sexta-feira, 12 de junho de 2015

LEMBRAI-VOS DA BASTILHA


José Gobbo Ferreira

Jose Gobbo Ferreira
Jose Gobbo Ferreira

Movimento Acorda Brasil/União BR dos Movimentos

 Em 1789, a sociedade francesa era governada pelo Rei e constituída por três grupos, denominados “Estados”: o primeiro, constituído pelo clero, o segundo pelos nobres, e o terceiro pela classe média e produtora, os burgueses. O povo formava os “sans culottes”, os despossuídos, os empregados semiescravos.

Os impostos eram pagos somente pelo terceiro Estado, que sustentava os dois outros. As consequências disso recaiam sobre seus empregados, que recebiam salários miseráveis.

Quando a situação ficou intolerável, o povo e os burgueses forçaram a convocação dos Estados Gerais, uma assembleia do tipo constituinte, onde certas distorções poderiam ser corrigidas. O terceiro Estado entrava em desvantagem nas decisões, pois os outros dois sempre se juntavam contra ele a fim de manter seus privilégios. Desta vez, porém, algumas defecções no segundo Estado lhe deram a vitória, que não foi reconhecida. Suas reivindicações não foram levadas em conta pelo Rei, o que acabou resultando na dissolução dos Estados Gerais e naquilo que se convencionou chamar de “Revolução Francesa” na qual nobres cabeças rolaram em abundância.

No Brasil de nossos dias, há uma rainha mentirosa e incompetente e um rei alcoólatra, corrupto e imoral que trabalha nas sombras e cujo trono se desloca continuamente.

Há um primeiro Estado formado por um sistema político soi-disantrepresentante do povo e encarregado de exercer o poder em nome dele, mas que na verdade trabalha por usurpá-lo em favor de seus próprios interesses.

Há o segundo, constituído pelos parasitas que aparelham o Estado em todos os setores da administração pública, e não só nada produzem como tem autorização real e do primeiro Estado para saquear grande parte das riquezas do Estado Nacional.

E, exatamente nas mesmas condições francesas daquela época, um terceiro Estado e um povo sofrido, que sustentam os outros dois com seu suor e seus impostos.

Houve uma reunião dos Estados Gerais quando milhões de representantes do terceiro Estado e do povo foram às ruas em quase quinhentas cidades do País a fim de alertar aos outros que a situação estava insustentável. Não foram ouvidos!

Mas eles continuaram seus esforços, tentando demonstrar que, em contraposição ao Distrital Puro, o processo eleitoral que proporcionaria a mais legítima manifestação da democracia eleitoral em nosso país, aquele proposto pelas velhas raposas enriquecidas na política, o chamado “distritão”, garantiria definitivamente o poder econômico como o senhor das eleições brasileiras e seria uma afronta à maturidade de nosso povo, pois iria juntar o Brasil ao seleto clube formado exclusivamente por quatro membros ilustres: Afeganistão, Jordânia, Vanuatu e Ilhas Pitcairn.  Não foram recebidos!

Poder-se-ia, talvez, apelar à justiça, mas o Poder Judiciário está contaminado pela servidão aos interesses do partido do rei apedeuta, que continua a tentar infiltrá-lo com juízes iníquos, prontos a atender seus interesses.

Sob argumentos subjetivos, a Suprema Corte concedeu habeas corpus a inegáveis larápios, conluiados no assalto às empresas públicas brasileiras, aplicando um tapa na face da sociedade e disseminando a sensação de impunidade que tem sido a regra geral nos tempos que vivemos. Votaram irmãmente o relator e o autonomeado presidente da turma. O primeiro, escolhido a dedo pelo PT e o segundo, advogado do PT.

É absolutamente inconcebível que os senhores senadores sequer cogitem agora de completar aquela Corte com um amoral advogado do MST.

O povo, por mais de doze anos enganado pela falsa propaganda do rei nu, começa a se aperceber disso, e se inquieta. Há mais pessoas dormindo pelas ruas do Rio de Janeiro do que nas de Katmandu, no Nepal, destruída por um terremoto. Aliás, estima-se que os recursos desviados pelos representantes do rei e do primeiro Estado (e somente aqueles até agora já descobertos), dariam para recuperar aquele país da desgraça que se abateu sobre ele. Quando, e se, forem apurados todos os desvios praticados por essa corja, talvez descubramos que menos cruel nos teria sido ter sofrido um terremoto instantâneo do que suportar por tanto tempo a corrupção desses crápulas no poder.

A insensibilidade e a fogueira de vaidades do sistema político civil aumenta a quantidade de grupos que clamam por uma intervenção militar “constitucional” e torna cada vez mais difícil a posição daqueles que acham que essa não seja a melhor solução.

Senhores responsáveis pela condução da vida política deste País: os senhores estão ignorando os repetidos avisos que a sociedade brasileira lhes está enviando, até agora pacificamente, em português claro e olhando-os nos olhos. Cuidado! Quem se propõe voluntariamente a esquecer a história se arrisca a ser devorado por ela. O povo tem hoje pouco pão e terá cada vez menos nos dias sofridos que se aproximam. Não o mandem comer bolos!

A Bastilha é frágil. Basta um rastilho de pólvora aceso para derrubá-la. A pólvora já está se acumulando na base de suas muralhas. Não são poucos aqueles cheios de intenções de acendê-la. Só falta a oportunidade adequada.

Não a forneçam!

A INESQUECÍVEL E INIGUALÁVEL CARMEM MIRANDA


Posted: 09 May 2015 08:27 AM PDT

Mesmo depois de sua morte, Carmen Miranda é lembrada por ser talvez a mais importante personalidade artística brasileira de todos os tempos, sendo considerada pelo American Film Institute, uma das "500 GRANDES LENDAS DO CINEMA".

O inicio de carreira de Carmem... Vários compositores almoçavam na pensão, entre eles Pixinguinha e seu grupo, e Carmen foi ficando popular como cantora: cantava em festas, reuniões e festivais. Tinha uma interpretação diferente, um quase imperceptível sotaque português que fazia mais graciosa sua apresentação. Seu repertório era composto basicamente de tangos. Em 1928, Carmen conheceu o compositor e violonista baiano Josué de Barros, que, impressionado com o seu talento, iniciou a jovem no meio artístico. O compositor, igualmente talentoso, tinha o mérito de ter “introduzido a MPB na Europa, antes da Primeira Guerra Mundial. Contudo, numa declaração de modéstia, Josué declarou em 1955 que a sua biografia podia ser escrita com três palavras: ‘eu descobri Carmen’.

