sexta-feira, 27 de julho de 2012

México multa em US$ 28 mi o HSBC por lavar dinheiro


by Fábio Pannunzio

Autoridades mexicanas decidiram multar o HSBC, uma das maiores instituições financeiras do mundo, em US$ 28 milhões (R$ 57, 1 milhões) por falhar na prevenção da lavagem de dinheiro por meio de contas do banco no país.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, é a maior multa já aplicada a um banco no México -ela equivale a cerca de metade do lucro auferido pela subsidiária mexicana do HSBC no ano passado.
O presidente da comissão, Guillermo Babatz, disse que, nos anos 2000, o banco chegou a ser o maior canal de transferência de dólares do México para os EUA -metade do fluxo total, bem superior à fatia do mercado bancário mexicano que o HSBC detinha.
Há nove dias, investigação do Senado americano concluiu que a subsidiária do HSBC nos EUA descumpriu leis contra lavagem de dinheiro, o que abriu brechas para transações ligadas ao narcotráfico mexicano e com países acusados de patrocinar o terror.

BC autoriza saque de dólar em caixas eletrônicos


by Fábio Pannunzio

Com a proximidade de competições esportivas que serão sediadas no Brasil, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira o uso de terminais de autoatendimento para que tanto turistas estrangeiros quanto brasileiros realizem operações de câmbio manual. O valor máximo será de até três mil dólares. Hoje, com o uso de cartões internacionais, só é possível realizar saques em reais nas máquinas.
O secretário-executivo do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira, disse que, com a mudança, as pessoas poderão trocar diretamente as cédulas. Siqueira observou que os clientes, inclusive os brasileiros, vão ter de, primeiro, inserir um cartão de uso internacional para se identificar. Só depois disso, poderão realizar o câmbio. Não há um limite para o número de operações a serem feitas, mas, se o Banco Central identificar excessos, o caso poderá ser investigado.
Esses equipamentos, no entanto, ainda não existem no Brasil e serão importados.

A sombra da suspeita


Dora Kramer
Estabeleceu-se um Fla-Flu a respeito da participação do ministro Antonio Dias Toffoli no julgamento do mensalão: a partir do pressuposto de que seja voto certo pela absolvição dos réus, as torcidas se dividem entre os que consideram imprescindível seu impedimento e os que defendem como certo - legal e moralmente falando - seu direito de julgar.
Da maneira como está posta, a discussão tem ficado restrita ao terreno da exposição apaixonada de opiniões controversas.
Já a lei - a baliza para qualquer debate desse tipo - é bastante objetiva ao definir os casos em que o juiz pode ser alvo de suspeição ou impedimento.
Segundo os códigos de processo civil e penal, a diferença básica entre os dois conceitos é que a suspeição tem caráter subjetivo e o impedimento é de natureza objetiva.
São as seguintes as situações previstas para impedimento:
1. Quando cônjuge ou parente do juiz até o terceiro grau tiver atuado na causa em questão como defensor ou advogado, representante do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
2. Quando o próprio juiz tiver atuado em qualquer uma das funções citadas acima ou funcionado como testemunha.
3. Quando tiver sido juiz em outra instância e se pronunciado, nos autos ou fora deles, sobre a questão.
4. Quando o magistrado, cônjuge ou parente em até terceiro grau for parte interessada.
Já a suspeição pode ser declarada pelo julgador ou arguida pelas partes envolvidas, nos seguintes casos:
1. Se o juiz for amigo íntimo ou inimigo "capital" de qualquer dos interessados.
2. Se ele, o cônjuge ou parente, responder a processo por fato semelhante, "sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia".

Comando da PM é conivente com grupos de extermínio, afirma Inteligência da Polícia Civil


by Fábio Pannunzio

48% das vítimas de grupos de extermínio formados por policiais militares não têm passado criminal. A informação está contida em um estudo realizado pelo serviço de  inteligência do Departamento de Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo. O levantamento, feito no ano passado, analisa 70 ocorrências, que resultaram em 152 mortes -- todas com características de execução sumária e suspeita de participação de policiais militares.
A maior parte dos crimes -- 55 , correspondentes a 78,6% dos casos -- ocorreu na região da Quarta Seccional da Polícia Judiciária, na Zona Norte de São Paulo. A região é a mesma onde a última "caravana da morte" eliminou seis pessoas na madrugada de quarta para quinta-feira passadas.
O levantamento do DHPP demonstra que as vítimas do grupo são majoritariamente do sexo masculino (91%). Entre os que se sobreviveram aos ferimentos a bala, apenas 18% têm anotações em folha corrida. 82% jamais passaram por uma delegacia.
Os alvos dos grupos de extermínio com pendências criminais são preferencialmente pessoas acusadas de roubo (27%), tráfico (23%) e furto (15%). Em 39% dos casos não foi possível identificar a causa das execuções. Entre os motivos apontados para os demais, 20% foram cometidos por vingança, 13% foram justificados como "limpeza", outros 13% foram catalogados como decorrentes de abuso de autoridade e 15% foram motivados por cobranças do trafico ou das quadrilhas que exploram o jogo ilegalmente.
Chama a atenção no levantamento a anotação de que armas e munição de uso exclusivo da Polícia Militar  foram utilizadas em 46 das 152 mortes analisadas. Exames balísticos demonstraram que os disparos foram feitos de uma mesma arma -- um fuzil calibre .556. E em 11 execuções foi identificado o uso de uma arma comum, de calibre .40 ou .38.

