solidariedade ao povo siriano reuniu centenas de pessoas na esplanada dos Direitos Humanos que se encontra em face ao rio Sena, diante da torre Eiffel. Ao entrar na esplanada percebe-se a inscrição do artigo primeiro da Declaração dos Direitos do Homem "Os homens nascem e são livres e iguais em direitos".
O conflito siriano, que começou há exatos três anos, tem provado que tal artigo já não possui valor algum, bem como a vida humana. Os números oficias - que procuram identificar os estragos feitos durante esse período - são catastróficos.
Segundo as Organizações das Nações Unidas, 146 mil pessoas teriam sido mortas desde então e 570 mil teriam sido feridas. O número de refugiados no exterior é de 2,5 milhões. De acordo com as estimações da Unicef, cerca de 1 milhão de crianças se encontram atualmente em zonas de difícil acesso a qualquer tipo de ajuda humanitária.
Nos jornais franceses Libération e Journal du Dimanche deste final de semana, o leitor descobriu a existência de um dossier siriano contendo 54.000 fotos de 11.000 corpos torturados e executados.
As fotografias destes corpos martirizados foram feitas por um antigo agente do regime de Bachar El-Assad, conhecido pelo pseudônimo César.
O street artista Banksy realizou este vídeo em apoio às vítimas da guerra na Síria.
César trabalhava no departamento de documentação da segurança militar. Seu papel era o de fotografar os corpos dos prisioneiros mortos. A existência desses documentos se justificavam de duas maneiras: eles permitiam às autoridades do regime de El-Assad de enviar os certificados de óbito às famílias atestando uma parada cardíaca. Eles serviam também para mostrar à hierarquia que o "trabalho" estava sendo bem feito.
César se tornou um espião logo no início da revolução. Durante dois anos fotografou cadáveres que mesmo depois de mortos pareciam agonizar. Ele copiava as imagens num pendrive que depois escondia no corpo. Se ele fosse descoberto a punição estaria a altura de sua traição.
No ano passado, a morte de César foi simulada e ele foi exfiltrado pelo exército livre da Síria. Vendo as seis terríveis fotos publicadas nos jornais, entendi perfeitamente a importância do que ele fez. A tortura imposta aos traidores do regime (jovens estudantes, homens e mulheres de todas as idades) é tão cruel que é difícil acreditar que ela tenha sida imposta por um ser humano.
Os métodos usados são múltiplos e variados, mas sempre com a intenção de "assassinar" o inimigo lentamente, de modo que ele tenha a impressão de morrer muitas vezes.
O que me faz pensar com profunda tristeza e certo desespero no artigo V da declaração dos Direitos do Homem : "Ninguém será submetido à tortura, nem tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante."
A declaração dos Direitos do Homem é fruto da Revolução Francesa. Um texto que é o fundamento primordial do nosso futuro comum e bússola das nações. Teria ele se transformado num amontoado de palavras sem sentido?
Danielle Legras é jornalista e tem duas grandes paixões, seu métier e Paris. Há dez anos, decidiu unir o útil ao agradável.
Será o começo do fim da PM?
18/03/2014 12h16 - Atualizado em 18/03/2014 13h25
Cláudia Ferreira da Silva, 38 anos, era auxiliar de serviços gerais e cuidava de quatro sobrinhos, além de criar os quatro filhos. Morava no Morro da Congonha, em Madureira, no Rio de Janeiro, com a criançada e o marido. Saiu para comprar pão e mortadela no domingo com R$ 6 e levou três tiros de curta distância. Tinha na mão um copo de café.
Foi jogada sem cerimônia nem pudor na caçamba de uma patrulha, e o porta-malas abriu no caminho do hospital. Seu corpo foi arrastado por 250 metros. Não se sabe se já havia morrido antes da queda. Mas estava morta ao chegar ao hospital. Para a família, foi dito que ela estava na sala de cirurgia, segundo depoimentos de parentes.
Os dois subtenentes responsáveis pela patrulha, Rodney Miguel Arcanjo e Adir Serrano Machado, já haviam sido indiciados antes por homicídio. Os dois e o sargento Alex Sandro da Silva, que também estava no carro, foram presos "disciplinarmente" na segunda-feira. O que pode não dar em nada.
Tudo errado. Tudo errado mesmo. Do início ao fim. Da ação ao "socorro". Se fosse para salvar Claudia, ela teria sido colocada no banco traseiro do camburão. Não adianta treinamento para esses PMs. É subtenente, é sargento, e não sabe o que fazer numa hora dessas?