A partir daí Josué passou a acompanhá-la em recitais, ensinou-lhe músicas populares, e, contra a vontade do pai, que não queria ver a filha “metida com essa coisa de música”, levou Carmen à Rádio Sociedade e depois a outras emissoras. (Logo seu José Maria foi vencido pelo sucesso da filha). Decidido a investir na cantora, Josué conseguiu com que ela gravasse um disco na gravadora Brunswick, com as músicas Não vá simbora e Se o samba é moda, ambas de Josué. O disco demorou a sair e surgiu uma nova oportunidade, a de fazer um teste na RCA Victor. Foi aceita imediatamente e em seguida gravou o seu segundo disco, com as músicas Triste jandaia e Dona Balbina, também de Josué de Barros. Como o primeiro disco ainda não havia sido lançado, os dois saíram simultaneamente, em janeiro de 1930.

O seu primeiro grande sucesso veio nesse mesmo ano, a marcha Ta-hi!, de Joubert de Carvalho. Desde então sua vida mudou completamente. Em menos de seis meses já era considerada a maior cantora popular brasileira. Passou a ser requisitada em festas e festivais promovidos por jornais e teatros, para cantar ou apenas comparecer, sua presença já era motivo de destaque.

Em 1931, excursionou para a Argentina junto com os cantores Francisco Alves, Mário Reis e o bandolinista Luperce Miranda, obtendo o primeiro êxito no exterior. Foi para esse país como cantora mais oito vezes (de 1933 a 1938). No ano seguinte participou de vários shows para promover músicas carnavalescas e fez uma grande excursão pelo nordeste do Brasil. Em 1933, Aurora Miranda, sua irmã mais nova, passou a acompanhá-la como cantora em diversos shows.

Sua estréia no cinema se deu em 1932 com o filme O Carnaval Cantado de 1932, e no ano seguinte A Voz do Carnaval, ambos de Adhemar Gonzaga. Carmem atuou em outras produções, todas de Wallace Downey: Alô, Alô, Brasil (1935); Estudantes (1935); Alô, Alô, Carnaval (1936) e Banana da Terra (1939), seu último filme no Brasil, no qual interpretava “O que é que a baiana tem?” acompanhada pelo Bando da Lua. Foi nesse filme que criou o estilo que a consagrou no mundo inteiro: roupas de baiana, turbantes, balangandãs, sandálias plataforma, as conhecidas gesticulações dos braços e do corpo.

Carmen foi cantora exclusiva de diversas rádios: Victor (em São Paulo), Mayrink Veiga (onde foi “a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando todos recebiam somente cachês”), Odeon e Tupi. Recebeu diversos slogans: “Cantora do it”, “Embaixatriz do samba”, “Ditadora risonha do samba” e, o mais significativo, “Pequena Notável”, sendo os dois últimos criados por César Ladeira, famoso radialista.

Em 1938 seu pai faleceu. Carmen ficou muito abalada e pensou até em abdicar de sua carreira, mas tinha vários contratos fechados. Até 1939, ano em que foi morar nos Estados Unidos, a Pequena Notável cantou em cinemas, cassinos, teatros, rádios e feiras, além das diversas excursões que fez a São Paulo e à Argentina. Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo empresário norte-americano Lee Schubert, que ficou impressionadíssimo com o seu talento, para ser uma das principais intérpretes na revista musical The Streets of Paris, na Broadway, ao lado de grandes nomes.

Três dias antes da sua partida, houve uma festa de despedida no auditório da Rádio Mayrink Veiga e César Ladeira celebrou o triunfo de Carmen com essas palavras: ‘Contratada diretamente, sem nenhum empenho particular de quem quer que seja, apenas pelo valor pessoal, pelo valor indiscutível de sua arte incomparável, Carmen Miranda vai levar a música do Brasil em sua expressão mais encantadora para a Broadway.’” Lee Schubert não queria que Carmen levasse o Bando da Lua, mas a cantora exigiu que o grupo a acompanhasse e se comprometeu a pagar as despesas de três dos sete componentes do grupo. Carmen e o Bando da Lua seguiram para os Estados Unidos em maio de 1939.

Ela está nas declarações de um dos maiores pensadores do século 20, o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein que descrevia os filmes de Carmen como "duchas que ele gostava de tomar depois de ensinar filosofia". Sua imagem também está no elogio do poeta Vinicius de Moraes que comentava que ela "tinha a essência da verve de uma artista".

Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, deixou Portugal em 1910 para tentar a vida no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, e montou uma barbearia; Sua mãe, Maria Emília Miranda da Cunha, só veio ao Brasil quando o marido estava estabelecido. Trouxe com ela as duas filhas pequenas do casal, Olinda (1907 - 1931) e Maria do Carmo, então com um pouco mais de um ano de idade. O casal teve mais quatro filhos, todos cariocas: Amaro, Cecília, Aurora e Oscar.

Maria do Carmo passou a ser chamada por Carmen pela família quando ainda era adolescente, por influência da ópera Carmen, de Georges Bizet. Desde criança a menina tinha propensão para cantar. Mas queria ser freira, e só não realizou seu sonho por interferência do pai. Estudou num colégio de freiras mas não chegou a completar o curso ginasial porque, aos 14 anos, precisou interromper os estudos para trabalhar e ajudar no sustento da casa. Foi balconista numa loja de gravatas e aprendiz de chapelaria numa loja de chapéus femininos. Era muito criativa e excelente vendedora. Em 1925, passando por graves problemas financeiros, S. José e D. Maria Emília resolveram abrir uma pensão em sua própria casa para tentar aumentar a renda da família e para que todos os filhos pudessem trabalhar. Olinda, sua irmã mais velha, era costureira e ensinava o ofício a Carmen, que aprendia rapidamente e logo passou a fazer suas próprias roupas. Olinda era considerada a mais bonita de todas as irmãs, e cantava muito bem. Mas morreu jovem, aos 23 anos, vítima da tuberculose. Todos os seis irmãos tiveram propensão à música, herdada da mãe, D. Maria Emília, que também cantava muito bem.

Para Caetano Veloso, que teve Carmen como uma de suas musas no Tropicalismo, ela "era mais uma ausência do que uma referência nas conversas sobre música popular no Brasil pós-Bossa Nova", escreveu o cantor e compositor em seu livro "Verdade Tropical" (1997). "O fato de ela ter se tornado uma figura caricata de que a gente crescera sentindo um pouco de vergonha, fazia da mera menção de seu nome uma bomba de que os guerrilheiros tropicalistas fatalmente lançariam mão", continua Veloso, contando como Carmen chegou a ser resgatada no final dos anos 1960. "Ela criou um estilo e uma fantasia que sempre me lembram o Charles Chaplin. Para ele, era a cartola e a bengala, e para ela, foi realmente o traço estilizado da baiana."