Assasinos continuam impunes

O Blog do Pannunzio teve acesso ao conteúdo de um Relatório de Inteligência produzido pelo DHPP sobre a atuação do principal grupo de extermínio. Ele aponta o soldado PM Valdez Gonçalves dos Santos como chefe da quadrilha. O PM é acusado de matar pelo menos 23 pessoas e ferir outras 17. Mas o número de vítimas, de acordo com uma fonte que pede o anonimato, pode ultrapassar 50.
O relatório da Polícia Civil afirma que os grupos de extermínio são compostos "por policiais militares especializados em vitimar egressos,  toxicômanos  e  praticantes de pequenos delitos, com conivência e suporte da instituição policial militar, sempre havendo guarida de policiais militares fardados, que corroboram para a “ higienização social”, e “limpeza da área”."
O relatório também revela os métodos dos assassinos:  "Policiais militares em serviço agem com extremada truculência no labor policial, e mais, praticam desmandos, silenciam insurgentes e exterminam seus desafetos, utilizando-se da modalidade de atuação delitiva conhecida nas dependências militares como “caixa dois”.
O "caixa-dois" seria a tática segundo a qual um dos três integrantes de uma viatura desce do carro da PM, se descaracteriza e passa a orientar e executar os assassinatos.  De acordo com o RELINT, isso é feito para que o PM "possa livremente exaurir seus escopos criminosos, eximindo-se de responsabilizações por estar ficticiamente no interior da viatura policial militar, trabalhando, mas estando, na realidade, praticando extermínio".
Os apontamentos da Inteligência do DHPP dão conta de que "para tais despropósitos ilícitos, contam com apoio integral de outros milicianos em serviço  e fruem uma estrutura organizada, onde costumeiramente emprega-se o peculiar modus operandi, sendo que policiais militares de serviço tocaiam a vítima, verificando a melhor oportunidade para a ação dos exterminadores, sendo que posteriormente os algozes abordam a vítima utilizando-se de vestimentas pretas, balaclavas e pistolas de calibre nominal .380 ou .9mm".
A ação  dos policiais envolvidos, de acordo com as informações do RELINT, vão muito além do assassinato de seus alvos:  "Além de monitorarem a vítima, também dão guarida à fuga dos algozes, bem como manipulam o local de ocorrência, recolhendo estojos e projéteis, lavando o sítio de prática criminosa, afugentando, ameaçando e coagindo testemunhas".
Os investigadores da Polícia Civil a cargo do relatório afirmam que a ação é conhecida e apoiada pelo comandado da PM e também por empresários. "Obtivemos informações de que não bastasse a velada conivência do comando da polícia militar no brutal saneamento social, interessada na extinção de ações criminosas e na consequente queda de estatísticas criminosas, há também  o favorecimento da iniciativa privada, tendo em vista que comerciantes das adjacências remuneram os milicianos, incentivam o abate criminoso e dão guarida aos “ninjas”, como são conhecidos os policiais militares sancionadores da pena de morte".
O Blog do Pannunzio solicitou informações à Secretaria de Segurança Pública sobre que providências foram adotadas a partir desse relatório e também sobre a situação funcional do Soldado Valdez, mas ainda não obteve resposta.