- Trataram minha mulher que nem bicho - disse o vigia Alexandre Fernandes da Silva, 41 anos, marido de Claudia. "Nem o pior traficante do mundo merece esse tratamento que ela teve". Ele disse ter visto o corpo dela no hospital, em carne viva. Claudia e Alexandre completariam 20 anos de casamento em setembro. Estavam juntos desde que ela tinha 18 anos.
Sempre fui a favor das UPPs. Perdi a conta de tudo que escrevi a favor da política de pacificação. E escrevi indo a campo, não de gabinete. Tanto na Colômbia quanto em favela carioca.
Foi a primeira vez, de verdade, que o Rio tentou um programa amplo de reconquista de territórios e fortalezas de traficantes, com o menor número possível de mortes. Ideal nunca foi, mas é um projeto de longo prazo, que precisa ser adaptado aos poucos, porque a todo momento surgem falhas de processo ou humanas. Até agora, não apareceu ninguém com proposta melhor, mais estudada e mais sensata. Milagres não existem, depois de tantas décadas de omissão e desmandos na área de Segurança.
Só é contra o projeto quem não tem memória. Também tentam torpedear as UPPs os candidatos à eleição que querem ver o circo pegar fogo para se dar bem. São contra as UPPs os políticos que nunca fizeram nada para melhorar a segurança no Rio e se aliaram a bandidos quando estavam no Poder. Os traficantes também são contra as UPPs, claro. E também são contra as UPPs os PMs que achavam tudo ótimo antes...levando grana de tudo que é lado. Corrupção, brigas de gangue, armas contrabandeadas, jornalistas executados por traficantes, pedágio cobrado a moradores, jovens armados de fuzis nos supermercados, favelas invadindo áreas de risco ambiental... uma beleza...tudo sob o olhar complacente ou até cúmplice de alguns governantes.
Pelo menos uma vez na história, o Rio teve um secretário de Segurança sério, José Mariano Beltrame, ao mesmo tempo duro, atento aos problemas sociais das favelas e aberto a mudanças de procedimento. Disposto a saber que não podia prometer que acabaria com o tráfico. Seu esforço para tornar a PM uma instituição respeitável foi imenso. Milhares de policiais foram expulsos da corporação. Cursos de filosofia, gente enviada para o exterior para conhecer como procede a polícia sem fuzil. E mais policiais não estão presos porque a Justiça não contribui e acaba soltando.
Mas essa cena aí de cima, com a Cláudia sendo arrastada, é MORTAL. Mortal para qualquer um que comande a PM carioca. Mortal para o futuro da corporação. Esse pessoal está fora de controle.
As autoridades policiais - incluindo Beltrame - reclamam que a sociedade não protesta com a mesma indignação quando um bandido mata um PM. Acho terrível o policial morrer em combate (sim, porque vivemos uma guerra) e deixar órfãos os filhos, a cargo de uma viúva descrente e infeliz.
Mas é preciso ter algo em mente: um bandido, por definição, mata. Por isso é bandido. Um traficante mata. Um assaltante mata. E, se mata inocentes desarmados como nós, por um celular, uma bicicleta, um relógio ou um carro, é claro que matará policiais. Não é desvio de conduta, está previsto, está escrito na carteirinha de "homicida delinquente e marginal".
Os PMs - está escrito na função deles - exis
Ministro diz que não devolverá dinheiro usado na viagem de sua esposa no carnaval
'Sou casado há 26 anos e sei como é o ambiente do carnaval', disse Arthur Chioro, titular da Saúde, para se justificar
19 de março de 2014 | 13h 41
LÍGIA FORMENTI - Agência Estado
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou em audiência pública na Câmara dos Deputados que não vai devolver recursos usados para financiar a viagem de sua mulher para três capitais do País durante as festas do carnaval. Ele afirmou que a companhia teve como objetivo evitar situações constrangedoras. "Sou casado há 26 anos e sei como é o ambiente do carnaval." Ele classificou a rotina, ao longo de quatro dias, como "absurdamente estafante."
Divulgação
Ministro se explicou em audiência na Câmara nesta quarta
No período, ele esteve em São Paulo, Recife, Bahia e Rio para reforçar ações de prevenção de DST-Aids , inaugurar serviços e conceder entrevistas. "Dormimos pouquíssimo", contou. De acordo com ele, o espaço obtido na mídia com informações passadas para prevenção, se pagos, custariam aos cofres públicos o equivalente a R$ 6 milhões.