Para o crítico de cinema Dave Kehr do The New York Times, Carmen Miranda foi "uma das poucas artistas que atravessaram o espectro cultural, deixando sua marca absurda e pomposa na representação feminina." E a compara como a precursora de Jerry Lewis, que "trouxe uma imprevisível anarquia ao sisudo mercado (norte-americano) de estúdios de filmagem".

Em 1952, uma pesquisa realizada pela revista norte-americana “Variety” apontou Carmen como a mulher mais imitada dos Estados Unidos. Em Hollywood, ela foi central no cenário estético e tecnológico dos anos 1940. Seus figurinos e coreografias participaram e contribuíram em tendências da moda e até mesmo no desenvolvimento da tecnologia da cor no cinema.

Foi Carmen também quem ajudou a encurtar distâncias entre as Américas. É o que explica o historiador Antonio Pedro Tota. Em seu livro Imperialismo Sedutor, ele a considera o elo da então relação amigável entre Brasil e Estados Unidos, explicitada nas telas de cinema. A idéia de propagar a liberdade nas Américas e promover filmes e cines-jornal sobre a terra do Tio Sam colocou Carmen Miranda no ápice do universo cinematográfico. O seu primeiro Longa-metragem, Serenata Tropical "tirou" a 20th Century Fox do "vermelho". Mais do que isso: nas gravações, Carmen representou o Brasil e se consagrou justamente por ser uma artista completa - ela cantava, dançava e atuava. “Carmen Miranda foi a maior embaixadora do Brasil nos EUA naquela época. Uma artista genuinamente brasileira, apesar da sua origem, que representava o país, beneficiado pela imagem dela, em vez de ser representado por uma americana forçadamente versada em latina“, diz João Batista de Almeida, professor de comunicação da Universidade de Ribeirão Preto.

Foi a primeira artista brasileira a lançar moda, inclusive nos EUA – o “Miranda look” foi adaptado e usado nas ruas em todo mundo ocidental e ainda hoje influencia muitos estilistas que nela buscam inspiração. O sucesso foi tanto que as luxuosas lojas da Quinta Avenida, em Nova York, substituíam as criações de Dior e Chanel pelas suas fantasias de baiana, seus sapatos plataforma e turbantes.

Na década de 90 a cantora foi requisitada pela moda no Brasil que estava se organizando e tentando estabelecer um calendário unificado para os desfiles. A imagem de Carmen Miranda tornou-se tão importante para esse setor que a artista foi resgatada durante todo o processo de estruturação do campo da moda no país.

Em 1991, o jornalista e crítico Paulo Francis resumiu numa frase a alma do mito. "Sua personagem é uma criação tão inspirada quanto o Carlitos, de Charlie Chaplin". Não é à toa que ambos foram dois dos precursores do bom humor na arte que desfrutamos hoje.

"Acredito que a visão em relação à figura de Carmen está mudando, as pessoas estão vendo com mais clareza o impacto que ela causou tanto na nossa cultura como na dos Estados Unidos. O legado dela está sendo mais valorizado, na época havia uma elite que não queria ver a imagem do país associada a Carmen e às músicas que cantava. Mas ela continua sendo um ícone tão forte que jamais envelheceu e segue despertando o interesse de diferentes gerações" comenta Helena Solberg que em 1995 dirigiu o filme Carmen Miranda: Bananas is my Business. No mesmo ano, o Lincoln Center, de Nova York, promoveu espetáculo em lembrança do 40° aniversário de sua morte, com direção de Nelson Motta e participações de Bebel Gilberto, Aurora Miranda, Eduardo Dusek, Maria Alcina, Marília Pêra e outros. O repertório de Carmen Miranda serviria de molde para cantoras muito posteriores como Gal Costa (Balancê), Elis Regina (Na batucada da vida), Paula Toller (E o mundo não se acabou), Marisa Monte (South American Way), Adriana Calcanhotto (Disseram que Voltei Americanizada), Daniela Mercury (O Que É que a Baiana Tem?) e Ivete Sangalo (Chica Chica Boom Chic). Isso porque, além de antecipar a era multimídia, inventar um molde fashion, prenunciar a atitude tropicalista e sacudir a embrionária cena do show business, Carmen ainda plantou sólidos alicerces da chamada linha evolutiva da MPB.

"Nós tendemos a esquecer, mas nenhuma mulher brasileira nunca foi tão popular como Carmen Miranda - no Brasil ou em qualquer lugar." disse Ruy Castro a revista norte-americana Newsweek, cuja biografia "Carmen" (Companhia das Letras) lançada em 2005, conquistou o Prêmio Jabuti de livro do ano de não-ficção em 2006.

Por conta do uso cada vez mais freqüente dos barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante, Carmen desenvolveu uma série de sintomas característicos do uso de drogas, seu médico brasileiro constatou a dependência química e tentou desintoxicá-la. Ficou quatro meses internada em tratamento numa suíte do hotel Copacabana Palace. Carmen melhorou, embora não tenha abandonado completamente remédios. Os exames realizados no Brasil não constataram alterações de freqüência cardíaca.

Quatro meses depois regressou aos EUA, para reencontrar seu marido e reassumir seus compromissos como artista. Aceitou todas as propostas de trabalho, e, estafada, aos 46 anos, em 5 de agosto de 1955, após uma apresentação num programa de TV, teve um enfarte fulminante quando ia dormir. Estava sozinha, em seu quarto, e só foi encontrada no dia seguinte, por seu marido. Foi enterrada no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. O enterro foi acompanhado por mais de 500 mil pessoas cantando Ta-hi!, seu primeiro sucesso e Adeus batucada.

D. Maria, sua mãe, voltou para o Rio e viveu na casa que era de Carmen até sua morte, em 1971. David Sebastian, seu marido, que só veio conhecer o Brasil no dia do enterro de Carmen, voltou para os Estados Unidos para retomar seu trabalho como empresário e, pouco tempo depois, casou-se com uma amiga do casal que, ironicamente, chamava-se Carmen. Ficou explícito que David como empresário explorou sua esposa, e a fez sofrer muito com sua indiferença pelo Brasil.