Para cortar custos, Espanha vai deixar imigrantes sem remédio para aids


20:18, 23/07/2012
REDAÇÃO ÉPOCA
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Os cortes de gastos na Espanha, como o plano aprovado na semana passada pelo Parlamento que levou dezenas de milhares de espanhóis às ruas para protestar, continuam enfrentando críticas. Nesta segunda-feira (23), organizações que trabalham com saúde questionaram o decreto de lei, que entra em vigor em setembro, que deixará imigrantes em situação irregular sem receber assistência de saúde.
Segundo o jornal espanhol El País, a maior preocupação é com o grupo de imigrantes que depende de remédios para o HIV. Mais de 2,7 mil estrangeiros ficarãos sem remédios a partir de setembro.
O Grupo de Estudos sobre Aids, da Sociedade Espanhola de Doenças Infecciosas, calcula que entre 2.700 e 4.600 pessoas serão afetadas pelas medidas. Segundo o grupo, as medidas significam, na prática, uma condenação à morte.
Ainda segundo o grupo, o corte gera “prejuízo sanitário e econômico” para a sociedade espanhola. Isso porque interromper o tratamento dessas pessoas resultaria em mortes precoces, aumento das transmissões de HIV e de outras infecções na população em geral, como a tuberculose. “No médio e longo prazo, as medidas vão aumentar os gastos”, diz o grupo.
Bruno Calixto

Brasil tem o quarto Big Mac mais caro do mundo



A revista britânica The Economist divulgou nesta quinta-feira (26) mais uma edição do seu índice Big Mac.
O índice Big Mac é uma forma bem humorada que a revista encontrou para comparar a valorização das moedas e a inflação em diferentes países. Ela usa o famoso hamburguer do McDonalds como ponto de referência. Como o lanche é praticamente igual em todos os países, sendo preparado da mesma forma e usando os mesmos ingredientes, em teoria o preço deveria ser o mesmo em todo o mundo. Diferentes taxas de inflação e de valorização da moeda, no entanto, fazem com que o Big Mac tenha preços diferentes em diferentes países.
Segundo a revista, o índice mostra que o real está um pouco mais caro do que o ideal.
Pegue por exemplo o rublo e o real, moedas da Rússia e Brasil, respectivamente. Nos valores de câmbio atuais um Big Mac, que custa US$ 4,33 nos Estados Unidos, custa apenas US$ 2,29 (75 rublos) na Rússia, enquanto que no Brasil é vendido por pouco menos que US$ 5 (10 reais). Ou seja, o dólar compra um monte de hambúrgueres na Rússia, indicando que o rublo está barato, enquanto o real está um pouco caro.
O Big Mac é mais caro na Venezuela, Noruega e Suíça. Mas o cálculo também mostra quais são as moedas que estão excessivamente desvalorizadas. Assim como o rublo, as moedas asiáticas, como as de China, Indonesia e Hong Kong, estão pelo menos 40% mais baratas do que o ideal. Em Hong Kong, é possível comprar um Big Mac por apenas US$ 2,13.

Cachoeira pode salvar o Brasil, por Guilherme Fiuza


11:35, 26/07/2012
GMFIUZA
 GERAL

(ÉPOCA – edição 739)

