segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Elas no comando: comprar imóvel é coisa de mulher

A mulher conquistou o mercado de trabalho, se qualificou e ganhou o poder de decisão, sobretudo na hora das compras. Segundo dados do Data Popular, empresa especializada em pesquisas de mercado, são elas que mandam no planejamento das férias em 82% das situações, decidem sobre o que o casal vai comer em 86% dos casos e escolhem a roupa que o parceiro vai usar em 77% das vezes. Quando se trata de decidir sobre o imóvel em que a família vai morar, a palavra final também é delas.
Leandro Palmeira, diretor comercial da GIVE Imóveis explica que esse poder de decisão das mulheres fica bastante evidente quando o assunto é a compra da casa ou apartamento novo. Na maioria das vezes é a mulher quem dá a palavra final. Ela é a que mais entende de casa e repara em detalhes que os homens dificilmente percebem. “Dentro do negócio imobiliário, o homem em geral se preocupa mais em pagar as prestações. No caso das mulheres, a atenção aos detalhes é maior”, conta ele.
Mas o que as mulheres querem?
Saber o que uma mulher quer na vida é uma pergunta que nem Freud conseguiu responder, mas quando se trata da casa própria, Leandro Palmeira tem a resposta: para ele, o que a mulher procura em um apartamento é praticidade, segurança e área de lazer. “A maioria das mulheres trabalham fora e, por isso, buscam um imóvel prático para não perderem o tempo destinado ao descanso com organização e manutenção da casa”, diz.
O imóvel ideal para a mulher é aquele que atende as necessidades e se encaixa nas condições financeiras da família. Todavia, Palmeira deixa claro que apesar de o poder de decisão na compra do imóvel ser da mulher, essa aquisição é do casal, portanto o homem não é excluído do processo, mas se a mulher não gostar, a família não compra.
Parece que o famoso jargão masculino que diz “A última palavra lá em casa é minha: ‘sim, senhora’” tem mesmo um fundo de verdade.

Fonte: imovelweb.com.br

Setor imobiliário é alvo de parcerias do Pão de Açúcar
CAROLINA MATOS - SP

Dono de 1,5 milhão de metros quadrados em terrenos com potencial de construção no país --o equivalente a 150 quarteirões--, o Grupo Pão de Açúcar investe em parcerias no mercado imobiliário.
Mais de 60% dessa área total está na capital paulista, que já vive um apagão de terrenos comerciais amplos em endereços nobres, e na Grande São Paulo.
Para fazer esse patrimônio render, a varejista investe em empreendimentos mistos, com torres residenciais e comerciais perto das suas lojas.
O plano é que entre 20% e 30% das unidades da companhia abertas a partir do ano que vem no ramo de alimentação --bandeiras Pão de Açúcar, Extra, Assaí-- sigam esse modelo. O grupo possui ainda as marcas Casas Bahia e Ponto Frio.
A companhia, que está presente em 19 Estados e no Distrito Federal, estuda 25 projetos nas capitais de pelo menos sete Estados, incluindo RJ, MT e CE, além de SP.
Na última quinta-feira, foi anunciado, em parceria com a Cyrela, um empreendimento na zona oeste da capital paulista com uma torre residencial com 397 apartamentos, uma comercial com 575 salas e uma loja da varejista com bandeira ainda a definir.
E há mais dois projetos, um em Guarulhos e outro em Santo André, sendo analisados pelas prefeituras.
O VGV (Valor Geral de Vendas) estimado no empreendimento que será construído pela Cyrela em SP gira em torno de R$ 570 milhões, de acordo com a construtora, sendo R$ 120 milhões pertencentes ao Pão de Açúcar.
A varejista entra com o terreno --de 13 mil m² no caso do citado acima-- e com a loja do grupo. Todo o investimento restante cabe à construtora parceira. Nesse projeto específico, a Cyrela calcula aplicar entre R$ 360 milhões e R$ 380 milhões.

DESENVOLVER O VAREJO

A estratégia do Pão de Açúcar no segmento de imóveis, no entanto, não significa que a empresa pretenda mudar de ramo, afirma Caio Mattar, presidente-executivo da GPA Malls & Properties, braço imobiliário do grupo.
"Nossa intenção é otimizar nossos ativos, mas sempre com objetivo de desenvolver o varejo, que é o negócio da empresa", diz o executivo.
"A loja do grupo é uma âncora para a valorização de áreas. Ao mesmo tempo, o restante do terreno é aproveitado para favorecer a região e o próprio fluxo para a loja."
Em 2006, o Pão de Açúcar fez uma parceria considerada "piloto" com a construtora Halna no bairro Jaguaré, também zona oeste de SP.
Do terreno de 76 mil m², a loja do grupo, inaugurada em 2002 e da bandeira Extra, ocupa 40 mil m². O restante foi aproveitado para a construção de seis torres residenciais, com 390 apartamentos entregues em 2009.