No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo.

fonte - http://remiltonroza.blogspot.com.br/2015/05/a-inesquecivel-e-inigualavel-carmem.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+CruzandoOUmbral+(CRUZANDO+O+UMBRAL)

A PARANOIA E A GENIALIDADE DE VINCENT VAN GOGH



Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo. O Museu Van Gogh em Amesterdão é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.

Nenhum pintor sentiu melhor a força da música cromática da noite que o atormentado holandês Vincent van Gogh. Após exprimir a vida miserável dos camponeses e da gente humilde, em sua alucinação expressionista Van Gogh descobriu, no período de Arles (fevereiro de 1888 - maio de 1889), sob a influência dos dias iluminados pelo sol do Midi francês, o impacto das cores vivas da primavera que o conduziram a um novo cromatismo, bem como a uma nova visão fulgurante de um Universo profundo, ilimitado e infinito. Com estas descobertas, uma notável irradiação surgiu em suas telas, o que lhe permitiria ultrapassar o Impressionismo para atingir uma arte exaltada e violentamente expressionista.

Vincent Willem van Gogh (pronúncia em neerlandês: [ˈvɪnsɛnt vaŋ ˈxɔx] Ltspkr.png ouça; Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.

A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, em 17 de Março de 1901.

Os astros não mentem! Segundo eles, o genial pintor holandês Vincent van Gogh pintou Casa Branca à Noite, uma de suas últimas telas, às 20 horas de 16 de junho de 1890. A conclusão é do físico americano Donald Olson, segundo ele, Van Gogh sempre demonstrou interesse pela astronomia. “Prova disso são cinco de seus quadros retratando com precisão o céu estrelado ao anoitecer”, afirma.

Mas como Olson descobriu o horário em que o gênio suicida pintou a obra? Primeiro, ele notou na tela um corpo celeste maior e mais iluminado que os outros. Só podia ser Vênus. A partir daí, Olson e seu colega Russell Doescher combinaram dados históricos em programas de computador, determinando a posição exata do planeta e das estrelas ao seu redor no período estimado pelas biografias de pintor.

“Assim que vi a obra, fiquei extasiado com seu realismo astronômico”, diz o físico. O fascínio foi tanto que o americano organizou uma excursão à Auverssur-Oises, no noroeste da França, onde identificou o que acredita ser a casa branca pintada por Van Gogh.

E nesse momento que o seu interesse, ou melhor, a sua sensibilidade de gênio o conduz ao Cosmo, ao Sol, às estrelas e aos planetas. Seduzido pela luz artificial, em Café noturno (setembro de 1888 - Arles), e pela miragem das noites, em Café de calçada à noite (outono de 1888 - Arles), ou pelas cintilações e reflexos das estrelas nas águas, em Noite estrelada (1889 - St. Rémy), Van Gogh procurou exprimir as noites cheias de estrelas em uma nova realidade luminosa e cromática até então desconhecida dos artistas.

Van Gogh confessaria a seu irmão, Theo, que experimentava uma terrível necessidade de sair à noite para pintar as estrelas. Movido por este impulso, Van Gogh instalou-se às margens do Ródano, de início colando velas nas abas do seu chapéu, depois sob um lampião de gás, para alumiar a palheta e a tela. Deste modo, Van Gogh pintou as estrelas em telas que, finalmente em setembro, seriam enviadas a Theo, com a observação de que a Noite estrelada era uma de suas obras mais calmas. Do ponto de vista artístico, Van Gogh encontrou em Arles, na Provença, uma nova harmonia na expressão da noite que não só seria o símbolo da vida, mas também o símbolo da morte. Depois de uma crise nervosa, na véspera do Natal, após violenta discussão com Gauguin, Van Gogh cortou a própria orelha. Logo em seguida, o pintor das estrelas solicitou ao irmão ser internado no asilo de Saint-Rémy. No período de Saint-Rémy (maio de 1889 - março de 1890), as estrelas continuariam dominando as suas telas, agora associadas aos ciprestes, que parecem ascender ao céu como flamas verdes imensas. É desse período uma série de novos estudos do céu estrelado: Noite estrelada (junho de 1889 - Museu de Arte Moderna de Nova York); Os ciprestes (também de junho de 1889 - Metropolitan Museum de Nova York); Passeio ao crepúsculo ou Casal ao luar (outubro de 1889 - Museu de Arte de São Paulo).

Dos seus quadros sobre o céu noturno, o mais notável é O caminho dos ciprestes (maio de 1890 - Museu Krõller - MüIler, Otterlo, Holanda), pintado em Auverssur-Oise, que Van Gogh descreveu em carta a Gauguin, de 17 de junho de 1890: "Um céu noturno com uma lua sem brilho, só o delgado crescente emergindo da sombra opaca projetada da Terra, uma estrela com um brilho exagerado, se você quiser, brilho suave de rosa e verde no céu ultramar onde passam as nuvens (...) Muito romântico, se lhe parece, mas também acho provençal...".

Nessa tela, a "estrela com brilho exagerado" é Vênus, que esteve em conjunção com a Lua em 19 de junho de 1890. Convém lembrar que, na época, Vênus Estrela da Tarde apresentava-se como um astro de visibilidade vespertina, na constelação de Câncer, quando também atingiu a maior latitude heliocêntrica norte. Por outro lado, o fenômeno que Van Gogh descreveu como "sombra opaca projetada da Terra" da qual emerge o fino crescente lunar é o conhecido fenômeno da luz cinzenta, tão comum logo que tem início a Lua nova. De fato, o crescente muito delgado - pouco luminoso - permite que se observe melhor a tênue luz cinzenta, ou seja, a luminosidade proveniente da Terra que a superfície lunar reflete. Assim, apesar da exaltação de cores, Van Gogh era um artista que não desprezava os modelos nem a realidade dos fenômenos. Ele soube, como ninguém, ouvir a sinfonia cromática do céu.

Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contatos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.

Van Gogh era filho de Theodorus, um pastor da Igreja Reformada Neerlandesa (calvinista), e de Anna Cornelia Carbentus. Recebeu o mesmo nome de seu avô paterno e também daquele que seria o primogênito da família, morto antes mesmo de nascer exatamente um ano antes de seu nascimento. Especula-se que este fato tenha influenciado profundamente certos aspectos de sua personalidade, e que determinadas características de sua pintura (como a utilização de pares de figuras masculinas) tenham sido motivadas por isso. Ao todo, Vincent teve dois irmãos: Theodorus, apelidado de Theo, e Cornelius (Cor); e três irmãs: Elisabeth, Anna e Willemina (Will). Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Desenvolveu através dos anos uma grande amizade e forte ligação com seu irmão mais novo, Theo. A vasta correspondência entre Theo e Vincent foi preservada e publicada em 1914, trazendo a público inúmeros detalhes da vida privada do pintor, bem como de sua personalidade. É através destas cartas que se sabe que foi Theo quem suportou financeiramente o irmão durante a maior parte da sua vida.