Carlinhos Cachoeira perdeu a vontade de viver. Está extremamente deprimido, muito chateado mesmo. Quem deu essa notícia triste foi a noiva do “empresário da contravenção”, Andressa Cachoeira. A mesma que dois meses atrás dava risadas, dizendo que seu amado conquistara muita gente por ser “uma pessoa encantadora”. Na época, a musa dos caça-níqueis fazia planos para o casamento assim que Cachoeira saísse da prisão. Hoje o casal não parece mais tão feliz. O que mudou, afinal?
Aparentemente, nada. Carlinhos continua preso, Andressa continua linda, e o patrimônio milionário dos Cachoeira, construído com o suor dos políticos comprados, continua intacto no laranjal da família. O que estará azedando esse conto de fadas do cerrado? Ao que tudo indica, a culpa é da CPI.
Quando todos os holofotes estavam apontados para a Comissão que investiga as obras completas do bicheiro, estava tudo bem. Com o Brasil inteiro olhando para o escândalo, os clientes de Cachoeira tremiam em seus gabinetes. O risco aos seus mandatos e pescoços recomendava um tratamento carinhoso para com Carlinhos, garantindo-lhe tratamento republicano com a grife de Márcio Thomaz Bastos, o padroeiro das causas mal-cheirosas. Era um tempo de otimismo, com governantes e parlamentares suando frio, e a sensação de que a qualquer momento um habeas corpus mágico do doutor Márcio acabaria com aquele constrangimento todo. Como chegou a ponderar Andressa, “ninguém está livre de ser preso” – ou seja, era um mero incidente a ser superado, para o bem de todos (os sócios).
Mas algo deu errado. O Brasil, entediado, mudou de novela. Preferiu os pilantras de “Avenida Brasil” e os charlatões da Rio + 20. Abandonada pelo público, a CPI ficou à vontade para embromar sem culpa. Aliviou o ex-dono da Delta, barrando a sua convocação tranquilamente, enquanto a platéia assistia ao teatro da salvação do Planeta no Rio de Janeiro. Os depoimentos de Fernando Cavendish e Luiz Antonio Pagot (ex-diretor do Dnit) ficaram para depois das férias, depois das Olimpíadas, depois do início da campanha eleitoral – enfim, ficaram para depois. É como se o desfile da Mangueira fosse marcado para Quarta-Feira de Cinzas.
Carlinhos não merecia isso. Com a queda vertiginosa da CPI no Ibope, seus companheiros no Congresso e nos palácios descobriram que a farra pode sair muito mais barato do que parecia. Se o Brasil não está nem aí, eles também não estão. Cachoeira começou a entender que pode mofar onde está. Daqui a pouco o comando da República popular desloca Thomaz Bastos para refrescar outro aloprado, e a jovem Andressa perceberá que ninguém está livre de continuar preso. A essa altura, talvez nem a “Playboy” a queira mais.
Como rei morto é rei posto, o ex-cunhado de Carlinhos, Adriano Aprígio, um de seus principais testas de ferro, já caiu também. Foram descobertos emails enviados de sua casa à procuradora Léa Batista de Oliveira, uma das denunciantes do bicheiro, em tom não muito educado: “Sua vadia, ainda vamos te pegar. Cuidado, você e sua família correm perigo”. A prisão de Aprígio, um dos guardiões do patrimônio dos Cachoeira, fez Carlinhos passar mal na cadeia, como revelou sua noiva, consternada: “Ele desmaiou. O diretor pegou, levou ele pra sala do diretor. Ele passou muito mal, muito mal mesmo”.
É de fato comovente ver um homem que tanto fez por tanta gente sofrendo assim, sozinho, com as notícias terríveis que recebe na cadeia. Nesse momento de dor, vai aqui um conselho ao torturado réu: nobre empresário da contravenção, pare de esperar pela providência dos falsos companheiros. Acabe você mesmo com essa solidão. Agora.
Faça como Roberto Jefferson: aperte o botão vermelho. Conte quem no governo federal mandava proteger a Delta e aprovar todos os acréscimos de contrato que a construtora espetava no PAC. Explique resumidamente como esse dinheiro saía do governo e voltava para as campanhas dos políticos aliados ao governo, passando pelas suas empresas de fachada.
Acorde, senhor Cachoeira. Seus amigos palacianos vão esquecê-lo nesse cubículo. Seus esquemas serão refeitos com outro despachante mais esperto. Entregue esses parasitas com crachás de revolucionários. O Brasil lhe será eternamente grato.

Pet chique: acessórios de grife trazem luxo e estilo para os bichos de estimação Conheça alguns produtos exclusivos para animais de marcas como Ralph Lauren, Burberry e Louis Vuitton



Muitos donos de bichos de estimação vão além dos acessórios básicos e investem em produtos de luxo para os pets. E acessórios de grife não faltam. Há roupinhas de marcas como Ralph LaurenBurberry e Juicy Couture; coleiras com cristais Swarowski, bolsas Louis Vuitton eGucci para carregar os bichinhos; xampus e sabonetes com ouro 18 quilates na formulação, entre outras dezenas de produtos. 

>> Confira a íntegra da edição da revista impressa Pense Imóveis, onde a matéria foi publicada>> Cadastre-se e receba a revista em casaDivulgaçãoAs bolsas da marca Louis Vuitton se apresentam em diversos tamanhos e custam a partir de US$ 1.900
Uma camisa polo Ralph Lauren para cães de pequeno porte, por exemplo, custa, em média, US$ 35 (R$ 64). Já uma bolsa para carregar o bichinho, da grife Louis Vuitton, não sai por menos de US$ 1,9 mil (R$ 3.450). Quem quer estilo e luxo até na hora passear com seu cachorro pode investir na coleira com cristais Swarowski da marca alemãFlexi. Uma peça tamanho médio com fita de 4,8 metros sai por US$ 240 (R$ 436).

DivulgaçãoGuia cravejada de cristais Swarowski: para pets com estilo
O luxo não para por aí e vem até do espaço. Um dos últimos lançamentos da área é a PetNap Nasa, camafeita com espuma desenvolvida pela agência especial norte-americana. Essa espuma molda-se ao contorno do corpo do animal, tornando a cama mais confortável e fazendo-o dormir na posição correta. 

DivulgaçãoCama da PetNap, de fibra siliconada com a nanotecnologia dos íons de prata, com estampa assinada pelo artista plástico Luciano Martins
Outro produto de destaque é o comedouro automático. O recipiente tem uma tampa com abertura e fechamento ativados com a proximidade do animal. A tampa fica aberta durante o tempo em que o animal se alimenta. Quando o pet sai do alcance do sensor, a tampa se fecha automaticamente e per­ma­­­­ne­ce­ assim até a próxima refeição. O sistema evita que o odor do alimento se propague pelo ambiente e protege a ração de insetos, roedores e pássaros.