O ministro disse também que não vai pagar a viagem a São Paulo, feita um dia antes de ele assumir o cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo. Chioro usou avião da Força Aérea Brasileira. "Não fiz nenhum malfeito", disse. Para tomar posse do cargo de professor, o ministro pediu exoneração por algumas horas. Ele informou que a viagem foi feita no dia anterior à posse, antes de pedir exoneração e, portanto, ainda na condição de ministro. "Fiz tudo dentro do rigor da lei".
PSICANÁLISE DA VIDA COTIDIANA Machado de Assis: uma teoria da alma humana
CARLOS VIEIRA
Há muito me fascina pesquisar as relações entre a literatura e a psicanálise. Tenho encontrado textos divinos, e sempre lembro que Freud dizia que os poetas chegaram antes dele em sua investigação da alma humana. Os escritores não só relatam os fatos da experiência, mas intuem também as vivencias psíquicas e intrapsíquicas da experiência humana. O artista escritor ou poeta escutam o inaudível, sentem a comunicação antes da palavra, ou seja, tal como o psicanalista, tem um terceiro ouvido e um terceiro olho, órgãos da realidade psíquica interna, e não receptores sensoriais.
Na escrita de Machado de Assis existe um conto – “O Espelho, esboço de uma nova teoria da alma humana”- publicado em 1882. Este conto marca uma questão ligada à identidade, mostrando a todos nós, os meandros, enganos, nuances do Ser e do Não Ser. Sobre nossa autoestima e nossa capacidade de diferenciar o que é meu, o que é do outro, a noção do interno e do externo, a percepção da nossa própria natureza versus os arranjos que fazemos para escondê-la dos outros e de nós próprios.
Escreve Machado: “Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas... Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro... A alma exterior pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma operação... Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira: as duas completam o homem, que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência; e casos há, não raros, em que a perda da alma exterior implica a da existência inteira”.
No conto do Espelho, Jacobina, o personagem tem vinte e cinco anos, é pobre, e acaba de ser nomeado alferes da guarda nacional. Sem pretender me estender no relato do conto (aconselho o leitor procurar ler), esse ser pobre e simples se transfigura completamente. Ele é agora, o Alferes! Todos os amigos e familiares tratavam-no como Sr. Alferes, toda a atenção era dada a ele, principalmente de uma sua tia, D. Marcolina.
Atentem caro leitor, Machado de Assis escreve:” o alferes eliminou o homem... a consciência do homem se obliterava, a do alferes tornava-se viva e intensa... No fim de três semanas, era outro, totalmente outro. Era exclusivamente alferes. Um dia sua tia Marcolina recebe uma notícia grave: uma de suas filhas, casada com um lavrador residente dali a cinco léguas, estava mal e à morte. Adeus sobrinho! Adeus alferes!”.
Jocobina fica só, só com alguns escravos. Só consigo mesmo, sem as “almas externas” a alimentarem o que interpreto como – sua “personalidade como se”.
Notem alguns trechos falados pelo personagem, quando da perda da sua “condição de alferes”: “Na manhã seguinte senti-me só. Achei-me só, sem mais ninguém, entre quatro paredes, diante do terreiro deserto e da roça abandonada... e à tarde comecei a sentir uma sensação como de pessoa que houvesse perdido toda a ação nervosa, e não tivesse consciência da ação muscular... Feria-me a alma interior, como um piparote contínuo de eternidade... Não eram golpes de pêndulo, era um diálogo do abismo, um cochicho do nada.. Era como um defunto andando, um sonâmbulo, um boneco mecânico.”
Envolvido nessa vivencia depressiva, sem agora ter um “arcabouço” que pudesse sustentar sua própria pessoa, sua natureza, Jacobina, após vários dias de sofrimento intenso, resolve a angústia de desintegração tornando a vestir a farde de alferes. “Vesti-a, aprontei-me todo, e como estava defronte do espelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o alferes, que achava, enfim a alma, exterior.
A alma exterior, intuída na teoria machadiana, sugere toda a influência do meio exterior moldando, edificando modelos de identificação aos bebês. Nossos pais, o ambiente cultural, a herança transgeracional, são fatores de formação da personalidade, além é claro, da nossa própria constituição. No decorrer do crescimento a pessoa introjeta algumas características do meio ambiente, mas dispensa outras, formando assim o seu Eu interior, a “alma interior”, substrato do amor-próprio, da autoestima, do seu ser-si-mesmo, independente do exterior.
No conto, o nosso querido Machado nos faz pensar que Jacobina cuidou pouco de si mesmo, sendo inteiramente dependente da “alma exterior”. Ato contínuo, ficou vazio, sem amor-próprio, sem interioridade consistente. Um Eu frágil, poroso, pobre, totalmente dependente dos “afagos externos” para sobreviver.