Em 1880, Vincent decidiu seguir a sugestão do seu irmão Theo e levar a pintura mais a sério. Ele partiu para Bruxelas para tomar aulas com Willem Roelofs, que o convenceu a tentar a Academia Royal de Artes. Lá ele estudou um pouco de anatomia e de perspectiva.

Em 1881, Van Gogh mudou-se com a família para Etten, onde ficou amigo de Kee Vos-Stricker, sua prima e filha de Johannes Vicent Stricker. Ao pedi-la em casamento, ela o recusou com um enérgico "nunnncaaaaa". Porém, Van Gogh insistiu em sua ideia, o que gerou conflitos com seu pai. No final do mesmo ano, Vincent partiria para a Haia. Na Haia, ele juntou-se a seu primo, Anton Mauve, nos estudos de arte. Envolveu-se com uma prostituta grávida e já mãe de um filho, conhecida como Sien. Quando o pai de Van Gogh soube do relacionamento do filho, exigiu que ele a abandonasse.

Em 1883, mudou-se para Nuenen (Holanda) onde se dedicou à pintura. Lá se apaixonou pela filha de uma vizinha, Margot Begemann. Decidiram se casar, mas suas famílias não aceitaram o casamento, o que fez com que Margot tentasse o suicídio.

Em 1885, o pai de Van Gogh morreu de infarte. Neste mesmo ano ele pintou aquela que é considerada a sua primeira grande obra: Os Comedores de Batata. Em novembro do mesmo ano, muda-se para Antuérpia.

Os Comedores de Batata - By Van Gogh

O estilo de pintura acompanhou a mudança psicológica e Van Gogh trocou o pontilhado por pequenas pinceladas. Van Gogh apresenta sintomas de paranoia e imagina que lhe querem envenenar. Os cidadãos de Arles, apreensivos, solicitam seu internamento definitivo. Sendo assim, van Gogh passa a viver no hospital de Arles como paciente e preso. Rejeitado pelo amigo Gauguin e pela cidade, descartados seus planos da comunidade de artistas, se agrava a depressão de Van Gogh, que tinha como único amigo seu irmão Theo, que por sua vez estava por casar-se. O casamento de Theo contribui para a inquietação de Vincent, que teme pelo afastamento do irmão.

Em 1889, aos 36 anos, pediu para ser internado no hospital psiquiátrico em Saint-Paul-de-Mausole, perto de Saint-Rémy-de-Provence, na Provença. A região do asilo possuía muitas searas de trigo, vinhas e olivais, que transformaram-se na principal fonte de inspiração para os quadros seguintes, que marcaram nova mudança de estilo: as pequenas pinceladas evoluíram para curvas espiraladas. Em maio de 1890, Vincent deixou a clínica e mudou-se de novo para perto de Paris (em Auvers-sur-Oise), onde podia estar mais perto do seu irmão e frequentar as consultas do doutor Paul Gachet, um especialista habituado a lidar com artistas, recomendado por Camille Pissarro. Gachet não conseguiu melhorias no estado de espírito de Vincent, mas foi a inspiração para o conhecido Retrato do Doutor Gachet. Em Auvers Van Gogh produz cerca de oitenta pinturas. Entretanto, a depressão agravou-se, e a 27 de Julho de 1890, depois de semanas de intensa atividade criativa (nesta época Van Gogh pinta, em média, um quadro por dia), Van Gogh dirige-se ao campo onde disparou um tiro contra o peito. Arrastou-se de volta à pensão onde se instalara e onde morreu dois dias depois, nos braços de Theo. As suas últimas palavras, dirigidas a Theo, teriam sido: "La tristesse durera toujours" (em francês, "A tristeza durará para sempre").

A doença de Van Gogh foi analisada durante os anos posteriores e existem várias teses sobre o diagnóstico. Alguns como o doutor Dietrich Blumer, em artigo publicado no American Journal of Psychiatry, mantém o diagnóstico de epilepsia do lobo temporal, agravada pelo uso do absinto.

10 conselhos que roubei de pessoas mais produtivas do que eu

Ser mais produtivo é questão de escolhas; aprenda como fazer as certas


Ryan Holiday
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Como todas as pessoas, eu gosto de pensar em mim mesmo como uma pessoa produtiva. Se eu sou, porém, é porque fui impiedosamente eficiente em uma coisa: roubar os segredos e métodos de pessoas que são bem mais inteligentes do que eu.
Em minha carreira, tive a felicidade de entrar em contato com autores renomados, empreendedores bem sucedidos, investidores, executivos, e pessoas criativas. Alguns não conheci pessoalmente, mas encontrei seus pensamentos em forma de livro. Sabendo eles ou não, eu incorporei o que julguei serem suas melhores ideias quanto a produtividade.
Abaixo estão os segredos que aprendi dessas pessoas. Obrigado, pessoal! Vocês me ajudaram a realizar mais coisas e a ser mais criativo.

1- Listar tarefas

Com Tim Ferris aprendi a arte da lista de tarefas. Uma simples e direta lista. Um cartão de anotações, cinco ou seis itens grandes e é isso. Todos os dias eu risco essas itens da lista e rasgo o cartão onde fiz as anotações. E esse é o sistema.

2- Guardar referências de livros

Robert Greene, renomado autor do livro As 48 leis do poder, me mostrou como ele cria seus livros. Seu sistema de notas mudou minha vida. Dobro as páginas de cada livro que eu leio e então volto e seleciono as informações que quero e as transfiro para cartões de anotações. Então organizo essas notas por tema em caixas. Hoje eu já acumulo centenas de milhares desses cartões, aos quais recorro quando preciso de uma anedota, fato, inspiração, estratégia, história ou exemplo.
Com Tobias Wolff, em seu livro Meus dias de escritor, aprendi a guardar tempo para digitar citações e passagens de ótimos livros. Faço isso quase todos os finais de semana. Isso me fez um digitador mais rápido, um escritor bem melhor e uma pessoa mais sábia. Do filósofo Montaigne, aprendi a importância de manter um livro de referências. Se algo chama a sua atenção, escreva, grave em algum lugar. Use depois. Simples assim.