DivulgaçãoComedouro automático fecha quando o animal se afasta
Um dos acessórios mais recentes é o Petcar, um carrinho como os de bebês, mas para o uso dos animais de estimação. A apresentadora Xuxa Meneghel foi uma das primeiras a aparecer com o esse tipo de carrinho durante passeio pelo Rio de Janeiro com seu yorkshire Dudu. 

O Petcar tem três opções de modelos, com capacidade de peso para até 40 quilos. Ele é ideal para passeios em locais públicos, especialmente shoppings e supermercados. 

A petição assinada pelos doutores do PT merece ser anexada ao processo do mensalão: a desesperada tentativa de adiar o julgamento é uma confissão de culpa


Augusto Nunes

Integrante do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Cármen Lúcia teve de suspender por alguns minutos o exame de coisas sérias para ler a petição encaminhada pelos advogados Marcelo Figueiredo, Marco Aurélio de Carvalho, Gabriela Shizue Soares de Araújo, Fábio Roberto Gaspar e Ernesto Tzulrinik. Os bacharéis a serviço do PT pedem à destinatária que explique aos colegas do STF que o julgamento do mensalão coloca a pátria em perigo e ameaça o futuro da nação.
Confira os principais argumentos dos cinco doutores, transcritos em negrito, acompanhados por ligeiros comentários entre parênteses:
“O desequilíbrio, em desfavor dos partidos envolvidos, é evidente”. (Os signatários da petição estão dizendo em juridiquês de palanque que o PT vai ficar mal no retrato justamente na temporada de caça ao voto. Não necessariamente, deve-se registrar.. Só haverá “desequilíbrio em desfavor” do partido se os acusados tiverem culpa no cartório. Como vivem jurando que são inocentes, o PT deveria estar feliz: não existe lugar melhor que o STF para desmascarar a farsa tramada pela oposição e mostrar ao eleitorado que merece ser castigada nas urnas essa gente que insiste em punir homens honrados).
“Tem-se o pior dos mundos: a judicialização da política e a politização do julgamento”. (“Judicialização da política” e “politização do julgamento” são expressões sinônimas. Em língua de gente, os doutores estão querendo acabar de vez com essa mania de julgar figurões do PT que se meteram em bandidagens. Para os pecadores companheiros, o melhor dos mundos é o Brasil que institucionalizou a corrupção impune. O pior é qualquer país cujas cadeias têm vagas para criminosos de qualquer categoria econômica ou classe social).
“Perde a Democracia, com a realização de uma eleição desequilibrada. Perde a República, com o sacrifício dos direitos dos acusados ao devido processo legal”. (Quem escreve Democracia com D maiúsculo costuma louvar a ditadura de partido único em conversas amigas. O sistema democrático só tem a ganhar quando a Justiça deixa claro que todos são iguais perante a lei. A República só tem a ganhar quando inimigos do Estado de Direito descobrem a existência do Código Penal. Os acusados exerceram seus direitos até o limite da paciência. O mensalão foi descoberto há sete anos. Faz cinco que o processo no Supremo começou. Se os mensaleiros não foram devidamente defendidos, a culpa é dos advogados).
O chefe supremo da seita deveria estar eufórico com a chance de desmascarar os golpistas que tramaram a derrubada do governo. O rebanho deveria estar festejando a chance de provar que o mensalão não existiu. A desesperada tentativa de adiar a hora da verdade grita que os farsantes são eles. A petição dos cinco doutores merecia ser incorporada aos autos do processo. É mais uma das tantas provas contundentes contra os réus. É uma confissão de culpa, com rubrica e assinatura.

Carlos Alberto Sardenberg: sobre as teles – contra o consumidor, de novo

Antena celulares (Foto: sxc.hu)
Falta estrutura, falta regulação, e quem perde é o consumidor, sempre (Foto: sxc.hu)
Por Carlos Alberto Sardenbergpublicado hoje no jornal O Globo