Quantas e quantas pessoas nesse mundo, caro leitor, revestem sua pele psíquica de Jacobina! Uns se apoiam em títulos, cargos, funções, mandatos, nome de família, sobrenome, reforços cosméticos, e esquecem de si mesmos. Nascer é um ato de coragem, nascer uma personalidade é um processo de batalhas, escolhas, amor-próprio, convicções pessoais, caso contrário somos eternamente vulneráveis a qualquer opinião alheia.
O bom disso tudo é que o próprio Machado sabia que a pele(negra) não definia ela como pessoa, muito pelo contrário. Vítima do preconceito racial, nosso escritor maior, deu a volta por cima e se desenvolveu como “si mesmo”, e não como alguém que não tinha somente uma alma externa.
Esse conto traz um refletir bem atual: num mundo de carência de objetos para subsidiar identificação em busca de Identidade, é imprescindível lutar por ter uma “alma interna”, caso contrário, os jovens sucumbirão desastrosamente, sendo imitações superficiais da nossa sociedade vazia de princípios éticos. Nunca corremos tanto perigo, como no tempo presente, de abdicarmos da nossa essência, de podermos ser nós próprios, a despeito da influencia cruel, corrupta, malévola dos nossos modelos privados e públicos. Espelho quebrado já não reflete a mesma imagem: é um ato suicida pensar que sobreviveremos somente às custas de sermos ALFERES. “O alferes eliminou o homem”.
Na escrita de Machado de Assis existe um conto – “O Espelho, esboço de uma nova teoria da alma humana”- publicado em 1882. Este conto marca uma questão ligada à identidade, mostrando a todos nós, os meandros, enganos, nuances do Ser e do Não Ser. Sobre nossa autoestima e nossa capacidade de diferenciar o que é meu, o que é do outro, a noção do interno e do externo, a percepção da nossa própria natureza versus os arranjos que fazemos para escondê-la dos outros e de nós próprios.
Escreve Machado: “Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas... Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro... A alma exterior pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma operação... Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira: as duas completam o homem, que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência; e casos há, não raros, em que a perda da alma exterior implica a da existência inteira”.
No conto do Espelho, Jacobina, o personagem tem vinte e cinco anos, é pobre, e acaba de ser nomeado alferes da guarda nacional. Sem pretender me estender no relato do conto (aconselho o leitor procurar ler), esse ser pobre e simples se transfigura completamente. Ele é agora, o Alferes! Todos os amigos e familiares tratavam-no como Sr. Alferes, toda a atenção era dada a ele, principalmente de uma sua tia, D. Marcolina.
Atentem caro leitor, Machado de Assis escreve:” o alferes eliminou o homem... a consciência do homem se obliterava, a do alferes tornava-se viva e intensa... No fim de três semanas, era outro, totalmente outro. Era exclusivamente alferes. Um dia sua tia Marcolina recebe uma notícia grave: uma de suas filhas, casada com um lavrador residente dali a cinco léguas, estava mal e à morte. Adeus sobrinho! Adeus alferes!”.
Jocobina fica só, só com alguns escravos. Só consigo mesmo, sem as “almas externas” a alimentarem o que interpreto como – sua “personalidade como se”.
Notem alguns trechos falados pelo personagem, quando da perda da sua “condição de alferes”: “Na manhã seguinte senti-me só. Achei-me só, sem mais ninguém, entre quatro paredes, diante do terreiro deserto e da roça abandonada... e à tarde comecei a sentir uma sensação como de pessoa que houvesse perdido toda a ação nervosa, e não tivesse consciência da ação muscular... Feria-me a alma interior, como um piparote contínuo de eternidade... Não eram golpes de pêndulo, era um diálogo do abismo, um cochicho do nada.. Era como um defunto andando, um sonâmbulo, um boneco mecânico.”
Envolvido nessa vivencia depressiva, sem agora ter um “arcabouço” que pudesse sustentar sua própria pessoa, sua natureza, Jacobina, após vários dias de sofrimento intenso, resolve a angústia de desintegração tornando a vestir a farde de alferes. “Vesti-a, aprontei-me todo, e como estava defronte do espelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o alferes, que achava, enfim a alma, exterior.
A alma exterior, intuída na teoria machadiana, sugere toda a influência do meio exterior moldando, edificando modelos de identificação aos bebês. Nossos pais, o ambiente cultural, a herança transgeracional, são fatores de formação da personalidade, além é claro, da nossa própria constituição. No decorrer do crescimento a pessoa introjeta algumas características do meio ambiente, mas dispensa outras, formando assim o seu Eu interior, a “alma interior”, substrato do amor-próprio, da autoestima, do seu ser-si-mesmo, independente do exterior.