3- Manter um diário

De Casey Neistat, popular realizador de filmes, artista e youtuber, aprendi o truque de sempre manter um Moleskine pequeno por perto, no qual escrevo todos os dias: pensamentos, lembretes, anotações, lições. Prefiro um que caiba no meu bolso, assim sempre tenho papel comigo. Os últimos meses foram incrivelmente difíceis e esse diário me ajudou a lidar com isso.

4- Produtividade no email

Com David Allen & Merlin Mann aprendi a importância de ter uma caixa de entrada sempre zerada. Sempre. Ramit Sethi tem um conselho que me ajuda a cumprir o primeiro: você não precisa responder todos os emails que recebe. O botão "deletar" é um jeito rápido de manter a caixa de entrada no número zero. Outra dica: há uma ótima citação de Napoleão sobre como ele adiava abrir cartas para que, quando ele finalmente as abrisse, os assuntos não muito importantes já estivessem solucionados. tento fazer o mesmo quanto aos meus emails.

5- Dizer não

"Não" é a uma palavra poderosa e produtiva, segundo James Altucher. Nós pensamos que somos obrigados a dizer sim a tudo, e então nos questionamos porque não temos tempo suficiente. Aprender a dizer não - "Não, obrigado", mais especificamente - irá energizar e animar você. Faça isso o máximo que puder.
fonte - http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/10-conselhos-que-roubei-de-pessoas-mais-produtivas-do-que-eu/87908/?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_campaign=News+-+11%2F06%2F2015

Um selo de 5.000 anos

Universidade Hebraica revela selo datado de 5 mil anosUniversidade Hebraica revela selo datado de 5 mil anos
O pesquisador Yitzak Paz, da Autoridade de Antiguidades de Israel, revelou o significado de um selo datado de 5 mil anos que foi descoberto na década de 1970 e que até essa semana não havia sido decifrado.
Segundo ele o desenho gravado no selo é o retrato de uma cena musical que mostra a figura de uma mulher sentada, tocando um instrumento, enquanto outras mulheres dançam.
Acredita-se que a imagem retrata um casamento sagrado mesopotâmico entre um rei e uma deusa. “O selo combina com outros anteriormente encontrados em Israel e na Jordânia, revelando diferentes aspectos da cerimônia de casamento”, disse Paz.
Ainda segundo o pesquisador, outro selo jordaniano mostra um ato sexual que os pesquisadores entendem como a consumação desse mesmo casamento.
O pesquisador destaca o tempo que foi gasto para decifrar o selo, mesmo sendo um objeto em bom estado de conservação. Paz também não se mostrou surpreso com a descoberta do selo, pois Jerusalém possui um grande campo arqueológico.

A Assembléia Gaúcha e a Farra dos Automóveis - CRISTALVOX

TRACK
Ao todo, são 129 veículos credenciados legalmente pelos 55 Deputados estaduais  para fazer uma gastança criminosa com o dinheiro dos gaúchos. A absoluta falta de controle pelo setor administrativo/financeiro, a inutilidade absoluta da presença da CAGE e o compadrismo com o Tribunal de Contas fazem da Assembléia do Rio Grande não um parlamento, mas UMA AÇÃO ENTRE AMIGOS.
A matéria publicada nesta sexta-feira, pela ex-amiga RBS,  por meio do jornal Zero Hora, dá a clara dimensão que o Parlamento do Rio Grande antes formado por homens da estirpe de Pedro Simon, Jarbas Lima, Carlos Giacomazzi, Guido Moesch para não fazer injustiça a tantos outros, virou em nossos dias uma casa MAL FALADA.
Não é crível que se abra o jornal e se leia que:  “Deputados estaduais gaúchos são investigados pela polícia, Ministério Público e Tribunal de Contas sobre o uso indevido de dinheiro destinado ao abastecimento de veículos. Conforme reportagem da RBS TV, no ano passado, os 129 veículos cadastrados pelos 55 gabinetes gastaram em média de R$ 35 mil cada, quase dez vezes a despesa média por viatura da Brigada Militar.”
A justificativa apresentada pelo Presidente da Assembléia beira a galhofa, a piada de “casas de dama”, a sacanagem com a inteligência do povo do Rio Grande.
Qualquer menino ou menina que comecem a deixar a puberdade – 12 anos – se ouvir a história do gasto com diárias e combustível dirá a expressão infante do momento: stop, eu fora! Um sujeito que sai de Porto Alegre  e vai para Santa Maria, onde possui casa própria e a declara como residência  oficial na cidade, não pode receber 1,5 diárias para dormir na cidade. Só vai gastar os R$ 1.200,00 SE PASSAR A NOITE NO MELHOR “RESTAURANTE”,   e assim mesmo será difícil encontrar um “CARDÁPIO EM BANDEIJA DE PRATA”,   tão caro para deixar a diária completa.
A comparação feita pelo jornal de que os deputados gaúchos gastam mais em combustível que a Brigada militar está equivocada. O cálculo não pode ser assim, isolado, simplista. Teria de dizer que  R$ 4,5 milhões por ano é capaz de comprar um veículo novo, de luxo, para cada deputado e ainda sobra troco..