CONTRA O CONSUMIDOR, DE NOVO
Ao manter a suspensão da venda de novas linhas de celulares, o juiz Thales Krauss Queiroz, da 4 Vara Federal de Brasília, escreveu: “O consumidor, legitimamente, quer pagar menos e falar mais. E quer um serviço de qualidade.”
Bom e barato. O juiz acrescentou que a Constituição garante ao consumidor a prestação de serviços de qualidade.
Não custa lembrar, porém, que a mesma Constituição estabelece ser obrigação do poder público oferecer as condições adequadas, o marco regulatório, por exemplo, para a correta prestação dos serviços.
Mas o consumidor quer mais ainda, como me dizia um ouvinte da CBN, de Maricá: “Nós, moradores, tomamos, há muito tempo, nossas precauções para evitar que nossas praias e matas virem paliteiros; antena, aqui, só com a aprovação dos moradores.”
No município paulista de Itapetininga, não precisa disso, mas a lei determina que a base de sustentação das torres (de antenas de celulares) esteja distante pelo menos 110 metros das divisas do imóvel. Ou seja, só pode em terreno de 14 mil metros quadrados, no mínimo. Em outro município paulista, Piracicaba, a exigência é um pouco menor, áreas de no mínimo 12 mil metros quadrados.
Casos extremos, claro, mas são comuns as legislações estaduais e municipais cujas regras exigem terrenos desproporcionalmente grandes; distâncias grandes entre torres; distância das antenas em relação a hospitais, escolas e áreas populosas; prestação, por parte das companhias, de contrapartidas vagamente definidas e a serem negociadas com prefeituras ou associações de moradores.
Há, aí, uma preocupação com a saúde. Celular daria câncer ou seria uma ameaça ao futuro da Humanidade? – como se disse numa decisão da Justiça paulista. A Organização Mundial de Saúde e órgãos associados apresentam estudos segundo os quais campos eletromagnéticos de radiofrequência da telefonia móvel têm menos probabilidade de causar câncer que a luz solar. Além disso, existe uma legislação federal, de 2009, que fixa os níveis tolerados de emissão, com base em órgão de assessoria à OMS. Leis estaduais e municipais, entretanto, se baseiam em outros parâmetros.
A outra preocupação tem a ver com urbanismo e, digamos claramente, tirar alguma vantagem das teles. Como são grandes, ricas e lucrativas – tal é o argumento – devem pagar por isso e entregar alguma coisa em troca do direito de instalar as antenas. Ou seja, começa-se com o argumento de que a antena causa câncer ou estraga as cidades e se termina negociando um prêmio pela instalação. O que, aliás, abre espaço para a corrupção.
Tudo considerado, há uma clara falha de governo, de regulação. Como as legislações se atropelam, resulta daí um enorme custo operacional e jurídico. Os procedimentos para a construção das torres e instalação das antenas passam por diversas fases burocráticas e, brincando, levam mais de ano.
Mas como há legislações diferentes, licenças concedidas e antenas instaladas são objeto de contestação nos tribunais, pois inevitavelmente vão contrariar alguma regra federal, estadual ou municipal. Há centenas de ações de Ministério Público, prefeituras, órgãos estaduais e associações de moradores pedindo a retirada de equipamentos.
Esse embrulho jurídico poderia ter duas abordagens. A primeira seria a pacificação do caso pelo Supremo Tribunal Federal. Há uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei paulista de 2001, que exige terrenos de pelo menos 3.600 metros quadrados para a instalação das torres. O julgamento poderia dar um parâmetro para as demais legislações. Mas a ação está parada no Supremo há mais de nove anos. Isso mesmo, nove anos.
A outra solução depende do Ministério das Comunicações e da Anatel. É deles, sem dúvida nenhuma, a organização do setor e, pois, as normas nacionais para todo o processo, do pedido de concessão até a instalação das antenas e a fiscalização prévia da capacidade e da qualidade do sistema.
Anatel (Foto: Agência Brasil)
A solução depende da Anatel e do Ministério das Comunicações, principalmente no que diz respeito à regulamentação e organização do setor (Foto: Agência Brasil)
Nenhum desses problemas é novo. A solução, ou pelo menos o encaminhamento, seria muito mais efetivo para o ganho de qualidade do que a suspensão das vendas de novas linhas. Mas atacar esse custo Brasil dá trabalho, exige um enorme esforço de coordenação e, pior, não dá barulho na imprensa.
Autoridades de Brasília dizem agora que a venda de linhas pode ser autorizada em 15 dias. Ou seja, em alguns dias, as operadoras montaram os amplos planos de investimentos que o governo estava cobrando e, em ainda menos dias, o governo analisa tudo e dá seu ok. E olha que estamos falando de programas de investimentos que chegam à casa da centena de bilhões, no país inteiro.
Como conseguem ser tão rápidos nisso e tão lentos para desatar o embrulho da regulação?