No conto, o nosso querido Machado nos faz pensar que Jacobina cuidou pouco de si mesmo, sendo inteiramente dependente da “alma exterior”. Ato contínuo, ficou vazio, sem amor-próprio, sem interioridade consistente. Um Eu frágil, poroso, pobre, totalmente dependente dos “afagos externos” para sobreviver.
Quantas e quantas pessoas nesse mundo, caro leitor, revestem sua pele psíquica de Jacobina! Uns se apoiam em títulos, cargos, funções, mandatos, nome de família, sobrenome, reforços cosméticos, e esquecem de si mesmos. Nascer é um ato de coragem, nascer uma personalidade é um processo de batalhas, escolhas, amor-próprio, convicções pessoais, caso contrário somos eternamente vulneráveis a qualquer opinião alheia.
O bom disso tudo é que o próprio Machado sabia que a pele(negra) não definia ela como pessoa, muito pelo contrário. Vítima do preconceito racial, nosso escritor maior, deu a volta por cima e se desenvolveu como “si mesmo”, e não como alguém que não tinha somente uma alma externa.
Esse conto traz um refletir bem atual: num mundo de carência de objetos para subsidiar identificação em busca de Identidade, é imprescindível lutar por ter uma “alma interna”, caso contrário, os jovens sucumbirão desastrosamente, sendo imitações superficiais da nossa sociedade vazia de princípios éticos. Nunca corremos tanto perigo, como no tempo presente, de abdicarmos da nossa essência, de podermos ser nós próprios, a despeito da influencia cruel, corrupta, malévola dos nossos modelos privados e públicos. Espelho quebrado já não reflete a mesma imagem: é um ato suicida pensar que sobreviveremos somente às custas de sermos ALFERES. “O alferes eliminou o homem”.
Carlos.A.Vieira, médico, psicanalista, Membro Efetivo da Sociedade de Psicanálise de Brasília e de Recife. Membro da FEBRAPSI e da I.P.A - London
Praia de Fernando de Noronha é eleita a mais bela do mundo; veja lista
Baía do Sancho e mais 2 praias do país integram lista de melhores em site.
Na lista de melhores da América do Sul as 7 primeiras são do Brasil.
Do G1, em São Paulo
Baía do Sancho, em Fernando de Noronha (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)
Três praias brasileiras ficaram entre as mais bonitas do mundo em uma pesquisa com viajantes do mundo todo – uma delas, a Baía do Sancho, em Fernando de Noronha (PE), foi eleita a mais bonita do planeta.
Praia dos Carneiros (Foto: Fabíola Blah/G1)
A pesquisa é divulgada anualmente pelo site de viagens TripAdvisor e leva em conta as praias mais bem avaliadas por seus usuários nos últimos 12 meses.
As outras duas praias brasileiras na lista mundial de 25 destinos são a Praia dos Carneiros, em Tamandaré (PE), e a Praia de Lopes Mendes, em Ilha Grande (RJ).
Na lista das melhores da América do Sul, as praias brasileiras ocuparam os sete primeiros lugares.
Além das três da lista mundial, aparecem, em ordem de classificação, as praias de Arraial do Cabo (RJ), Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha, Baía dos Golfinhos, em Pipa (RN), e Praia do Farol (RJ).
No total, o levantamento premiou 322 praias no mundo. O resultado completo pode ser visto nestelink.