A Suíça e as armas de fogo​...​ - Percival Puggina


A Suiça é o país mais seguro do mundo. Todo cidadão homem recebe uma arma do governo e fica pertencendo à guarda nacional até os 50 anos quando pode continuar com a arma se quiser.
Povo que não tem armas está entregue à vontade dos governantes. E ele ainda paga os guarda costas e a segurança deles.
Pense bem e não esqueça! ....
Os suíços têm a ideia certa sobre armas de fogo​!!
A Suíça é o país mais seguro do mundo para se viver.​..​ Não porque é um país neutro ou qualquer coisa desse tipo. Creio que é devido ao fato de que cada cidadão do sexo masculino é obrigado a manter uma arma de fogo em casa.
Quando um cidadão suíço do sexo masculino completa 20 anos, ele recebe um fuzil militar automático e duas caixas de munição para ter em sua casa, mais uma quinzena de dias de treinamento militar. Até completar os 50 anos ele é um soldado da Milícia Suíça e tem uma semana por ano de exercícios militares.
Todo cidadão do sexo masculino pode ser convocado para defender sua pátria se ela precisar. Aos 50 ele passa para a reserva e devolve o fuzil, ou o compra por uma quantia simbólica​.
Os suíços e as armas de fogo andam de mãos dadas como vão junto o arroz e o feijão no Brasil. O tiro ao alvo de estilo olímpico é o esporte nacional da Suíça e não é nada incomum ver um cidadão normal num trem, ônibus ou apenas caminhando pela rua com um rifle no ombro. A política da Suíça de exigir que todos os lares tenham uma arma de fogo,​ é uma das principais razões por que os nazistas não invadiram a Suíça na 2​.ª Guerra Mundial. Tivessem os nazistas invadido, teria havido muito mais sangue alemão escorrendo pelas ruas do que sangue suíço.
A Suíça é o lugar mais duro do mundo para ser criminoso, porque se você planejar arrombar ​a casa de alguém, você tem a certeza de que o dono da casa tem uma arma de fogo e foi treinado para usá-la.
Se você acha que os americanos são obcecados com a manutenção da Segunda Emenda [que protege o direito de eles terem e usarem armas para defesa], você ainda não viu nada até que visite a Suíça.
A Segunda Emenda da Constituição dos EUA foi inspirada nas políticas da Suíça. Se os suíços não tivessem as mesmas políticas do século XVII, é bem possível que a Segunda Emenda não existiria nos Estados Unidos hoje.
A maioria dos meninos dos Estados Unidos joga em pequenos times de beisebol ou futebol. Mas a maioria dos meninos da Suíça participa de competições locais de tiro ao alvo e se filia a clubes de tiro ao alvo quando completam 10 anos.
O passatempo nacional dos EUA é o beisebol.
O passatempo da Suíça é tiro ao alvo de precisão. Na Suíça, há menos de um homicídio por cada 100.000 cidadãos por ano, e em 99 por cento dos casos, não há envolvimento de uma arma de fogo.
Há apenas 26 tentativas de roubo por ano para cada 100.000 cidadãos.
A maioria desses roubos é cometida por estrangeiros e não envolve armas de fogo. Os crimes violentos praticamente não existem, mas todo lar tem uma arma de fogo.
Surpreso? Está escrito na lei suíça:
"O elevado número de armas de fogo per capita não leva a um índice elevado de crime violento". Isso está solidamente confirmado na Suíça. A Suíça é um dos países mais pacíficos do mundo.
O resto do mundo precisa pegar essa dica!

A CGU já anistiou as empreiteiras da Lava Jato - MODESTO CARVALHOSA


A Controladoria-Geral da União (CGU), que deveria ser um ente do Estado e nunca do governo – na mesma forma independente e autônoma como atua a Polícia Federal –, colocou-se, desde o início da Operação Lava Jato, a serviço das empreiteiras e fornecedoras envolvidas no esquema Petrobrás. Compõe esse órgão – hoje completamente desvirtuado de suas funções estritamente correcionais – a trinca que pratica por seus titulares e secretários-gerais, abertamente, a advocacia administrativa a favor das empresas corruptas, quais sejam, o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União (AGU).
A CGU é o braço executivo desse esquema de perseverante prevaricação ao promover, de todas as maneiras possíveis e impossíveis, os interesses das empreiteiras envolvidas no esquema Petrobrás para que continuem incólumes, sem nenhuma penalidade ou sanção, para assim prosseguirem contratando com o governo federal, notadamente nas novas concessões de infraestrutura anunciadas pela presidente da República, não obstante os delitos de grave corrupção revelados pela Operação Lava Jato. O objetivo dessa prevaricação concertada entre os três órgãos do Executivo é não permitir a declaração de inidoneidade dessas empresas corruptas, pois, se tal ocorresse, estaria quebrado o esquema político que sustenta o partido hegemônico e suas alianças partidárias.
O que pretende o governo é exatamente isto: manter absolutamente intacto o esquema de corrupção patrocinado pelas empreiteiras, impedindo que sejam elas processadas pela Lei Anticorrupção. O fato de a própria Petrobrás, que promoveu o esquema de corrupção objeto da Operação Lava Jato, ter declarado a inidoneidade das 27 empreiteiras e fornecedoras para novos contratos não abala a CGU no seu desiderato de manter totalmente íntegros os “direitos” dessas mesmas empresas notoriamente corruptas, mercê das provas coletadas pela Política Federal e pelo Ministério Público, acolhidas pela Justiça Federal.
Nesse sentido, e não obstante configurar desde logo crime de responsabilidade, o titular da CGU (conforme noticiou o Estado de 9/6), em entrevista dada ao Valor Econômico naquela mesma data, declarou que as empresas corruptas podem e devem participar dos leilões de concessão das obras de infraestrutura anunciados pela Presidência da República.
O ministro-chefe da CGU não vê nenhum impedimento a que as empresas investigadas na Operação Lava Jato participem do novo pacote de concessões de infraestrutura do governo. Para o chefe da CGU, eventual declaração de inidoneidade só afeta contratos futuros, ou seja, assinados depois desse tipo de punição. 
Literalmente, o titular da CGU afirma na referida entrevista ao Valor Econômico: “Eventual declaração de inidoneidade não tem impacto sobre os contratos existentes, elas (as empresas) podem continuar executando”. E prossegue o chefe da CGU: “Tecnicamente é sabido que parte dessas empresas citadas na Lava Jato são players importantes no âmbito da infraestrutura logística. Algumas já estão respondendo a processo de improbidade movido pelo Ministério Público. Somente após a conclusão do processo de responsabilização, e sendo punidas, é que ficariam impedidas”.
Esta aí, portanto, declarada a anistia prévia das empreiteiras corruptas no que respeita à plena continuidade de sua contratação, presente e futura, com o poder público federal.
De acordo com o “responsável” pela CGU, nenhuma punição que porventura surja das medidas propostas pelo combativo Ministério Público na Justiça Federal afetará os contratos que forem licitados e adjudicados pelas empreiteiras corruptas anteriormente ao trânsito em julgado do processo judicial de improbidade.
E para que essa participação das empreiteiras corruptas doravante se dê sem obstáculo algum o ministro-chefe da CGU conta com a morosidade do processo na Justiça Federal. Literalmente, diz ele na espantosa entrevista: “O processo de responsabilização (administrativa da Lei Anticorrupção) tem prazo de 180 dias que pode ser prorrogado. Eventuais acordos de leniência também. É um tempo muito célere comparado com o processo judicial de improbidade administrativa”.
Acontece que a CGU não promoveu nenhum processo administrativo de responsabilização das empreiteiras e fornecedoras corruptas, nem promoverá tais processos, nunca. Por isso é que a Nação brasileira está pedindo que a Procuradoria-Geral da República, urgentemente, substitua a omissa CGU no processo administrativo previsto na Lei Anticorrupção, conforme estabelece o seu artigo 20. Por esse dispositivo de substituição processual cabe ao Ministério Público incluir nos pedidos da ação civil pública contra as empreiteiras corruptas também a multa e a declaração de inidoneidade previstas naquele diploma de 2013.
Acontece, ainda, que uma das modalidades com que a CGU contava para desde logo absolver as empresas corruptas envolvidas na Lava Jato era o acordo de leniência, que pretendia fazer ilegalmente com todas elas, embora a Lei Anticorrupção somente a admitida para a primeira empresa que se disponha a aprofundar as denúncias contra as demais. Mas as empresas da Lava Jato negaram-se até agora a firmar esse simulacro de acordo com a CGU, na medida em que deveriam confessar os delitos corruptivos para se beneficiarem da anistia.
Fracassado esse simulacro, a CGU resolveu agora declarar – pura e simplesmente – que as empreiteiras corruptas podem continuar contratando com o governo federal, livre e irrestritamente. Tal declaração do ministro-chefe da CGU caracteriza crime de responsabilidade, no viés da prevaricação e do favorecimento.