Bolívia: Investigar a responsabilidade do governo no tráfico de cocaína, nada



TRANSPARÊNCIA O deputado Adrián Oliva mostra edição de VEJA e pede investigação, em La Paz (Foto: ANF)
TRANSPARÊNCIA O deputado Adrián Oliva mostra edição de VEJA e pede investigação, em La Paz (Foto: ANF)
(Reportagem publicada em VEJA)

Bolívia
Investigar, nada

O governo boliviano reagiu mal, mas os jornais e a oposição reforçam suspeitas contra ministro de Morales
Nas últimas linhas da reportagem de VEJA sobre a visita do ministro da Presidência da Bolívia Juan Ramón Quintana e da ex-miss e diretora da Agência para o Desenvolvimento das Macrorregiões e Zonas Fronteiriças em Beni, Jéssica Jordan, à casa do narcotraficante brasileiro Maximiliano Dorado, em Santa Cruz de la Sierra, no dia 18 de novembro de 2010 (“A República da cocaína“, 11 de julho), afirma-se que o presidente Evo Morales tem sistematicamente ignorado as denúncias feitas contra membros de seu governo.
Ele se nega a investigá-las. “Em vez disso, tenta-se punir os mensageiros”, lia-se na reportagem de VEJA. Dito e feito. Na semana passada, a cúpula boliviana, liderada por Quintana, reagiu à reportagem com ameaças de processo judicial. Nenhuma palavra de Morales, é claro, sobre averiguar os fatos descritos no relatório da unidade de inteligência da polícia boliviana, cujo conteúdo foi revelado por VEJA.
Jéssica, que segundo os agentes bolivianos acompanhou Quintana no encontro com Dorado, disse que estava em outro lugar no momento da reunião, sem dar detalhes. Nenhuma das revelações foi desmontada. Na semana passada, veículos de imprensa e políticos bolivianos validaram muitas delas.
Na terça-feira 10, o jornal El Día, de Santa Cruz de la Sierra, e a Rádio Fides bateram à porta do imóvel apontado como sendo a casa do brasileiro Max. Ao consultarem a Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (FELCN), que cuida do local, descobriram que o endereço era mesmo do traficante.
REPERCUSSÃO À esquerda, matéria sobre a casa de Max. À direita, Quintana ataca VEJA em entrevista coletiva. Abaixo. Morales (Foto: Reuters)
REPERCUSSÃO À esquerda, matéria sobre a casa de Max. À direita, Quintana ataca VEJA em entrevista coletiva. Abaixo. Morales (Foto: Reuters)
No mesmo dia, deputados indígenas pediram explicações ao governo, e o senador Bernard Gutiérrez declarou que ele e o colega Roger Pinto, atualmente refugiado na embaixada brasileira em La Paz, entregaram em 2011 o relatório citado por VEJA ao presidente boliviano Evo Morales.
Pinto depois foi acusado de liderar uma conspiração contra Morales, apesar de o documento ter saído de dentro do próprio governo e do partido do presidente, o MAS. Na quarta-feira passada, Morales e Quintana anunciaram a substituição de seu embaixador em Brasília. Quem assumirá é o socialista Jerjes Justiniano, um ex-reitor de universidade sem experiência diplomática. Segundo o próprio, sua primeira tarefa será “sentar a mão” em VEJA. Muito sutil, embaixador.

Fotos: A fabulosa mansão do campeoníssimo Michael Schumacher


 

Michael Schumacher, House in Gland
Vista da mansão de Michael Schumacher, em Gland, na Suíça (Foto: Manzoni / xpb.cc)
O sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 da FIA é o piloto mais bem pago, com mais vitórias em uma única temporada, e o maior  titular de poles, e a lista continua, mas este texto é sobre sua “casinha” em Gland, na Suíça.
Apesar de não ter ainda vencido uma GP desde o seu retorno, em 2009, Schumacher sabe como relaxar e desfrutar o tempo com sua família. Ele e sua mulher Corinna continuam a trabalhar como uma equipe quando se trata de suas escolhas como um piloto e seu estilo de vida jet-set.
Estão reformando a mansão que construíram em 2008: só a casa tem 2200 metros quadrados, com mais de 40 quartos. Há espaço para 29 carros na garagem, onde Schumacher guarda sua coleção de carros elegantes, esportivos e caríssimos. A propriedade fica no Lago Genebra, na Suíça.
Os detalhes são vistos aqui pelas imagens aéreas. Há uma área de pouso de helicóptero e um campo de futebol. Schumacher acumulou uma formidável e incomparável quantidade de prêmios ao longo dos anos e na nova casa tem uma sala de troféu especial que é de 70 metros de comprimento.
As fotos são da revista Motor Sport.
-Vista da mansão de Michael Schumacher, em Gland, na Suíça (Foto: Manzoni / xpb.cc)
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Michael Schumacher, House in Gland,
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Michael e Corinna Schumacher (Foto:  Davenport / xpb.cc)
Michael e Corinna Schumacher (Foto: Davenport / xpb.cc)