As 15 melhores do mundo
Grace Bay Beach, em Turks & Caicos, foi eleita a segunda melhor praia do mundo
(Foto: Angelo Cavalli/Tips/ Photononstop/AFP)
(Foto: Angelo Cavalli/Tips/ Photononstop/AFP)
1°- Baía do Sancho, Fernando de Noronha (PE), Brasil
2°- Grace Bay, Turks & Caicos
3°- Flamenco, Porto Rico
4°- Isola del Conigli, Sicília, Itália
5°- Whiteheaven Beach, Austrália
6°- Playa de Ses Illetes, Formentera, Espanha
7°- Anse Lazio, Seychelles
8°- Lanikai Beach, Havaí, EUA
9°- Rhossilli Bay, Reino Unido
10°- Playa Norte, Isla Mujeres, México
11°- Paraíso Beach, Cayo Largo, Cuba
12°- Praia dos Carneiros, Tamandaré (PE), Brasil
13°- Lopes Mendes, Ilha Grande (RJ), Brasil
14°- The Baths, Ilhas Virgens
15°- Playa de las Catedrales, Espanha
2°- Grace Bay, Turks & Caicos
3°- Flamenco, Porto Rico
4°- Isola del Conigli, Sicília, Itália
5°- Whiteheaven Beach, Austrália
6°- Playa de Ses Illetes, Formentera, Espanha
7°- Anse Lazio, Seychelles
8°- Lanikai Beach, Havaí, EUA
9°- Rhossilli Bay, Reino Unido
10°- Playa Norte, Isla Mujeres, México
11°- Paraíso Beach, Cayo Largo, Cuba
12°- Praia dos Carneiros, Tamandaré (PE), Brasil
13°- Lopes Mendes, Ilha Grande (RJ), Brasil
14°- The Baths, Ilhas Virgens
15°- Playa de las Catedrales, Espanha
As 10 melhores da América do Sul
Leões marinhos em Galápagos, no Equador (Foto: Michael Nolan / Robert Harding Premium / Robert Harding/AFP)
1°- Baía do Sancho, Fernando de Noronha (PE), Brasil
2°- Praia dos Carneiros, Tamandaré (PE), Brasil
3°- Praia de Lopes Mendes, Ilha Grande (RJ), Brasil
4°- Arraial do Cabo (RJ), Brasil
5°- Baía dos Porcos, Fernando de Noronha (PE), Brasil
6°- Baía dos Golfinhos, Praia da Pipa (RN), Brasil
7°- Praia do Farol, Arraial do Cabo (RJ), Brasil
8° - Tortuga Bay, Equador
9° - Praia de Galápagos, Equador
10° - Anakena, Ilha de Páscoa, Chile
2°- Praia dos Carneiros, Tamandaré (PE), Brasil
3°- Praia de Lopes Mendes, Ilha Grande (RJ), Brasil
4°- Arraial do Cabo (RJ), Brasil
5°- Baía dos Porcos, Fernando de Noronha (PE), Brasil
6°- Baía dos Golfinhos, Praia da Pipa (RN), Brasil
7°- Praia do Farol, Arraial do Cabo (RJ), Brasil
8° - Tortuga Bay, Equador
9° - Praia de Galápagos, Equador
10° - Anakena, Ilha de Páscoa, Chile
As 25 melhores do Brasil
Praia de Mendes Lopes, em Ilha Grande, RJ (Foto: Gardel Bertrand/hemis.fr/AFP)
1°- Baía do Sancho, Fernando de Noronha (PE)
2°- Praia dos Carneiros, Tamandaré (PE)
3°- Lopes Mendes, Ilha Grande (RJ)
4°- Arraial do Cabo (RJ)
5°- Baía dos Porcos, Fernando de Noronha (PE)
6°- Baía dos Golfinhos, Pipa (RN)
7°- Praia do Farol, Arraial do Cabo (RJ)
8°- Prainha do Pontal do Atalaia, Arraial do Cabo (RJ)
9°- Quarta Praia, Morro de São Paulo (BA)
10°- Galés, Maragogi, (AL)
11°- Praia do Rosa (SC)
12°- Lagoa Azul, Ilha Grande (RJ)
13°- Praia do Madeiro, Pipa (RN)
14°- Canoa Quebrada (CE)
15°- Jericoacoara (CE)
16°- Prainha, Rio de Janeiro (RJ)
17°- Praia do Espelho, Trancoso (BA)
18°- Praia do Cachadaço, Trindade (RJ)
19°- Praia do Forno, Arraial do Cabo (RJ)
20°- Bombinhas (SC)
21°- Genipabu, Natal (RN)
22°- Pipa (RN)
23°- Maragogi (AL)
24°- Grumari, Rio de Janeiro (RJ)
25°- Segunda Praia, Morro de São Paulo (BA)
2°- Praia dos Carneiros, Tamandaré (PE)
3°- Lopes Mendes, Ilha Grande (RJ)
4°- Arraial do Cabo (RJ)
5°- Baía dos Porcos, Fernando de Noronha (PE)
6°- Baía dos Golfinhos, Pipa (RN)
7°- Praia do Farol, Arraial do Cabo (RJ)
8°- Prainha do Pontal do Atalaia, Arraial do Cabo (RJ)
9°- Quarta Praia, Morro de São Paulo (BA)
10°- Galés, Maragogi, (AL)
11°- Praia do Rosa (SC)
12°- Lagoa Azul, Ilha Grande (RJ)
13°- Praia do Madeiro, Pipa (RN)
14°- Canoa Quebrada (CE)
15°- Jericoacoara (CE)
16°- Prainha, Rio de Janeiro (RJ)
17°- Praia do Espelho, Trancoso (BA)
18°- Praia do Cachadaço, Trindade (RJ)
19°- Praia do Forno, Arraial do Cabo (RJ)
20°- Bombinhas (SC)
21°- Genipabu, Natal (RN)
22°- Pipa (RN)
23°- Maragogi (AL)
24°- Grumari, Rio de Janeiro (RJ)
25°- Segunda Praia, Morro de São Paulo (BA)