Os novos malignos



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Marcos Coimbra

Existem pessoas que pensam vinte e quatro horas por dia em fazer o al, como tirar dinheiro principalmente da classe média e dos menos favorecidos, tanto na esfera pública como na área privada. São os malignos, criaturas do mal. Nero, Calígula, Herodes. Foram sucedidos pelos novos malignos, mais sutis.  No setor público, criam dificuldades para gerar facilidades. Há dezenas de impostos, taxas, contribuições tarifas e cobranças de toda ordem. Aumentam arbitrariamente as alíquotas.

Inventam justificativas pueris para extorquir o cidadão. Agora, a prefeitura do Rio de Janeiro, ao transferir da Santa Casa para a iniciativa privada a administração dos cemitérios, criou um verdadeiro IPTU dos mortos. Vai começar a ser cobrada dos proprietários dos jazigos uma taxa de até R$ 500,00 por ano a título de manutenção, para começar, sob pena de perda da propriedade em três anos. Isto é para começar. Depois, o céu é o limite.
Ao mesmo tempo, diminuíram a alíquota do IPTU de supermercados para quase a metade e beneficiam os segmentos financeiro e bancário, que, apesar de usufruírem o maior lucro da história, praticamente nada pagam de imposto de renda em comparação com o assalariado. É a tática “Hood Robin”: tirar dos pobres e remediados para dar aos ricos, ao contrário do lendário aventureiro Robin Hood. A indústria de multas prospera inclusive com a sociedade de empresas privadas.

A cada mudança na legislação ocorre mais um assalto ao contribuinte. Tanto na esfera federal, como na estadual e na municipal. Os governantes estão cada vez mais ricos. Vão ao Exterior como o cidadão comum vai à Niterói. Gastam fortunas em festas suntuosas e segurança para si e para seus parentes. Transmitem o mandato legislativo de pai para filho, de marido para mulher,  de avô para neto, ancorados em uma sólida base assistencialista e clientelista, usando a corrupção. O empreguismo é desenfreado. E o pior. Pouco é dado em contrapartida. As estradas estão resumidas a uma sucessão de crateras (vide BR-101), a energia vai entrar em colapso em mais um ano caso o Brasil volte na crescer acima de 3 % ao ano. A corrupção campeia em todos os segmentos.

As comunicações foram entregues a corsários alienígenas. A saúde pública está abandonada. A educação pública, refém de cotas, forma analfabetos funcionais. A segurança pública desapareceu. A previdência pública está sendo deliberadamente quebrada, para propiciar o crescimento da previdência privada. Os fundos de pensão estão sendo saqueados. O país cresce como rabo de cavalo. Para baixo. Enquanto isto, países pertencentes aos BRICS, em especial China, e Índia crescem. São nações soberanas e em desenvolvimento. Mas lá os corruptos são exterminados com um tiro na nuca e a família ainda paga a bala.

Na esfera privada, progressivamente toda a atividade produtiva vai sendo comprada pelo segmento financeiro. De fato, o segmento especulativo no Brasil agora usa empresas comerciais e industriais para captar clientes cativos e lucrar, de fato, no giro do dinheiro. É por esta razão que, atualmente, é muito difícil comprar à vista em qualquer loja. O desconto oferecido não compensa, quando é comparado com a possibilidade de pagamento no cartão de crédito, em várias parcelas, “sem juros”. É óbvio que o valor dos juros já está embutido no preço estipulado da mercadoria oferecida. Vejam as ofertas das principais lojas de varejo no Brasil. Aceitam o pagamento em 12 vezes, com início até dois meses depois da compra, sempre anunciando, com raras exceções, que o valor é o mesmo tanto para o pagamento à vista como em “suaves” prestações. Evidentemente, não pode ser. Outro exemplo marcante é o empréstimo com consignação em folha para aposentados e pensionistas, com risco zero para os Bancos, que chegam a cobrar até 5% ao mês. É uma das maiores crueldades perpetradas contra os menos favorecidos, os quais estão se endividando brutalmente, estimulados por irresponsáveis meios de comunicação, sem o menor controle por parte das autoridades econômicas.

Mais um exemplo é a chamado Bolsa Família, que agrupou vários benefícios de caráter assistencialista, com finalidade nitidamente eleitoreira. É inclusive um obstáculo à mobilidade social, pois se o beneficiário conseguir algum rendimento adicional legal, perde a doação, abrindo caminho para uma grande quantidade de desvios e descaminhos, favorecendo a economia informal. É criada a cultura do “coitadinho”, onde não é necessário esforço para conseguir o sucesso. Não precisa estudar, nem trabalhar, pois o Grande Pai proverá tudo aquilo necessário. Surgem as quotas e bolsas. Se não possui casa própria é só invadir que lhe será dada.Só que a fonte fornecedora dos recursos está secando, pois cada vez mais existe menos renda na população pagadora de impostos e mais “benefícios” criados pelos malignos.

É difícil combater os malignos, pois seu poder é incomensurável. Controlam os meios de comunicação, elegem representantes no Poder Executivo e no Legislativo. Influenciam até o Judiciário, nomeando “adeptos”. O povo brasileiro merece respeito e dignidade. É chegada a hora de todas as pessoas de bem unirem-se para que, algum dia, nossa Pátria volte a ser o que já foi em tempos passados. Um Brasil soberano, em ritmo de desenvolvimento, funcionando quase a pleno emprego, com uma classe média pujante e com a contrapartida de serviços coletivos dignos.

Marcos Coimbra, Economista, é Professor, Acadêmico Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.