Pesquisa: 68% dos homens se preocupam com a aparência


BELEZA MASCULINA


 Pesquisa feita pela Abril e publicada na "Vip" que chega às bancas revela que 68% dos 668 homens ouvidos admitiram que não se descuidam da aparência ou se preocupam bastante a ponto de adotarem cuidados específicos, 30% disseram que se preocupam um pouco e apenas 1% afirmou não dar a mínima para a aparência. O estudo feito pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência da Abril oouviu também 426 mulheres. Entre os homens que se preocupam com a aparência, 88% afirmam que o objetivo é para se sentir bem, enquanto que 51% para mostrar personalidade e estilo, outros 51% para ser valorizado no trabalho e 50% para ficar atraente para as mulheres.
Entre  os cuidados que os homens mais tomam está aparar os pelos (65%), controlar a alimentação para não engordar (65%), praticar atividades físicas (62%) e usar produtos adequados para tratamento estético (60%). Apenas 5% revelaram tingir os cabelos, coisa comum entre alguns políticos. Segundo a pesquisa, 1hora e 2 minutos é o tempo que os homens gastam, em média, arrumando-se -- apenas 7 minutos a mais do que as mulheres.
Quando se fala da beleza masculina, obviamente que a opinião das mulheres é importante. Na pesquisa, 94% acham que os homens devem fazer procedimentos estéticos para ficarem mais bonitos. Na lista de pecados mais graves contra a beleza, para as mulheres, estão mau cheiro (87%), mau hálito (81%), unha suja (77%), ter só a unha do dedo mínimo da mão comprida (74%), ter chulé (64%), unha comprida (62%), pelos no nariz ou saindo pela gola da camisa (58%), deixar os pelos pubianos muito grandes (49%), cabelo oleoso (43%), dentes amarelados (42%), pé áspero ou com calos (31%), monocelha (30%), perfume demais (29%), roer as unhas (25%), espinhas ou manchas (24%), ter barriga (21%) ter a pele oleosa (20%).
Entre os atributos mais importantes para as mulheres estão ser perfumado (78%), ser bem vestido (61%), ter a barba bem cuidada (48%), ter o cabelo bem cuidado (48%). Quatro por cento delas reconhecem que ter um bom carro também ajuda. 

Jorge Antonio Barros

Idoso profissional


NELSON MOTTA


Quando completei 60 anos e passei a desfrutar dos privilégios reservados aos idosos em filas de aeroportos e bancos, me consolei pensando que a velhice poderia ter algumas vantagens. Mas não é bem assim. Uma fila com três idosos num balcão de aeroporto pode levar mais tempo do que uma de 12 não idosos ao lado, porque os velhinhos demoram muito, adoram conversar com as atendentes. No banco, é pior ainda, com senhas esquecidas e extratos extraviados. 

Nesse caso, os idosos mais profissionais escolhem a fila comum, e os mais bobos e vaidosos também, para não confessar publicamente a idade. É claro que envelhecer não é agradável, mas já foi muito pior, nem faz tanto tempo assim, quando a expectativa de vida era de 50 anos e não havia antibióticos. O chato é que, quanto maior a experiência, o aprendizado com os erros, as vivências e informações acumuladas, menor o tempo para usá-las. 

Uma das melhores — e piores — consequências do progresso cientifico e da prosperidade econômica foi o aumento espantoso da expectativa de vida no Brasil. Viver mais é uma ótima notícia, mas, se for para viver mal, sem saúde, segurança e conforto, é péssima. Como pagar aposentadorias dignas a milhões de trabalhadores, sem quebrar a Previdência ? Como abrigar e cuidar dessas multidões de novos velhos pobres ? Os indiferentes de hoje são os idosos de amanhã, se chegarem lá. 

No Brasil tem bolsa para todo mundo, até as famílias dos presos recebem a bolsa-bandido, de R$ 860 mensais, certamente mais do que grande parte dos idosos brasileiros, que trabalharam a vida inteira, sobreviveram a planos econômicos desastrosos, roubalheiras incomensuráveis e incompetência dos seus governantes. Muitos presidiários vivem bem melhor do que idosos pobres, presos em casa e em asilos. 

Civilizações mais antigas, e por isso mais sábias e experientes, como a China e o Japão, valorizam, respeitam e preservam seus velhos justamente por sua experiência e sabedoria. Eles são valiosos, o Estado investiu muito dinheiro neles, em sua educação, saúde e formação profissional, e o pior dos desperdícios é esquecer que eles existem.
Publicado no Globo de hoje.