ASSOCIAÇÃO DE DELEGADOS GAÚCHOS DIVULGA NOTA DE APOIO A POLICIAL QUE INVESTIGOU BANDIDAGEM DAS PASSEATAS DO ANO PASSADO
quarta-feira, 19 de março de 2014
A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) divulgou uma nota de apoio ao delegado Marco Antônio Duarte de Souza, que atuou no inquérito policial que apurou as depredações e atos de vandalismo acontecidos durante os protestos de junho de 2013. Leia a nota na íntegra: "A Associação dos Delegados de Polícia do RS - Asdep - reafirma que não tem nenhuma preferência ou discriminação política, ideológica ou partidária. No entanto, defende, como princípio inalienável, a autonomia dos delegados de polícia na condução de inquéritos policiais. Por essas razões, vem manifestar irrestrita e irrevogável solidariedade ao Delegado de Polícia Marco Antônio Duarte de Souza, injustamente ofendido por dirigentes partidários e advogados, em razão de sua atuação no inquérito policial que apurou as depredações e atos de vandalismo praticados em junho de 2013, fatos de extrema gravidade, de conhecimento de todos. Ao mesmo tempo que defendem a livre manifestação de pensamentos e a legalidade dos movimentos sociais, os delegados de polícia não confundem esses movimentos e sua legitimidade com atos criminosos. Do mesmo modo, as autoridades policiais não irão se intimidar com pressões de qualquer natureza e agirão sempre de acordo com suas atribuições constitucionais. Em defesa das prerrogativas funcionais e da dignidade pessoal do mencionado delegado de polícia, serão tomadas as medidas judiciais cabíveis."
Como doador e donatário devem declarar doação no IR?
Internauta recebeu 40 mil reais como doação de sua mãe e usou o valor para comprar um carro; como ambos devem informar essas operações no imposto de renda?
Marcos Santos/USP Imagens
Pessoa retira dinheiro do bolso: Doações são isentas de IR, mas sofrem incidência de ITCMD, um imposto estadual
Dúvida do internauta: Minha mãe recebeu um dinheiro da venda de um imóvel(inventário do meu avô) e me deu 40 mil reais para eu comprar um carro à vista. Como devemos declarar tudo isso no imposto de renda?
Resposta de Samir Choaib*:
Você deverá informar na linha 10 – “Transferências Patrimoniais – Doações e Herança” da ficha de “Rendimentos Isentos e não Tributáveis” o nome completo e CPF de sua mãe (doadora), além do valor recebido (40 mil reais).
Já a sua mãe, no que se refere à doação efetuada, deverá informar na ficha “Pagamentos e Doações Efetuados”, sob o código 80 (“Doações em espécie”), o seu nome completo e CPF (donatário) e o valor doado de 40 mil reais.
Ainda que as doações sejam isentas de imposto de renda, elas sofrem incidência do imposto estadual ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos). As alíquotas variam de acordo com o estado, assim como os limites de isenção.
Caso sua mãe resida no Estado de São Paulo e essa tenha sido a única doação que ela fez para você em 2013, não haverá incidência do ITCMD/SP, pois o valor estaria dentro do limite anual de isenção, que, para 2013, foi de 48.425 reais.
A compra do carro deve ser declarada na ficha de "Bens e Direitos", sob o código “21 – Veículo automotor terrestre”.
No campo “Discriminação” devem ser informados os dados do veículo (como seu modelo, ano e placa) e do vendedor (CPF ou CNPJ), assim como a forma de pagamento, que no caso foi feita com os recursos obtidos por meio de doação.
Como o veículo foi comprado em 2013, deixe o campo “Situação em 31/12/2012” em branco e informe o valor pago pelo veículo apenas no quadro "Situação em 31/12/2013”.
*Samir Choaib é advogado e economista formado pela Universidade Mackenzie, pós-graduado em direito tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É sócio do escritório Choaib, Paiva e Justo, Advogados Associados, especialista em imposto de renda de pessoas físicas e responsável pela área de planejamento sucessório do escritório. É o atual chairman da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos da Flórida (BACCF), em São Paulo.
Para a Holanda com amor - Tefaf abre com obras raras e milionárias - CASA VOGUE
17/03/2014 | POR BETA GERMANO, DIRETO DE MAASTRICHT; FOTOS DIVULGAÇÃO
São cerca de 100 mil flores. 70 mil visitantes. 800 jornalistas. 200 vôos em jatos particulares. 260 galerias de arte e design que garimpam obras datadas desde cerca de 4 mil anos a.C. até peças de 2013. A Tefaf (The European Fine Art Fair) abre para o grande público e movimenta a pequena Maastricht, na Holanda, até o dia 23 de março.
“Participo de muitas feiras pelo mundo [Basel, Frieze e Bienal de Antiquidades] e posso te dizer que a Tefaf é a mais bonita e importante de todas”, explica Robert Landau, que venderá algumas das mais caras obras da feira. Entre elas, está Bride and Groom de Amedeo Modigliani, que ele comprou no MoMA 12 anos atrás. Silke Thomas, da Galerie Thomas, parece concordar. “Também participamos da Basel, na Suíça, e é bastante diferente. Os colecionadores que freqüentam a Tefaf são mais sofisticados e cultos. Por isso, fica mais fácil dialogar e trocar informações”, explica, depois de mostrar obras de seus queridos Edvard Munch e Franz Marc que valem 2,5 e 9 milhões de euros, respectivamente.
A palavra de ordem é excelência (não à toa, experts de museus de todo o mundo recorrem à feira dois dias antes para conferir a autenticidade e classificação das obras), mas o estilo... tem para todos. Sendo assim, apesar de ser conhecida pelas antiguidades e obras de grandes mestres, a feira cede espaço também para galerias dedicadas ao design, arte moderna e contemporânea. Por isso, não se espante ao esbarrar em Van Goghs, Picassos, Renoirs e Rodins, entre outros, segundos depois de avistar poltronas e luminárias de Poul Henningsen, Poul Kjaerholm e Finn Juhl. Atenção: no corredor seguinte é possível comprar uma peça inédita de Damien Hirst, uma série de desenhos recém descobertos de Andy Warhol ou uma escultura de um artista nigeriano que despontou na última Bienal de Veneza. “Muitos colecionadores de old masters estão começando a se interessar por arte contemporânea, mas ainda compram os mais conhecidos como Damien Hirst e Jeff Koons”, explica Raffaello Tomasso, que é amigo de infância de Hirst e trouxe três obras do artista para seu estande.
* A jornalista viajou a convite da feira.
Confira, abaixo, algumas das obras que deixarão compradores loucos nos próximos dias!
“Participo de muitas feiras pelo mundo [Basel, Frieze e Bienal de Antiquidades] e posso te dizer que a Tefaf é a mais bonita e importante de todas”, explica Robert Landau, que venderá algumas das mais caras obras da feira. Entre elas, está Bride and Groom de Amedeo Modigliani, que ele comprou no MoMA 12 anos atrás. Silke Thomas, da Galerie Thomas, parece concordar. “Também participamos da Basel, na Suíça, e é bastante diferente. Os colecionadores que freqüentam a Tefaf são mais sofisticados e cultos. Por isso, fica mais fácil dialogar e trocar informações”, explica, depois de mostrar obras de seus queridos Edvard Munch e Franz Marc que valem 2,5 e 9 milhões de euros, respectivamente.
A palavra de ordem é excelência (não à toa, experts de museus de todo o mundo recorrem à feira dois dias antes para conferir a autenticidade e classificação das obras), mas o estilo... tem para todos. Sendo assim, apesar de ser conhecida pelas antiguidades e obras de grandes mestres, a feira cede espaço também para galerias dedicadas ao design, arte moderna e contemporânea. Por isso, não se espante ao esbarrar em Van Goghs, Picassos, Renoirs e Rodins, entre outros, segundos depois de avistar poltronas e luminárias de Poul Henningsen, Poul Kjaerholm e Finn Juhl. Atenção: no corredor seguinte é possível comprar uma peça inédita de Damien Hirst, uma série de desenhos recém descobertos de Andy Warhol ou uma escultura de um artista nigeriano que despontou na última Bienal de Veneza. “Muitos colecionadores de old masters estão começando a se interessar por arte contemporânea, mas ainda compram os mais conhecidos como Damien Hirst e Jeff Koons”, explica Raffaello Tomasso, que é amigo de infância de Hirst e trouxe três obras do artista para seu estande.
* A jornalista viajou a convite da feira.
Confira, abaixo, algumas das obras que deixarão compradores loucos nos próximos dias!
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